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CLOSTRÍDIOS MICROBIOLOGIA VI - TONYA DUARTE Clostrídios Taxonomia Ordem Clostridiales Família: Clostridiaceae Gênero: Clostridium Clostrídios Clostrídios não invasivos Clostrídios invasivos Espécie Doença C. botulinum Botulismo C. tetani Tétano Espécie Doença C. perfringens gangrena gasosa, enterotoxemias C. novyi gangrena gasosa, osteomielite C. haemolyticum hemoglobinúria bacilar C. septicum edema maligno C. chauvoei miosite necrosante enfisematosa, carbúnculo sintomático C. difficile colite pseudomembranosa C. piliforme doença de Tyzzer – necrose hepática focal Clostrídios Características Gerais Bacilos (0.2 – 4 mm) Gram positivos Esporulados Flagelos peritríquios quando móveis Anaeróbios estritos (2-10%CO2) Produtores de exotoxinas Clostridium botulinum Morfologia Bacilos Gram positivos Esporulado (resistente ao calor) Esporos ovais subterminais Botulismo Mamíferos e aves Reservatório Solo, vegetais, carcaças Alimentos, enlatados, compotas Transmissão Ingestão de toxinas ou esporos excremento de aves, farinha de osso contaminada Contaminação de feridas e coto umblical Clostridium botulinum Fatores de virulência Neurotoxinas Sete tipos antigenicamente distintos (A-G) Resistentes a ácidos e pepsina Sensível ao calor (80ºC/20min) Pró toxina Proteases Hemaglutina Clostridium botulinum Fatores de virulência Neurotoxinas Clostridium botulinum TIPO DIST. GEOG. FONTE ESP. ACOMETIDAS A EUA Vegetais Seres humanos B EUA, Europa Carnes Seres humanos C EUA, AS, Europa Vegetais, carcaças, alimentos Aves, equinos, bov, cães, homem D África, EUA Carcaças Bovinos, ovinos E AN, Japão Peixe Seres humanos F EUA, Europa Carnes e peixes Seres humanos G Argentina Solo Seres humanos Fatores de virulência Neurotoxinas 1mg mata uma pessoa 0.1-1ng – absorvida no intestino e transportada para junção mioneural Atua na junção mioneural Clostridium botulinum Clostridium botulinum Junção mioneural: 1 – Axônio 2 – Junção 3 - Fibra muscular 4 - Miofibrila Visão detalhada 1 - Elemento pré-sinaptico 2 - Retículo sarcoplasmático 3 - Vesículas sinápticas 4 - Receptor nicotínico Patogenia Toxina ou esporos ingeridos Germinação e produção da toxina A toxina é transportada para junção mioneural, via corrente circulatória Inibe a fusão da vesícula sináptica com a membrana do neurônio Bloqueia liberação da acetilcolina Bloqueia neurotransmissão por degeneração da sinapse Provoca disfunção motora, paralisia flácida e insuficiência respiratória Clostridium botulinum Tratamento Lavagem estomacal Antitoxina Antibióticos Penicilina Sintomático Controle Remoção de possíveis fontes da toxina Vacina com toxóide Botulismo Diagnóstico Microbiológico Isolamento de tecido ou alimento Meio enriquecido Anaerobiose Detecção da toxina Inoculação em cobaias Morte em 3-4 dias Clostridium botulinum Clostridium tetani Morfologia Bacilos Gram positivos Móveis Esporulado Esporos esféricos terminais Raquetes ou baquetas Tétano Mamíferos Reservatório Solo Intestino de mamíferos Transmissão Contaminação de feridas Coto umblical Queimaduras Lacerações A toxina tetânica não atravessa mucosa Clostridium tetani Fatores de virulência Exotoxinas Tetanolisina Hemolisina Tetanopasmina Neurotoxina Codificada por plasmídeo Sensível ao calor Clostridium tetani Patogenia Penetração dos esporos em tecidos traumatizados Germinação por anaerobiose Síntese plasmidial da toxina Difusão da toxina pela corrente circulatória ou troncos nervosos Transporte axônio retrógrado Período de incubação 2 dias a meses Fixação aos gangliosídeos na medula espinhal e tronco cerebral Inibe a liberação do neurotransmissor no SNC Sinapse excitatória desregulada Espasmos musculares Tétano Tétano ascendente Animais mais resistentes Absorção da toxina apenas em troncos nervosos proximais Toxinas atuam apenas em nervos periféricos que inervam os músculos (espasmos ocorrem nos músculos próximos da ferida). O tétano localizado pode durar semanas ou meses, mas normalmente resolve-se espontaneamente, regredindo por si só Tétano Tétano descendente Animais altamente sensíveis Generalizado Toxina migra pela corrente sanguínea e é absorvida por nervos motores. Os centros mais susceptíveis são a cabeça e pescoço. Primeiro sintoma é geralmente trismo (bloqueio da mandíbula), com espasmos