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XVIII M MPREFÁCIO INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA: UM PANORAMA INTRODUÇÃO 1 Dez Princípios de Economia O estudo da economia guia-se por algumas grandes idéias. 2 Pensando como um Economista Os economistas vêem o mundo como cientistas e legisladores. 3 Interdependência e Ganhos Comerciais A teoria da vantagem comparativa explica como as pessoas se beneficiam da interdependência econômica. OFERTA E DEMANDA I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS 4 As Forças de Mercado Como a economia coordena agentes econômicos da Oferta e da Demanda interdependentes? Por meio das forças de 5 Elasticidade e Sua Aplicação oferta e demanda de mercado. 6 Oferta, Demanda e Políticas do Governo As ferramentas de oferta e demanda são empregadas para examinar os efeitos de diversas políticas governamentais. OFERTA E DEMANDA II: MERCADOS E BEM-ESTAR 7 Consumidores, Produtores e Por que o equilíbrio da oferta e da demanda Eficiência dos Mercados é desejável para a sociedade? Os conceitos de 8 Aplicação: Os Custos da Tributação excedente do consumidor e excedente do produtor 9 Aplicação: Comércio Internacional explicam a eficiência dos mercados, os custos da tributação e os benefícios do comércio internacional. A ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO 10 Externalidades Os resultados dos mercados nem sempre são eficientes e 11 Bens Públicos e Recursos Comuns os governos por vezes atenuam as falhas do mercado. 12 O Projeto do Sistema Tributário Para financiar seus programas, os governos levantam receitas por meio de seus sistemas tributários, criados com o objetivo de equilibrar eficiência e eqüidade. micro_O 12.01.05 08:39 Page XVIII PREFÁCIO NMMXIX COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZAÇÃO DA INDÚSTRIA 13 Os Custos de Produção A teoria da empresa esclarece as decisões que estão por 14 Empresas em Mercados Competitivos trás da oferta nos mercados competitivos. 15 Monopólio Empresas com poder de mercado podem fazer que os 16 Oligopólio resultados do mercado sejam ineficientes. 17 Competição Monopolística A ECONOMIA DOS MERCADOS DE TRABALHO 18 Os Mercados de Fatores de Produção Estes capítulos examinam as características peculiares 19 Ganhos e Discriminação aos mercados de trabalho, em que a maioria das pessoas 20 Desigualdade de Renda e Pobreza obtém grande parte de sua renda. TÓPICOS DE ESTUDOS AVANÇADOS 21 A Teoria da Escolha do Consumidor Outros tópicos de microeconomia são a tomada de 22 Fronteiras da Microeconomia decisões nas famílias, a assimetria de informação, a economia política e a economia comportamental. micro_O 12.01.05 08:39 Page XIX PARTE 1 INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULOM1 DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIAM3 Como as Pessoas Tomam Decisõesm4 Princípio 1: As Pessoas Enfrentam Tradeoffsm4 Princípio 2: O Custo de Alguma Coisa É Aquilo de que Você Desiste para Obtê-lam5 Princípio 3: As Pessoas Racionais Pensam na Margemm6 Princípio 4: As Pessoas Reagem a Incentivosm7 Como as Pessoas Interagemm9 Princípio 5: O Comércio Pode Ser Bom para Todosm9 Princípio 6: Os Mercados São Geralmente uma Boa Maneira de Organizar a Atividade Econômicam9 Princípio 7: Às Vezes os Governos Podem Melhorar os Resultados dos Mercadosm10 SMS: Adam Smith e a Mão Invisível Como a Economia Funcionam12 Princípio 8: O Padrão de Vida de um País Depende de Sua Capacidade de Produzir Bens e Serviçosm12 Princípio 9: Os Preços Sobem Quando o Governo Emite Moeda Demaism13 Princípio 10: A Sociedade Enfrenta um Tradeoff de Curto Prazo entre Inflação e Desempregom14 SMS: Como Ler Este Livro Conclusãom16 Resumom16 Conceitos-Chavem16 Questões para Revisãom16 Problemas e Aplicaçõesm17 CAPÍTULOM2 PENSANDO