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RESUMO N1 - Técnicas de Investigação da Personalidade

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RESUMO N1 – TIP 
RORSCHACH > 1921 < = A Prova de Rorschach envolve um processo de construção e não de identificação de 
imagens. 
 
 O Psicodiagnóstico de Rorschach permite o exame dos processos psíquicos superiores tais como 
memória, atenção, percepção, pensamento, emoção e comunicação. 
 
- Fornece um padrão integrado da personalidade. 
- A organização de personalidade do indivíduo está intimamente associada à maneira como o indivíduo observa, 
elabora e comunica o que percebeu nas manchas. 
 
Aplicação de Rorschach 
 Qual a finalidade? 
 Quem é? (se o sujeito é adequado para o teste) 
 Idade 
 Domínio da técnica 
- COMO ANTES DO “O QUÊ” 
- Coleta de dados Não-Verbais. 
 
 As técnicas projetivas são consideradas instrumentos para verificar o indivíduo em um momento 
de seu estado saudável ou adoecido. 
- Não necessariamente um conflito grave ou psicopatia. 
 
PROJEÇÃO ==== VERIFICA-SE A MANEIRA COM QUE CADA ESTRUTURA HUMANA PERCEBE O 
MUNDO INTERNO E EXTERNO. 
 
Tipos de testes: 
Objetivos – procedimentos estatísticos, são quantitativos. 
Projetivos – Normas qualitativas, testes de potência. 
- Na projeção revelam-se os aspectos inconscientes, latentes e ocultos de sua personalidade. 
 
TESTES PSICOMÉTRICOS TESTES PROJETIVOS 
Teoria da medida Descrição linguística 
Uso de estatística Não necessita de estatística 
Padronização das tarefas e interpretação e 
interpretação (mecânica) 
A interpretação depende do aplicador. 
≠ Aplicadores: resultados idênticos ≠ aplicadores: nem sempre o msm resultado. 
N° limitado de respostas – Menor ambiguidade N° livre de respostas > ambiguidade 
Pobreza Riqueza (de informações) 
Foco no produto Foco no processo 
Objetividade Subjetividade 
 
Segundo Coelho (1980) “A capacidade do indivíduo de reproduzir associar, modificar 
combinar e expressar as imagens obtidas a partir de dez cartões que constituem o 
psicodiagnóstico de Rorschach está diretamente relacionada à sua imaginação e ao seu 
comportamento criador. A imaginação não resulta de uma faculdade única, mas da ação 
conjunta das funções afetivas, conativas e intelectuais” 
 
 
Eleição dos instrumentos que serão utilizados em cada situação de avaliação (projetiva – Rorschach) deve 
ser pautada por três grupos de fatores: 
1) Os objetivos da avaliação; 
2) A orientação teórica e a preparação do avaliador para o uso de determinada técnica; 
3) As características do sujeito, como idade e outras peculiaridades. 
 
 Rorschach foi o primeiro a utilizar estímulos visuais para o estudo da personalidade. 
 Trabalhou durante dez anos em experiências psicológicas sobre interpretação livre das formas 
fortuitas. 
 As pranchas do teste, desenvolvidas por Rorschach, são sempre as mesmas. No entanto, para a 
codificação e a interpretação das informações, diferentes sistemas são utilizados. 
 
 
AS PRANCHAS 
 
- Manchas de tintas simétricas. 
 
● Estímulos desorganizados e ambíguos 
– Criados aleatoriamente, porém selecionados de acordo com a capacidade de associação entre as 
características de personalidade e os psicodiagnósticos. 
 
