Buscar

Ocorrencia das aguas subterraneas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Ocorrência das Águas Subterrâneas 
 
Professor: Flavio Costa de Cerqueira 
TEMA DA AULA: 
Curso de Graduação em Engenharia de Minas 
Disciplina: Hidrogeologia 
HIDROGEOLOGIA 
• É a ciência que trata da ocorrência, distribuição e do 
movimento da água subterrânea (Todd e Mays, 
2005) 
 
• DIVISÕES DA HIDROGEOLOGIA 
Hidrogeologia Clássica – Meios Porosos; 
Hidrogeologia de Meios Fraturados (cristalinos e 
Karst) 
 
Províncias 
hidrogeológicas do 
Brasil 
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA 
 
 
 
Distribuição da água no planeta 
Doce
2.79
Salgada
97.21
Livre
22.83
Geleiras
77.17
Rios
0.1603
Água Subterrânea
97.5
Umidade do solo
0.78
Lagos
1,56
Fonte: R.G. Wetzel, 1983. 
Considerando toda a água do 
planeta, 1 bilhão e 370 milhões 
de km3, representada por 1 litro 
1.000 ml 
100% 
Água Salgada 
(97,2%) 
Água Doce (2,8%) 
972 ml 
1.331.640.000 
km3 
38.360.000 km3 
28 ml 
Slides preparados por Fernando Feitosa – CPRM,2006 
E ONDE ESTÁ ESSA ÁGUA? 
28 ml 
Seguindo este raciocínio, toda 
a Água Doce do Planeta, 
 28 ml, 
caberia num copo de 
cafezinho 
São na verdade, 38.360.000 
km3 
Slides preparados por Fernando Feitosa – CPRM,2006 
Não estão DISPONÍVEIS 
para serem utilizados pelo 
homem! 21,73 ml 
 21,67 ml (29.690.640 km3) retidos na forma de gelo 
nas geleiras 
0,05 ml (69.048 km3) estão retidos na forma de 
umidade no solo 
0,01 ml (15.344 km3) estão retidos na forma de 
vapor na atmosfera 
Slides preparados por Fernando Feitosa – CPRM,2006 
6,27 ml 
Estão DISPONÍVEIS para 
serem utilizados pelo homem, e 
representam a fase líquida da 
água doce existente no mundo 
0,1 ml 
Os rios, lagos, represas, açudes etc., ou seja, a Água 
Superficial, representa apenas 0,1 ml (122.752 km3) que é 
apenas 2 gotas dos nossos 6,27 ml 
Slides preparados por Fernando Feitosa – CPRM,2006 
Toda a água restante 6,17 ml 
(8.462.216 km3) 
Está invisível aos nossos olhos, 
mas presente na nossa vida. 
Oculta-se sob a superfície da 
Terra e é chamada de 
ÁGUA SUBTERRÂNEA 
Slides preparados por Fernando Feitosa – CPRM,2006 
A água subterrânea 
representa 
98 % 
de toda a água doce 
disponível no mundo 
ÁGUA SUBTERRÂNEA x ÁGUA DE SUPERFÍCIE 
• ÁREA DE CAPTAÇÃO E PROTEÇÃO REDUZIDA 
– INUNDAÇÃO 
– DESAPROPRIAÇÃO 
– IMPACTOS AMBIENTAIS 
• DISTRIBUIÇÃO SETORIZADA 
– ADUÇÃO 
– ENERGIA 
• IMPLANTAÇÃO GRADATIVA 
• TEMPO DE IMPLANTAÇÃO REDUZIDO 
• PROTEÇÃO DA EVAPORAÇÃO 
• QUALIDADE QUÍMICA 
– PADRÃO 
– PROTEÇÃO 
• CUSTO DE TRATAMENTO 
• MANUTENÇÃO 
– CUSTO 
– POR UNIDADE 
• CUSTO DO m3 INFERIOR 
 
 
ALGUNS TERMOS E DEFINIÇÕES IMPORTANTES 
 
1) Hidrogeologia: é o ramo das Geociências (ciências da terra) que estuda 
as águas subterrâneas quanto a sua ocorrência, movimento, volume, 
distribuição e qualidade. 
 
