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Visão Geral Wa2 - Administração - Empreendedorismo

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WEBAULA 1
Unidade 2 – Empreendedorismo e Plano de Negócios
APRESENTAÇÃO
Seja vem vindo a Unidade II !!!
Estamos iniciando esta unidade II já com os conceitos iniciais já firmados e absorvidos.
Neste momento iremos abordar as razoes que levam o empreendedor a elaborar um plano de negócios, pois esta  é a principal ferramenta que o empreendedor tem tanto para auxilia-lo no planejamento do seu dia-a-dia como também  um documento para a busca de financiamento de seu empreendimento seja ele inicial ou não.
Bem sem mais delongas, vamos para a unidade II
ELABORANDO O PLANO DE NEGÓCIOS
Bem, já estudamos os conceitos básicos do empreendedorismo, porém chegou a hora de “por a mão na massa” e montarmos um documento que expresse nossa ideia e visão de oportunidade, ou seja, o Plano de Negócios e, logo após, os passos que devemos seguir para a busca de financiamento e abertura do nosso empreendimento.
Vamos logo então iniciar esta nova jornada...
Saiba Mais
Para iniciar o assunto, leia:
“Os erros mais comuns cometidos ao montar um Plano de Negócios”, disponível em:
<http://www.papodeempreendedor.com.br/empreendedorismo/os-erros-mais-comuns-cometidos-ao-montar-um-plano-de-negocio/>
Se você realmente deseja abrir um novo negócio, precisa ter algum projeto em mente para colocá-lo em prática. É como se você quisesse fazer uma longa viagem pelo país: você precisa de um roteiro, de um mapa detalhado, de um projeto e de um cronograma para guiá-lo nessa viagem.
No caso da abertura de um negócio, esta viagem é bem mais longa e complicada, além de estar sujeita a vários problemas de percurso. O roteiro do Plano de Negócios não elimina os possíveis problemas, mas o ajuda a enfrentá-los e a direcionar melhor os esforços. Além disso, um bom Plano de Negócios é um instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores e parceiros estratégicos. 
Verificaremos nesta webaula que o Plano de Negócios faz parte do processo empreendedor, ao proporcionar uma ferramenta para o planejamento e desenvolvimento do negócio, ou seja, explorar em um relatório as potencialidades e riscos inerentes ao empreendimento. Através do Plano de Negócios o empreendedor poderá planejar suas ações, tomar as decisões e determinar as ações da sua empresa, identificando os riscos e ameaças, propondo medidas para minimizá-los, verificar as oportunidades, pontos fortes e pontos fracos em relação ao seu concorrente e o ambiente em que está inserido. 
No Plano de Negócios deverão constar as informações necessárias para a avaliação da evolução do empreendimento, iniciando com as mais pessoais, as informações do empreendedor, para que seja traçado o seu perfil, seu interesse, objetivos e outros.
Também deverá conter: o nome do projeto ou da empresa; resumo do projeto (será a última parte) relatando os propósitos do Plano de Negócios e os objetivos da empresa; levantamento completo sobre o mercado em que a empresa será (ou está) inserida, relatando as necessidades do cliente, informações referentes ao fornecedor e identificar os concorrentes diretos.
É preciso ainda realizar a descrição da empresa, relatar seus pontos fortes e fracos – sugerindo ações para maximizar os pontos fortes e minimizar os pontos fracos; explicar o porquê do produto ou serviço ou a mudança empresarial proposta obterem sucesso – informando as suas oportunidades e localização da empresa – relatando se o local é estratégico, permite alterações (se permitir, quais serão realizadas).
Apoiado no diagnóstico organizacional descrito na unidade de estudo anterior, após os dados relatados acima, outros itens do Plano de Negócios serão: a elaboração de um plano para as atividades de marketing e vendas, relato contendo as informações de cada um dos setores da organização, as atuais necessidades de fundos e projeções financeiras e alguns dados operacionais a serem incluídos como anexo.
Link
Para fixar conhecimento, leia:
“Plano de Negócios e Planejamento Estratégico”
http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_2710.pdf
Importância do Plano de Negócios
Devido a programas específicos de capacitação de empreendedores, o Plano de Negócios tornou-se o foco principal, porém deve-se tomar cuidado em não colocar números fora da realidade, recheando-o de entusiasmo, pois, pior que não planejar é fazê-lo de forma errada e, ainda, de forma consciente.
