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8º Texto - Independência de Caminhos

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1 
Universidade Salvador – UNIFACS 
Cursos de Engenharia – Cálculo IV 
Profa: Ilka Rebouças Freire 
Cálculo Vetorial 
 
Texto 05: Independência de Caminhos. O Teorema de Green. 
 
Independência de Caminhos 
 
Consideremos a seguinte questão: Calcular 
a) 
 
C
ydyxdx
 e b) 
 
C
ydyxydx
 nos seguintes casos 
I) C é o segmento de reta entre ( 0,0 ) e (1,1) 
II) C é o segmento da parábola y = x2 entre ( 0,0) e (1,1) 
 
 
Solução: 
 
a) 
I) As equações paramétricas de C são 
1t0;
ty
tx






 
 
C
ydyxdx
=
  1ttdttdt 102
1
0
1
0

 
II) As equações paramétricas de C são 
1t0;
ty
tx
2






 
 
C
ydyxdx
=
1
2
1
2
1
2
t
2
t
tdt2ttdt
1
0
4
1
0
21
0
2
1
0



















 
 
 
b) 
I) 
 
C
ydyxydx
= 
3
2
6
4
2
1
6
1
2
t
6
t
tdtdt
2
t
1
0
231
0
1
0
2










 
 
II) 
 
C
ydyxydx
= 
4
3
2
1
4
1
2
t
4
t
tdt2tdtt
1
0
4
1
0
41
0
2
1
0
3 


















 
 
Observemos que, no caso a) nos dois “caminhos” tomados para ir do ponto A(0,0) para o ponto 
B(1,1) o resultado da integral foi o mesmo. Isto não acontece no caso b) 
 
Uma integral do tipo visto, no caso a) acima, é chamada de integral independente do caminho 
 2 
O nosso objetivo agora é investigar sob que condições uma integral independe do caminho 
 
Vamos estabelecer que 
 
 Um caminho de A a B é uma curva parcialmente suave de A a B 
 Uma integral de linha é independente do caminho numa região se obtemos o mesmo valor 
para qualquer caminho de A a B na região 
 Se a integral 

C
ds)y,x(F
 é independente do caminho, vamos denotá-la por 

B
A
ds)y,x(F
 pois 
o valor da integral depende apenas dos extremos A e B da curva 
 As regiões D do plano ou do espaço são tais que dois pontos quaisquer podem ser ligados 
por uma curva parcialmente suave inteiramente contida na região (tais regiões são 
chamadas de regiões conexas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O resultado que enunciaremos a seguir nos dá uma condição para que uma integral de um campo 
vetorial seja independente do caminho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No nosso exemplo inicial, para o caso a) F(x,y) = x i + y j é um campo conservativo pois existe a 
função 
2
y
2
x
)y,x(u
22

 tal que u = F(x,y) 
 
O resultado a seguir é análogo ao Teorema Fundamental do Cálculo e nos dá um método para 
calcular integrais curvilíneas que não dependam do caminho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
B 
Se F(x,y) = f(x,y)i + g(x,y) j é contínua em uma região D então a integral curvilínea 
  
CC
dy)y,x(gdx)y,x(fdrF
 é independente do caminho se e somente F é um 
campo conservativo, ou seja, existe uma função escalar u(x,y) ( função potencial) tal 
que F(x,y) = u 
Seja F(x,y) = f(x,y)i + g(x,y) j contínua em uma região D e C uma curva parcialmente 
suave em D com extremidades A(x1,y1) e B(x2, y2). Se F(x,y) = u 
 então a integral curvilínea 
  
CC
dy)y,x(gdx)y,x(fdrF
 = 
  )2y,2x(
)1y,1x(
)2y,2x(
)1y,1x(
)y,x(udrF  
 
 
 3 
Exemplos: 
1) No nosso exemplo inicial 
 
C
ydyxdx
; A(0,0) e B(1,1) e 
2
y
2
x
)y,x(u
22

 
 
Assim, 
 
C
ydyxdx
= 
1
2
1
2
1
2
y
2
x
ydyxdx
)1,1(
)0,0(
22)1,1(
)0,0(









 
 
 
 
2) No texto 03 vimos que F(x,y) = (2xy + 1) i + (x
2
 + 4y ) j = 0 é conservativo e que uma função 
potencial correspondente é u(x,y) = x
2
y + x + 2y
2
 . Resolva 
 
B
A
drF
, sendo A(0,0) e B(1,1). 
Solução: 
 
B
A
drF
= 
  )1,1( )0,0(22 y2xyx 
 = 1+1+2 = 4 
 
 
3) Vimos no texto 03 que o campo F(x,y,z) = senx i  2yz j  y2 k é conservativo e que a função 
potencial correspondente era u(x,y,z) = cosx y2 z. 
Calcule 
 
C
drF
 ao longo de qualquer caminho C de A(0,2,0) até B(2,2,4) 
Solução: 
 
C
drF
= 
  152cos1162coszyxcos )4,2,2( )0,2,0(2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Teorema de Green 
 
O resultado que enunciaremos a seguir expressa a integral dupla de uma região do plano em termos 
de sua integral de linha em torno de sua fronteira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se F é um campo conservativo e C é uma curva fechada temos que 
 
C
0drF
 
A integral de linha em torno de uma curva fechada será indicada por 
 drF
 
Seja C uma curva fechada simples, suave por partes, orientada no sentido anti-horário 
e R a região fechada delimitada por C. Se F(x,y) = f(x,y) i + g(x,y) j é um campo 
vetorial contínuo com derivadas de 1
a
 ordem contínuas em um domínio D que contém 
R, então 
 











RC
dxdy
y
f
x
g
dy)y,x(gdx)y,x(f
 
 4 
Observemos que, como já foi enfatizado anteriormente, se o campo F(x,y) for conservativo 
 











RC
dxdy
y
f
x
g
dy)y,x(gdx)y,x(f
= 0 
 
Exemplo: Use o Teorema de Green para calcular
 
C
22 dyx2dxy
, sendo C o triângulo de 
vértices (00), (1,2) e (0,2) orientado no sentido anti-horário. 
 
 
Solução: 
 
A região R é dada por 0  x  1 e 2x  y  2 
 
f(x,y) = y
2
 e g(x,y) = 2x
2
  






y
f
x
g
4x  2y 
 
Usando o Teorema de Green 
 
 
dxdy)y2x4(dxdy)y2x4(dyx2dxy
1
0
2
x2R
2
C
2
  
 
 
= 
    
1
0
1
0
1
0
2222
x2
2 dx)4x8x4(dx)x4x84x8(dxyxy4
= 
3
4
x4x4
3
x4
1
0
2
3










 
 
 
Observação: Se a curva C estiver orientada no sentido horário, aplicamos o Teorema de Green 
para calcular a integral sobre a curva  C e usamos a propriedade 
 
 CC
drFdrF
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
1. O Cálculo com Geometria Analítica – Swokowski vol 2 
2. Cálculo – Um novo horizonte – Anton vol2 
3. Cálculo C – Diva Fleming

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