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PLANO DE NEGÓCIO: LOJA DE SAPATOS E ACESSÓRIOS COM A REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DE MODA

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Insper Instituto de Ensino e Pesquisa
Certificate in Business Administration - CBA
PLANO DE NEGÓCIO:
 LOJA DE SAPATOS E ACESSÓRIOS COM A REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DE MODA
São Paulo
2017
 
Plano de Negócio:
LOJA DE SAPATOS E ACESSÓRIOS COM A REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DE MODA
 
						 
São Paulo
2017
RESUMO
O trabalho tem por objetivo apresentar um estudo de viabilidade para a criação de uma loja de sapatos e acessórios, a partir, da reutilização de materiais de moda que seriam descartados, como por exemplo, tecidos, aviamentos e ferragens. Sustentabilidade é um tema muito em pauta nos dias atuais, portanto, a reutilização de materiais que seriam descartados em diferentes atividades e setores está bastante em alta no mercado, contribuindo para que os produtos produzidos, além da qualidade e design, tenham um apelo sustentável, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Palavras-Chave: Calçados; reutilização; matéria-prima; sustentabilidade.
	
INTRODUÇÃO
O presente projeto é um estudo de viabilidade de uma loja de calçados, bolsas e acessórios responsável por desenvolver produtos, a partir, da reutilização de materiais, como retalhos, sobras de tecidos, sobras de aviamentos, entre outros, em conjunto com novas matérias-primas, que possuam características sustentáveis, criando um produto conhecido como verde.
Nos dias atuais, sustentabilidade é um assunto muito em pauta, não só quanto falamos da emissão de poluentes, como gases, ou então poluição da água, mas também em atitudes que podem ser consideradas do nosso cotidiano, como por exemplo, reutilização de casca de vegetais, bagaço de frutas, entre outras. Essas atitudes de reutilização contribuem bastante para o meio ambiente como um todo. O príncipio da sustentabilidade pode ter início desde um empreendimento sozinho, passando por uma comunidade, chegando até o âmbito global, quando envolve o planeta todo.
A loja utilizará retalhos de moda doados por empresas parceiras, para que sejam confeccionados os produtos. A matéria prima principal será composta por material excedente na produção de outras marcas, os compostos de borracha utilizarão pneus reciclados, entre outros matérias como garrafas pet, por exemplo. Os produtos terão design exclusivo e seus modelos serão únicos, dificilmente será possível produzir duas unidades idênticas, em função da matéria prima, além disso, será possível a criação de modelos através de um designer responsável e ideias do próprio cliente, e também utilizando a plataforma digital, criando um diferencial na marca em relação aos sapatos, bolsas e acessórios já existentes e produzidos em larga escala.
Nesse primeiro momento a plataforma de vendas será uma loja física e uma loja online visando clientes pessoa física. 
A presente análise será responsável por analisar se o negócio é viável, se será possível efetuar a produção e venda destes produtos, preservando a saúde financeira da empresa. Além disso será analisado os volumes de produção, vendas e rentabilidade do projeto.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	
Para esse projeto será utilizado como base o Business Model Canvas, esse modelo de negócios é uma ferramenta planejamento estratégico desenvolvido por Alexander Osterwalder e Yves Pgneur que acreditavam que: “Um modelo de negócio descreve a lógica de como uma organização cria, entrega e captura valor” (Osterwalder, Pigneur, 2011). Esse formato logo que foi introduzido, se tornou um dos mais populares para construção de planos de negócio e esse fator é explicado por alguns fatores: praticidade; fácil entendimento e explicação; aplicação em diversos níveis, não em uma empresa, por exemplo; aplicação em todos os setores; visualmente atraente; grande ativa comunidade de usuários ; ótima maneira de promover inovação (Jonkers, Quartel e Blom, 2012, p.03). O modelo é composto por 9 componentes que serão detalhados nas subseções a seguir, demonstrando a lógica de como a empresa pretende gerar valor para seus clientes. Esses 09 itens são responsáveis por cobrir as quatro principais áreas de um negócio: Clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira.
Adicionalmente no plano, utilizaremos a análise SWOT. Seu nome tem origem nas letras iniciais das palavras strenghts, weaknesses, opportunities e threats que respectivamente significam: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Como descrito por Kotler ( 2006, p. 50) uma unidade de negócios precisa monitorar importantes forças macro ambientais (Econômicas, demográficas, tecnológicas, político-legais e socioculturais) e também agentes micro ambientais ( clientes concorrentes, distribuidores, fornecedores) que sejam capazes de afetar sua capacidade de obter lucro.