O Plano de Negócios pode e deve ser usado por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo um caminho logico e racional. Mas apenas a razão e o raciocínio logico não são suficientes para determinar o sucesso do negócio, pois a arte de administrar não seria mais arte, e assim não passaria de seguir uma atividade preestabelecida, onde o administrador nunca utilizaria o seu feeling de administrador.
Existem algumas atividades que devem ser seguidas por todo empreendedor, onde a arte está no fato de como o empreendedor traduzirá esses passos em um documento que resume e explore as potencialidades do negócio, juntamente com os riscos inerentes a ele.
O Plano de Negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. Geralmente é escrito como parte dos requisitos de aprovação de um empréstimo, ingresso em incubadoras, financiamentos governamentais, etc., onde é feito apenas para essa finalidade, às pressas, sem muito aprofundamento e recheado de números fantasiosos. É necessário então conscientizar-se de que o Plano de Negócios deve ser o cartão de visitas do empreendedor, podendo ser também seu cartão de desqualificação. Para ser um cartão de visitas, o mesmo deve sempre ter à mão o Plano de Negócios de seu empreendimento, elaborado de maneira cuidadosa e sempre estar atualizado, uma vez que o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico.
Todo Plano de Negócios deve ser elaborado e utilizado seguindo algumas regras, mas que não são estáticas e dão ao empreendedor meios para usar sua criatividade ou seu bom senso, dando ênfase a um ou outro aspecto que mais interessa ao público-alvo do Plano de Negócios em questão. Em caso de empresas já consolidadas, o mesmo deve mostrar não apenas aonde a empresa quer chegar, mas também como ela está no momento, apresentando os dados dos seus atuais indicadores de desempenho.
Outro ponto importante é que ele não deve estar apenas focado no aspecto financeiro, devendo também se ater a indicadores de mercado, capacitação interna e operacional, ou seja, fatores que mostram a capacidade da empresa em alavancar os seus resultados financeiros no futuro.
O que é um Plano de Negócios?
É o estudo de viabilidade de seu empreendimento, ou seja, analisa-se se será viável, ou não, nosso empreendimento. É o documento que descreve o que você planeja fazer, qual o rumo a seguir. É um estudo que devemos realizar com a máxima cautela, pois afinal, esse plano irá ajudar você na realização das melhores tarefas essenciais para sua empresa, como, por exemplo: na busca de um novo sócio, fazer um empréstimo bancário, atrair investidores potenciais.
Segundo Dornelas (2008) o Plano de Negócios é uma ferramenta de gestão usada para descrever seu negócio, sendo um importante documento, através do qual o empreendedor consegue planejar e tomar decisões a respeito do futuro da empresa, tornando-se um poderoso guia que norteará todas as ações de seu negócio.
Muitos acreditam que somente deve realizar um Plano de Negócios quem está abrindo um novo empreendimento. Cabe, aqui, então, esclarecer que o Plano de Negócios pode e deve ser utilizado por qualquer empresa, independentemente do seu porte e do seu segmento. E não somente para a criação de um novo negócio. Assim, uma empresa que já esteja estabelecida, e que pretenda ampliar seus negócios, pode fazer uso deste instrumento para buscar novos sócios, fazer um empréstimo, atrair novos investidores potenciais, como também na construção de uma boa imagem junto aos funcionários, fornecedores, clientes e comunidade.
Dornelas (2008) diz queo Plano de Negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que o sustenta. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, permitindo ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócio.
Os aspectos-chave que devem ser focados em um Plano de Negócios são:
Em que negócio você está?
O que você realmente vende?
Qual é o seu mercado-alvo?
Segundo Chiavenato (2007, p. 132), “O Plano de Negócios — business plan — descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos, geralmente, para os próximos três ou cinco anos. Seu preparo permite a análise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetória decadente que o levará do entusiasmo à desilusão e ao fracasso”.
Neste momento, imagino que sua cabeça deve estar cheia de pensamentos acerca deste objetivo que você realizou. E, com certeza, você elencou várias atividades ou ações que teve que fazer para atingir seu objetivo.
Com as organizações isto não é diferente. As organizações também necessitam estabelecer objetivos para conquistar, e, para isto, elas devem planejar. É através da realização do planejamento e de uma excelente execução que as organizações vão obtendo suas conquistas.