Os borrões de tinta são diferentes: 
 Nível de homogeneidade; 
 Presença do vermelho; 
 Tons de pastéis; 
 Disposição espacial da mancha; 
 Simetria; 
 
OBJETIVO 
 
● Realização de um diagnóstico completo da personalidade em todas as suas dimensões. 
 Intelectual: rendimento efetivo da inteligência e não as potencialidades. 
 Afetiva: incluindo o controle da afetividade (insuficiente, normal, restritivo) 
 Comportamental 
 
Aplicação da Técnica de Rorschach 
 
1.Sala de aplicação e ambiente físico (5 fatores) 
 Condições físicas 
 Móveis 
 Tipo de luminosidade 
 Presença de terceira pessoa na testagem 
 Gravação da aplicação (?) 
 
2.Ambiente psicológico 
 Existem necessidades de terem alguns cuidados: condução na habilidade do “rapport” e na 
própria testagem. 
- estabelecer um primeiro contato com uma conversa mais descontraída, relação de segurança, 
confiabilidade que deixa o examinando a vontade. 
 
 Há dois aspectos que precisam atenção: 
A) É conveniente iniciar-se uma bateria de teste com Rorschach? 
 
B) Posição examinador-examinando à mesa (L). 
- Posição frente a frente deve ser evitada. 
- A posição em forma de L (90°) - A situação frontal, comum em psicoterapia é desaconselhável, pois 
pode fazer o sujeito sentir-se em situação de exame e hipervigiado. 
- Ter atenção se o examinando é destro ou canhoto e se pode ser identificado outra dificuldade no 
examinando, procurando minimiza-la ou elimina-la. 
 
3.Condições e preparo técnico do examinador 
 
4.Material necessário para a aplicação 
A) Conjunto de 10 cartões, lâminas ou pranchas. 
B) Protocolo para localização das respostas, folha de localização. 
C) Folha de aplicação com colunas previstas (Tempo, verbalizações, classificação) 
D) Canetas de mais de uma cor (inquérito) 
E) Relógio tipo cronômetro (preferência de pulso). 
F) Disposição dos cartões durante a aplicação. Os cartões, por uma questão de operacionalidade . . . 
G) Tipo de mesa. 
 
5.Aplicação e sua condução 
6.Tempo de permanência do cartão nas mãos do examinando durante a aplicação 
7.Intervalo teste-reteste 
8.Anotações(registro da verbalização) na folha de aplicação. 
 
 
1ª - Fase de Associação 
 
 Rapport 
 Usa durante toda a testagem as palavras Cartão ou Prancha. 
 Instrução 
 10 Pranchas ou Cartões 
- Estão numeradas em algarismos romanos de I a X e são apresentadas por esta ordem numérica a 
quem a vai interpretar. 
- A pilha de 10 pranchas, colocadas de costas, encontram-se à vista em cima da mesa por ordem 
crescente para serem entregues, uma a uma, sempre na posição vertical (^). 
- Folhas de registro, cronometro e caneta. 
 
 O examinador oferece o 1° cartão: “Por favor, pode dizer o que as manchas lhe parecem, o que vê 
nelas”. 
 Efetuar o registro do tempo de reação – T.R.I (latência) – tempo em que ele dá a primeira resposta - 
e de duração (por prancha), de toda verbalização (comentários). 
 Anotar entre parênteses expressões não verbais (“franzio a testa”, “cara de espanto”, “tomou 
postura ereta”, etc). 
 
 Deve-se registrar a posição da prancha no momento em que o sujeito vê uma imagem/resposta. 
 
 Estimulação 
- Caso o examinando não apresente nenhuma resposta ou apenas uma resposta para a Prancha I. 
“Você gostaria de tentar ver (mais) alguma coisa nessa mancha?”. 
- Este procedimento poderá ser repetido até a Prancha III. 
 
 OBS: Quando passar para a próxima prancha? 
- Entre 5 e 10 respostas na prancha. 
- Aproximadamente 10 minutos com a prancha. 
 
 Repassagem 
- Repassagem Parcial 
 Inibição: 1 ou até 3 pranchas. 
 Pranchas de I a VII: repetir apenas as pranchas com inibição. 
 