2) Água subterrânea: Aquela que ocorre abaixo do nível de saturação, ou 
nível freático, presente nas formações geológicas aflorantes e 
parcialmente saturadas, e nas formações geológicas profundas 
totalmente saturadas. 
 
3) Ciclo Hidrológico: Sistema pelo qual a natureza faz a água circular do 
oceano para a atmosfera e daí para os continentes, de onde retorna, 
superficial e subterrâneamente ao oceano. 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO CICLO HIDROLÓGICO 
E = Evaporação; ET = evapotranspiração; I = infiltração; R = escoamento superficial (deflúvio) 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
EVAPOTRANSPIRAÇÃO/VAPORIZAÇÃO REAL: 
 
• Processo pelo qual as moléculas de água na superfície líquida ou na 
umidade do solo, adquirem suficiente energia, através da radiação solar e 
passam do estado líquido para o de vapor. Transpiração é o processo pelo 
qual as plantas perdem água para a atmosfera. 
 
• Pela dificuldade em se medir separadamente a evaporação e a 
transpiração, foi introduzido um valor máximo para essas perdas por 
Thornwaite (1948), com o nome de evapotranspiração potencial (ETP). 
 
A Evapotranspiração Real (ETR) pode ser estimada a partir da diferença 
entre a precipitação (P) e a evapotranspiração potencial (ETP), do seguinte 
modo: 
 
se P – ETP > 0 => ETR = ETP 
se P – ETP < 0 => ETR = P 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
DEFLÚVIO: 
 
Escoamento superficial ou run-off (R) é o processo pelo qual a água de 
chuva, precipita na superfície da terra, fluindo por ação da gravidade, das 
partes mais altas para as mais baixas, nos leitos dos rios e riachos. 
A relação entre chuva e 
deflúvio são estabelecidos 
através do estudo da 
hidrógrafa (hidrograma) - 
gráfico de variação da altura 
da superfície da água ou da 
vazão (descarga) do rio, em 
uma seção transversal do 
mesmo. 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
INFILTRAÇÃO: 
 
Água infiltrada no solo, podendo atingir três partes distintas: 
(1) Zona não saturada; 
(2) Interfluxo (escoamento sub-superficial), podendo continuar a fluir 
lateralmente, na zona não saturada, a pequenas profundidades, 
quando existem níveis pouco permeáveis imediatamente abaixo 
da superfície do solo e, nessas condições, alcançar os leitos dos 
cursos d’água e; 
(3) representada pela percolação até o nível freático, constituindo a 
 recarga ou recursos renováveis dos aquíferos. 
 
 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
INFILTRAÇÃO: ZONA NÃO SATURADA / ZONA SATURADA 
 
 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO - INFILTRAÇÃO 
PERFIL DA ÁGUA NO SOLO: 
 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO - INFILTRAÇÃO 
INFILTÔMETRO: 
 
Gaveta
Reservatório
Tubo para medição
80 20
Obs.: Medidas em cm
5
0
1
5
0
120
Tubo de PVC 1”
1
0
0 ATERRO
SOLO
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
PRECIPITAÇÃO: 
 
É a chegada da água meteórica em estado líquido ou sólido à superfície da 
terra. 
P
L
U
V
IÔ
M
E
T
R
O
 
Pluviômetros e Pluviógrafos 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
PRECIPITAÇÃO – BACIA HIDROGRÁFICA: 
 
É uma área 
definida 
topograficamente, 
drenada por um 
curso d’água ou 
um sistema 
conectado de 
cursos d’água tal 
que toda a vazão 
efluente seja 
drenada através 
de uma simples 
saída. 
 
PRECIPITAÇÃO 
 
CHUVA MÉDIA SOBRE UMA BACIA HIDROGRÁFICA 
 
 Em estudos de balanço hídrico é preciso avaliar a altura média de chuva 
precipitada sobre a área de drenagem; 
 
 Os dados são, geralmente, medidos em uma rede de pluviômetros 
distribuídos pela bacia hidrográfica; 
 
 Distribuição espacial da precipitação: 
 
 Média aritmética 
 
 Método de Thiessen 
 
 Método das Isoietas 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
PRECIPITAÇÃO - CHUVA MÉDIA SOBRE UMA BACIA HIDROGRÁFICA 
 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO – MÉDIA ARITMÉTICA 
 
 É o método mais direto. 
 
