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Toxoplasmose e coccídeos intestinais

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21/01/2017
1
T O X O P L A S M A G O N D I I
Toxoplasmose
Introdução
� Protozoário de distribuição mundial
� Apresenta uma alta prevalência sorológica em
diversos países
� É uma zoonose e a infecção é muito frequente em
diversos animais e no homem
� Atualmente a toxoplasmose humana acomete mais
os indivíduos imunossuprimidos
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
� Reino Protista
� Filo Apicomplexa
� Classe Sporozoea
� Ordem 
Eucoccidiida
� Família 
Sarcocystidae
� Gênero 
Toxoplasma
� Espécie T. gondii Taquizoíta
Bradizoíta
� Parasita intracelular: 
�vários tipos celulares
�Musculatura, SNC, vísceras
� Ciclo sexuado: HD - felídeos domésticos e selvagens
� Ciclo assexuado: HI - mamíferos e aves (também 
acontece nos felídeos)
Características parasitárias
Habitat
� Parasito intracelular obrigatório
� Encontrado em várias células, tecidos e líquidos 
orgânicos
� Eletividade pelo SFM
� Em felídeos não-imunes são encontrados nas células 
intestinais, demais células e tecidos e nas fezes
Morfologia
� As formas infectantes são: 
taquizoítos, bradizoítos e 
esporozoítos
� Presença de organelas 
citoplasmáticas características 
do filo Apicomplexa que 
formam o complexo apical
� Descoberta do apicoplasto
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2
Taquizoítos
1. Forma móvel.
2. Medem 7,0 x 2 μm.
3. Forma de meia Lua com núcleo central.
4. Extremidade anterior pontiaguda e posterior arredondada.
Bradizoítos: localizados em cistos teciduais e 
presentes na infecção crônica
1. Forma infectante produzida somente no intestino dos
felinos e eliminados nas fezes do gato. (até 30 dias
somente na primoinfecção ou queda imunológica)
2. Em condições ambientais adequadas de 1 a 5 dias:
temperatura e umidade � esporulação do oocisto � 2
esporocistos contendo 4 esporozoítos cada.
OocistosIsospora 
felis
T. gondii
Taquizoítos
• Também chamado de 
trofozoíto, forma livre ou 
proliferativa;
• Encontrados na fase 
aguda;
•Forma de banana, meia-
lua, uma extremidade 
mais afilada e a outra 
mais arredondada, com o 
núcleo em posição central
• Móveis e de 
multiplicação rápida
•Pouco resistente a ação 
do suco gástrico
Bradizoítos
• Também chamado de 
cistozoítos;
• Encontrados na fase 
crônica;
• São encontrados dentro 
do vacúolo parasitóforo. A 
parede do cisto é 
resistente e elástica
• Encontrados dentro dos 
tecidos e de multiplicação 
lenta
• Altamente resistente
Oocistos
• Forma de resistência;
• Produzidos pelas células 
intestinais dos felídeos;
• São esféricos e após a 
esporulação no ambiente 
apresentam dois 
esporocistos, quatro 
esporozoítos cada;
• Encontrados nas fezes 
de felídeos não 
imunizados
• Altamente resistente
CICLO BIOLÓGICO
21/01/2017
3
Transmissão 
1) Ingestão de oocistos: presentes em alimentos, água e
objetos contaminados ou disseminados através de insetos;
2) Ingestão de cistos: encontrados em carnes cruas ou mal-
cozidas;
3) Congênita ou transplacentária
4) Transfusão
5) Transplante de órgãos
Fatores que determinam 
ocorrência de doença clínica:
- Cepa de T. Gondii
- Susceptibilidade do hospedeiro
- Idade do hospedeiro
- Grau de imunidade adquirida
Aspectos clínicos
� Toxoplasmose congênita ou neonatal
• Cerebral e ocular (corio-retinite, uveíte, etc)
� Toxoplasmose pósnatal
• Em geral pouco sintomática
• Febre e/ou adenopatia (aumento de gânglios)
• Mialgias
• Hepatomegalia
� Toxoplasmose em imunodeficientes / 
imunossuprimidos
• Infecção oportunista
• Em geral grave
• Cerebral
Imunidade
� Completa e envolve mecanismos celulares e 
humoral;
� Respostas imunes mediadas por células na 
resistência à doença: destruição dos taquizoítos 
extracelulares
� Persistência dos bradizoítos na fase crônica: 
manutenção dos títulos sorológicos durante toda a 
vida do hospedeiro
Diagnóstico e tratamento
� Diagnóstico
� Imunológico
� Detecção de anticorpos anti-toxoplasma (ELISA, etc)
� IgM+ indica infecção recente
� IgG+ com IgM- indica infecção passada
� Parasitológico:
� Detecção de taquizoítas em flúidos (ex. líquor)
� Detecção de pseudocistos em sangue periférico
� Detecção de cistos em biópsias
� Exames de imagem: Rx, TC, RM (ex. toxoplasmose cerebral)
� Oftalmoscopia durante exame clínico (toxoplasmose ocular)
� Tratamento
� Grávidas no 1º trimestre de gravidez: Espiramicina (via oral)
� Todos os demais: Sulfadiazina (via oral) ou Pirimetamina (via oral)
Epidemiologia
Gatos são reservatórios para transmissão
zoonótica (hospedeiros definitivos), mantêm e
disseminam a infecção no ambiente.