 - Repassagem Total 
 Inibição: Pranchas VIII, IX e X. 
 Repetir todas as Pranchas. 
“Vou lhe mostrar novamente essa(s) mancha(s) em que você não viu nada, quem sabe agora 
você vê algo nela(s).” 
 Inibição: Mais de 3 inibições ao longo do teste. 
 Número total de respostas inferior a 15 (R<15) 
 Perseveração de conteúdo ou resposta (quando ocorreu perseveração acentuada de 
determinado conteúdo ou resposta). 
 
Com o propósito de se restabelecer o ritmo associativo da série, o que irá facilitar a 
atenuação do bloqueio e a elaboração de respostas nos estímulos às pranchas finais. 
 
 
 
2ª - Fase de Inquérito 
 
 Averiguação – entender de forma bem esclarecida tudo que a pessoa falou na fase de aplicação. 
 Procurar saber onde o examinando situou as respostas nas manchas do Cartão. Identificar ONDE e 
O QUE foi visto. 
Quando serão reapresentadas todas as pranchas ao examinando (exceto alguma rejeitada).---- 
 Tem a finalidade de perceber nos dados levantados o que o examinando quis dizer e não o que o 
psicólogo imaginou ou deduziu. 
 Verificar como você foi construindo essas imagens na mente dele. 
 Considerar aspectos culturais, de nível de instrução e ambiente social. 
 É de fundamental importância o que de fato o examinando esta percebendo e verbalizando para 
uma classificação objetiva quanto às categorias de Localização, Determinantes e Conteúdos. 
 Normas consideradas básicas para condução do inquérito (4 condições): 
1- O examinador deve ler as respostas uma a uma. 
2- As perguntas devem ser cuidadosas. 
3- Evitar perguntas indutoras. 
4- Perguntas sugeridas. 
A → Quanto a Localização (ONDE) 
B → Quanto aos Determinantes (O QUE) 
C → Quanto aos Conteúdos 
 
 “Explique melhor...” ou “Descreva melhor...” 
 
 Regras: 
- Para “nortear” o INQUÉRITO, é necessário que o aplicador construa hipóteses sobre os 
determinantes utilizados pelo examinando, considerando: 
* FORMA: quando ele utiliza o contorno das manchas; 
F+ = resposta mais frequente na população média – forma bem vista. 
F - = resposta menos frequente na população média – forma mal vista. 
F° = forma indeterminada. 
* COR: quando considera as cores na construção de suas respostas; 
* LUMINOSIDADE: as diferenças de tons no interior das manchas; 
* MOVIMENTO: quando o examinando projeta cinestesia na mancha, ele “sente” movimento da mancha; 
* PERSPECTIVA: quando há a sensação de profundidade, planos diferentes de construção da resposta. 
 - Quando no inquérito o examinando acrescenta outras características que não havia dito na 
associação, perguntar se ele já havia percebido que estava “voando” antes, ou só no segundo momento. 
 - Caso o examinando veja outras coisas no Inquérito, anota-se da mesma forma e procede-se o 
inquérito na sequência. 
 
Classificação das respostas: 
> Modalidade / Determinante/ Conteúdo/ vulgar < 
 
MODALIDADE (ONDE) 
DETERMINANTES (O QUE) 
 
Localização das respostas: Modalidades de observação 
 Modo particular com que o indivíduo distribui sua atenção aos estímulos 
ambientais. Estilo perceptual. 
 
 Anotar no mapa de localização o contorno feito pelo examinando, obtendo-se assim a localização da 
resposta, ONDE o examinando concentrou a sua percepção (MODALIDADE DA RESPOSTA). 
 
MODALIDADE: é “onde o examinando viu” a resposta, ou seja, o “campo perceptual”. 
 
MODALIDADES PRINCIPAIS e MODALIDADES SECUNDÁRIAS, sendo que as principais 
caracterizam-se como as mais freqüentemente encontradas na população média, enquanto as 
secundárias apresentam freqüência menor ou até rara. 
 