Segundo Dornelas (2006, p. 99), de acordo com estudos da Harvard Business School, “[...] um Plano de Negócios deve ser escrito porque aumenta em 60% as chances de sucesso do negócio, sendo assim a empresa deverá lucrar mais, na média, se o empreendedor dispor de um planejamento adequado”.
Com o uso do Plano de Negócios, o empreendedor pode:
Entender e estabelecer as metas e objetivos para o seu negócio;
Gerenciar de forma mais eficaz a empresa tomando decisões mais acertadas;
Monitorar o dia a dia da empresa e, quando necessário, tomar ações corretivas;
Buscar financiamentos junto a instituições financeiras, governo, órgãos fomentadores do empreendedorismo, investidores, capitalistas de risco, etc...;
Identificar oportunidades e transformá-las em diferenciais competitivos para o negócio;
Estabelecer uma comunicação efetiva entre o público interno e o externo.
Muitos acham que um Plano de Negócios destina-se unicamente a investidores e bancos, porém vários são os públicos-alvo de um Plano de Negócios, dentre os quais:
Mantenedores de incubadoras: essenciais para a liberação de financiamento. Ex: governo, associações, etc.
Parceiros estratégicos: necessários para definição de estratégias e discussão de formas de cooperação entre as partes;
Bancos: são os que fazem a liberação de financiamentos de máquinas e equipamentos, capital de giro, imóveis, etc.;
Investidores: capitalistas de risco, pessoas físicas, bancos de investimentos, angels, BNDES, governo, etc.;
Fornecedores: importantes para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima, etc.;
A empresa internamente: importante para o estabelecimento da comunicação interna entre gerência com o Conselho de Administração e com os colaboradores;
Clientes: essenciais para venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa;
Sócios: usados para o convencimento em participar do negócio e formalização da sociedade.
Segundo Dornelas (2008) 70% das micro e pequenas empresas encerram suas atividades nos primeiros anos de negócio, sendo que as principais causas são: a ausência da realização de um planejamento adequado ao negócio, problemas encontrados na gestão da empresa (fluxo de caixa, comercialização do produto, desenvolvimento de produto, entre outros), poucas políticas de apoio às micro e pequenas empresas, ambiente econômico e problemas pessoais.
Dornelas (2008) comenta que o Plano de Negócios é uma ferramenta de gestão usada para descrever seu negócio. Um importante documento, através do qual você consegue planejar e tomar decisões a respeito do futuro de sua empresa, tendo como base o seu passado, sua situação atual em relação ao mercado, aos clientes e à concorrência. Um poderoso guia que norteará todas as ações de sua empresa. Com o Plano de Negócios é possível identificar riscos, ou seja, ameaças, e propor medidas para minimizá-las, como também identificar oportunidades; os pontos em que está inserido; conhecer seu próprio negócio e definir estratégias de marketing para seus produtos e serviços; analisar a performance financeira, avaliar investimentos e o retorno sobre o capital aplicado.
Saiba Mais
Para fixar conhecimento, leia:
“Empreendedorismo – modelo de plano de negócios”
http://static.efetividade.net/img/Modelo_Plano_Negocios_desafiobrasil-279265.pdf
Vamos partir para a elaboração de um Plano de Negócios. Para iniciar acesse o link abaixo:
http://www.efetividade.net/2007/10/10/modelo-de-plano-de-negocios-como-fazer-o-seu-com-efetividade/
Podemos verificar que  na literatura temos diversos conceitos a respeito de Planos de Negócios, porem neste contexto considero que o mesmo  é um documento que agrega e organiza informação prática e atualizada para a constituição de um projeto ou para a solução de seus problemas.
Neste interim, um Plano de Negócios eficiente contem uma gama informações a respeito dos processos do negócio em si – características, partes envolvidas, oportunidades, restrições, ameaças, pontos fortes e fracos, previsões e projeções financeiras, análise do mercado, analise de fornecedores, analise de concorrência e de  parceiros comerciais, etc... Em suma dados, dados, dados! Assim sendo você necessita obtê-los de forma atualizada e suficientemente precisa, caso contrário, seu Plano de Negócios terá pouca valia. E é sobre isso que trataremos a seguir.
Vale a pena lembrar que um plano de negocio e é um documento vivo, que é adaptável a novas situações e um dos seus principais objetivos é o de a equipe, os investidores, bancos, fornecedores, parceiros comerciais e até mesmo os clientes de que o seu negócio é viável e pode ser vantajoso a eles.
