Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Brucella ICS/UFBA – 2013 Microbiologia Veterinária Profa. Tonya Duarte Agente Etiológico Brucella spp. • Cocobacilo Gram negativo • Imóveis, não capsulados, não esporulados • Intracelular facultativo • Aeróbios estritos • Múltiplas espécies Taxonomia • Família: Brucellaceae • Gênero: Brucella Espécies Serovar Hospedeiro Natural Patógeno humano B. abortus 1-6, 9 Bovino Sim B. melitensis 1-3 Caprinos e ovinos Sim B. suis 1, 3 Suínos Sim 5 Roedores Sim B. canis Canídeos Sim B. ovis Ovinos Não B. neotomae Ratos Não B. maris Mamíferos marinhos ? História História da Febre de Malta • 450 aC: Descrito por Hippócrates • 1905: Introdução nos U.S. • 1913: Brucelose humana, Brasil • 1914: B. suis, Índia • 1953: B. ovis, Nova Zelândia, Austrália • 1966: B. canis, descrita em canídeos Sir William Burnett (1779-1861) •Descreveu vários tipos de febre em soldados. •Contraiu a febre de Malta •Descreveu seu caso com grandes detalhes Jeffery Allen Marston Sir David Bruce (1855-1931) •Microbiologista Britânico •Descobriu Micrococcus melitensis Bernhard Bang (1848-1932) •Médico Veterinário •Bacterium abortus Quem está sob risco? • Doença ocupacional −Fazendeiros e tratadores de gado −Médicos Veterinários −Técnicos de Laboratório • Caçadores Consumidores de leite não pasteurizados e seus produtos Fatores de Virulência Brucella spp. • Parede celular Gram negativa − LPS Antígeno A (B. abortus, B. suis) Antígeno M (B. melitensis, B. canis) • Variantes da B. abortus − Lisa e rugosas Lisas - membrana externa composta de fosfolipídios, proteínas e LPS-S. A maioria dos testes sorológicos (teste de soroaglutinação lento (SAL) em tubo; o teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e o teste de Fixação do Complemento (FC)) e a maioria dos testes de ELISA e o Teste do Anel em Leite (TAL) foram desenvolvidos para detectar anticorpos contra a cadeia O do LPS-S Patogenia Brucella spp. • Porta de entrada − Via digestiva − Mucosa genital e conjuntival Via venérea (B. canis, B. suis, B. ovis) − Pele − Via respiratória • Período de incubação − 10-180 dias • Fontes de infecção − Fetos abortados, placenta (B. abortus, B. melitenis) − Leite − Urina (B. canis) Brucella spp. • Invade macrófagos e sobrevive dentro destas células, inibindo a fusão do fagolisossomo e produção de superóxido dismutase • Migra para os linfonodos regionais, chega à corrente circulatória • Disseminação por via hematógena e localizam-se no trato reprodutivo, preferencialmente de gestantes. • Fatores do líquido alantóico (ex. eritritol), presente no útero gravídico, estimulam o crescimento de brucelas. • Expande-se para o feto • Abortos por intensa inflamação no tecido fetal • Pode atingir outros órgãos (fígado, baço, osso, testículo, endocárdio), com formação de granulomas ou abcessos. Prevenção e Controle Prevenção e Controle • Controle da Brucelose Bovina no Brasil − Primeiro Programa de Controle – 1940-1950 (Dec. 6922/44) Exame sorológico Vacinação com a cepa 19 Pouco progresso – foi formado comitê (1958) Prevenção e Controle • Controle da Brucelose Bovina no Brasil − Programa Nacional – Decreto 23/76 Vacinação voluntária de bezerras Diagnóstico Não houve implementação Alta prevalência Prevenção e Controle • Controle da Brucelose Bovina no Brasil − Programa Nacional – 2001 (Tuberculose – 2002) Vacinação compulsória (bezerras de 3–8 meses com cepa 19) Monitoramento voluntário do rebanho de carne Exames antes do Trânsito interestadual e entradas em feiras e exposições Descarte do animal positivo Procedimento padronizados para testagem (cursos e creditação) Prevenção e Controle • Exame Padrão − Teste – Rosa de Bengala Complementar • 2-mercaptoetanol • fixação de complemento − Elisa − Fluorescência *Produção dos Kits: exclusiva de autoridades de sanidade animal e liberados para veterinários creditados. Prevenção e Controle • Imunização − Cepa 19 – laboratórios privados, aprovados em lab de referência − Fêmeas adultas – RB51 − Supervisão de veterinários creditados − Não há vacina humana Prevenção e Controle • Erradicação de reservatórios − Identificação, separação e ou eliminação de animais infectado • Educação sobre risco de transmissão − Fazendeiros, médicos vetrinários e consumidores Obrigada Profa. Tonya Azevedo Duarte
Compartilhar