 Silveira: “...as categorias de modalidades compõem dois grupos: umas, a que denominamos 
principais, porque na concepção de todos os autores, desde Rorschach, definem o modo de 
atender à realidade exterior, e outras menos encontradiças, cuja presença revela dinamismos 
peculiares do trabalho mental” 
 
 Passar então à pesquisa de “QUAIS” características da mancha determinaram a construção da 
imagem para o examinando (DETERMINANTE DA RESPOSTA). 
 
Modalidades principais: 
G: Global, resposta que abrange a prancha toda (percebe a mancha como um todo). 
P: pormenor primário, com maior frequência (aspectos mais evidentes). 
p: pormenor secundário, com menor frequência (detalhes). 
 
Modalidades secundárias: 
E: espaço, relativa ao espaço branco. 
GE: global com menção explícita do espaço em branco. 
PG: global confabulatória, aparentemente global, mas na realidade oriunda da interjeição de apenas um 
pormenor, seja primário, seja secundário, que dá sentido ao todo.?? 
GP: global com valor de pormenor, global em que o conteúdo é somente parte humana ou parte animal, 
desde que esta interpretação não seja estatisticamente frequente.?? 
p': pormenor inibitório, primário ou secundário, anormalmente isolado e destacado como parte humana ou 
animal.?? 
 
Crítica à mancha – examinando procura racionalizar e interpretar suas respostas. 
 
Tipos de G: 
- Imediata: simples, combinada, vaga, impressionista e racional. 
- Sucessiva: dois tipos: 
1- sucessiva integrada: apenas após elaboração de diferentes áreas da mancha é que o examinando 
atinge um conceito geral. 
2- sucessiva combinatória: observação combinada de pormenores isolados que sucessivamente vão 
assumindo um significado mais abrangente. 
 
Serão classificadas como G apenas as Gi e Gc: 
Gi: respostas que compreendem a mancha toda, como um único elemento, independente das características 
que o sujeito possa vir a mencionar para enriquecer sua obs. 
Gc: respostas que compreendem duas ou mais gestalts, compondo o global. Necessariamente, todos os 
elementos devem estar relacionados entre si. 
 
Significados básicos de G: 
 Gi em I, IV, V, VI: também pode indicar preguiça mental, desinteresse, ou a fuga de problemas; 
generalizações superficiais, com elaboração mínima e reduzida atividade criadora (vaga); 
 Euforia aumenta G e depressão, apatia ou desinteresse diminuem G. 
 Previsibilidade; 
 Eleva G, rebaixa P: deficiência no pensamento concreto e tendência a devaneios. 
 
Pormenor primário: P (as respostas, que não abrangem a mancha toda, e localizam-se nas áreas mais 
frequentemente escolhidas e mapeadas, terão como Modalidade - P (Pormenor Primário)). 
 
- P simples: único percepto; 
- P combinado: construído por 2 ou mais pormenores; 
- Nível de elaboração cognitiva das experiências concretas mais elevadas. 
 
Significado básico de P: 
 Refletem capacidade para perceber os aspectos mais ativos e imediatos do ambiente; 
 Observação concreta e inteligência prática; 
 Importante para o senso comum e para a resolução de problemas de ordem prática; 
 Tanto as funções conativas, como as disposições afetivas interferem na apreensão dos dados óbvios 
das experiências e no interesse pelos aspectos práticos. 
 ↑P+: apego exagerado ao evidente, falta de reflexão pessoal. 
 ↑P-: reação impulsiva aos dados imediatos das situações. 
 
Pormenor secundário p: 
- p simples e p combinado 
- Trabalho mental analítico e atitude de pesquisa; 
- Empenho na análise cuidadosa e escrupulosa dos aspectos menos evidentes da realidade. 
- Maior dispêndio de energia. 
- ↑p: mecanismos obsessivos (elaboração exagerada dos menores indícios do ambiente) ou mecanismos 
compulsivos (pressão subjetiva para reagir aos aspectos mais insignificantes das experiências). Qualidade 
formal exagerada ou muito rebaixada. 
 
