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CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy 1. SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso é composto basicamente de células especializadas, cuja função é receber os estímulos sensoriais e transmití-los para os órgãos efetores, tanto musculares, como glandulares. Os estímulos sensoriais que se originam no exterior ou interior do corpo (aferentes) são correlacionados dentro do sistema nervoso e os impulsos eferentes (de resposta) são coordenados, de modo que os órgãos efetores atuam harmoniosamente, em conjunto, para o bem-estar da pessoa. Ainda mais, o sistema nervoso das espécies superiores tem a capacidade de armazenar as informações sensoriais recebidas durante as experiências anteriores e tais informações, quando apropriadas, são integradas com outros impulsos nervosos e canalizadas para a via eferente comum. 1.1 ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO Existem diferentes maneiras de dividir o Sistema Nervoso (levando-se em conta critérios anatômicos, embriológicos, funcionais e quanto à segmentação). O sistema nervoso é um todo. Sua divisão em partes tem um significado exclusivamente didático, pois as várias partes estão intimamente relacionadas do ponto de vista morfológico e funcional. Divisão com Base em Critérios Anatômicos - Sistema Nervoso Central (SNC) Encéfalo Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Bulbo Ponte Mesencéfalo Medula Espinhal Nervos - Sistema Nervoso Periférico (SNP) *Gânglios * Gânglios: São grupos de células nervosas associadas a nervos. Divisão com Base em Critérios Embriológicos Nesta divisão as partes do sistema nervoso central recebem o nome da vesícula primária que lhes deu origem. Divisão com Base em Critérios Funcionais Aferente - Sistema Nervoso Somático Eferente Aferente - Sistema Nervoso Visceral Eferente = Sistema nervoso autônomo O sistema nervoso somático também pode ser chamado de sistema nervoso da vida de relação e é o que relaciona o organismo com o meio ambiente. O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que se passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando, pois, em movimentos voluntários. CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e controle das estruturas viscerais. É muito importante para integração das diversas vísceras no sentido da manutenção da constância do meio interno. Divisão com Base na Segmentação ou Metameria Podemos dividir o sistema nervoso em Sistema Nervoso Segmentar e Sistema Nervoso Supra-Segmentar. A segmentação no sistema nervoso é evidenciada pela conexão com os nervos. Pertence, pois, ao sistema nervoso segmentar todo o sistema nervoso periférico, mais aquelas partes do sistema nervoso central que estão em relação direta com os nervos típicos, ou seja, a medula espinhal e o tronco encefálico. O cérebro e o cerebelo pertencem ao sistema nervoso supra-segmentar. Os nervos olfatório e óptico se ligam ao cérebro, mas não são nervos típicos. Esta divisão põe em evidência as semelhanças estruturais e funcionais existentes entre a medula e tronco encefálico, órgãos do sistema nervoso segmentar, em oposição ao cérebro e cerebelo, órgãos do sistema nervoso supra-segmentar. Assim, nos órgãos do sistema nervoso supra-segmentar, a substância cinzenta se localiza por fora da substância branca e forma uma camada fina, o córtex, que reveste toda a superfície do órgão. Já nos órgãos do sistema nervoso segmentar, não existe o córtex e a substância cinzenta pode localizar-se por dentro da branca, como ocorre na medula. 2. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL 2.1 GENERALIDADES A medula espinhal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem ocupá-lo completamente. No homem mede de 42 a 45cm, sendo um pouco menor na mulher. Etimologicamente medula significa miolo e indica aquilo que está dentro. Logo a medula espinhal é assim denominada por estar dentro do canal vertebral. Ela é o órgão que inerva as áreas motoras e sensoriais de todo o corpo, sendo ela a responsável por receber impulsos sensoriais e enviar impulsos motores (somáticos e viscerais) para todo o organismo. Alem disso, possui um sistema próprio que permite os reflexos medulares sem a atuação do encéfalo. 2.2 LIMITES Cranialmente a medula limita-se com o bulbo ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula situa-se geralmente na segunda vértebra lombar (L2). A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal . 2.3 FORMA E ESTRUTURA GERAL DA MEDULA A medula apresenta forma aproximadamente cilíndrica, sendo ligeiramente achatada no sentido ântero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical e intumescência lombar, situadas em nível cervical e lombar, respectivamente. As intumescências cervical e lombar correspondem às áreas em que fazem conexão com a medula as grossas raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral, destinadas à inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. A formação destas intumescências se deve à maior quantidade de neurônios, e portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e que são necessárias para a inervação dos membros superiores e inferiores. Esta interpretação encontra apoio na anatomia comparada: o estudo de canais vertebrais de dinossauros mostrou que estes animais, dotados de membros anteriores diminutos e membros posteriores gigantescos, praticamente não possuíam intumescência cervical, enquanto que a intumescência lombar rivalizava em tamanho com o próprio encéfalo. Já um CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy animal gigastesco como a baleia, mas com massas musculares igualmente distribuídas ao longo do corpo, possui medula muito larga, mas sem dilatações locais. A superfície da medula é recoberta por toda sua extensão por sulcos longitudinais: sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateral posterior. Próximo ao tronco encefálico (na medula cervical) possui ainda o sulco intermédio posterior, que continua em um septo intermédio posterior. De todos estes sulcos destacam-se dois: o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior, que representam os pontos de conexão das raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais, respectivamente.2.4 DISPOSIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS BRANCA E CINZENTA MEDULARES Na medula a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta ou de um H. Nela distingui-se de cada lado três colunas que aparecem em secções transversais: anterior, posterior e lateral (figuras). No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula, resquício da luz do tubo neural do embrião. Nos adultos o canal central da medula é geralmente fechado sendo aberto apenas em níveis cervicais. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. A substância branca é formada por fibras em sua maioria mielínicas, que sobem e descem na medula espinhal. 2.5 CONEXÕES COM OS NERVOS ESPINHAIS Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão pequenos filamentos nervosos denominados filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais. As duas raízes, por sua vez, se unem para formar os nervos espinhais, ocorrendo a união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. A conexão com nervos marca a segmentação da medula que entretanto, não é completa, uma vez que não existem septos ou sulcos transversais separando um segmento do outro. Considera-se segmento medular de um determinado nervo a parte da medula onde fazem conexão os filamentos radiculares que entram na composição deste nervo. Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, geralmente, 1 coccígeo. 2.6 TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, pois termina ao nível de L2. Abaixo deste nível, o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais dispostas em torno do cone medular e filamento terminal. Estas constituem, em conjunto, a cauda eqüina. A diferença de tamanho entre a medula e o canal vertebral, assim como a disposição das raízes dos nervos espinhais mais caudais, formando a cauda eqüina, resultam de ritmos de crescimento diferentes, em sentido longitudinal, entre a medula e coluna vertebral. Até o quarto mês de vida intra-uterina, medula e coluna crescem no mesmo ritmo. Por isso, a medula ocupa todo o comprimento do canal vertebral e os nervos, passando pelos respectivos forames intervertebrais, dispõem-se horizontalmente formando com a medula um ângulo aproximadamente reto. Entretanto, a partir do quarto mês, a coluna começa a crescer mais do que a medula, especialmente em sua porção caudal. Como as raízes nervosas mantêm suas relações com os respectivos forames intervertebrais, há o alongamento das raízes e diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, levando à formação da cauda eqüina. 3. ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TRONCO ENCEFÁLICO 3.1 GENERALIDADES CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. Divide-se em: bulbo, situado caudalmente; mesencéfalo, situado cranialmente; e ponte, situada entre ambos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico. 3.2 BULBO É também chamado de chamado de bulbo raquídeo ou medula oblonga e tem a forma de um tronco de cone, que continua caudalmente com a medula espinal. Mede aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm transversal (em sua parte mais larga) e sagitalmente e 1,3cm de espessura. Como não existe demarcação nítida entre medula e bulbo, considera-se que o limite entre eles está em um plano horizontal imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno do osso occipital. O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno ventral do órgão, o sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte. A superfície do bulbo é percorrida longitudinalmente por sulcos