O projeto deve ser objeto de um estudo de rentabilidade, no sentido de verificar se as receitas, líquidas de despesas associadas ao projeto de investimento, compensam ou não o montante inicialmente gasto...
Link
Para fixar seus conhecimentos sobre a elaboração de um Plano de Negócios, acesse:
“Como elaborar um Plano de Negócios”
http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/e6d2c9b92ee32c5a0bb40db876f6fbe4/$File/COMO%20ELABORAR%20UM%20PLANO_baixa.pdf
Uma grande dificuldade enfrentada é em consequência da natureza dos planos de negócios. Tratam de ideias ainda não realizadas e, assim, não podem se basear em históricos ou em estatísticas próprias para realizar sua previsão. O maior desafio esta em  obter dados de organizações do mesmo ramo de atividades, ou extrapolar a partir de outros dados, de forma consistente, objetiva e convincente.
Dê toda a atenção que for necessária ao sumário executivo, pois ele é uma das últimas partes a concluir, mas deve estar bem no início do documento. Muitas pessoas lerão apenas o resumo e avaliarão por ele se o seu negócio vale ou não a busca de maiores detalhes. Conquiste o leitor em cada linha do seu resumo! Fale, nele, sobre os objetivos, as razões de sucesso, e apresente os números principais, sem exagerar na densidade das informações.
Saiba Mais
Para saber mais sobre Plano de Negócio, acesse os links abaixo:
“Empreendedorismo – Dando asas ao espírito empreendedor – Cap. 7 e 8”
http://www.sincor-pr.org.br/arquivos_pdf/empreendendorismo.pdf
“Como criar um Plano de Negócios”
http://arquivos.endeavor.org.br/Folder_Plano_Negocio_10.pdf?submissionGuid=857c71c5-e025-44e2-b914-6493cffa4e69
Questão para Reflexão
1. Por que dentro de um plano de negocio a seção analise de mercado é tida como uma das partes mais importantes? Caso você não tenha recursos para elaborar uma pesquisa de mercado, o que deve ou pode ser feito para que seu plano de negócios fique bem fundamentado?
2. Levando em conta os nossos competidores, o que você faria para obter as informações sobre os seus negócios, mesmo se a mesmanão fossem fácil de serem acessadas? Por que é de suma importância conhecer seus competidores bem como as suas estratégias de negócios?
QUESTÕES LEGAIS
Ao pensarmos em iniciar/abrir um negócio ou ampliar seu negócio atual, torna-se necessário saber inicialmente com quem poderemos contar e com quem enfrentaremos os futuros desafios, ou seja, quem são os nossos aliados. Você, como empreendedor, pode fazer todo o trabalho sozinho, mas também contar com aliados: os sócios do negócio. Há várias formas jurídicas para abrir uma empresa, com diferentes tipos de sócios, dentro da legislação sobre o assunto, agora modificada pelo novo Código Civil.
Para que você possa iniciar as atividades e operações da empresa, é necessário que a mesma seja legalmente estabelecida e constituída. A legislação brasileira distingue as pessoas físicas das pessoas jurídicas. Onde a pessoa física é o indivíduo ou pessoa individual com seus direitos e obrigações perante o Estado. Já a pessoa jurídica é uma associação de duas ou mais pessoas em uma entidade, com seus direitos e obrigações próprios e, desta forma, distintos daqueles indivíduos que a compõem. Toda empresa funciona como uma pessoa jurídica, qualquer que seja a sua constituição jurídica. 
A CONSTITUIÇÃO JURÍDICA DE UMA EMPRESA
Como já sabemos, as empresas podem assumir diferentes formas e tamanhos, porém, do ponto de vista jurídico, as sociedades empresariais são classificadas em duas formas jurídicas básicas: o empresário e a sociedade empresária. A forma empresária é representada por um único proprietário; já a sociedade empresária é decorrência da associação de duas ou mais pessoas, que constituem uma entidade com personalidade jurídica distinta daquela dos indivíduos que a compõem.
Empresário
É o conceito que reúne dois elementos conjuntos: atividade econômica e um estabelecimento. Desta forma, o empresário exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, substituindo o conceito de firma individual do velho Código Comercial.