 
Modalidades Secundárias: 
 São denominadas “secundárias”, as áreas selecionadas para construção das respostas, que 
apresentarem dois sentidos: raridade de ocorrência e por revelarem variações subjetivas menos acessíveis 
ao total estatístico. 
 
Tipos: 
GE: global com espaço 
 Serão classificadas como GE, as respostas que o examinando abranger toda a mancha e ainda 
incluir alguma região de espaço em branco (independente do tamanho ou da quantidade de 
espaços incluídos). 
* Figura-fundo (Teoria da Forma - Gestalt) 
* Indicam elevado nível de elaboração e organização perceptual, em que a capacidade de 
generalização e planejamento integra a observação de obstáculos ou de aspectos raramente 
percebidos pela maioria. Não exclui possibilidades. 
* Seu trabalho mental não fica obstruído diante de obstáculos. 
* Faz referência ao E sem integrá-lo na resposta, dificuldade de lidar com obstáculos. Choque ao 
vazio. 
* “Falhas”, “buracos”- preocupação com obstáculos. 
 
(E): espaço em branco 
=> Classifica-se como Resposta de Espaço, as respostas localizadasapenas nas partes em 
branco, não considerando as manchas de tinta, das pranchas. Inversão da “gestalt” 
perceptiva do examinando. 
* Inversão da gestalt 
* P (E), E (P), p (E), ou E(p) 
* Indica atitude crítica, necessidade de autonomia, tendência à oposição, negativismo, preocupação 
com os obstáculos do ambiente. 
* Em protocolos com elevado grau de elaboração: indica inteligência produtiva e original. 
 
p': pormenor inibitório 
 As respostas decorrentes de certa inibição do trabalho mental, levando o examinando a 
destacar apenas uma parte de uma resposta considerada como frequente, porém não 
conseguindo perceber toda a imagem correspondente. 
 Esta modalidade reflete um modo não habitual de trabalho mental, portanto, ocorre 
com pouca frequência na população média. 
* Destaca apenas parte de uma resposta considerada como frequente (vulgar) em A ou H. 
* Inibição do trabalho mental, podendo ser ocasionado por deficiência de elaboração, ou por 
acentuada preocupação com seus próprios problemas, ou ainda por ansiedade e depressão. 
* Deficiência conativa de manutenção do trabalho mental. 
* Desvio da atenção e bloqueio da observação. 
 
PG: global a partir de um Pormenor 
 Serão classificadas como PG, as respostas resultantes de uma “generalização apressada” 
feita pelo examinando, levando-o a deduzir urna associação para a figura corno um todo, 
a partir da observação de uma parte da mesma, um pormenor. 
 Neste caso, quando inquerido, o examinando mostra a figura toda como sendo sua 
resposta, mas justifica apenas a parte que reconheceu e desencadeou a 
“supergeneralização”, não conseguindo ver todo. 
 Este tipo de modalidade foi denominada por Hermann Rorschach e outros autores como 
“Global Confabulatória”, dado a frequência de ocorrência em examinandos com 
tendência a “fabulações” (delirantes ou não). 
* Alteração fundamental da observação abstrata. 
* Não usa a crítica, tira conclusões inadequadas. 
* Tem disposição conativa, mas é afetivamente imaturo nas construções e nos sentimentos. 
 