COMO UM ECONOMISTAM19 O Economista Como Cientistam20 O Método Científico: Observação, Teoria e Mais Observaçãom21 O Papel das Hipótesesm21 Modelos Econômicosm22 Nosso Primeiro Modelo: O Diagrama do Fluxo Circularm23 Nosso Segundo Modelo: A Fronteira de Possibilidades de Produçãom24 Microeconomia e Macroeconomiam26 O Economista como Conselheiro de Políticasm28 Análise Positiva versus Análise Normativam28 Economistas em Washingtonm29 Por Que os Economistas Divergemm30 Divergências Quanto ao Julgamento Científicom30 Divergências Quanto a Valoresm31 Percepção e Realidadem31 Vamos em Frentem32 Resumom33 Conceitos-Chavem33 Questões para Revisãom33 Problemas e Aplicaçõesm34 Apêndice Gráficos: Uma Breve Revisãom36 Gráficos de Uma Só Variávelm36 Gráficos de Duas Variáveis: O Sistema de Coordenadasm36 Curvas no Sistema de Coordenadasm37 Inclinaçãom41 Causa e Efeitom42 CAPÍTULOM3 INTERDEPENDÊNCIA E GANHOS COMERCIAISM45 Uma Parábola para a Economia Modernam46 Possibilidades de Produçãom46 Especialização e Comérciom48 O Princípio da Vantagem Comparativam50 Vantagem Absolutam51 Custo de Oportunidade e Vantagem Comparativam51 Vantagem Comparativa e Comérciom52 SMS: O Legado de Adam Smith e David Ricardo Aplicações da Vantagem Comparativam54 Tiger Woods Deve Cortar sua Própria Grama?m54 NOTÍCIAS: Quem Tem Vantagem Comparativa na Produção de Ovelhas?m SUMÁRIO micro_O 12.01.05 08:39 Page XXI Os Estados Unidos Devem Comerciar com Outros Países?m56 Conclusãom56 Resumom57 Conceitos-Chavem57 Questões para Revisãom57 Problemas e Aplicaçõesm57 PARTE 2 OFERTA E DEMANDA I : COMO FUNCIONAM OS MERCADOSM61 CAPÍTULOM4 AS FORÇAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDAM63 Mercados e Competiçãom64 Mercados Competitivosm64 Competição: Perfeita e Imperfeitam64 Demandam65 A Curva de Demanda: A Relação entre Preço e Quantidade Demandadam65 Demanda de Mercado versus Demanda Individualm66 Deslocamentos da Curva de Demandam67 ESTUDO DE CASO: Duas Maneiras de Reduzir a Quantidade Demandada de Tabaco Ofertam71 A Curva de Oferta: A Relação entre Preço e Quantidade Ofertadam71 Oferta do Mercado versus Oferta Individualm72 Deslocamentos da Curva de Ofertam73 Oferta e Demanda Reunidasm75 Equilíbriom75 Três Passos para Analisar Mudanças do Equilíbriom77 NOTÍCIAS: A Mãe Natureza Desloca a Curva de Oferta Conclusão: Como os Preços Alocam Recursosm83 Resumom84 Conceitos-Chavem85 Questões para Revisãom85 Problemas e Aplicaçõesm86 CAPÍTULOM5 ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃOM89 A Elasticidade da Demandam90 A Elasticidade-Preço da Demanda e Seus Determinantesm90 Calculando a Elasticidade-Preço da Demandam91 O Método do Ponto Médio: Uma Maneira Melhor de Calcular Variações Percentuais e Elasticidadesm92 A Variedade das Curvas de Demandam94 Receita Total e Elasticidade-Preço da Demandam94 Elasticidade e Receita Total ao Longo de uma Curva de Demanda Linearm96 NOTÍCIAS: Na Estrada com a Elasticidade Outras Elasticidades da Demandam99 ESTUDO DE CASO: Estabelecendo o Preço do Ingresso de um Museu A Elasticidade da Ofertam100 A Elasticidade-Preço da Oferta e Seus Determinantesm100 Calculando a Elasticidade-Preço da Ofertam101 A Variedade das Curvas de Ofertam101 Três Aplicações da Oferta, da Demanda e da Elasticidadem104 Boas Notícias para a Agricultura Podem Ser Más Notícias para os Agricultores?m104 Por Que a Opep Não Conseguiu Manter Elevado o Preço do Petróleo?m106 A Política de Proibição das Drogas Aumenta ou Diminui os Crimes Relacionados a Elas?m108 Conclusãom109 Resumom110 Conceitos-Chavem110 Questões para Revisãom110 Problemas e Aplicaçõesm111 CAPÍTULOM6 OFERTA, DEMANDA E POLÍTICAS DO GOVERNOM113 Controle de Preçosm114 Como os Preços Máximos Afetam os Resultados do Mercadom114 ESTUDO DE CASO: Filas nas Bombas de Gasolina XXII M