→se infectam ingerindo pássaros e pequenos
mamíferos cronicamente infectados, carne crua e tb
oocistos de outros gatos.
• Herbívoros se infectam principalmente por ingestão
de oocistos; ocorre formação de cistos teciduais.
• Carnívoros ingerem cistos teciduais, estes liberam
taquizoítos e finalmente há formação de cistos
teciduais. Tb ingerem oocistos
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Cadeia Epidemiológica
Hospedeiro definitivos: felídeos (domésticos e
selvagens) – reprodução sexuada do parasito,
produção de oocistos que, ingeridos, infectam
hospedeiros intermediários e outros felinos
*oocistos só esporulam no ambiente (1-5 dias)
Hospedeiros intermediários: praticamente
todos os animais de sangue quente (aves e
mamíferos), recente/e observados em anfíbios,
peixes, répteis,– produção de cistos teciduais
que, quando ingeridos, infectam hospedeiro
definitivo e intermediários carnívoros
� Prevalência varia de 6% a 80% de infectados na população sob risco
� Impacto da toxoplasmose congênita: 1,2 milhões de DALYs
� Incidência anual mundial de toxoplasmose congênita: 190.000 casos
� Importante causa de morbidade e mortalidade em pac. com AIDS
� Em pac. com AIDS se deve em geral a reativação de infecção latente
� Transmissão: oocistos em fezes de gatos; cistos e pseudocistos em 
alimentos mal-cozidos
Profilaxia CONTROLE
� Comer carnes bem passadas (i.e. 65ºC por 4-5 minutos);
� Lavar bem frutas e verduras;
� Lavar utensílios antes e após preparar alimentos;
� Lavar as mãos antes e após preparar alimentos;
� Manter caixas de areia cobertas;
� Alimentar gatos com ração ou alimentos desidratados;
� Lavar mãos de crianças após brincar em caixas de areia 
ou com os gatos;
� Manter caixas de areia para defecação dos gatos 
diariamente limpas;
Coccídeos Intestinais:
Isospora belli, Cryptosporidium spp, 
Sarcocystis
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5
INTRODUÇÃO
� Considerados protozoários emergentes
� Grande importância em pacientes 
imunodeprimidos
� Chamados de coccídeos intestinais
� Infecções humana decorrentes da 
proximidade com os reservatórios animais e 
de mudanças na virulência nos hospedeiros 
habituais
Isosporose - epidemiologia
� Distribuição mundial
� Mais freqüente na America do Sul, África e 
Sudoeste asiático
� ↑ da incidência – relacionado ao surgimento 
da AIDS – 15% de prevalência em 
indivíduos infectados e com diarréia
Isospora belli
� 1º caso humano relatado em 1950
� Geralmente causa infecção autolimitada
� Infecções relativamente raras até o advento 
das síndromes de imunodeficiências
Sistemática: Filo Apicomlexa
Subclasse Coccidia
Família Eimeridae
Gênero Isospora 
Espécie: Isospora belli
Isospora belli – morfologia dos oocistos
AG-ICB-USP
Oocisto não
esporulado
Oocisto
esporulado
Oocisto esporulado
Coloração álcool-ácido resistente
Forma ovalada (elíptico) que mede de 20 a 33 µµµµm, em média 25 µµµµm
Eliminados nas fezes sem esporular 
Isospora belli
1 a 5 dias
PPP: 7 a 10 dias Patogenia e sintomatologia –
Isospora belli
� Imunocompetentes: geralmente
assintomática ou comdiarréia autolimitada
� Imunocomprometidos: quadro diarréico
grave (+ de 10 evacuações/dia),
acompanhado de febre, cólicas, vômitos,
má absorção e emagrecimento
�Pode apresentar disseminação
extraintestinal (baço, linfonodos, fígado)
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Diagnóstico – Isospora belli
� Pesquisa de oocistos em fezes – técnicas de 
flutuação, sedimentação, centrifugo-flutuação
� Pesquisa de oocistos em aspirados duodenais
� Biopsia de tecido (duodeno)
Oocistos – Isospora belli
Oocisto não esporulado Oocisto esporulado
Cryptosporidium spp
• O oocisto não tem esporocisto, apresenta 4 esporozoítos.