Segmentação de Mercado
Um plano de negócio pode caracterizar um ou vários segmentos de clientes, grandes e pequenos, por exemplo. 
De acordo com Osterwalder (2010 p.20) os clientes são a essência de qualquer plano de negócios. Sem clientes nenhuma empresa é capaz de perdurar e também é necessário efetuar uma segmentação deles, pois demandam necessidades e realidades distintas. Segundo Kotler (2006 p.237) a definição de segmento de mercado se dá por uma grande amostra de consumidores que possuem as mesmas preferências. Ele também ressalta a importância da diferença entre um segmento e um setor e cita o exemplo da indústria automobilística, onde que mesmo se o grupo de compradores for composto por jovens de classe média, dentro desse grupo existirá preferências divergentes, uns preferindo alto desempenho, segurança ou luxo e aqueles que desejam apenas um meio de transporte. O ideal para que se consiga atingir a maior quantidade de consumidores é dividir o mercado em diferentes níveis potenciais.
O mercado será segmentado em dois níveis, sendo o primeiro nível definido por características demográficas e o segundo psicográficas, caso o primeiro grupo não seja atingido, será possível recorrer a outros grupos, a seguir, vamos explorar esses grupos:
Grupo demográfico: Kotler (2006 p. 246) afirma que essa segmentação é o meio mais popular de distinção de grupos de clientes por diversos motivos. A principal seria que as necessidades e os desejos dos consumidores e suas preferências nessa segmentação o mercado é dividido em variáveis como idade, sexo, tamanho da família, estágio de ciclo de vida familiar, renda, ocupação, religião, grau de instrução, nacionalidade. Para essa análise serão consideradas as variáveis idade, sexo, renda, e ocupação. O foco serão Mulheres entre 25 e 50 anos.
Grupo Psicográfico: Segundo Kotler (2006 p. 249) psicografia é a ciência que utiliza psicologia e demografia para melhor entendimento dos consumidores. Nesse grupo eles são divididos de acordo com sua classe social, estilo de vida, personalidade e valores. Esse grupo acaba se separando do analisado anterior pois pessoas do mesmo grupo demográfico podem apresentar perfil psicográfico diferente. No presente estudo vamos focar em pessoas da moda, inovadoras e Conscientes em relação ao meio ambiente.
Proposta de Valor
De acordo com Kotler e Philip (2006, p.34):
“O dever de qualquer negócio é fornecer valor ao cliente mediante lucro. Em uma economia extremamente competitiva, com compradores cada vez mais racionais diante de uma abundância de opções, uma empresa só pode vencer ajustando o processo de entrega de valor e selecionando, proporcionando e comunicando um valor superior.” 
Como Osterwalder (2011 p. 23) define a função da proposta de valor é de criar valor para um segmento de clientes com um pacote composto por elementos específicos para as necessidades daquele segmento e podem ser divididos em duas categorias: Qualitativos (design, por exemplo) ou quantitativos (preço e velocidade do serviço, por exemplo). A seguir temos os exemplos de elementos que contribuem para criação de valor para o cliente que a empresa busca,descritos por Osterwalder e Pigneur (2011 p.23):
Novidade: Existem propostas de valor que se baseiam na criação de novas necessidades que os clientes anteriores sequer percebiam ter, em função da carência de ofertas similares. Esse será um dos elementos que será considerado no desenvolvimento do presente projeto, buscando trazer para o cliente, produtos com materiais e design inovadores.
Personalização: Através desse método será possível a customização dos produtos, encaixando os produtos às necessidades específicas de cada cliente ou segmento de cliente, gerando valor, sejam elas a necessidade de um sapato com salto ou sem salto, tamanhos e quantidades de divisões de bolsas, etc.
Design: Esse é um elemento bastante relevante na criação de valor para o cliente, mas difícil de mensurar. No caso do negócio apresentado esse item é uma parte bastante relevante na Proposta de Valor. 
Marca/status: O simples fato de poder usar ou exibir uma marca pode ser considerado como valor para alguns clientes. Os produtos sustentáveis gerariam valor para os clientes preocupados com causas ambientais que buscam uma marca que tenha essa pegada.
Preço: Com a reutilização de materiais, em sua maioria doada, o negócio apresenta uma proposta de valor de preço baixo, o que permite que o cliente que se identifique com a marca seja capaz de adquirir produtos de qualidade e design diferenciados a preços acessíveis.
