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Citação em Trabalhos Acadêmicos

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Aula 7 – Citação
Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto.
Em um trabalho cuidadoso, você deve ler diferentes autores sobre o assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, fundamentando as ideias antes de iniciar a redação do trabalho. Nesse aspecto, o fichamento bibliográfico e o de leitura configuram fases imprescindíveis para a elaboração de seu trabalho acadêmico. Somente após uma leitura cuidadosa, você poderá destacar as citações-chave que utilizará, caso seja necessário.
As citações são trechos transcritos ou informações extraídas de publicações consultadas e devem ser inseridas em um texto com a finalidade de esclarecer ou complementar as ideias.
Segundo ABNT, citação é a “menção a uma informação extraída de outra fonte”. Elas estão divididas em três tipos:
Citação Direta ( As citações diretas são aquelas que copiamos, sem mudar nada, do texto original que consultamos. Como esclarece João Bosco Medeiros (2003, p. 187), é a referência a uma obra colhida de outra fonte “para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no assunto”. É importante observar que este tipo de citação só se justifica quando o pensamento expresso pelo autor consultado é efetivamente significativo, claro e necessário à exposição, pois excessos de citações diretas, tabelas, gráficos, podem acarretar prejuízo à estratégia de comunicação, comprometendo o trabalho.
Citação Indireta ( As citações indiretas apresentam formatação diferente por tratar-se de textos baseados na obra de um autor consultado e não uma cópia de suas palavras. Nesta hipótese, então, não é necessário o emprego das aspas duplas, porque a citação indireta mantém a ideia original do texto lido, mas é reescrita por quem está elaborando o trabalho. A citação indireta é também denominada paráfrase e, segundo a ABNT (NBR 10520:2002), configura uma transcrição livre do texto do autor. João Bosco Medeiros (2003) esclarece que a citação indireta pode configurar um resumo, comentário de uma ideia, ou expressar o mesmo conteúdo, mas utilizando outras palavras. E explicar as ideias que encontramos no texto original é muito mais produtivo do que apenas reproduzi-las, não é mesmo? Por isso, parafrasear é muito melhor do que a citação direta. Ex.: Israel Belo de Azevedo (1997) esclarece que toda palavra tem um peso de acordo com sua capacidade de sintetizar uma ideia de maneira clara e concisa. No exemplo acima vemos que a ideia de Israel Belo de Azevedo foi apresentada e que foi informado o ano em que encontramos a publicação dela. Porém, o trecho que contém o conceito foi reescrito por quem está elaborando o trabalho. Assim, não houve a necessidade de utilizar as aspas duplas. O conteúdo original foi reelaborado e, por isso, não se usam as aspas. Essa é uma forma também de você explicar ao seu leitor, com as suas palavras, a ideia do autor que você estudou.
Citação da Citação ( Em algumas leituras verificamos que o autor apresenta uma citação direta ou indireta de outro autor, certo? E essa citação não é perfeita apenas para o autor que estamos lendo, ela é perfeita para nós também. Só que, na maioria das vezes, não temos acesso à obra que esta sendo citada por ele. Como resolver isso? Estamos diante de uma citação da citação que exige o uso da expressão apud que significa citado por. Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente, porque o autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de outro autor. Não abuse deste recurso. Ele é apenas uma solução emergencial. Devemos sempre que possível recorrer à obra original.
Regras da Notas e Citações Diretas:
Acréscimos ou Interpolações ( Significa a inserção de expressões que não constam do original ― entre colchetes. Pode ocorrer a necessidade de se acrescentar uma palavra ao texto citado, para torná-lo mais compreensível. Ex.: “Envolve uma redação simplificada do texto [estudado], substituindo a linguagem do autor por expressões diretas e com sentenças inteligíveis. A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão”. (FACHIN, 2006, p. 127)
Supressões ( Não devemos citar frases ou parágrafos longos demais. O importante é apresentar o que realmente interessa ao desenvolvimento da argumentação ou à apresentação das ideias. Para suprimir as partes que não são importantes, devemos substituí-la pelas reticências entre colchetes/parênteses: (...) ou [...]. Ex.: “A física moderna (...) considera a lei da inércia sua lei mais fundamental.” (KOYRÉ, 1982, p. 182).
Incorreções ( Na hipótese do texto citado apresentar um erro, uma expressão politicamente incorreta ou equívoco gramatical, entre outros problemas, chame a atenção, pelo uso, ao lado da palavra, do vocábulo sic (assim, em latim) entre colchetes e em itálico. Ex.: “Zenão de Cício (334-262 a.C.) fundou a escola estóica [sic] Ele costumava palestrar de sua varanda, chamada stoa, daí o nome estóico [sic]”. (MANNION, 2008, p. 48).
A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada. Veja um exemplo: 
O conhecimento, o modo de compreender a realidade, muda de acordo com a época, à medida que coloca em dúvida o conceito de verdade estabelecido. Quando conhecemos um fato, sempre nos perguntamos se ele corresponde ou não à realidade. Assim, a verdade é uma atividade histórica, e o homem foi dando fundamentos a essa verdade de acordo com sua vivência, conhecimento e crenças.
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Para explicar a realidade ou ainda os fenômenos da natureza, os povos primitivos criavam histórias nas quais utilizam as figuras dos deuses na tentativa de compreender a origem das coisas. (SANTOS MOLINA; DIAS, 2007, p.21).
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou autor-data. Qualquer que seja o sistema adotado, este deve ser seguido ao longo de todo o trabalho.
Sistema Numérico ( No sistema numérico, a fonte da citação utilizada deve aparecer em nota de rodapé. Neste caso, a numeração das fontes deve ser única e consecutiva, em algarismos arábicos; Quando escolhemos o sistema numérico não devemos usar notas explicativas em rodapé para informações adicionais. Elas são aquelas que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas e servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto.
Todas as referências devem ser repetidas na lista de referências ao final do trabalho;
A numeração das notas de rodapé deve restringir-se às referências bibliográficas;
Uso de asterisco (*): para explicar ou comentar uma ideia;
Podemos usar: (1), [1], 1 (sobrescrito).
Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser inseridos na sequência sugerida pela ABNT: SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Cidade: editora, ano. (página na hipótese de citação direta). Ex.: ” 1 CERVO, A.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. p. 57.” Segundo a ABNT, devem-se colocar as aspas antes da pontuação, exceto nos casos de pontos de interrogação e exclamação que façam parte do texto citado.
Sistema Autor-data ( consiste em indicar o sobrenome do autor ou instituição responsável, seguido pelo ano da publicação da obra e páginas referenciadas, separados por vírgula e entre parênteses. Ex.: “Afirma Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva (2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividadevoltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.” Ou “Conforme alguns autores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.”. Você observou que no sistema de chamada autor-data o nome do autor pode ser incluído na sentença e, neste caso, deve ser escrita conforme a regra para nomes próprios ou entre parêntesis com todas as letras do último sobrenome em maiúsculas.

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