paralelos que continuam com os sulcos da medula. Estes sulcos delimitam as regiões anterior (ventral), posterior (dorsal) e lateral do bulbo. - Região ventral: nela é encontrada a fissura mediana anterior, que se estende ao longo de toda a medula e termina na borda inferior da ponte, no forame cego. De cada lado da fissura mediana existe uma eminência alongada, a pirâmide bulbar, formada por feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. Na parte caudal do bulbo, fibras deste tracto cruzam obliquamente o plano mediano em feixes interdigitados que obliteram a fissura mediana anterior e constituem a decussação das pirâmides. - Região lateral: está localizada entre os sulcos laterais anterior e posterior. Sua parte superior é amplamente proeminente, sendo chamada de oliva oval (mede aproximadamente 1,25 cm de comprimento). - Região posterior: essa região é dividida em níveis inferior e superior. A parte superior forma o pedúnculo cerebelar inferior. A organização caudal interna do bulbo é semelhante a da medula, mas à medida que se examinam secções mais superiores, notam-se diferenças cada vez maiores. Em nível olivar, praticamente não existe semelhança. Essas modificações ocorrem principalmente devido ao aparecimento de novos núcleos próprios do bulbo, a decussação das pirâmides, a decussação dos lemniscos e a abertura do IV ventrículo. A formação reticular bulbar ocupa uma grande área. Nessa região, há o centros respiratório, vasomotor e do vômito. 3.3 PONTE É a porção do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo. Está situada sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela turca do osso esfenóide. A base da ponte situa-se ventralmente e apresenta estriações transversais em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. Tais fibras se unem de cada lado formando o pedúnculo cerebelar médio (ou braço da ponte), que penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Percorrendo a superfície ventral da ponte (eixo longitudinal) encontra-se o sulco basilar, onde geralmente está alojada a artéria basilar. A ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino. A parte dorsal da ponte não apresenta demarcação com a parte dorsal da porção aberta do bulbo, constituindo ambas, o assoalho do IV ventrículo. 3.4 MESENCÉFALO O mesencéfalo interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é separado por um plano que liga os corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy Ventralmente observa-se dois pedúnculos cerebrais, que aparecem como dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro. Em vista dorsal, o mesencéfalo apresenta quatro proeminências arredondadas denominadas colículos superiores e inferiores (corpos quadrigêmeos), separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz. Na parte inferior do ramo longitudinal da cruz, aloja-se o corpo pineal, pertencente ao diencéfalo. 4. ANATOMIA MACROSCÓPICA DO CEREBELO 4.1 GENERALIDADES O cerebelo assim como o cérebro é um órgão pertencente ao sistema nervoso supra- segmentar. Encontra-se situado dorsalmente ao bulbo e a ponte, contribuindo pra a formação do IV ventrículo. Repousa sobre uma depressão do osso occipital denominada fossa cerebelar, abaixo do lobo occipital do cérebro. Liga-se ainda a medula e ao tronco encefálico através de conexões específicas, os pedúnculoscerebelares 4.2 ASPECTOS ANATÔMICOS O cerebelo é formado por uma porção ímpar e mediana, o vérmis e por duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. Em sua superfície observam-se sulcos transversais que delimitam lâminas finas conhecidas como folhas do cerebelo. Em sua organização interna, se reconhece um centro de substância branca, o corpo medular de onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, recebem o nome de árvore da vida. 4.3 DIVISÕES DO CEREBELO Para facilitar o estudo do cerebelo, podemos dividir o mesmo de duas formas. São elas: divisão ontogenética e divisão filogenética. A seguir faremos um estudo a cerca de cada uma dessas divisões: Divisão Ontogenética Essa divisão se baseia na segmentação do cerebelo em três porções denominadas lobos. Em seu desenvolvimento, surgiu primeiramente uma fissura póstero-lateral que dividiu o cerebelo em duas partes muito desiguais: o lobo flóculo-nodular formado pela união de duas porções menores, o flóculo e o nódulo, e o corpo do cerebelo, formado pelo restante do órgão. A seguir, aparece uma segunda fissura, a fissura prima, que por sua vez divide o corpo do cerebelo em mais dois lobos, o lobo anterior e o lobo posterior. Temos assim a seguinte divisão: Lobo anterior Corpo do cerebelo Lobo posterior Divisão Ontogenética Lobo flóculo-nodular Divisão Filogenética Os estudos de anatomia comparada indicam a existência de três fases na filogênese do cerebelo, as quais podem ser correlacionadas com a complexidade de movimentos realizados pelo grupo de vertebrados característicos de cada fase: 1ª fase: O cerebelo surgido nessa fase se chama arquicerebelo ou cerebelo vestibular. Essa primeira fase de evolução surgiu com o aparecimento dos vertebrados mais primitivos, como a CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy lampréia. Estes animais são desprovidos de membros e têm movimentos ondulatórios muito simples, havendo, entretanto, necessidade de se manterem em equilíbrio no meio líquido. Para isso o cerebelo recebe impulsos da porção vestibular da orelha interna, que informam sobre a posição do animal e permitem ao cerebelo coordenar a atividade muscular, de modo a manter o animal em equilíbrio. 