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Marketing Fábio Fernando Régis

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FACULDADE FRANCISCANA
FAE
Blumenau
Curso: Administração
RELATÓRIO
A ESTRATÉGIA OCEANO AZUL
Fábio Fernando Régis
Blumenau
2009
FACULDADE FRANCISCANA
FAE
Blumenau
RELATÓRIO
A ESTRATÉGIA OCEANO AZUL 
Disciplina: Administração de Marketing
Prof°: Estela Lara Engels
Acadêmico: Fábio Fernando Régis
Curso: Administração
FAE BLUMENAU
Blumenau
2009
Relatório: A Estratégia do Oceano Azul
Em determinados momentos de nossas vidas é mais fácil copiar do que criar, até mesmo por que criar é arriscado. Como diz o ditado popular “não se mexe em time que está ganhando”, é válido, porém se não houver criação, renovação não haverá sucesso ou fracasso, vencido e vencedores, sucessos e fracassos, pois sempre haverá um novo mercado a criar, um novo concorrente a se desenvolver a copiar e até mesmo aperfeiçoar suas melhores idéias as quais nunca imaginou que alguém pudesse melhorar, é este é um novo mundo o Mundo do Oceano Azul.
O novo mercado é criado por varias empresas as quais se fazem aparecer para atender com novas demandas de mercados que não vistas por seus concorrentes, e muitas vezes nem seus clientes sabiam que podia existir.
A criação deste novo mercado tem que avaliar os não consumidores, esquecer da competição até mesmo porque são os primeiros, criar mais valor aos consumidores com menor custo para a empresa, a organização informar quanto a estratégia de diferenciação e de baixo custo. Criar um novo produto ou um novo mercado é sempre arriscado, mais arriscar é tentar, então como saber se estamos no caminho certo, pois lembramos que quando criança ou melhor quando bebês caímos muitas vezes até caminhar com segurança e firmeza, cair não vergonhoso, pedir ajuda não é vergonhoso, lembrem-se que vivemos em grupos ( empresa, clubes, escolas, bairros, cidades , partidos políticos, etc ) e que o trabalho em grupo nós faz enxergar com outros olhos, seja humilde e compreenda e aceite as diferenças para poder tomar decisões mais acertadas.
No ramo de veículos, não poderia esquecer da referencia que deram no livro sobre a industria automobilística. Desde 1893, quando surgiram os primeiros fabricantes de veículos, os mesmos eram feitos sob encomenda e deixaram as carroças para trás , em 1908 Ford lançou carros pela metade do preço dos produzidos sob encomenda, onde tinha 8 % de participação de mercado e passando a 61 % em 1921. Já em 1924 GM produzia ampla variedade de modelos, varias cores e modelos de 1926 a 1950 a GM passou de 20 % do mercado para 50 % e a Ford de 50 % para 20 %. Em 1970 os japoneses criaram carros pequenos e eficientes, quando estorou a crise do petróleo tiveram maior participação do mercado. Já em 1984 a Chrysler desenvolveu uma minivan que fez com que ela ficassem entre as 3 maiores do EUA e em 3 anos lucrou apenas com a minivan US$ 1,5 bilhão. Sucesso não é permanente e tem que ser revisto todos os dias, a procura de novos caminhos ou melhor de novos oceanos azuis.
 
Lembrando dos 8 componentes do marketing do relacionamento podemos dizer que em relação a industria automobilística :
Cultura e valores – Ford – produzia inicialmente somente carros pretos e de um modelo;
Liderança – Ford liderava o segmento e introduzia novas aplicações passando a de 21 dias para 4 dias na produção de um veiculo;
Estratégia - A GM surgiu e em contraste com a estratégia de Ford de apenas um modelo de veiculo , passou a produzir vários modelos em diversas cores;
Estrutura - A GM lançou “ um carro para todos os bolsos e propósitos “ , seus carro eram atualizados todos os anos;
Pessoal - A GM criou uma nova demanda o “ modelo do ano “ , que fazia com que os vendedores tivesse contato com o cliente e assim criassem a necessidade do novo modelo, desenvolvendo assim o mercado de carros usados;
Tecnologia - fez a diferença desde quando passamos das carroças para veículos movidos a motor , carros mais econômicos e com a mesma potencia, com direção hidráulica ou até mesmo eletro-hidraulica, ar condicionado , vidros travas elétricas , itens de segurança como air bag , Freios abs , controle de tração , sistemas de combustíveis através de álcool, gasolina, GNV , elétrico , cada vez mais a tecnologia explorando oceanos azuis; 
Conhecimento e percepção – a Chrysler percebendo que os clientes queriam algo novo, desenvolveram uma minivan que logo no primeiro ano foi o carro mais vendido da Chrysler;
Processo – os japoneses começaram com o desenvolvimento de carros pequenos e eficientes, processo contrário ao da indústria americana, porém com a crise do petróleo seu processo chamou a atenção do mundo inteiro. 