Assim sendo, uma situação em que a empresa é representada por um único empresário ou proprietário, que responde totalmente pelos seus negócios. Geralmente trata-se de uma pequena empresa, na qual o proprietário toma todas as decisões e dirige a empresa sozinho ou com alguns poucos empregados. O capital da firma individual é oriundo de recursos próprios ou de empréstimos em curto prazo.
A quantidade de firmas individuais que existem no mercado é impressionante, mas no que diz respeito ao volume de faturamento de todas as empresas no país, a sua participação é relativamente pequena.
De acordo com o novo Código Civil, algumas mudanças ocorreram. O Estatuto da Micro e Pequena Empresa (MPE) e o Simples conceituam micro e pequena empresa, porém nada comentam sobre o termo “pequeno empresário”. O novo Código Civil oferece algumas vantagens ao pequeno empresário, porém não o define nem estabelece se o porte relaciona-se às MPEs do Estatuto (Lei nº 9.841/99) ou do Simples (Lei nº 9.317/96).
Ainda segundo o novo Código Civil, o empresário é o nome dado à empresa individual.
Uma sociedade forma-se quando duas ou mais pessoas se associam e constituem uma entidade com personalidade jurídica distinta daquela dos indivíduos que a compõem. As sociedades são também chamadas de sociedades comerciais ou sociedades de pessoas.
Sociedades são empresas constituídas de dois ou mais proprietários que se associam no mesmo negócio, com o objetivo de obter lucro. Segundo o novo Código Civil, há duas espécies de sociedades: a sociedade simples e a sociedade empresária.
Sociedade simples
É uma sociedade constituída por pessoas que mutuamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica e a dividir entre si os resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de empresário.
A sociedade simples é considerada pessoa jurídica e substitui o antigo conceito de empresa individual e também a antiga sociedade de capital e indústria, que deixa de existir.
A administração da sociedade simples envolve novos aspectos, onde o sócio-gerente deixa de ser o principal responsável pelos atos da empresa e passa a ter uma função secundária, isto é, passa a ser o subordinado do administrador, pessoa que pode, se quiser, nomear o empregado de sua confiança para exercer a função de gerente.
Sociedade empresária
As empresas com forma jurídica de sociedade empresarial podem apresentar-se sob diferentes formas, de acordo com os interesses dos sócios e também do tipo do negócio. A sociedade empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, constituindo elemento de empresa. É considerada pessoa jurídica. No Quadro 1 demonstramos as principais formas de sociedade empresária.
Quadro 1 – Formas de sociedade empresária
Fonte: O Autor (2014)
Questão para Reflexão
3. Com relação a busca de financiamento, como você pode diferenciar divida de equidade? 
A BUSCA DE FINANCIAMENTO
Muitos empreendedores dizem que, no Brasil, obter financiamento é algo muito complicado, devido às exigências estabelecidas pelos agentes financiadores (bancos, financeiras, etc.) e também por causa das altas taxas de juros cobradas e pela dificuldade em honrar os pagamentos depois de concretizado o acordo. O Brasil não é um exemplo de financiador de pequenas empresas, porém algumas atitudes por parte do empreendedor também deveriam ser tomadas para mudar tal cenário. O empreendedor deve utilizar a sua capacidade de planejar e a habilidade de negociação e também seu networking no intuito de identificar as melhores alternativas no mercado para injetar capital em seu negócio.
Os tipos de financiamento são divididos em dívida (dinheiro emprestado é obtido junto com alguma garantia dada) ou equidade (é uma quantia de capital injetado na empresa em forma de ativo). Na maior parte dos negócios faz-se a opção por dívidas de longo prazo ou por equidade de capital, a fim de preparar o crescimento da empresa.
A grande vantagem do empréstimo é que o processo é simples e rápido, onde o empreendedor não precisa abrir mão das ações da empresa, isto é, ter vários sócios, como na equidade. A desvantagem está no risco envolvido quando se contrai uma dívida muito maior, uma vez que não se tem certeza de que o negócio vai crescer o suficiente para horar seus compromissos. Neste caso, não há uma regra que defina qual a melhor opção. Os empreendedores de sucesso combinam a dívida com a equidade, e para tanto o mesmo deve conhecer as opções existentes, bem como os riscos envolvidos.