2ª fase: O cerebelo da segunda fase surgiu com os peixes. Estes já possuem membros (nadadeiras) e são capazes de realizar movimentos mais elaborados. Neles surgiram, pela primeira vez, receptores especiais que levam ao cerebelo informações sobre o grau de contração dos músculos. Estas informações são importantes para a regulação do tônus muscular e da postura do animal. A parte do cerebelo que surgiu nesta fase, adicionando-se ao arquicerebelo, é denominada paleocerebelo. 3ª fase: O cerebelo da terceira fase surgiu com os mamíferos que desenvolveram a capacidade de utilizar os membros para movimentos delicados e assimétricos, os quais requerem uma coordenação nervosa muito elaborada. A parte do cerebelo que surgiu nesta fase de sua evolução, adicionando-se ao arquicerebelo e ao paleocerebelo, é denominada neocerebelo. O neocerebelo relaciona-se com o controle de movimentos finos. No homem, o arquicerebelo corresponde ao lobo flóculo-nodular, o paleocerebelo ao lobo anterior mais uma pequena porção do lobo posterior, enquanto o neocerebelo corresponde ao restante desse último lobo. 5. ANATOMIA MACROSCÓPICA DIENCÉFALO 5.1 GENERALIDADES O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. Embora intimamente unidos, estes apresentam características próprias e são estudados em separado. O telencéfalo se desenvolve enormemente em sentido lateral e posterior para constituir os hemisférios cerebrais. Deste modo, encobre quase completamente o diencéfalo, que permanece em situação ímpar e mediana, podendo ser visto na face inferior do cérebro. O diencéfalo compreende as seguintes estruturas: - Tálamo - Hipotálamo - Epitálamo - Subtálamo 5.2 III VENTRÍCULO Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrículo são expostas amplamente. Verifica-se então a existência de uma depressão, o sulco hipotalâmico. As porções da parede situadas acima deste sulco pertencem ao tálamo e as situadas abaixo, ao hipotálamo. A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico. 5.3 TÁLAMO São duas massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovóide, dispostas uma de cada lado, na porção látero-dorsal do diencéfalo, constituindo cerca de quatro quintos do seu volume. A principal função do tálamo é atuar como um centro retransmissor de todos os impulsos sensitivos e sensoriais, exceto o olfato, para o córtex cerebral. Massas especializadas de núcleos retransmitem os impulsos recebidos para localizações precisas no interior dos lobos cerebrais para devida interpretação. 5.3 HIPOTÁLAMO CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy O hipotálamo é uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com importantes funções, relacionadas principalmente com o controle da atividade visceral. O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, visíveis na base do cérebro: - Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte inferior do diencéfalo. - Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe as fibras mielínicas dos nervos ópticos, II par craniano, que aí cruzam em parte e continuam nos tractos ópticos que se dirigem através do tracto óptico ao corpo geniculado lateral. - Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e dos tractos ópticos, entre estes e os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo; - Infundíbulo: formação nervosa em forma de funil cuja extremidade inferior continua como o processo infundibular ou lobo nervoso da neuro-hipófise. 5.4 EPITÁLAMO O epitálamo limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, de forma piriforme, ímpar e mediana que repousa sobre o mesencéfalo. A base do corpo pineal prende-se anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas. A comissura posterior situa-se no ponto em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. 5.5 SUBTÁLAMO O subtálamo compreende a zona anterior de transição entre o diencéfalo e o mesencéfalo. É de difícil visualização, pois não se relaciona com as paredes do III ventrículo, podendo mais facilmente ser observado em cortes frontais do cérebro. Verifica-se então que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado medialmente pelo hipotálamo. 6. ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TELENCÉFALO 6.1 GENERALIDADES O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena parte mediana situada na porçãoanterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os dois hemisférios cerebrais realizam funções diferentes. Na maioria das pessoas, o hemisfério esquerdo controla habilidades analíticas e verbais, como ler, escrever e cálculo matemático. O hemisfério direito é a sede de tipos espaciais e artísticos de inteligência. O corpo caloso unifica a atenção e consciência entre os dois hemisférios e permite um compartilhamento de aprendizagem e memória Cada hemisfério possui 3 pólos: frontal, occipital e temporal; 3 faces: face súpero- lateral(convexa), face medial(plana) e face inferior ou base do cérebro(muito irregular), pousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo. 6.2 SULCOS E GIROS – DIVISÃO EM LOBOS A superfície do cérebro apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam giros ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento de superfície sem grande aumento do volume cerebral. Sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão escondidos nos sulcos. Muitos sulcos são inconstantes e não CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy recebem qualquer denominação. Outros, mais freqüentes, recebem denominações especiais e ajudam a delimitar os lobos e áreas cerebrais. De qualquer modo, o padrão de sulcos e giros do cérebro varia em cada cérebro, podendo ser diferente nos dois hemisférios de um mesmo indivíduo. Em cada hemisfério cerebral, os dois sulcos mais importantes são: - Sulco lateral (de Sylvius): inicia-se na base do cérebro e como uma fenda profunda que separa o lobo frontal do lobo temporal, dirige-se para a face súpero-lateral do mesmo. Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal, situados acima. - Sulco central (de Rolando): é um sulco profundo e geralmente contínuo que percorre obliquamente a face súpero-lateral do hemisfério, separando os lobos frontal e parietal. É ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central e outro posterior, giro pós-central. De um modo geral, as áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a motricidade, enquanto as situadas atrás desse sulco relacionam-se com a sensibilidade. O cérebro consiste de duas camadas. A camada superficial, que constitui o córtex cerebral, é composta de substância cinzenta que tem 2 a 4mm de espessura. Abaixo do córtex cerebral, está a espessa camada de substância branca do cérebro, que constitui a segunda camada. Os sulcos cerebrais ajudam a delimitar os lobos cerebrais, que recebem sua denominação de acordo com os ossos do crânio com os quais se relacionam. Assim, existem os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. Além destes, existe um quinto lobo, a ínsula, situado profundamente no sulco lateral e que não tem, por conseguinte, relação imediata com os ossos do crânio. 6.3 ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS A organização interna dos hemisférios cerebrais se assemelha à do cerebelo, sendo, pois características dos órgãos do sistema nervoso supra-segmentar. Assim, cada hemisfério cerebral possui uma camada superficial de substância cinzenta - o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca - o centro branco medular do cérebro, ou centro semi-oval. 6.4 NÚCLEOS DA BASE Localizados profundamente no interior de cada hemisfério cerebral existem várias massas de substância cinzenta conhecidas no conjunto como núcleos da base. Os núcleos, que são envolvidos por substância branca, estão compostos de grupos de corpos celulares. Os núcleos da base, como os neurônios do giro pré-central, estão envolvidos com funções motoras. 6.5. TRACTOS DE FIBRAS NERVOSAS CEREBRAIS No SNC, feixes de fibras nervosas estão agrupados em tractos. Existem três tipos de tractos na substância branca do cérebro: - Tractos de projeção: são vias formadas por fibras de projeção. Essas fibras conduzem impulsos nervosos descendentes (motores) do córtex do cérebro para outras regiões do encéfalo e medula espinhal, ou impulsos ascendentes (sensitivos) da medula espinhal e regiões inferiores do encéfalo (como o tálamo) para o córtex do cérebro. - Tractos de associação: são vias formadas por fibras de associação, que conectam várias áreas do córtex cerebral no interior do mesmo hemisfério. - Tractos comissurais: são vias formadas por fibras comissurais. Essas fibras conectam os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. O corpo caloso é o principal exemplo de tracto comissural. 