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* METABOLISMO MICROBIANO Parte 1 * * * Diversidade Metabólica Microbiana Macronutrientes: C, O, N, S entre outros Micronutrientes ou elementos traços: Fe, Zn, Ni, Mn, Co Fatores Químicos e Físicos – para crescimento * * Fatores do ambiente que afetam o crescimento microbiano Atmosfera Temperatura pH Disponibilidade de água * * Anaeróbios- uma grande variedade de procariotos, alguns fungos e alguns protozoários Respiração aeróbia Respiração aeróbia, anaeróbia ou fermentação Respiração aeróbia Fermentação Respiração anaeróbia ou fermentação Classificação quanto a exigência de oxigênio * * Curva de Crescimento Celular * É a soma de todos as reações químicas dentro de um organismo vivo. Visto como ato de balanceamento de energia (liberação ou requerimento de E) * METABOLISMO 2 tipos Reações químicas: Liberam / geração energia- Reações catabólicas ou degradativas Consomem energia – Reações anabólicas ou biossintéticas 1 * * CATABOLISMO E ANABOLISMO Quebra de polímeros em monômeros – energia resultante armazenada em forma de ATP ou GTP Síntese de ATP - Liberação de energia em reação de Oxidação-redução SUBSTRATO PRODUTO MACROMOLÉCULAS MONÔMEROS * * Proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, componentes celulares. * * Requerimento de energia NECESSIDADES * Para a maioria dos microrganismos a energia é retirada de moléculas químicas (nutrientes) Para outros a energia é proveniente da luz. * Fontes de energia Energia luminosa Reações * * Reações de oxidação-redução (redox) São reações onde elétrons se movem de um doador, o agente redutor, para um receptor de elétrons, o agente oxidante. Elétrons não podem ficar livres na solução – existir como parte de átomo ou molécula Qualquer substância oxidada deve outra deve ser reduzida * * Reações de oxidação-redução Molécula orgânica oxidada: perda de 2 átomos H+ Molécula de NAD+ é reduzida Oxidação – remoção de 1 ou mais elétrons Redução – adição de 1 ou mais elétrons Oxidação-redução envolve somente elétrons ou 1 elétron+ 1 protón (H+) * * Reações biológicas de oxirredução A coenzima reduzida, NADH, contém mais energia que NAD+. Essa energia pode ser usada para gerar ATP em reações posteriores NAD+ - nicotinamida adenina dinucleotídeo (reações catabólicas – liberam E) NADP+ - nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (anabólicas – requerem E) * Reação de oxidação-redução, envolvendo as formas oxidadas e reduzidas de NAD+ e NADH NAD+ e NADH facilitadores da reação redox sem ser consumido no processo – necessidade de pequena quantidade de NAD+ e NADH para atender enzimas redox presente na célula (coenzimas utilizadas no mecanismos de reação) * * Coenzimas – Carreadores de elétrons Carreadores de elétrons atuam removendo elétrons do substrato e os doando a outras moléculas em reações subsequentes. Coenzimas mais importantes: Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo NAD+ (reações catabólicas – liberam E) Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Fosfato NADP+ (anabólicas – requerem E) Flavina Mononucleotídeo FMN Flavina Adenina Nucleotídeo FAD Grupos prostéticos * * Estrutura da coenzima NAD+ Adição de um H = NADH Transferidor de elétrons * Estrutura da coenzima FAD * * Potencial de Redução - E’0 + E’0 = tendência de receber elétrons (ser reduzido) - E’0 = tendência de doar elétrons (ser oxidado) >E’0 > energia liberada na reação de oxirredução * * Potencial de Redução Torre Redox Maneira de visualizar reações de transferência de elétrons em sistemas biológicos - faixa de potenciais de redução possíveis de pares redox (mais negativo – topo – mais positivo – base) Maior tendência em doar elétrons (substância reduzida) Maior tendência em receber elétrons (substância oxidada) Aceptor de elétrons mais forte ∆G0= qto maior distância da queda de elétrons (doador até aceptor) - maior a E liberada * Potencial de Redução Torre Exemplo microrganismos: Fermentação Respiração Anaeróbica Respiração aeróbica * Compostos que armazenam energia ∆G0 (E liberada) da hidrólise da ligação fosfato Qualquer composto pode ser hidrolisado para gerar energia, porém células utilizam compostos > -30 kJ/mol = “moeda” energética (armazenamento de energia) Composto de fosfato mais rico em energia Maior distância-queda de e- (maior E liberada) -55 a -60 kj (gasto energético real em uma célula) – síntese de 1 mol de ATP * * Compostos que armazenam energia - ATP Substância solúvel Moléculas para reserva temporária de energia Energia para trabalho celular (liberação de energia – conversão de