musculares descendo do pescoço para o tronco e membros. Os espasmos são iniciadas por estímulos ambientais (luz ou som). Tétano Sinais Rigidez Tremor muscular Resposta a estímulos sonoros e visual Sintomas Retração da terceira pálpebra Orelhas eretas Ranger de dentes Rigidez da cauda, mandíbula, membros Timpanismo Espasmos Morte – parada respiratória Tétano Tratamento Antitoxina Sintomático Antibiótico local Controle Antitoxina Vacina com toxóide Tétano Diagnóstico Microbiológico Esfregaço corado Exsudato do ferimento Isolamento de tecido ou alimento Meio enriquecido Anaerobiose Detecção da toxina Inoculação em camudongos associado com administração da antitoxina Clostridium tetani Clostrídios invasivos C. perfringens Características gerais Aerotolerante Imóvel Encapsulado Esporulados Reservatório Solo e trato intestinal de mamíferos Transmissão Ingestão ou feridas contaminadas Clostridium perfringens Infecção de feridas Patogenia C. perfringens Tipo A – gangrena gasosa em seres humanos Clostridium perfringens Enterotoxemia Patogenia C. perfringens Tipo A - Toxina alfa e ECP (proteína catiônica eosinofílica) Enterite necrótica em aves Diarréias em cães C. perfringens Tipo C - Toxina alfa e beta Enterotoxemia hemorrágica em bezerros, potros, leitões e cordeiros. Clostridium perfringens Tratamento Antitoxina Sintomático Antibiótico (macrolídeos ou ampicilina) Controle Antitoxina Vacina com toxóide Clostridium perfringens Diagnóstico Microbiológico Esfregaço corado Detecção da toxina Inoculação intradérmica em cobaias Necrose Inoculação na veia caudal de camundongos Morte em minutos Clostrídios invasivos C. novyi Características gerais Anaeróbio estrito Móvel Esporulados Esporos ovais Reservatório Solo e trato intestinal de mamíferos Transmissão Ingestão ou feridas contaminadas Clostridium novyi Patogenia C. novyi Tipo A - ganfrena gasosa Toxina alfa – necrosante C. novyi Tipo B – hepatite necrótica em ovinos e caprinos – doença negra Toxina alfa – necrosante Esporos do intestino alcançam o fígado e germinam Produzem toxinas e lesam os hepatócitos e disseminam-se Morte súbita após o aparecimento dos sinais (anorexia e hipotermia) Diagnóstico Microbiológico Esfregaço corado – lesões do fígado Tratamento Não há tratamento eficaz Controle Vacina com toxóide Clostridium novyi Clostrídios invasivos C. haemolyticum Características gerais Anaeróbio estrito Móvel Esporulados Esporos ovais Reservatório Solo e sistema digestivo e fígado de ruminantes Transmissão Ingestão Clostridium haemolyticum Patogenia Hemoglobinúria bacilar - ruminantes Ingestão dos esporos Colonização do fígado Germinação dos esporos Toxigênese – fosfolipase C (toxina beta) Lesão hepática Sinais e sintomas Febre, palidez, icterícia, anorexia, agalactia, hemoglobinúria, aborto Hemorragia disseminada Óbito Diagnóstico Microbiológico Esfregaço corado – lesões do fígado Tratamento Antibióticos (tetracilcina) Antitoxina Sintomático Controle Vacina com toxóide Clostridium haemolyticum Clostrídios invasivos C. septicum Características gerais Bacilos curtos e pleomórficos Anaeróbio Esporulados Reservatório Solo e intestino dos animais e homem Transmissão Contaminação de feridas Clostridium septicum Patogenia Edema maligno (ruminantes, suínos e equínos) Infecção de feridas Castração, caudectomia, tosquia, injeções Edema, hemorragia e necrose Sinais e sintomas Febre, taquicardia, anorexia Óbito Diagnóstico Microbiológico Esfregaço corado Tratamento Drenagem das lesões e aplicação tópica de antissépticos Antibióticos (penicilinas ou tetracilcina) Controle Vacina com toxóide Clostridium septicum Clostrídios invasivos C. chauvoei Características gerais Bacilos Gram positivos Anaeróbio Esporulados Esporos subterminais Reservatório Intestino e fígado de espécies susceptíveis Clostridium chauvoei Patogenia – Carbúnculo sintomático (bovinos) Toxina alfa necrosante Germinação de esporos Produção de toxina Lesão celular Edema, hemorragia e necrose miofibrilar Sinais e sintomas Febre, anorexia e claudicação Óbito Diagnóstico Microbiológico Esfregaço corado – tecido Cultivo em anaerobiose Tratamento Drenagem das lesões e aplicação tópica de antissépticos Antibióticos (penicilinas endovenosa) Controle Vacina com toxóide Clostridium chauvoei
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