Redução de custo: promover a redução de custos por parte do cliente é uma importante forma de gerar valor. 
Acessibilidade: Tornar os produtos criados e produzidos acessíveis à clientes é uma maneira de criação de valor.
Conveniência/usabilidade: Através da conveniência dos clientes obterem produtos e atendimento através de uma plataforma online e também da versatilidade dos produtos, garantindo usabilidade, é possível criar valor.
Canais de Distribuição
Como definido por Kotler (2006 p. 464) um canal de distribuição é responsável por disponibilizar um produto ou serviço para o uso ou consumo. Formando a combinação de caminhos que um produto ou serviço segue depois de produzido, resultando na compra ou utilização pelo usuário final. Para esse projeto os canais utilizados serão a Internet, através da plataforma online, e loja física.
De acordo com Osterwalder e Pigneur (2011 p.27) os canais podem decidir por alcançar seus clientes através de canais particulares, parcerias ou um mix dos dois. Os canais particulares são apresentados de duas formas: diretos, através de uma equipe de vendas ou um site ou indiretos, como revendas, por exemplo. Os canais de parceria são indiretos e ocorrem através de distribuição de atacado, revenda ou sites parceiros. O lucro de um canal particular é maior do que em um canal de parceria, porém esse segundo é capaz de aumentar o alcance. O ideial é buscar um equilíbrio dos dois.
Esse item deve ser considerado no âmbito do custo, pois a logística envolvida na operação pode ser um fato que capaz de elevar o custo acima do custo de produção.
Para que haja um incremento nas vendas a utilização de um maior número de canais é necessária para cobrir o mercado, mas o conceito de um produto diferenciado, inclusive em relação a qualidade do produto precisa ser levada em conta na abertura de novos canais, para que não haja um impacto negativo na produto a ser entregue.
Relacionamento com Clientes
Esse tópico é bastante relevante para o sucesso do negócio, num cenário onde possuímos diversos concorrentes e opções, é muito importante que essa relação entre a empresa e os segmentos específicos de clientes, seja feita da melhor maneira.
Segundo Osterwalder e Pigneur (2011 p.28) o relacionamento com clientes pode ser orientado por três motivações: Conquista do cliente; retenção do cliente; ampliação das vendas. 
A seguir serão expostas as categorias que se relacionam com nossa proposta de acordo com Osterwalder e Pigneur (2011 p.29):
Assistência Pessoal: Essa categoria se baseia na interação humana. Através de um canal online, telefone, e-mail ou fisicamente, os clientes poderão obter auxílio durante o processo de venda ou após a mesma.
Serviços automatizados: Através da plataforma online, os clientes poderão receber dicas sobre os produtos que estão interessados em adquirir. Esse tipo de serviço simula uma relação pessoal.
Comunidades: As comunidades serão utilizadas para facilitar a conexão com seus clientes e potenciais clientes. No caso será utilizada uma comunidade online, inserida em uma rede social, através da qual os clientes poderão trocar ideias, conhecimentos e experiências, relacionados ao produto e a marca.
Co-criação ou Co-participação: Esse item tem sido utilizado por muitas empresas para co-criar valor com o cliente. Os clientes poderão dar ideias e sugestões na criação de seus produtos.
Fluxo de receitas
Como definido por Osterwalder e Pigneur (2011 p.30) um modelo de negócios pode ter dois tipos diferentes de fluxo de receitas, são elas: Transações de renda resultantes de pagamento único; renda recorrente, resultante do pagamento constante originado na entrega de uma proposta de valor aos clientes ou do suporte pós-venda. A seguir, principal item que será considerado como fonte de receita no projeto:
Venda de ativos: essa fonte de receitas é o mais amplamente compreendido e tem origem da venda de direitos de propriedade de um produto físico. No caso seria a venda dos produtos disponíveis nas lojas física e online.
O mecanismo de preços dos produtos será de preço fixo e dependerá das características do produto, variando de acordo com o número ou qualidade das características da proposta de valor.
Recursos Chave
Qualquer modelo de negócio requer recursos chave afirma Osterwalder e Pigneur (2011 p.35). Através deles é possível que uma empresa crie e ofereça uma proposta de valor, que seja capaz de cobrir mercados e manter relações com os segmentos de clientes. Esses recursos possuem diferentes classificações, físicos, financeiros, intelectuais ou humanos, a seguir, os que serão considerados nesta análise:
Recursos físicos: Nessa categoria se enquadram as fábricas, edifícios, veículos, máquinas, sistemas de ponto-de-venda de sistemas, e redes de distribuição. Esses recursos serão fundamentais no projeto apresentado.