ATP = ADP + Pi Polímeros insolúveis – depositados na célula como grandes grânulos (reserva de energia a longo prazo) * * Produção de ATP Uma fonte de energia (doador de e-) Transferência dos e- para carreador durante a reação de oxidação-redução Transferência dos e- um aceptor final * 1) Fosforilação em nível de substrato 2) Fosforilação oxidativa 3) Fotofosforilação – Ocorre somente em células fotossintéticas (contém pigmentos) Ex2) 1,3 di-P-glicerato 3-P glicerato Ex1) 2-P-glicerato PEP piruvato ADP + Pi + energia ATP Produção de ATP ATP formado quando um P diretamente transferido de um composto fosforilado e- transferido do composto orgânico para um grupo de carreadores de e- (NAD+ ou FAD), passados através de uma série de diferentes carreadores a 02 ou outras mol. inorgânicas Inicia o processo de transformação de E luminosa a E química de ATP e NADPH – utilizados para sintetizar mol orgânica * 1. Fosforilação em nível de substrato * Glicólise Produção de ATP ATP formado quando um P diretamente transferido de um composto fosforilado (substrato) a ADP C-C-C~P + ADP – C-C-C + ATP 2 ATP Fosforilada pelo ATP Reações REDOX Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase (redução) * 2) Fosforilação oxidativa * Cadeia de transporte de elétrons - Sequência de carreadores Produção de ATP e- transferido composto orgânico para grupo carreadores de e- (NAD+ ou FAD); Série de diferentes carreadores a 02 ou outras mol. Inorgânicas; Membrana plasmática (procariotos) ou m. mitocondrial (eucariotos) Carreadores: formados por coenzimas e grupos prostéticos Energizada por força proton motiva – estado energizado da membrana Dissipa parte da energia na formação de ATP * 3.Fotofosforilação O NADPH é utilizado para reduzir o CO2 no processo de fixação do CO2 Organismos fototróficos – processo de fotossíntese Procariotos não possuem cloroplastos – pigmentos fotossintéticos integrados a sistemas membranosos internos A energia da luz é utilizada para a síntese de ATP * Produção de ATP Cadeia transportadora de elétrons Fotofosforilação cíclica: direto da energia solar Fotofosforilação acíclica: Fotossistema I – predomina a clorofila a (cianobactérias) – ao ser iluminada perde par de e- (recolhido por aceptor especial - ferridoxina); Fotossistema II – clorofila b (ex: bactérias púrpuras) – excitada pela luz – perde par de e- (atravessam cadeia de citocromos) ocupando local deixado por clorofila a (liberação de E e produção de ATP * 3.Fotofosforilação Organismos fototróficos Processo de fotossíntese A energia da luz é utilizada para a síntese de ATP * Produção de ATP Fotofosforilação cíclica: direto da energia solar Fotofosforilação acíclica: Fotossistema I – predomina a clorofila a – ao ser iluminada perde par de e- (recolhido por aceptor especial - ferridoxina); Fotossistema II – clorofila b – excitada pela luz – perde par de e- (atravessam cadeia de citocromos) ocupando local deixado por clorofila a (liberação de E e produção de ATP * Catabolismo das Moléculas Orgânicas * Reação catabólica ou degradativa: Quebra de compostos orgânicos complexos em simples Reações de hidrólise e exergônica (produzem + E que consomem) 2 * * GLICOSE: principal fonte de energia de carboidrato 2ATP 2ATP 34ATP 38ATP (Total) Oxidação do acetil (derivado do Ác. Pirúvico) em CO2 NADH e FADH2 – oxidados e entregues a uma “cascata” de reações e a energia gera ATP Etanol Ácido Lático * * Respiração Processo de geração de ATP moléculas são oxidadas até um aceptor final de elétrons. Respiração aeróbica: O2 – aceptor final de elétrons. Respiração anaeróbica: NO3-, SO42-, CO32-, fumarato – aceptores finais de elétrons. * Objetivo: Oxidação de carboidratos (principalmente glicose) à piruvato. (1a etapa no catabolismo de carboidratos) 2 estágios: Estágio 1- sem reação de óxido-redução. - Consumo de 2 ATPs Estágio 2- reação de óxido-redução e produção de 4 ATPs Rendimento energético líquido: 2ATPs + 2 NADH + H+ Alguns compostos intermediários são usados na via biossintética * Glicólise ou via Embden-Meyerhorf-Parnas Via Pentose Fosfato – simultaneamente com a glicose e fornece condições para quebra de açúcar de 5C Importante.: Via importante produtora de coenzima reduzida NADPH a partir de NADP+ Produz somente 1 mol. de ATP Via Entner-Doudoroff – produz 2 mol de NADPH e 1 mol de ATP (utilizar em reações biossintéticas) Ex.: Bactérias metabolizam glicose sem glicólise ou Via PF * Glicólise * Redução Produção pela fosforilação a nível de substrato Via com uma série de 10 reações e cada uma catalisada por 1 enzima diferente Glicose entra na célula - fosforilada G-6-F rearranjada a F-6-P P de outro ATP é usado p formar F-1,6-P Enzima quebra açúcar em 2 mol. De 3C – DHAP e G-3-P DHAP convertida em G-3-P Enzima converte GP em Ác.