Num ramo tão competitivo quanto ao de venda de automóvel, gostaria de lembrar da criação, desenvolvimento e implantação de um segmento de mercado de venda de veículos atualmente chamado de GARANTIA ÚNICA , estes são veículos que entram para nossas lojas (STRASBOURG ) com grande tempo para manutenção e conseqüentemente tempo de estoque, carros que vendemos a cliente informando a necessidade de REVISÃO MECANICA NECESSÁRIA , avisado previamente, e ainda pedimos para que o cliente o leve ao seu mecânico de confiança para ORÇAMENTO e claro daí sim concluirmos a negociação. Com isso passamos a ter mais agilidade no processo de vendas, menor tempo de fluxo de caixa e claro a criação de um novo produto, este veículos já estão sendo comercializados a mais de 10 anos na Strasbourg Joni Veículos, sucesso de vendas, lembro que o grande diferencial em relação a concorrência é o preço abaixo do mercado , e muita vezes o carro igual ao que um concorrente oferece com até 15 % a menor que o valor que ele pede.
O oceano azul desafia as empresas a transpor as barreiras do oceano vermelho da competição sangrenta, mediante a criação de espaços de mercado inexplorados que tornam a concorrência irrelevante, o oceano azul.
O oceano azul se caracteriza por:
Espaços de mercado inexplorados,
Pela criação de demanda,
Pelo crescimento altamente lucrativo.
Neles a competição é irrelevante, pois as regras do jogo ainda não estão definidas, abrangem todos os setores não existentes hoje, é o espaço de mercado desconhecido a ser explorado.
Os oceanos vermelhos:
- Representam todos os setores hoje existentes,
- É o espaço de mercado conhecido.
- As fronteiras setoriais são definidas e aceitas, e as regras competitivas do jogo são conhecidas.
No oceano azul há a inovação de valor, que nada mais que concentrar o foco em tornar a concorrência irrelevante, oferecendo saltos no valor para os compradores e paras as próprias empresas.
Atribui a mesma ênfase ao valor e à inovação, valor sem inovação tende a concentrar-se na criação de valor em escala incremental, algo que aumenta o valor, mas não é suficiente para sobressair-se no mercado.
A inovação sem valor tende a ser movida a tecnologia, promovendo pioneirismos ou futurismos que talvez se situem além do que os compradores estejam dispostos a aceitar e a comprar.
A inovação é imprescindível porque, sem ela, as empresas caem na armadilha das melhorias competitivas.
O valor é fundamental porque as idéias inovadoras serão lucrativas apenas se estiverem relacionadas com os atributos pelos quais os clientes estejam dispostos a pagar preços compensadores, decorre da utilidade e do preço dos produtos e serviços.
Valor para a empresa – resulta do preço em comparação com os custos só se alcança a inovação de valor quando todo o sistema de atividades da empresa, envolvendo utilidade, preço e custo, se alinha de maneira adequada.
A estratégia do oceano azul integra todo o espectro de atividades funcionais e operacionais da empresa.
Os princípios de formulação:
Reconstrua as fronteiras do mercado.
Concentre-se no panorama geral, não nos números.
Vá além a demanda existente.
Acerte a seqüência estratégica.
Os princípios de execução:Supere as principais barreiras organizacionais.
Introduza a execução na estratégia.
Os negócios das empresas do oceano azul podem ser divididos em:
Pioneiros – são os negócios que oferecem valor sem precedentes. São os desbravadores de estratégias do oceano azul e constituem as fontes mais poderosas de crescimento lucrativo.
Migrantes – expandem a curva da empresa, fornecendo aos clientes mais por menos, mas não alteram sua forma básica. Esses negócios oferecem valor incremental, mas não inovador.