7. MENINGES - LÍQUOR 7.1 GENERALIDADES O sistema nervoso central está envolvido por três membranas conjuntivas denominadas meninges. Estas estão dispostas, da mais superficial para a mais profunda, da CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy seguinte maneira: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes consideradas como uma formação única, a leptomeninge ou meninge fina, distinta da paquimeninge ou meninge espessa, constituída pela dura-máter. O conhecimento da estrutura e disposição das meninges é muito importante não só para a compreensão de seu importante papel de proteção dos centros nervosos, mas também porque elas são freqüentemente acometidas por processos patológicos, como infecções (meningites) ou tumores (meningioma). Além do mais, o acesso cirúrgico ao SNC envolve, necessariamente contato com as meninges, o que torna o seu conhecimento bastante relevante. 7.2 DURA MÁTER A meninge mais superficial é a dura-máter, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo vasos e nervos. A dura-máter do encéfalo difere da espinhal por se formada por dois folhetos, um externo e outro interno, dos quais apenas o interno continua com a dura-máter espinhal. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo dos mesmos. A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou quase toda a sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, responsável, assim, pela maioria das dores de cabeça. Pregas da Dura-Máter no Encéfalo Em algumas regiões encefálicas, o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são: - Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios cerebrais. - Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior ou supra-tentorial, e outro inferior ou infra-tentorial. - Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo, entre os dois hemisférios cerebelares. - Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que se fecha superiormente à sela túrcica, deixando apenas um pequeno orifício para a passagem da haste hipofisária. O diafragma da sela isola e protege a hipófise. 7.2 ARACNÓIDE É uma membrana muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo pequena quantidade de líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das duasmembranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém o líquido cerebrospinal, ou líquor. Há ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula. Considera-se como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para se ligar à pia-máter, e que são denominadas trabéculas aracnóides. As trabéculas aracnóides lembram, em aspecto, uma teia de aranha. Por isso o nome aracnóide (semelhante à aranha) dado a esta membrana. Granulações Aracnóideas Em alguns pontos do encéfalo, a aracnóide forma pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas, mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnóideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo (verdadeiros divertículos) no quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada da aracnóide. São pois estruturas adaptadas à absorção do líquor que, neste ponto, penetra à corrente sangüínea. CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy 7.3 PIA-MÁTER A pia-máter é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanha, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais. Esta membrana possibilita maior resistência aos tecidos cerebrais. 7.4 LÍQUOR O líquor ou líquido cerebrospinal é um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A sua função primordial é de proteção do SNC, formando um verdadeiro coxim líquido entre este e o estojo ósseo. Qualquer pressão ou choque que se exerça em um ponto do mesmo, distribuir-se-á igualmente a todos os pontos. Desse modo, constitui um eficiente mecanismo amortecedor de choques que freqüentemente atingem o SNC. Por outro lado, em virtude da disposição do espaço subaracnóideo, que envolve todo o SNC, este fica totalmente submerso em líquido, o que o torna muito mais leve (um encéfalo que pese 1500g no ar pesará menos de 50g em seu envoltório liquórico). Características Citológicas e Físico-Químicas do Líquor Através de punções lombares, suboccipitais ou ventriculares, pode-se medir a pressão do líquor ou coletar uma certa quantidade para estudo de suas características citológicas e físico- químicas. Tais estudos fornecem importantes informações sobre a fisiopatologia do sistema nervoso central e seus envoltórios, permitindo o diagnóstico, às vezes bastante preciso, de muitas afecções que acometem o sistema nervoso central, como hemorragias, infecções etc. O estudo do líquor é especialmente valioso para o diagnóstico dos diversos tipos de meningites. Algumas propriedades físico-químicas do líquor normal variam conforme o local de obtenção da amostra estudada, sendo ainda bastante diferente no recém-nascido. O líquor normal do adulto é límpido e incolor, apresenta de zero a quatro leucócitos por mm3 e uma pressão de 5 a 20cm de água, obtida na região lombar com o paciente em decúbito lateral. Embora o líquor tenha mais cloretos que o sangue, a quantidade de proteínas é muito menor do que a existente no plasma. O volume total do líquor é de 100 a 150 cm3, renovando-se completamente a cada oito horas. Existem tabelas muito minuciosas com as características do líquor normal e suas variações patológicas, permitindo a caracterização