Em um negócio no estágio inicial, geralmente as melhores opções para os empreendedores são os empréstimos e as economias pessoais da família e amigos, angel investors (pessoas físicas), entrar em incubadoras de empresas, programas governamentais, etc. (Quadro 2), uma vez que os bancos, as financeiras e empresas de leasing exigem altas taxas de juros para efetuar os empréstimos, o que inviabilizaria o empreendimento.
Em qualquer modalidade, o Plano de Negócios é a principal ferramenta que o empreendedor possui para a busca de capital, pois é pela análise dele que os investidores irão decidir ou não por aplicar recursos na empresa.
Quadro 2 – Opções para a obtenção de financiamento inicial
Fonte: O autor (2014)
Link
Para fixar conhecimento, acesse:
http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/10-dicas-para-nao-afastar-um-anjo-investidor-da-sua-startup/80561/
http://www.administradores.com.br/noticias/administracao-e-negocios/projeto-de-lei-incentiva-investidores-anjo/85437/
http://www.administradores.com.br/entrevistas/administracao-e-negocios/como-pensa-e-investe-um-anjo/130/
Incubadoras de Empresas
As incubadoras são empresas sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio inicial de empresas nascentes que se enquadram em determinadas áreas de negócio. Também podem ser definidas como um ambiente flexível encorajador,onde são oferecidas facilidades para a instalação e crescimento de novos empreendimentos, além de proporcionar assessoria na gestão técnica e empresarial do novo negócio. A incubadora oferece a possibilidade de serviços compartilhados, tais como laboratórios, telefone, internet, fax, copiadoras, correios, água, luz, segurança, aluguel de área física etc. Desta forma, uma incubadora é um mecanismo de aceleração do desenvolvimento de empreendimentos, geralmente mantido por entidades governamentais, universidades, etc.
Franquia (franchising)
A franquia refere-se ao licenciamento do uso de marcas. Constitui a transferência para um segundo empresário de toda a história de sucesso de determinada marca, incluindo, entre outros itens, o repasse de informações nos campos de tecnologia, gestão do negócio, treinamento e merchandising.
Franqueador é quem concede e vende a franquia, seja pessoa física ou jurídica. Geralmente, o franqueador desenvolve e experimenta na prática o conceito do negócio e a tecnologia de operação que o envolve, e concede a franquia, autorizando o franqueado a fazer uso dela na implantação, administração e operação de um negócio que deverá funcionar de acordo com aquele conceito.
Franqueado é quem adquire a franquia, seja pessoa física ou jurídica, pagando ao franqueador, quase sempre, uma taxa inicial, além de royalties periódicos e outros valores. O franqueado é o responsável pela instalação, operação e administração da franquia, atuando conforme as normas ditadas pelo franqueador. Ele banca todos os custos de instalação e todas as despesas de operação e administração da franquia.
Vídeo
Para aprofundar seus conhecimentos assista:
“Investidor Anjo”
https://www.youtube.com/watch?v=qcxx9h0IxGc
“Como conseguir investimento para empreender, com Marcelo Amorim – JustTV -10/11/10”
https://www.youtube.com/watch?v=wJKSo0BuRX4
Questão para Reflexão
4. Na sua opinião, quais as vantagens de instalar-se em uma incubadora de empresas? E quais as desvantagens?
5. Com relação a franquias, você como um empreendedor o que acha a respeito de ser um franqueado? Quais as vantagens e desvantagens?
Para Discutir
Agora que já estudamos questões legais para abrir ou ampliar seu próprio negócio, faça uma postagem no Fórum: em que setor você aconselharia um futuro empreendedor na abertura de um negócio?
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
______ . Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
______ . Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SUGESTÕES DE LEITURA
AIDAR, Marcelo Marinho. Empreendedorismo. São Paulo: Cengage, 2007.
BARON, Robert A. SHANE, Scott A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor.  São Paulo: Saraiva, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor.  2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
______ . Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
______ . Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
FERREIRA, Manuel Portugal. Ser empreendedor: pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010.
GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR (GEM). Empreendedorismo no Brasil: 2012. Curitiba: IBQP, 2012. 
HASHIMOTO, Marcos. Espírito empreendedor nas organizações: aumentando a competitividade através do intraempreendedorismo. São Paulo: Saraiva, 2006.
SEBRAE. Site institucional. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/planodenegocio_946.asp>. Acesso em: 20 jan. 2014.
SEBRAE. Pesquisa GEM 2012. Disponível em: <http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/9696c98c23d137fd0d8af1300d9742b0/$File/4226.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2013.

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