Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* ANESTÉSICOS LOCAIS E INALATÓRIOS * * O anestésico ideal: O bloqueio tem que ser reversível; Causar o mínimo possível de irritação; Se difundir bem pelo tecido; Ter boa eficácia; Período de ação adequado; A duração do efeito depende: AL Diâmetro da fibra (+ grossa ↓ duração); Droga; Irrigação da área; * * ANESTÉSICOS LOCAIS Erytroxylon coca: Arbusto andino; Princípio ativo isolado em 1860: Cocaína; Primeiro AL descoberto; Uso clínico proposto por: Sigmund Freud, Karl Koller. 1892: sintetizada a Procaína; - Não causa dependência; - Não possui ação vasoconstritora; - É o protótipo dos AL; * * Como agem: bloqueiam reversivelmente a condução nervosa; Bloqueia tanto as fibras sensitivas como as motoras; Há recuperação completa da função sem dano as células ou as fibras; Ocorre perda da sensibilidade dolorosa pelo bloqueio da condução ao SNC; Não ocorre perda da consciência; Quando injetados na pele → impedem a geração e transmissão de impulsos sensoriais; É necessária concentração suficiente no local de ação; * * Prejudicam a concentração: - Processos inflamatórios (pH ↓: as bases recebem íons hidrogênio e tornam-se carregadas positivamente -ionizadas ou polarizadas → diminui a penetração na membrana); - Regiões infeccionadas; - Abscessos; As sensações desaparecem na seguinte ordem: Dor – Frio – Calor – Tato – Sensibilidade articular – Pressão Profunda; Os AL atravessam a membrana do nervo por difusão obedecendo um gradiente de concentração que depende: - Lipossolubilidade da droga; - pH do meio; - [medicamento] * * Velocidade de metabolização depende: - Lipossolubilidade; - Ligação à proteínas plasmáticas; Biotransformadas pelas esterases: plasmáticas e hepáticas; Excretados quase que totalmente pelos rins; Mecanismo de ação: São estabilizadores de membrana, ou seja: - ↑ o limiar de excitabilidade da membrana; - ↓ a permeabilidade da mesma aos íons sódio e potássio; * * * * Usos: Procedimento cirúrgicos; TIPOS DE ANESTESIA Os AL são adm. em regiões próximas as manobras; Superficial ou tópica - Adm. do AL sobre a pele ou mucosa; - Muito eficientes: olho, nariz, boca; - Pouco eficazes na pele (camada córnea impede a absorção); - Pomadas ou Spray; - Produzem adormecimento local; * * 2. Perineural Bloqueio da condução do nervo sensitivo da região; É necessário levar o AL bem próximo ao nervo; 3. Por Infiltração Método mais utilizado; Adm. pequenas quantidades nos tecidos: via subcutânea e + profundamente em áreas musculares; O medicamento se difunde até as terminações nervosas; * * 4. Espinhal Adm. em alguma parte do canal espinhal → paralisando as regiões inervadas; Subaracnóide: adm. abaixo da aracnóide (licor); Epidural/Peridural: adm. próximo a dura-máter; 5. Intravenosa (regional) Adm. IV depois de se interromper a circulação por um torniquete → Anestesia regional por embebição; 6. Intra-articular - Para fins de diagnóstico (Eqüinos); * * Associação com vasoconstritores: Adrenalina: - Menor absorção sistêmica do AL; - Aumento da duração do efeito; ANESTÉSICOS LOCAIS USADOS NA MEDICINA VETERINÁRIA Cloridrato de Procaína - Menos tóxico dos AL; - Anestesia de curta duração: 30-60’; - Não utilizar com sulfas (mesma enzima de degradação); - Ilegalmente: cavalos de corrida (ação analgésica); * * Cloridrato de Lidocaína - Dobro da potência da Procaína; - Período de ação: 60-120’; Cloridrato de Bupivacaína - 4 x + potente que a Lidocaína; - Ação duradoura: 2-4 hs; - Usos: bloqueios regionais e epidural; Cloridrato de Tetracaína - Potência e toxicidade 10 x maior que Procaína; - Uso: anestesia tópica; Cloridrato de Prilocaína - Potência e duração de ação semelhante a Lidocaína, mas com menor toxicidade; * * Efeitos tóxicos (absorção sistêmica acidental): - Ação no SNC e músculo cardíaco - Depressão do SNC - Evolução para excitação e convulsões - Acidose - Hipotensão arterial Usos: Tetracaína: soluções oftálmicas e otológicas; Prilocaína: uso odontológico; * * * * ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Os anestésicos inalatórios atuam no cérebro e medula espinal produzindo inconsciência e analgesia; Mecanismo de ação: não totalmente esclarecido; Especula-se: ação direta nos neurônios → particionamento dentro da bicamada lipídica da membrana; A maioria é líquida a temperatura ambiente: deve ser vaporizada para ser administrada aos pulmões; Do alvéolo se difunde para o sangue venoso pulmonar; * * * * Produzem os seguintes efeitos nos sistemas corporais: Depressão generalizada do SNC; Depressão da respiração alveolar (principalmente em ruminantes); Diminuição da contração do miocárdio; Relaxamento moderado da musculatura; Hipotermia; Diminuição do fluxo sanguíneo hepático e renal; * * HALOTANO Causa grande aumento no fluxo sangüíneo cerebral (não usar em paciente com pressão intracraniana ↑); Altamente lipossolúvel (recuperação mais lenta); ÓXIDO NITROSO Pouco lipossolúvel (recuperação rápida); Baixa potência; METOXIFLURANO Um dos mais potentes; Indução e recuperação lenta; * * ISOFLUORANO Baixa lipossolubilidade (rápida recuperação); Não existem relatos de toxicidade hepática ou renal na Veterinária; Induz menor vasodilatação cerebral e depressão cardíaca; Anestésico de escolha para pacientes críticos; * Os anestésicos locais bloqueiam fisicamente por interacções lipofílicas (ocluindo o poro) os canais de sódio das membranas dos terminais dos neurónios. O grupo lipofílico (lipossolúvel) é necessário para a passagem da molécula pela membrana da célula nervosa, enquanto o grupamento hidrofílico (ionizável) interage com o receptor celular. Quando o pH do meio não favorece essa transformação, a ação anestésica não se processa. É o que ocorre em presença de processos inflamatórios e/ou infecciosos, em que o pH tecidual extremamente baixo promove ionização da molécula, impedindo sua ação. Em meio ácido, as bases recebem íons hidrogênio e tornam-se carregadas positivamente (ionizadas ou polarizadas), diminuindo sua capacidade de atravessar membranas celulares (menor lipossolubilidade).
Compartilhar