 A precisão desse método pode ser satisfatória se as estações 
pluviométricas forem uniformemente distribuídas na área considerada. 
 
 A estimativa da chuva média pode ser feita pela seguinte fórmula: 
 
 
 
 
onde, Pm = Chuva média; 
 Pi = Chuva em cada posto; 
 A = Área total da bacia hidrográfica (área de drenagem). 
Pm = 
 Pi
A 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
PRECIPITAÇÃO - CHUVA MÉDIA SOBRE UMA BACIA HIDROGRÁFICA 
 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO – MÉTODODE THIESSEN 
 
 A avaliação da chuva média é feita pela estimativa da média ponderada, 
em que se utiliza como pesos a área de influência de cada posto. 
 
 A estimativa da chuva média pode ser feita pela seguinte fórmula: 
 
 
 
 
 
 
onde, Pm = Chuva média; 
 Pi = Chuva em cada posto; 
 W i = Ai/A (Área de cada polígono (Ai) dividido pela área total (A)) 
Pm = WiPi 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
PRECIPITAÇÃO - CHUVA MÉDIA SOBRE UMA BACIA HIDROGRÁFICA 
 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO – MÉTODO DE THIESSEN 
 
 Esse método consiste na construção de polígonos da seguinte forma: 
 
i. Os pontos de medida de chuva são unidos por linhas retas, formando uma 
rede de triângulos; 
ii. Os lados dos triângulos são divididos ao meio e a eles são traçadas linhas 
perpendiculares, que se interceptam nos vértices dos polígonos de 
Thiessen; 
iii. As áreas desses polígonos representam frações da área total e, portanto, 
são usadas como peso na estimativa da chuva média. 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
PRECIPITAÇÃO - CHUVA MÉDIA SOBRE UMA BACIA HIDROGRÁFICA 
 
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO – MÉTODO DAS ISOIETAS 
 
 Consiste no traçado de curvas de igual valores de precipitação, obtidas 
por interpolação usando os valores das chuvas medidas em cada posto; 
 
 A figura abaixo apresenta um mapa de isoietas com curvas equidistantes 
de 1mm. Cada área Ai, entre as isoietas é uma fração da área total A e 
representa um peso W i, de forma que a precipitação média para toda a 
bacia é dada pela combinação linear: 
 
 
 
 
 
 
 A média espacial em cada área Ai é o valor médio entre as isoietas. Por 
exemplo, a precipitação média para a área A1 é igual a 6,5 mm. 
 
Pm = WiPi 
ORIGEM E CIRCULAÇÃO: CICLO HIDROLÓGICO 
DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA ÁGUA SUBTERRÂNEA 
 
 Abaixo da superfície do terreno, a água está contida em duas zonas 
horizontais: SATURADA e NÃO SATURADA. 
 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA ÁGUA SUBTERRÂNEA 
 
ZONA SATURADA 
 
 Fica situada abaixo da superfície freática e nela todos os vazios 
existentes no terreno estão preenchidos com água. A superfície freática é 
aquela onde a água encontra-se submetida à pressão atmosférica. 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA ÁGUA SUBTERRÂNEA 
 
ZONA NÃO SATURADA 
 
 Zona de aeração ou zona vadosa é aquela que está situada entre a 
superfície freática e a superfície do terreno, e nela os poros estão 
parcialmente prenchidos por gases ( ar e vapor d’água) e por água.Essa 
zona é dividida em três partes: 
 
1 - Zona capilar, que se estende da superfície freática até o limite de ascenção 
capilar da água. 
 
2 - Zona intermediária, compreendida entre o limite de ascenção capilar da água 
e o limite de alcance das raízes das plantas. 
 
3 - Zona de evapotranspiração, situada entre os extremos radiculares da 
vegetação e a superfície do terreno. A água capilar isolada ou suspensa, é 
utilizada para nutrição e funções de transpiração das plantas. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA ÁGUA SUBTERRÂNEA 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA ÁGUA SUBTERRÂNEA 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
BALANÇO HÍDRICO 
 
 O balanço hídrico nada mais é do que o computo das entradas e saídas 
de água de um sistema; 
 
 Obedece ao princípio de conservação de massa, para o qual a diferença 
entre entradas e saídas de água no sistema deve ser igual à variação do 
armazenamento dentro do sistema. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
Superfície plana, inclinada, totalmente limitada e impermeável, com uma 
única saída e representando o modelo de um sistema hidrológico simples. 
O Balanço hídrico para esse 
sistema pode ser representado pela 
seguinte equação diferencial: 
 P – R = dS / dt 
P – precipitação. 
R – run-off ou escoamento 
superficial. 
dS/dt –variação no armazenamento 
por unidade de tempo. 
 