• O oocistos são esféricos e pequenos (4 a 5 µm).
• Há eliminação de oocistos esporulados, infectantes, bastante
resistentes. Contaminação fecal-oral
• Há formação de dois tipos de oocistos (membrana grossa e
fina).
• Membrana fina: auto-infecção (persistência da infecção).
AG-ICB-USP
Criptosporidiose - epidemiologia
� 1976 – 1º relato de infecção humana
� A partir de 1982 – importância como oportunista 
em pacientes com AIDS
� Prevalencia de 5-10% em pacientes com AIDS e 
5-20% em crianças imunocompetentes (creches) 
– em países desenvolvidos 0,6 a 20% e países em 
desenvolvimento 4 a 32%
� Dose baixa de oocistos suficiente p desencadear 
infecção (≅ 9 oocistos)
� Surtos relatados em vários países
HOSPEDEIROS – Cryptosporidium spp
Descrita em mais de 79 espécies:
• Aves
• Caninos
• Felinos
• Ruminantes
• Homem – 90 países em 5 continentes
• Primatas não humanos
• Peixes
• Anfíbios
• Répteis
• Roedores
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7
Sintomas clínicos - Cryptosporidium
• Caracteriza-se por anorexia, diarréia profusa amarelada com muco
(às vezes intermitente), letargia, desidratação, diminuição da
conversão alimentar e do ganho de peso.
• Mamíferos, incluindo o homem, o principal sinal é a diarréia líquida,
associada com anorexia, desidratação e desconforto abdominal.
Indivíduos imunodeprimidos a diarréia pode persistir por até 30
dias.
• A gravidade varia de acordo com: dose infectante, infecções 
concomitantes, nutrição, manejo (para os animais). 
• Em pacientes imunodeprimidos: forma extra intestinal (fígado,
pulmão, cérebro, outros)
AG-ICB-USP
Diagnóstico – Cryptosporidium
spp
• Pesquisa de oocistos em fezes – técnicas de flutuação, 
sedimentação, centrifugo-flutuação
• Pesquisa de oocistos em aspirados duodenais
• Biopsia de tecido (duodeno)
• Detecção de antígenos em amostras fecais utilizando 
anticorpos monoclonais
• Ensaios imunoenzimáticos: Elisa, IFI, 
imunocromatográficos
• PCR
Aspectos clínicos e epidemiológicos
• Infecções cosmopolitas, em geral oligossintomáticas ou
assintomáticas
• Transmissão por água e alimentos contaminados com cistos
• Na criptosporidiose pode haver transmissão homem-homem e 
surtos na comunidade e em instituições
• Diarréia aguda, autolimitada em indivíduos hígidos
• Quadros graves em pacientes com AIDS ou imunossuprimidos
• Diarréia pode cronificar-se e levar a óbito em pacientes com 
AIDS
• Tratamento principal: Suporte por reidratação
CONTROLE
� Educação sanitária
� Lavar as mãos durante o preparo dos alimentos, ao se alimentar e após 
defecar
� Lavar as mãos ao cuidar de crianças, idosos, etc
� Usar vasos sanitários
� Manter as unhas curtas e limpas (Não roer!)
� Evitar o consumo de alimentos crus de procedência duvidosa
� Filtrar a água a ser consumida
� Saneamento ambiental
� Não usar fezes humanas como adubo
� Tratamento dos esgotos antes da eliminação em coleções de água

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