MSUMÁRIO micro_O 12.01.05 08:39 Page XXII ESTUDO DE CASO: Controle de Aluguéis no Curto e no Longo Prazos NOTÍCIAS: As Secas Causam Necessariamente Escassez de Água? Como os Preços Mínimos Afetam os Resultados de Mercadom120 ESTUDO DE CASO: O Salário Mínimo Avaliando o Controle de Preçosm123 Impostosm124 Como os ImpostosCobrados dos Compradores Afetam os Resultados de Mercadom124 Como os Impostos Cobrados dos Vendedores Afetam os Resultados de Mercadom126 ESTUDO DE CASO: O Congresso Pode Distribuir o Ônus de um Imposto sobre a Folha de Pagamento? Elasticidade e Incidência Tributáriam128 ESTUDO DE CASO: Quem Paga os Impostos sobre Bens de Luxo? Conclusãom131 Resumom131 Conceitos-Chavem131 Questões para Revisãom132 Problemas e Aplicaçõesm132 PARTE 3 OFERTA E DEMANDA I I : MERCADOS E BEM-ESTARM135 CAPÍTULOM7 CONSUMIDORES, PRODUTORES E EFICIÊNCIA DOS MERCADOSM137 Excedente do Consumidorm138 Disposição para Pagarm138 Usando a Curva de Demanda para Medir o Excedente do Consumidorm139 Como um Preço Baixo Eleva o Excedente do Consumidorm140 O Que o Excedente do Consumidor Mede?m141 Excedente do Produtorm143 Custo e Disposição para Venderm143 Uso da Curva de Oferta para Medir o Excedente do Produtorm144 Como um Preço Mais Alto Aumenta o Excedente do Produtorm146 Eficiência de Mercadom147 O Planejador Social Benevolentem147 Avaliação do Equilíbrio de Mercadom148 NOTÍCIAS: Cambistas ESTUDO DE CASO: Deveria Haver um Mercado de Órgãos Humanos? NOTÍCIAS: Como os Peregrinos Abraçaram o Mercado Conclusão: Eficiência e Falha de Mercadom154 Resumom155 Conceitos-Chavem155 Questões para Revisãom155 Problemas e Aplicaçõesm156 CAPÍTULOM8 APLICAÇÃO: OS CUSTOS DA TRIBUTAÇÃOM159 O Peso Morto dos Impostosm160 Como um Imposto Afeta os Participantes do Mercadom161 Peso Morto e Ganhos Comerciaism163 Determinantes do Peso Mortom164 ESTUDO DE CASO: O Debate sobre o Peso Morto O Peso Morto e a Receita Fiscal Conforme os Impostos Variamm167 SMS: Henry George e o Imposto Territorial ESTUDO DE CASO: A Curva de Laffer e a Economia do Lado da Oferta Conclusãom171 Resumom172 Conceito-Chavem172 Questões para Revisãom172 Problemas e Aplicaçõesm172 CAPÍTULOM9 APLICAÇÃO: COMÉRCIO INTERNACIONALM175 Os Determinantes do Comérciom176 O Equilíbrio sem Comérciom176 Preço Mundial e Vantagem Comparativam177 Os Ganhadores e Perdedores no Comércio Internacionalm178 Ganhos e Perdas de um País Exportadorm178 Ganhos e Perdas de um País Importadorm180 Os Efeitos de uma Tarifam182 NOTÍCIAS: A Vida na Isolândia SUMÁRIO NMMXXIII micro_O 12.01.05 08:39 Page XXIII Os Efeitos de uma Cota de Importaçãom185 Lições para a Política Comercialm187 SMS: Outros Benefícios do Comércio Internacional Os Argumentos em Favor da Restrição ao Comérciom188 O Argumento dos Empregosm188 O Argumento da Segurança Nacionalm189 O Argumento da Indústria Nascentem190 O Argumento da Competição Deslealm190 NOTÍCIAS: Política Comercial na Índia O Argumento da Proteção como Instrumento de Barganham191 NOTÍCIAS: Globalização ESTUDO DE CASO: Acordos Comerciais e a Organização Mundial do Comércio Conclusãom194 Resumom195 Conceitos-Chavem196 Questões para Revisãom196 Problemas e Aplicaçõesm196 PARTE 4 A ECONOMIA DO SETOR PÚBLICOM201 CAPÍTULOM10 EXTERNALIDADESM203 Externalidades e Ineficiência do Mercadom204 Economia do Bem-Estar: Recapitulaçãom205 Externalidades Negativasm206 Externalidades Positivasm207 ESTUDO DE CASO: Transbordamentos Tecnológicos e Política Industrial Soluções Privadas para as Externalidadesm209 Tipos de Soluções Privadasm209 O Teorema de Coasem210 Por Que as Soluções Privadas nem Sempre Funcionamm211 Políticas Públicas para as Externalidadesm212 Regulamentaçãom212 Impostos e Subsídios de Pigoum213 ESTUDO DE CASO: Por Que a Gasolina É Tributada Tão Pesadamente? Licenças Negociáveis para