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Conceitos e definições em Qualidades Físicas e Trabalho Muscular ADAPTADO PARA FINS DIDÁTICOS – Prof. Ms. Tomaz Edson de Abreu Força Muscular: - Capacidade de superação da resistência externa e de contra ação a esta resistência, por meio dos esforços musculares. ZAKHAROV (1991). - Representa a capacidade do indivíduo para vencer ou suportar uma resistência. MANSO (1996) - É a capacidade de superar resistências e contra resistências por meio da ação muscular. GROSSER (1989). - É a força que um músculo ou grupo muscular pode exercer contra uma resistência em um esforço máximo. BAECHLE (1994). - É a força máxima ou nível de tensão que pode ser produzido por um grupo muscular. SAFRIT (1995). - Designação genérica para a força de um músculo. Entende-se, sendo tanto a força estática empregada por solicitação voluntária máxima de um músculo, como a desenvolvida durante uma tensão muscular voluntária, máxima, dinâmica. HOLLMANN & HETTINGER (1983). Bases científicas do treinamento de força: Modalidades da Força: A força nunca aparece, nos diversos esportes, sob uma forma pura, mas constantemente como uma combinação, ou mais ou menos como uma mistura de fatores físicos de condicionamento da performance.(Weineck, 1989:97). Força Máxima - Caracteriza-se pelo nível de força que o aluno/atleta é capaz de alcançar em consequência da tensão muscular máxima. Força Dinâmica - Capacidade de desenvolver tensão máxima no desenvolvimento de um movimento articular. Força Estática - Maior força que o sistema neuromuscular pode realizar por contração voluntária. Obs.: Uma FM só ocorre quando houver equilíbrio entre a carga e a força de contração do músculo. A FM depende dos seguintes fatores: - Seção fisiológica transversal do músculo; - Coordenação Intermuscular; - Coordenação Intramuscular. Vantagens: - Aumento da força sem aumento essencial da seção transversal e do peso corporal. Sistema Energético: Os fosfatos ricos em energia (ATP-CP), desempenham um papel decisivo no desenvolvimento da força máxima. Uma carga máxima levada ao esgotamento atinge uma super acidez intracelular (elevação do lactato) e reduz a performance a níveis submáximos (Weineck,1989:97). Força de Explosão - É a capacidade que o sistema neuromuscular tem de superar resistências com a maior velocidade de contração possível (Harre, 1976). Segundo Bühhrle-Schmidtbleicher (1981), a elevação da FE depende dos seguintes fatores: - Número de unidades motoras simultaneamente envolvidas no início do movimento (coordenação intramuscular); - A velocidade de contração das fibras musculares ativadas; - A força de contração das fibras musculares empenhadas, ou seja, a seção transversal do músculo Subdivisão: Força de largada - é a capacidade de empregar um número máximo de unidades motoras no início da contração e de executar uma força inicial elevada. (Weineck,1989:100). Força explosiva - ocorre um aumento da força por unidade de tempo. Depende: velocidade de contração das unidades motoras e da força de contração das fibras comprometidas. Força explosiva de resistência - movimentos repetidos com sobrecarga que permitem manter, ao mesmo tempo, uma velocidade alta com um número de repetições elevadas. Obs.: Se as resistências a serem vencidas forem pequenas, é a força de largada que predomina, se a carga aumentar ou o tempo de duração for prolongado, é a força explosiva, se só o tempo for prolongado, força de resistência. Para cargas muito elevadas, força máxima (Letzelter,1978). Força de Resistência É a capacidade de resistir a fadiga do organismo, em caso de performance de força de longa duração (Harre,1976). Depende de: - intensidade do estímulo (% da força máxima); - volume do estímulo (número de repetições). Divisão: segundo (Frey, 1977): Força de Resistência Geral - Capacidade de resistência à fadiga da periferia corporal com emprego de 1/7 a 1/6 da musculatura esquelética total. Força de Resistência Local - Capacidade de resistência à fadiga do corpo com o emprego de menos de 1/7 a 1/6 do total da musculatura esquelética Divisão: segundo (Zaziorski, citado por Manso,1996: 250): Força de Resistência Global - Capacidade de resistência à fadiga da periferia corporal com emprego de mais de 2/3 da musculatura esquelética total. Força de Resistência Regional - Capacidade de resistência à fadiga da periferia corporal com emprego entre1/3 a 2/3 da musculatura esquelética total. Força de Resistência Local - Capacidade de resistência à fadiga do corpo com o emprego de menos de 1/3 do total da musculatura esquelética. Formas Particulares: Força Absoluta - é a força produzida independentemente do peso corporal. Força Relativa - é a força produzida relacionada com o peso corporal. Força Limite - força voluntária máxima + a reserva de força mobilizável pelos componentes psíquicos (ou drogas). Tipos de Contração Muscular: O músculo é composto de elementos elásticos e contráteis. Dependendo da contração muscular, pode-se contrair ou estirar os elementos envolvidos. Os tipos de contração muscular são divididos em: Contração Isométrica (Estática) - há contração dos elementos contráteis, mas os elásticos são estirados. Ainda que exteriormente seja possível constatar um encurtamento do músculo (Weineck,1989:102). Contração Isotônica (Dinâmica) - Os elementos contráteis do músculo são contraídos, mas os elásticos não modificam seu comprimento. Produzindo um encurtamento dos músculos Contração Muscular Autotônica - combinação das solicitações isométricas com a isotônica. É a forma mais frequente no domínio esportivo. Tipos de Trabalho Muscular: Concêntrico (Impulsor ou Positivo) - permite, através de um encurtamento muscular, mover o peso do próprio corpo ou pesos exteriores, ou superar resistências. Está presente na maioria dos desenvolvimentos motores esportivos. FM > Resistência. Excêntrico (Frenador ou Negativo) - é caracterizado por um aumento longitudinal do músculo, que produz um efeito ativo contrário. Intervém no amortecimento de saltos e na preparação de movimentos. Isométrico (Estático) - é caracterizado por uma contração muscular, que exclui o encurtamento. Serve para a fixação de posições determinadas do corpo ou das extremidades. Combinado (Autotônico ou Auxotônico) - caracteriza-se por elementos do tipo impulsor, frenador ou estático. É utilizado para desenvolver a força sem aumentar o corte transversal. Isocinético (Acomodativo) - Resistência diretamente proporcional ao desenvolvimento da força por espaço de tempo. Resistência adaptada a força muscular utilizada. Pliométrico (Reativo) - Passagem do trabalho muscular excêntrico para o concêntrico. Estimula o reflexo miotático. Inter-relações da Força: Força e Velocidade - Quanto mais hipertrofiado, melhor a capacidade de desenvolver velocidade. ( inserção de proteínas contráteis ) Quanto > for o número de ligações por unidade de tempo > é a força muscular desenvolvida. Força e Mobilidade Não há modificação não - Força Limitação de movimento - hipertrofia excessiva e negligência. Força e Coordenação Não há influência negativa na Força Não Coordenação - desenvolvimento da Força (desporto). Força e Resistência (longa duração) Melhora na capacidade de fornecer trabalho repetitivo contra fortes resistências.
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