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VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: LIMITAÇÕES E INTERFACES COM A REDE DE SAÚDE

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UNIAGES
CENTRO UNIVERSITÁRIO 
BACHAREL EM NUTRIÇÃO
LUCIANA ALMEIDA SANTOS
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: LIMITAÇÕES E INTERFACES COM A REDE DE SAÚDE
Fichamento apresentado no curso de Nutrição do Centro Universitário AGES, como um pré requisito para obtenção da nota parcial da disciplina de Epidemiologia no 4º período, sob orientação do professora Flávia Michelle Silva Santos.
Paripiranga
Março de 2017
REFERÊNCIA
CASTRO, INÊS RUGANI R. Vigilância alimentar e nutricional: limitações e interfaces com a rede de saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1995.
RESUMO: Nessa obra autora abordar os seguintes assuntos: história do Sisvan e da nutrição brasileira, incluído a transição epidemiológica, perfil de morbimortalidade e a situação de crianças, gestantes e adultos, vigilância epidemiológica, programas de atenção à saúde integral da criança, do adolescente e da mulher. 
E principalmente faz um levantamento das limitações que se encontrar o SISVAN (Sistema de vigilância alimentar e nutricional), dentre elas a de utilizar as informações por ele mesmo produzidas para o planejamento e avaliação de suas próprias políticas e intervenções e, em especial, para a redefinição e consequente melhoria da assistência prestada.
CITAÇÕES:
Em fins dos anos 60 e início dos 70, foram sendo evidenciadas importantes limitações destas pesquisas, ligadas ao seu alto custo e ao longo tempo de realização, fazendo com que os resultados só fossem divulgados alguns anos após o estudo e, ainda assim, sem uma análise mais profunda dos dados. (p.17)
(...) O SISVAN foi pensado para servir, ao mesmo tempo, como um sistema que avisasse precocemente possíveis desastres nutricionais e como um método de monitoramento de tendências numa situação de privação crônica, subsidiando o planejamento multisetorial. (p.20)
“Embora tenha se desenvolvido de forma satisfatória em termos técnicos, as informações geradas por ele não têm influenciado as decisões políticas dos governos.”(p.23)
 “O conceito de transição epidemiológica refere-se às complexas mudanças nos padrões de saúde e doença, predominantemente mortalidade e morbidade, que ocorrem em populações específicas, através do tempo.” (p.41)
A proposição que mais se aproxima da experiência do Brasil em termos de mudança do seu perfil de morbimortalidade é o modelo polarizado prolongado. Sua transição epidemiológica vem sendo marcada pela coexistência de distintos padrões de mortalidade, com aumento crescente do peso das doenças cardiovasculares, neoplasias e causas externas no seu perfil de mortalidade, ao lado de taxas ainda relevantes de mortes por doenças infecciosas. (p.44)
Na análise do perfil nutricional de populações dos países não-desenvolvidos, em um dado momento ou período, os problemas enfocados usualmente são a desnutrição energético-protéica em crianças menores de cinco anos e escolares, e os agravos decorrentes de carências específicas como ferro, iodo, vitamina A, entre outros. (p.49)
Entre os principais determinantes destes avanços globais no perfil nutricional da população infantil estão: queda da fecundidade, urbanização, redução da prevalência de pessoas abaixo da linha de pobreza absoluta, aumento das coberturas vacinai e de serviços de saneamento básico, ampliação da rede básica de assistência e das práticas de atenção primária à saúde, aumento da proporção alfabetizada e com escolaridade elementar na população (em especial as mulheres) e ampliação dos meios de comunicação de massa. (p.54)
“Em linhas gerais, estes programas assumem a assistência integral como pressuposto básico, implicando ações dirigidas ao atendimento global das necessidades prioritárias dos grupos-alvo, visando o impacto em sua morbimortalidade.” (p.67)
“A VE, inspirada nas práticas de quarentena e campanhas de controle de agravos específicos, esteve voltada, tradicionalmente, para doenças transmissíveis. “(p. 85)
“A VN, por sua vez, tem como objeto de controle agravos não-transmissíveis, que não possuem um agente etiológico específico passível de medicalização, sendo causados por fatores múltiplos.” (p.83)
A obra faz uma análise do SISVAN (Sistema de vigilância alimentar e Nutricional) e questionar a sua proposta, particularmente em relação ao perfil de nutrição da população brasileira, tendo como núcleo a reflexão sobre suas possibilidades e limitações como instrumento de resposta institucional da rede pública de saúde aos agravos nutricionais da população brasileira.