Conformados – negócios cujas curvas de valor se ajustam às características básicas do setor. São empresas imitativas e conformistas.
Questione duas práticas da estratégia convencional: Foco nos clientes existentes e segmentação.
Para ir além da demanda existente, pense:
nos não clientes
nos pontos em comum
na de-segmentação.
A seqüência estratégica certa :
Utilidade para o comprador
Preço
Custo
Adoção.
A organização e o conjunto de todas as pessoas desde a direção até à linha de frente, isto significa que a organização é feita de pessoas e que todos são importantes. Logo, todos precisam estar alinhados com a estratégia e apoiá-la, é fundamental criar uma cultura de confiança e comprometimento, para implementar a estratégia definida e desenvolvida em consenso. Isto não é executado ou definido em um documento, mas sim com o alinhamento do espírito e mente das pessoas, com a nova estratégia. O objetivo deste princípio é diminuir o risco e a desconfiança, a não cooperação e, até mesmo, a sabotagem.
O aspecto fundamental é que os processos precisam ser transparentes e justos, um processo justo de formulação da estratégia: precisa ter engajamento, explicação e claridade nas expectativas de resultados.
Sobre as atitudes advindas de um processo justo: geram confiança e comprometimento, por exemplo: “Eu sinto que minha opinião conta.”
Sobre comportamento em um processo justo: a cooperação é voluntária, por exemplo: “Eu irei além dos meus deveres.”
Sobre a execução da estratégia: ela excede as expectativas e é auto-iniciada por meio do comprometimento de todos os envolvidos, sobrepondo os interesses da organização aos pessoais, tendo vistas para uma perspectiva futura, mesmo que, no curto prazo, isso represente um sacrifício pessoal, para atingir esses objetivos.
Um ponto importante a destacar é o princípio dos três “Es” para se ter um processo justo:
Engajamento: envolve os indivíduos nas decisões estratégicas, que os afetam.
Explicação: todos os envolvidos e afetados devem entender as decisões
estratégicas finais.
Expectativas clarificadas: os líderes devem deixar claro as novas regras. Devem estar claros os objetivos e metas a serem atingidas, as responsabilidades, o indicadores chave dos processos, os padrões a serem seguidos e, também, as penalidades por não se atingirem os objetivos e metas.
Uma interessante comparação entre um processo justo e um injusto:
Processo justo: reconhecimento emocional e intelectual – confiança e comprometimento – cooperação voluntária.
Processo injusto: indignação emocional e intelectual – desconfiança e ressentimento – recusa a executar.
Alguns pontos, a considerar, sobre as barreiras contra a imitação:
O movimento (mudança) para um valor de inovação não faz sentido se for baseado em uma lógica de uma estratégia convencional.
Um conflito de imagem da marca, em relação à competição e ao padrão da indústria, previne a imitação, pelos competidores.
Um monopólio natural bloqueia a imitação, quando o tamanho do mercado não suporta mais um competidor.
Patentes permitem o bloqueio de imitações.
Alto volume gerado pela inovação leva a vantagens de custo e coloca os competidores em desvantagem em relação ao custo.
Externalidades (divulgação boca a boca, redes sociais e profissionais, entre outros meios de divulgação) da rede também bloqueiam as organizações (competidores) de facilmente imitarem a estratégia oceano azul.
Imitações requerem alterações substanciais e investimento, que podem levar anos.
A oferta de um salto de valor (um valor adicionado maior) rapidamente cria uma
propagação, pela rede, da imagem da marca e uma subseqüente lealdade.
O que deve, sempre, estar claro:
O mercado é dinâmico e em constante mudança e evolução, e as companhias têm que ser, também.
Conclusão
Não existe setor sempre excelente, assim como não existe empresas sempre excelentes. Tanto empresas veteranas quanto as estreantes criam oceanos azuis.
Oceanos Azuis e Vermelhos sempre coexistiram. Estas teorias apresentadas buscam apenas sistematizar a busca por esses Oceanos Azuis, assim como as diversas teorias de atuação em Oceanos Vermelhos. 
A criação de oceanos azuis não se correlaciona necessariamente com inovações tecnológicas, pode determinar o crescimento e lucratividade ou a queda de empresas, caso a concorrência explore primeiro um oceano azul.
REFÊRENCIAS
Llivro A Estratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Tradução: Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro, Elsevier Editora, 2005.

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