das diversas síndromes liquóricas. Formação, Absorção e Circulação do Líquor. O líquor é produzido continuamente pela filtração do plasma por massas de capilares especializados chamados de plexos corióides e, em menor extensão, por secreções das células que revestem as cavidades ventriculares. Existem plexos corióides nos ventrículos laterais (corno inferior e parte central) e na porção posterior do III e IV ventrículos. Destes, sem dúvida os ventrículos laterais contribuem com o maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo pelos forames interventriculares e deste para o IV ventrículo através do aqueduto do mesencéfalo(cerebral). Através das aberturas laterais e da abertura mediana do IV ventrículo, o líquor ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido no sangue principalmente através das granulações aracnóides que se projetam no interior dos seios da dura-máter. Como essas granulações predominam do seio sagital superior, a circulação do líquor no espaço subaracnóideo se faz de baixo para cima. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte da volta, pois há reabsorção nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais. A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção de líquor em uma extremidade e sua absorção em outra já é suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas que, a cada sístole, aumenta a pressão liquórica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas. CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy SISTEMA NERVOSO Roteiro de aula prática MENINGES Dura-máter do encéfalo - foice do cérebro - foice do cerebelo - diafragma da sela turca Dura-máter espinhal Aracnóide do encéfalo - granulações aracnóideas Aracnóide espinhal Pia-máter do encéfalo - filamento terminal - ligamento denticulado ESPAÇO DAS MENINGES Epidural Subdural Subaracnóide - líquor NERVOS ESPINHAIS Filamentos radiculares Raiz anterior (motora) Raiz posterior (sensitiva) - glânglio espinhal (sensitivo) Ramo anterior Ramo posterior MEDULA ESPINHAL Intumescência cervical Intumescência lombossacral Cone medular Cauda eqüina Fissura mediana anterior; Sulcos laterais anteriores Sulco mediano posterior; Sulcos intermediários posteriores, Sulcos laterais posteriores Funículo da medula (substância branca) - funículo anterior - funículo lateral - funículo posterior - fascículo grácil - fascículo cuneiforme Colunas da medula (substância cinzenta) - coluna anterior - coluna lateral - coluna posterior VIAS ASCENDENTES (principais) Trato espino talâmico anterior (pressão, tato protopático) Trato espino talâmico lateral (dor, temperatura) CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José Roberto Godoy Fascículo gracil (propriocepção consciente, tato epicrítico, sensibilidade vibratória, estereognosia) Fascículo cuneiforme (propriocepção consciente, tato epicrítico, sensibilidade vibratória, estereognosia) Trato espino cerebelar anterior (propriocepção inconsciente) Trato espino cerebelar posterior (propriocepção inconsciente) VIAS DESCENDENTES Sistema piramidal - trato córtico espinhal - trato córtico nuclear TRONCO ENCEFÁLICO Bulbo Fissura mediana anterior Pirâmide - decussação das pirâmides Oliva Sulco mediano posterior Fascículo gracil - tubérculo gracil Fascículo cuneiforme - tubérculo cuneiforme Ponte Sulco bulbo-pontino Sulco basilar Pedúnculo cerebelar médio Mesencéfalo Pedúnculo cerebral Aqueduto mesencefálico ou cerebral Colículo superior Colículo inferior Quarto ventrículo Fossa rombóide Sulco mediano (posterior) CEREBELO Verme cerebelar Hemisférios cerebelares Substância cinzenta (córtex cerebelar) Substância branca Arquicerebelo Paleocerebelo Neocerebelo Núcleo denteado Fissura prima CÉREBRO Diencéfalo Tálamo CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS ELEMENTOS DE ANATOMIA ANATOMIA Material didático do Prof. José RobertoGodoy Hipotálamo - corpo pineal Subtálamo Metatálamo - corpos geniculados laterais - corpos geniculados mediais Corpo mamilar Quiásma óptico Tracto óptico Infundíbulo Terceiro ventrículo - sulco hipotalâmico - forame interventricular - aderência intertalâmica Telencéfalo Fissura longitudinal do cérebro Substância cinzenta (córtex cerebral) Substância branca Sulco central Sulco lateral Lobos do cérebro - lobo frontal • giro pré-central - lobo parietal • giro pós-central - lobo occipital - lobo temporal - lobo da ínsula Corpo caloso Giro do cíngulo Cúneo Sulco calcarino Núcleos da base - corpo estriado • núcleo caudado • núcleo lentiforme • claustro • corpo amigdalóide Cápsula interna Cápsula externa Ventrículo lateral Divisão citoarquitetural do Córtex Áreas: 1, 2, 3 – área somato-sensorial (somestésica) 4 – área motora primária 17 – área visual primária 34, 35 – área olfatória 41, 42 – área gustativa primária 43 – área gustativa primária 44,45 – área motora da fala (área de Broca)
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