-1,3-DFG P de alta E é transferido ao ADP formando ATP (1ª ATP) Enzima transfere P do Ác-3-FG para formar Ác-2-FG Perde-se mol de H2O (Ác-2-FG é convertido a PEP – ligação fosfato é alta E P de alta E é transferida PEP ao ADP formando ATP * Para cada mol. de ácido pirúvico, 3 mol. de CO2 são formadas. Série de oxidações-reduções transferem a E potencial para coenzimas transportadoras de e-; Derivados do Ác. Pirúvico são oxidados e Coenzimas reduzidas; Formação de compostos intermediários - via anabólica Ex: Acetil coA síntese de ácidos graxos (onde está armazenada gde qt de E) cetoglutarato e oxalacetato precursores de diversos aminoacidos succinil coA necessario p formação de citocromos, clorofila oxalacetato síntese de fosfoenolpiruvato para formar glicose (gliconeogênese) Rendimento líquido: 3 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP * Ciclo do ácido Cítrico = Ciclo de Krebs (TCA) * * Ciclo do ácido Cítrico = Ciclo de Krebs Rendimento líquido: 3 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP 1: Volta do ciclo começa com uma enzima retirando a porção CoA. Adição de acetil a mol forma ác. citrico 2-4 : Oxidações gerando NADH (oxidação de NAD+) e liberação de CO2 5: ATP formado pela fosforilação a nível substrato 6-8 : Enzimas rearranjam ligações químicas - produção 3 diferentes mol. Antes de regenerar Ác. oxalacético Não entra diretamente no TCA (perde 1 mol de CO2 e ganha CoA) – descaboxilação Redução Átomos de H liberados pela conversão – capturados por NAD e FAD OBS.: ATP - vem da fosforilação a nível de substrato (Glicólise e Ciclo de Krebs) * Carreadores associados à membrana (bactérias). As reações de transporte de elétrons membrana citoplasmática potencial energético (força próton motiva) energia armazenada na forma de ATP. Sequência dos carreadores: diferente para cada microrganismo Alternância dos carreadores que transportam somente elétrons e os que transportam somente átomos de H. Três principais classes de carreadores: FMN (Flavoproteínas), citocromos e Ubiquinonas (Coenzima Q) – não protéicas. Objetivo CTE – Liberação de Energia de e- transferido de compostos de alta Energia para compostos de baixa Energia. * Cadeia de transporte de elétrons (CTE) * * Cadeia de transporte de elétrons e geração de ATP Transferência de e- de alta E (NADH a FMN) NADH Oxidado FMNH2 transfere 2H+ para outro lado da membrana e 2 e- para Q e- passados de Q s citocromos – reduz ao receber e- e oxidada ao doar – cit a3 transfere e- ao O2 Torna negativamente carregado e recebe próton – H2O FMN e Q – Absorvem e liberam próton e e- Citocromos (cit) – Transferência de e- Acúmulo de prótons – fornece E para geração de ATP * * Cadeia de transporte de elétrons e geração de ATP * * ATP-Sintase - Geração de ATP Quimiosmose: síntese de ATP utilizando a CTE E liberada – movimentação ao longo de um gradiente – utilizada para sintetizar ATP Quimiosmose – responsável pela maior produção de ATP Canal de proteína que contem a enzima ATP-sintase (difusão de próton através da membrana) Ocorrência do fluxo: E é liberada e utilizada para sintetizar ATP de ADP+Pi Complexo que converte força próton motiva em ATP Polipeptideos diferentes – conversão de ADP+Pi em ATP * * ATP-Sintase - Geração de ATP * Balanço energético cadeia de transporte de elétrons 10 NADH = 30 ATP 2 FADH2 = 4 ATP 34 ATP * Cadeia de transporte de elétrons * * ATP: 2 (glicólise) + 2 (Ciclo do ácido cítrico)+34 = 38 ATP (procariotos) C6H12O6 + 6O2 + 38ADP + 38P 6CO2 + 6H2O + 38ATP (procariotos) 38ATP (procariotos) 36ATP (eucariotos) – Parte da E perdida – movimentação de e- através da membrana mitocondrial Balanço energético da respiração aeróbica * * Balanço energético da respiração aeróbica * Respiração Anaeróbica Respiração anaeróbica: o aceptor final de elétrons é uma substância oxidada diferente do oxigênio (O2) Aceptor de elétrons pode ser: NO3-, SO4-, CO32-, fumarato Nenhum aceptor alternativo apresenta potencial tão oxidante quanto O2. Tem rendimento energético menor do que a respiração aeróbica - variado (microrganismos anaeróbicos tendem a crescer mais lentamente). Desnitrificação: NO3- NO2- NO N2O N2 * EX.: * Potencial de Redução Torre Exemplo microrganismos: Fermentação Respiração Anaeróbica Respiração aeróbica * * PRÓXIMA AULA: Parte 2 * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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