Recursos intelectuais: Através desses recursos, é possível criar um importante diferencial de valor, porém, esses recursos são de difícil desenvolvimento, exemplos deles são marcas, patentes e direitos autorais.
Recursos humanos: Qualquer empresa necessita de recursos humanos, eles são fundamentais para setores de conhecimento intensivo e criativo. Para a criação dos produtos propostos, esse recurso será fundamental, para que sejam criados modelos que sejam visualmente diferenciados e utilizando materiais fora do comum. Será necessário conhecimento dos recursos utilizados para que fatores como durabilidade, seja de nível elevado.
Atividades Chave
Através desse item podem ser analisadas as atividades e processos chaves mais relevantes para que o negócio tenha sucesso. No caso dessa proposta, o a atividade principal a ser considerada é a produção. Através dela serão concebidos, fabricados e entregues produtos em larga escala, ou nesse caso, de qualidade superior. Outra atividade a ser considerada será a Plataforma, pois será necessário o desenvolvimento continuo e manutenção do portal onde os clientes farão suas compras e também receberão atendimento.
Parcerias Chave
Esse item será bastante importante para o sucesso do negócio, pois através das parcerias, serão obtidas as matérias primas, para produção dos produtos. Osterwalder e Pigneur (2011 p. 39) separa essa parcerias em quatro tipos diferentes: Alianças estratégicas entre empresas que não sejam concorrentes; competição através de parcerias estratégicas entre concorrentes; Joint Ventures com objetivo de desenvolver o negócio; relação entre comprador e fornecedor para que seja assegurada a confiabilidade dos suprimentos.
Asparcerias podem ter três motivações diferentes: Otimização e economia de escala; redução de risco e incerteza; aquisição de recursos especiais e atividades.
Estrutura de Custos
A estrutura de custos é responsável por descrever todos os custos necessários para o funcionamento do modelo de negócio, definiu Osterwalder e Pigneur (2011 p. 40). Criação e entrega de valor, manutenção do relacionamento com clientes, tudo isso exige um custo, que poderão ser calculados de maneira mais fácil após todas definições que vimos anteriormente. Nesse modelo serão consideradas as seguintes estruturas de custos:
Custos fixos: são custos que não apresentam alteração, independentemente do volume produzido.
Custos variáveis: Esses são diretamente afetados pelas variações do volume produzido.
DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO PROPOSTO
O negócio proposto tem como objetivo a produção de sapatos, bolsas e acessórios, com um apelo sustentável, através da reutilização de materiais. O objetivo é entregar um produto diferenciado, através de customizações e utilização de materiais diferentes do usual. Para Kotler (2006 p. 370) a diferenciação do produto se dá em três níveis, forma, característica e Qualidade de desempenho. A diferenciação em termos de forma ocorre quando há diferenciação de tamanho, formato ou estrutura física, por exemplo, nesse caso seria a entrega de um produto com material diferente do habitual, com um formato que difere do tradicional. As características do produto poderão ser customizadas ou não. Apesar da oferta de produtos não ser composta por produtos considerados inovadores, sua composição e design serão responsáveis por tornar os produtos diferentes dos que já são ofertados nesse segmento.
Como exposto por Kotler (2006 p.371) o design é uma variável que proporciona uma maneira consciente de diferenciação e posicionamento dos produtos e serviços de uma empresa. Em mercados que possuem uma velocidade muito acelerada preço e tecnologia, não seriam suficientes, e o design apareceria como um fator que proporciona uma vantagem competitiva constante. Abaixo é possível verificar uma ferramenta bastante útil para que seja possível dimensionar o ambiente externo e interno:
Figura 1: Análise SWOT
 Fonte: Autor
Business Model Canvas – Visão Geral
Figura 2 : Business Model Canvas 
Fonte: Adaptação de OSTERWALDER e PIGNEUR, Business Model Generation - Inovação em Modelos de Negócios: um manual para visionários, inovadores e revolucionários, p.44 - Rio de Janeiro – 2011.
