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O filme “Psicopata Americano” nos mostra uma trama intensa e de grande impacto ao nos apresentar Patrick Bateman, um profissional bem sucedido, mas que esconde uma personalidade complexa. Patrick apresenta características de perverso, no sentido em que há uma denegação da realidade que se apresenta quando o mesmo assassina diversas pessoas deliberadamente, mesmo tendo a noção de que assassinar é errado perante as “regras sociais”, o que nos demonstra que tanto o princípio do prazer quanto o da realidade se fazem presentes. O personagem apresenta estruturas de ID e EGO, não contendo o SUPEREGO. Ele age segundo seu EGO, ele é egoísta e procura aplicar a influência do mundo externo ao ID, por isso pode-se dizer que o personagem tem o princípio da realidade, visto que após assassinar várias pessoas, o mesmo avisa seu advogado. Porém ele age segundo a sua própria realidade e prazeres, assassina visando atender seus desejos. O personagem apresenta características de narcisismo primário, onde o prazer vem de si mesmo, ou seja, o autoerotismo ou satisfação no próprio corpo. É visível o prazer de Patrick ao assassinar suas vítimas, é como uma diversão que lhe traz prazer físico e mental. Ele não investe seu amor em nenhuma das mulheres que se envolve, todas são instrumentos usáveis para obtenção de satisfação para ele mesmo. Há uma fixação de Patrick na fase anal, não há a castração feita na fase psicossexual fálica, ou seja, o complexo de Édipo é evitado. No curso de desenvolvimento sexual “normal” ocorreria a castração do sujeito por parte da figura paterna, o que não acontece no caso citado. Há um desvio por parte de Patrick em relação à castração e imposição de limites, desse modo, o superego não é completamente formado. Diante disso, o personagem reconhece a realidade, porém se recusa a aceitá-la e a denega.
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