Inicialmente foram criados centros de pesquisas ligados ao campo da nutrição e alimentação, direcionados para definição das necessidades alimentares da população, no entanto na década de 50 e 60, surgiram alguns perfis que não apresentava cunho cientifico. Estudos complexos e extensos foram realizados e apontaram preocupação com gravidade do quadro de deficiências alimentares e nutricionais das populações de países subdesenvolvidos, esses estudos tinha alto custo, além dos resultados somente serem divulgados, alguns anos depois. Nesse cenário surge o SISVAN, que apesentava procedimentos menos minuciosos, porém mais rápidos e baratos, buscava conhecer o perfil nutricional das populações, suas tendências e seus determinantes. 
Segundo Castro (1995), o SISVAN foi pensado para servir, ao mesmo tempo prever possíveis déficits nutricionais e utilizado como um método de monitoramento de tendências numa situação de privação crônica, subsidiando o planejamento multisetorial. A autora também afirma que embora tenha se desenvolvido de forma satisfatória em termos técnicos, as informações geradas pelo Sistema, não têm influenciado as decisões políticas dos governos. Ou seja o sistema encontrar grandes dificuldades técnicas e falta de recursos, por melhor que seja planejado, ele somente contribuiria para a melhoria do perfil nutricional da população, se no país, as políticas econômica e social caminharem em prol dessa perspectiva de colocar o que está no papel em prática. 
 O Brasil e outros países passam por uma evolução, dentre elas a transição epidemiológica e nutricional, sendo que as os estágios de desenvolvimento da transição diferem entre os países, conforme suas próprias características políticas, econômicas e social. Castro (1995), aplica o conceito de transição epidemiológica às complexas mudanças nos padrões de saúde e doença, que ocorrem em populações específicas. Nesta transição, as doenças infecciosas, que era associadas a fatores econômicos, social e outros, são ao longo do tempo substituídas, mas não extintas, por doenças crônico-degenerativas como:(hipertensão, obesidade), como principais causas de morte. Assim é trançado no perfil de morbimortalidade a coexistência de distintos padrões de mortalidade, com aumento crescente das doenças cardiovasculares, ao lado de taxas ainda relevantes de mortes por doenças infecciosas. Já no perfil nutricional de populações dos países não-desenvolvidos, a autora mostra que os problemas enfocados usualmente são a desnutrição energético-proteica em crianças menores de cinco anos e agravos decorrentes de carências específicas como ferro, iodo, vitamina A, entre outros. Assim como em gestantes e pessoas adultas. Na tentativa de um controle e tratamento são realizados diversos programas, aliados ao SISVAM, principalmente o programa de atenção integral a saúde. Segundo Castro (1995), esses programas assumem a assistência integral como pressuposto básico, implicando ações dirigidas ao atendimento global das necessidades prioritárias dos grupos-alvo, visando o impacto em sua morbimortalidade. Programas específicos e direcionados a saúde da criança, da mulher, do adolescente, do idoso. E ainda incentivo ao controle de doenças como: diabetes, hipertensão arterial e outros. 
Duas metodologias estão intrinsicamente, relacionados, dentre as atribuições a mostrar, fluxo de dados e indicadores de agravos e assim concretizar o controle de doenças. De acordo com Castro (1995), inicialmente a VE (VigilânciaEpidemiológica) estava associados, a campanhas de controle de agravos específicos para doenças transmissíveis, já a VN (Vigilância nutricional) por sua vez, tem como objeto de controle agravos não-transmissíveis e causados por fatores múltiplos. Somente recentemente, ambas vem se unificando ou melhor as atribuições vão sendo integradas. Por exemplo VE (Vigilância Epidemiológica) passar a incorporar, entre outros, o acompanhamento do perfil global de saúde, de agravos não-transmissíveis e de determinantes do processo saúde-doença, dentre outras atividades na rede de saúde.
Portanto a obra é muito significativa para a disciplina de Epidemiologia, pois suas estudos direcionados a propagação de doenças, sua frequência, seu modo de distribuição, sua evolução e a colocação dos meios necessários a sua prevenção. É um dos requisitos intrinsecamente interligado ao dados e informações lançados pelo SISVAN. Para o curso de Nutrição a obra é muito importante pois esclarece sobre o papel do SISVAN na saúde pública, mostrando dentre inúmeras funções, como é obtido as informações que reflete a vigilância alimentar e nutricional da população. O que se faz presente necessariamente pelo campo específico da ciência da nutrição é o controle, a prevenção e o tratamento das enfermidades passam assim como as mudanças na qualidade de vida das pessoas, as quais são preconizadas, em todo o mundo, como estratégias capazes de gerar impactos positivos no perfil epidemiológico das populações.

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