GP: global com valor de pormenor 
 São respostas, resultantes da seleção de toda mancha(G), justificada como sendo uma 
parte de figura humana ou animal, desde que tal associação não seja frequente na 
população média. 
 Para sabermos se a associação é frequente ou não na população média, é necessário 
consultar a tabela de Qualidade Formal. Caso a resposta não seja encontrada entre as 
respostas alistadas (em G), mesmo quanto uma gestalt semelhante, será classificada 
como GP. 
 Segundo Silveira,“Este tipo de resposta aponta seguramente para dinamismo anormal e 
por isso raramente aparecerá em protocolos normais”. 
* Associa a mancha toda (G) como sendo uma parte humana (pH) ou animal (pA), não frequente. 
* Distorção intensa da realidade; 
* Elevado comprometimento da personalidade; 
* Prevalência da observação concreta do tipo sincrético e da deficiência da capacidade de abstração. 
* Instabilidade conativa, mobilização afetiva; 
* Indicativo de condições psicopatológicas e propensão patológica. 
* Analisar todo o psicograma. 
= Exame da qualidade formal das respostas 
 
DETERMINANTE FORMAL (RF) 
 
Hermann Rorshach designou sua prova como:“interpretação de formas fortuitas” 
 
 Se dá por meio de uma integração associativa entre o estímulo atual e as experiências passadas. 
 
Quando classificar uma Resposta COMO RF? 
- Apenas o contorno da figura é levado em conta pelo sujeito e nenhuma outra característica é 
considerada. O inquérito é fundamental para constatar não haver outra característica presente. 
 
SIGNIFICADOS PSICOLÓGICOS DE RF 
- Esforço de integração de ordem mais racional e impessoal. 
- Relação com o meio externo, permeado pelo processo de socialização. 
- Função adaptativa: subordinação das concepções pessoais e dos impulsos afetivos às condições do 
ambiente. 
- Indicam a ligação do indivíduo à realidade externa. 
- Elas são facilmente influenciáveis pelas características do ambiente imediato e pelas condições de 
aprendizagem. 
- Deficiência na instrução ou a carência de estimulação social poderão afetar a ocorrência de RF. 
 
 
 
Avalia: 
- O grau em que são capazes de controlar ou reprimir suas emoções, evitando condutas mais espontâneas 
diante dos outros componentes. 
- Estabilidade emocional, capacidade crítica e o controle do pensamento lógico, para julgar sem que esse 
julgamento fique distorcido pela ansiedade. 
- Medida de tenacidade, carga tensional que o ego possui para ser dinamizada. 
- Capacidade de lidar com a realidade, até que ponto os processos mentais se encontram sob controle da 
realidade. 
 
 
CONTEÚDO DAS RESPOSTAS 
- O conteúdo da resposta fornecida às manchas representa uma fase final do processo de percepção quando 
o sujeito categoriza sua imagem mental dentro de uma cadeia de significados adotado pela coletividade. 
- O conteúdo é uma codificação de uma experiência única e particular para um sistema verbal passível de 
comunicação interpessoal. 
- É a classificação mais sujeita ao controle consciente. 
-Na classificação da resposta, o conteúdo assinalado é aquele estritamente comunicado verbalmente. 
 
RESPOSTAS VULGARES 
- Um grupo de estímulos diferentes é definido como equivalente, pela resposta comum que estes estímulos 
provocam na maioria dos indivíduos. 
- Ao olhar para o mundo (e para os estímulos do Rorschach) o indivíduo tende a comparar as qualidades 
dominantes dos estímulos observados com aquelas das imagens mentais que elas evocam. 
- O conceito de resposta vulgar adotado por Rorschach corresponde às respostas dadas 
aproximadamente por um terço dos examinandos normais. 
 
SIGNIFICADO DA RESPOSTA VULGARES 
1 – Consiste em um processo cognitivo peculiar a todo ser humano que no caso se baseia na fixação da 
memória de padrões comuns e repetitivos de experiências visuais. 
2 – Consiste em um fenômeno de ordem linguística, possibilitando a nomeação da categoria à qual pertence 
esta estrutura. 
 
Determinante de Cor 
 
 O impacto inicial provocado pelo estímulo colorido independe do controle voluntário e da 
atividade do observador, isto é, da busca ativa e seletiva de dados significativos no ambiente. 
 