BALANÇO HÍDRICO 
 Várias escalas espaciais podem ser consideradas para se contabilizar o 
balanço hídrico. Na escala macro, o “balanço hídrico” é o próprio “ciclo 
hidrológico”, no qual o resultado fornecerá a água disponível no sistema 
(no solo, rios, lagos, vegetação úmida e oceanos), ou seja na biosfera. 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
BALANÇO HÍDRICO 
 
 Em geral, para uma região, a equação básica do balanço hídrico pode 
ser escrita, considerando precipitação (P), evapotranspiração real (ETR), 
deflúvio (R) e infiltração (I), como: 
 
 
 
 
 
 A dificuldade na solução de problemas práticos decorre, principalmente, 
da incapacidade de se medir ou estimar com segurança os vários termos 
da equação acima. Para estudos locais, é quase sempre possível fazer 
estimativas confiáveis, porém, quantificações regionais são, geralmente, 
grosseiras. 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
P - ETR - R - I = ∆±ARM 
Em que, 
 
∆±ARM = Variação de armazenamento de água no 
solo 
BALANÇO HÍDRICO 
 
 Na equação: 
 
 
 
 Considera-se como excedente hídrico (EXC) a soma do escoamento 
superficial (R), com a infiltração profunda que alcança os aquíferos e 
alimenta o escoamento básico (I), ou seja: 
 
 
 
 Uma das formas de se contabilizar o balanço de água no solo é por meio 
do método proposto por Thornthwaite & Mather (1955), denominado de 
Balanço Hídrico Climatológico. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
EXC = R + I 
BALANÇO HÍDRICO 
 
 
 No Balanço Hídrico Climatológico de Thornthwaite & Mather (1955), a 
partir dos dados de P, ETP e CAD (capacidade de água disponível), 
chega-se aos valores de disponibilidade de água no solo 
(Armazenamento = ARM), de alteração do armazenamento de água do 
solo (ALT = ARM), de evapotranspiração real (ETR), de deficiência 
hídrica (DEF) e de excedente hídrico (EXC). 
 
 Rolim et al (1998) elaborou uma planilha em ambiente Excel, em que a 
partir da entrada de dados, tais como valores médios mensais de chuva 
(P), temperatura (T) e capacidade de água disponível (CAD), pode-se 
obter o Balanço Hídrico Climatológico de Thornthwaite & Mather (1955) 
para uma determinada área de estudo. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
BALANÇO HÍDRICO – APLICAÇÃO NA HIDROGEOLOGIA 
 
 
 O excedente hídrico (EXC), obtido no balanço hídrico pelo método de 
Thornthwaite e Mather (1955), representa uma recarga potencial de água 
subterrânea, isto é, a quantidade de água que poderá infiltrar 
profundamente e alcançar os aqüíferos e alimentar o escoamento básico 
(I), mas também, eventualmente, poderá escoar na superfície 
alimentando o escoamento superficial (R). 
 
 
 A recarga potencial (Rp), dada em %, pode ser obtida fazendo a relação 
entre o excedente hídrico (EXC) e a precipitação (P), isto é, Rp = (EXC / 
P) x 100. 
 