SEGMENTOS DE CLIENTES
Conforme exposto na subseção 2.1, o foco do negócio será um grupo de clientes específico, esse item é importante para sabermos para quem estamos criando valor e quem são os consumidores mais importantes. Os tipos de segmentos de mercado apresentados por Osterwalder e Pigneur (2011, p.21) são: Mercado de massa, mercado de nicho, segmentado, diversificado e multi-plataformas. Para esse negócio será considerada a segmentação a seguir:
Nicho de mercado: esse segmento atende clientes específicos e especializados. Fatores como Proposta de valor, canais e relacionamento com clientes são adequados especificamente para um nicho de mercado.
A empresa visa atrair clientes do sexo feminino, os produtos serão exclusivamente femininos, que possuam faixa etária entre 25 e 50 anos de idade. Além disso, o foco serão as pessoas que se preocupam com moda, que estão ligadas diretamente ao universo de criação e design de produtos exclusivos, e por fim, mas não menos importante, o foco será aquelas que se identificam com causas sustentáveis e buscam disseminar a ideia de preservação d meio ambiente.
Conforme pesquisa realizada pelo IBOPE a pedido da Confederação nacional da indústria, revela que 94% dos brasileiros entrevistados se preocupam com meio ambiente, um número que cresceu ano a ano, demonstrando que a população está cada vez mais preocupada com esse aspecto. Na mesma pesquisa, 52% dos entrevistados dizem estar dispostos a pagar mais por um produto ambientalmente correto, contra 24% que não estaria disposto. (Escobar, 2012, p1).
PROPOSTA DE VALOR
 
Este capítulo está relacionado com a subseção 2.2, e os fatores que influenciarão a criação de valor para o cliente. A seguir os elementos e os razões pelas quais serão aplicados ao presente negócio.
Através da proposta de oferecer novidades aos clientes, a empresa buscará desenvolver sapatos, bolsas e acessórios, feitos e compostos de maneira diferente dos que já são ofertados atualmente. Além disso, os clientes poderão criar seus próprios produtos (personalização), em conjunto com um designer e/ou a plataforma online, será possível customizar produtos conforme as preferências dos clientes, através da escolha de materiais, cores e design, gerando um diferencial em relação a concorrência. O item de marca/status será atingido através de campanhas de conscientização da importância de produtos sustentáveis e também da reutilização de materiais, gerando valor para os clientes que se identificam com a causa e também gerando novos adeptos. Utilizando uma estratégia de redução de custos, através da utilização de matéria-prima em sua maior parte, doada, será possível ofertar produtos diferenciados a preços acessíveis. 
Os produtos criados e/ou produzidos estarão disponíveis para os clientes através de loja física e plataforma digital, sempre contando com um suporte, presencial ou não, de um especialista.
Por fim, o principal fator de geração de valor para os clientes, será o fato dos produtos serem praticamente únicos, por exemplo, quando um cliente criar um sapato, não será possível que outro cliente reproduza outro idêntico. Os produtos de “prateleira”, mesmo possuindo características semelhantes, serão diferentes se considerados que os materiais podem sofrer alterações de cores, por exemplo.
REFERÊNCIAS
ESCOBAR, Herton. Meio ambiente é preocupação para 94% dos brasileiros entrevistados pelo Ibope. Jornal o Estado de S. Paulo, publicado em 04 mai 2012. Disponível em < http://www.estadao.com.br/noticias/geral,meio-ambiente-e-preocupacao-para-94-dos-brasileiros-entrevistados-pelo-ibope-imp-,868445> acessado em 18 out 2016.
FINOCCHIO JUNIOR, José. Project Model Canvas: Gerenciamento de projetos sem burocracia. 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 229 p.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12 ed, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 750 p.
NAKAGAWA, Marcelo. Empreendedorismo: Elabore seu plano de negócio e faça a diferença!. São Paulo: Editora Senac, 2013. 240 p.
JONKERS, Henk; QUARTEL, Dick; BLOM, Remco. Modelos de Negócio: Alinhando a Estratégia de Negócios e a Arquitetura Empresarial. mai 2012. 19 p. Disponível em < http://docplayer.com.br/16462639-Modelos-de-negocio-alinhando-a-estrategia-de-negocios-e-a-arquitetura-empresarial.html> Acesso em 11 out 16.
OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business Model Generation: 
Inovação em Modelos de Negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011. 300 p.
SALIM, César Simões. Construindo Planos de Negócios: Todos os passos necessários para planejar e desenvolver negócios de sucesso. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 235 p.
SEBRAE CANVAS. 2015. Disponível em <https://www.sebraecanvas.com> Acesso em 20 out 16.

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