 As cores, vermelha, rosa, azul, amarela, laranja, verde e marrom, cores cromáticas, são utilizadas 
na construção da resposta. O branco, o preto e o cinza (cores acromáticas) recaem na série 
Luminosidade. 
 
 Para uma resposta ser classificada com determinante cor, não basta que o examinando 
apenas tenha mencionando a cor para localizar o percepto, mas a cor deve estar integrada na 
definição da resposta. 
 
Pranchas II e III → Individualidade (impulsos ou instintos) 
Pranchas VIII, IX e X → Sociabilidade (sentimentos) 
 
 
Quando não classificar como RC 
 Resposta de cor para área acromática (classificar como F ou outro determinante) 
 Resposta de cor para localização. 
– Ex. Pr. II em P3 “Uma borboleta” Inq. “Aqui nesse vermelho, vejo uma borboleta... só pela 
forma, é nesse vermelho aqui” 
 
Classificação das Respostas de Cor 
● FC – consideramos uma resposta como FC sempre que a forma for definida, precisa e a cor também for 
levada em consideração na construção da resposta. 
● CF – nas respostas CF, a forma é vaga, não é definida e a cor tem papel determinante na elaboração 
da resposta, pois mesmo que a forma se modifique a resposta continua sendo plausível. 
● C – são as respostas elaboradas exclusivamente pela cor. Não encontraremos formas nestas respostas. 
 
Critério: F ou FC? 
 
● FC → quando o sujeito se referir à forma e à cor em sua percepção. 
● F → quando, mesmo na região cromática, o sujeito só referir à forma. 
 
Critério: FCou CF? 
 
 Sempre que a forma da mancha interpretada puder ser modificada sem perder a 
plausibilidade da resposta, sem fazê-la nem mais e nem menos plausível, a resposta será CF; 
por outro lado, se as mudanças na interpretação da área, mudarem a plausibilidade da 
resposta, teremos uma FC. 
 
Critério: CF ou C? 
● C → o sujeito encontra um conceito cuja a cor coincide com a da mancha. 
– Ex. Sangue nas áreas vermelhas. 
– Ex. Água ou céu nas áreas azuis. 
 
● CF → quando houver qualquer presença de forma delimitando a percepção. 
– Ex. manha de tinta; mancha de sangue; sangue espirrado ou espalhado; flor colorida. 
 
● O INQUÉRITO é fundamental. 
 
Determinante de Luminosidade 
(claridade e sombras) 
 
 O determinante Luminosidade refere-se à vertente emotiva da personalidade, cujos processos 
envolvem a integração das noções e concepções cognitivas e a repercussão afetiva que produzem. 
 Emprego das cores branca, preta e cinza. 
 
 Exige maior esforço da atenção. 
 Sujeitos mais sensíveis às variações do ambiente. 
 
Critério: L ou C'? 
● C' - → uso dos tons monocromáticos para dar-lhe uma forma. Emprego do branco, preto ou cinza como 
cor. 
● Configuração de uma imagem, em primeiro plano, reconhecendo propriedades de superfícies concretas. 
A cor do objeto corresponde à cor da superfície. 
 
● L → Sensibilidade mais sutil, capaz de captar os estímulos mais vagos do ambiente para em seguida um 
significado que produz um impacto afetivo. Mais abstrato. 
 
Critério: l ou l'? 
● l → sensações subjetivas táteis; textura e ou relevo 
– Ex. Pr. X “Aqui um bicho polar porque é lanudo, esse pelo denso de animal polar”. P l A. 
 
● l' → pode desencadear sensações corporais. 
Transparência, leveza ou fragilidade. Sem significativa participação das condições estruturais da mancha. 
– Ex. Pr. VII “Dá a impressão de algodão...podia ser lã...mas dá a sensação de muito macia, talvez lã, sei 
lá” Inq. “O conjunto. São flocos, fofos, macios”.

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