 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
BALANÇO HÍDRICO - APLIC. NA HIDROGEOLOGIA (ESTUDO DE CASO) 
 
Balanço hídrico da Bacia Sedimentar do Rio do Peixe - BSRP 
 
 
 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
BALANÇO HÍDRICO - APLIC. NA HIDROGEOLOGIA (ESTUDO DE CASO) 
 
 Localização dos postos pluviométricos e suas respectivas áreas de influência (Thiessen) 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
BALANÇO HÍDRICO - APLIC. NA HIDROGEOLOGIA (ESTUDO DE CASO) 
 
Balanço hídrico da Bacia Sedimentar do Rio do Peixe 
 
 
 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
Coordenadas dos Postos Pluviométricos presentes na área de estudo e seus respectivoscoeficientes de influência 
BALANÇO HÍDRICO - APLIC. NA HIDROGEOLOGIA (ESTUDO DE CASO) 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
Mês 
Precipitação média mensal em mm 
Barra 
do Juá 
Pombal 
Açude 
Pilões 
Antenor 
Navarro 
Sousa 
São 
Gonçalo 
Janeiro 77,10 80,30 89,14 127,34 81,07 103,44 
Fevereiro 105,34 131,44 145,18 195,08 162,96 195,67 
Março 200,76 201,45 232,04 272,16 204,89 253,22 
Abril 149,40 183,03 161,57 199,92 136,77 179,66 
Maio 95,64 74,28 81,76 83,12 70,26 67,77 
Junho 47,90 37,30 44,06 44,78 27,81 41,88 
Julho 25,31 14,39 22,81 21,27 13,78 19,29 
Agosto 5,87 6,46 3,65 4,65 1,44 4,28 
Setembro 6,91 3,54 5,43 4,50 1,45 5,61 
Outubro 5,30 7,36 8,44 9,64 4,76 13,64 
Novembro 10,09 15,22 8,14 15,63 8,62 13,04 
Dezembro 17,23 19,55 31,36 37,23 29,06 31,46 
 
Valores médios das chuvas mensais para os postos pluviométricos presentes na área 
de estudo (durante o período de 1951 a 1980) – Fonte: ANA (HidroWeb). 
BALANÇO HÍDRICO - APLIC. NA HIDROGEOLOGIA (ESTUDO DE CASO) 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
Valores médios das temperatura mensal para os postos pluviométricos presentes na 
área de estudo (durante o período de 1951 a 1980) – Fonte: EstimaT. 
Mês 
Temperatura média mensal em ºC 
Barra 
do Juá 
Pombal 
Açude 
Pilões 
Antenor 
Navarro 
Sousa 
São 
Gonçalo 
Janeiro 25,48 27,87 27,58 27,68 27,91 27,70 
Fevereiro 24,75 27,13 26,75 26,85 27,10 26,89 
Março 24,16 26,54 26,09 26,21 26,47 26,26 
Abril 24,11 26,35 25,95 26,05 26,30 26,09 
Maio 23,64 25,83 25,49 25,58 25,81 25,59 
Junho 22,97 25,16 24,90 24,99 25,19 24,96 
Julho 22,94 25,19 25,01 25,09 25,28 25,03 
Agosto 23,56 25,91 25,79 25,87 26,05 25,80 
Setembro 24,64 26,92 26,90 26,98 27,12 26,91 
Outubro 25,36 27,73 27,72 27,80 27,95 27,75 
Novembro 25,59 28,04 27,92 28,02 28,20 28,00 
Dezembro 25,77 28,16 27,95 28,04 28,25 28,04 
 
BALANÇO HÍDRICO – ESTUDO DE CASO 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
BALANÇO HÍDRICO - APLIC. NA HIDROGEOLOGIA (ESTUDO DE CASO) 
 
Discussão dos Resultados 
 
 Infelizmente, não foi possível obter dados de deflúvio da BSRP que 
pudesse ser inseridos neste trabalho, o que permitiria um cálculo mais 
aproximado da recarga real. Contudo, a partir dos resultados obtidos no 
balanço hídrico, calculou-se a recarga potencial de água subterrânea. 
 
 Fazendo a relação entre o excedente hídrico (EXC) e a precipitação (P) 
anual, obteve-se a recarga potencial anual (Rp) da ordem de 7,86%. 
 
 Considerando a área de infiltração sendo representada pela área de 
afloramento do aquífero Antenor Navarro e as Aluviões, que é da ordem 
de 389,48 km2, conclui-se que o volume de recarga potencial (Rp) é de 
25,59Hm3/ano. 
 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
ÁGUA NA ZONA SATURADA: AQUÍFEROS 
 
 Para a hidrogeologia, a denominação água subterrânea é atribuída 
apenas à água que circula na zona saturada. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
ÁGUA NA ZONA SATURADA: AQUÍFEROS 
 
 Conceitos básicos: 
 
 Aquíferos: Formação geológica que contém água e permite que 
quantidades significativas dessa água se movimentem no seu interior 
em condições naturais (Ex.: Formações permeáveis areias, arenitos 
etc.); 
 Aquiclude: Formação que pode conter água (até mesmo em 
quantidades significativas), mas é incapaz de transmiti-la em 
condições naturais (Ex.: Formações impermeáveis como as camadas 
de argilas); 
 Aquitardo: Camada ou formação semipermeável, delimitada no topo 
e/ou na base por camadas de permeabilidades muito maior (drenança 
vertical. Ex.: Silte e sedimentos silte-argiloso); 
 Aquífugo: Formação impermeável que nem armazena nem transmite 
água (afugentam a água. Não existem na prática). 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
ÁGUA NA ZONA SATURADA: AQUÍFEROS 
 
 Tipos de aquíferos: Quanto a geologia do material saturado 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
AQUÍFEROS POROSOS 
 
Ocorrem em rochas sedimentares consolidadas, sedimentos inconsolidados e solos 
arenosos, decompostos in situ. Constituem os mais importantes aquíferos, pelo 
grande volume de água que armazenam, e por sua ocorrência em grandes áreas. 
Estes aquíferos ocorrem nas Bacias Sedimentares e em todas as várzeas onde se 
acumularam sedimentos arenosos. Uma particularidade deste tipo de aquífero é que 
tem sua porosidade quase sempre homogeneamente distribuída, permitindo que a 
água flua para qualquer direção em função tão somente dos diferenciais de pressão 
hidrostática ali existentes. Esta propriedade é conhecida como isotropia. 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
AQUÍFEROS FISSURAIS OU FRATURADOS 
 
Ocorrem em rochas ígneas e metamórficas. A capacidade destas rochas em 
acumularem água está relacionada à quantidade de fraturas, suas aberturas e suas 
intercomunicação. No Brasil a importância destes aquíferos está muito mais em sua 
localização geográfica, do que na quantidade de água que armazenam. Nestes 
aquíferos a água só pode fluir onde houver fraturas, que quase sempre tendem a ter 
orientações preferenciais, e por isto dizemos que são meios aquíferos anisotrópicos, 
ou que possuem anisotropia. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
AQUÍFEROS CÁRSTICOS 
 
São os aquíferos formados em rochas carbonáticas. Constituem um tipo peculiar de 
aquífero fraturado, onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água, 
podem atingir aberturas muito grandes, criando verdadeiros rios subterrâneos 
(grutas/cavernas). É comum em regiões com grutas calcárias, ocorrendo em várias 
partes do Brasil. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
ÁGUA NA ZONA SATURADA: AQUÍFEROS 
 
 Tipos de aquíferos: Quanto a pressão das águas nas suas superfícies 
limítrofes (topo e base) 
 
 Aquíferos livres: 
 
Também chamados de freáticos ou não confinados, são aqueles cujo limite 
superior é a superfície de saturação ou freática na qual todos os pontos se 
encontram à pressão atmosférica. A exemplo dos aquíferos confinados, os 
aquíferos livres também se classificam em drenantes (ou de base 
semipermeável) e não drenantes (ou de base impermeável). 
 
Existe um caso especial de aquífero livre, denominado de aquífero 
suspenso, quando é formado sobre uma camada impermeável ou 
semipermeável, de extensão limitada e situada entre a superfície freática 
regional e o nível do terreno. 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
Nível Freático
Zona Saturada
Zona não Saturada
ÁGUA NA ZONA SATURADA: AQUÍFEROS 
 
 Tipos de aquíferos: Quanto a pressão das águas nas suas superfícies 
limítrofes (topo e base) 
 
 Aquíferos confinados: 
 
Também chamados de aquíferos sob pressão, são aqueles onde a pressão 
da água em seu topo é maior do que a pressão atmosférica. Em função das 
características das camadas limítrofes, podem ser definidos como: 
 
 Confinados não drenantes (ver figura) 
 
 Confinados drenantes (ver figura) 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
TIPOS DE AQUÍFEROS: QUANTO A PRESSÃO DAS ÁGUAS NAS SUAS 
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES (TOPO E BASE) 
 
OCORRÊNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Outros materiais