Poluiçãom215 Objeções à Análise Econômica da Poluiçãom216 Conclusãom217 NOTÍCIAS: Crianças como Externalidades Resumom218 Conceitos-Chavem219 Questões para Revisãom220 Problemas e Aplicaçõesm220 CAPÍTULOM11 BENS PÚBLICOS E RECURSOS COMUNSM223 Os Diferentes Tipos de Bensm224 Bens Públicosm225 O Problema dos Caronasm226 Alguns Bens Públicos Importantesm226 ESTUDO DE CASO: Os Faróis São Bens Públicos? A Difícil Tarefa da Análise de Custo–Benefíciom229 ESTUDO DE CASO: Quanto Vale uma Vida? Recursos Comunsm231 A Tragédia dos Comunsm231 Alguns Recursos Comuns Importantesm232 NOTÍCIAS: A Solução de Cingapura ESTUDO DE CASO: Por que a Vaca Não Está Extinta NOTÍCIAS: O Parque de Yellowstone Deveria Cobrar o Mesmo que a Disney World? Conclusão: A Importância dos Direitos de Propriedadem236 Resumom237 Conceitos-Chavem237 Questões para Revisãom237 Problemas e Aplicaçõesm237 CAPÍTULOM12 O PROJETO DO SISTEMA TRIBUTÁRIOM241 Um Panorama Financeiro do Governo Norte-americanom242 O Governo Federalm242 O Governo Estadual e Localm246 Impostos e Eficiênciam248 O Peso Mortom248 ESTUDO DE CASO: Devemos Taxar a Renda ou o Consumo? XXIV M MSUMÁRIO micro_O 12.01.05 08:39 Page XXIV Ônus Administrativom250 Alíquotas Marginais de Tributação e Alíquotas Médiasm250 ESTUDO DE CASO: O Experimento Natural da Islândia Tributação por Montante Únicom251 NOTÍCIAS: Como os Impostos Afetam as Mulheres Casadas Impostos e Eqüidadem253 O Princípio dos Benefíciosm254 O Princípio da Capacidade de Pagamentom254 ESTUDO DE CASO: Como É Distribuída a Carga Tributária ESTUDO DE CASO: Eqüidade Horizontal e o Imposto sobre o Casamento Incidência Tributária e Eqüidade Tributáriam258 NOTÍCIAS: O Caso contra a Tributação dos Ganhos de Capital ESTUDO DE CASO: Quem Paga o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas? Conclusão: O Tradeoff entre Eqüidade e Eficiênciam260 Resumom261 Conceitos-Chavem261 Questões para Revisãom262 Problemas e Aplicaçõesm262 PARTE 5 COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZAÇÃO DA INDÚSTRIAM265 CAPÍTULOM13 OS CUSTOS DE PRODUÇÃOM267 O Que São Custos?m268 Receita Total, Custo Total e Lucrom268 Custos como Custos de Oportunidadem268 O Custo do Capital como Custo de Oportunidadem269 Lucro Econômico versus Lucro Contábilm270 Produção e Custosm271 NOTÍCIAS: Lucro Verdadeiro versus Lucro Fictício A Função de Produçãom272 Da Função de Produção à Curva de Custo Totalm273 As Diversas Medidas do Custom275 Custos Fixos e Variáveism276 Custo Médio e Marginalm277 Curvas de Custos e Suas Formasm278 Curvas de Custos Típicasm279 Custos no Curto e no Longo Prazosm280 A Relação entre Custo Total Médio no Curto e no Longo Prazosm280 Economias e “Deseconomias”de Escalam283 SMS: Lições de uma Fábrica de Alfinetes Conclusãom284 Resumom285 Conceitos-Chavem285 Questões para Revisãom285 Problemas e Aplicaçõesm286 CAPÍTULOM14 EMPRESAS EM MERCADOS COMPETITIVOSM289 O Que É um Mercado Competitivo?m290 O Significado da Competiçãom290 A Receita de uma Empresa Competitivam291 Maximização de Lucros e a Curva de Oferta de uma Empresa Competitivam292 Um Exemplo Simples de Maximização de Lucrosm292 A Curva de Custo Marginal e a Decisão de Oferta da Empresam294 A Decisão da Empresa de Suspender as Atividades no Curto Prazom295 Leite Derramado e Outros Custos Irrecuperáveism297 ESTUDO DE CASO: Restaurantes Quase Vazios e Minigolfe na Baixa Estação A Decisão da Empresa de Entrar em um Mercado ou Sair Dele no Longo Prazo m298 Medindo o Lucro da Empresa Competitiva por Meio de um Gráficom299 A Curva de Oferta em um Mercado Competitivom301 O Curto Prazo: Oferta do Mercado com um Número Fixo de Empresasm301 O Longo Prazo: Oferta do Mercado com Entrada e Saída de Empresasm302 Por Que as Empresas Competitivas se Mantêm em Atividade Quando Têm Lucro Zero?m303 SUMÁRIO NMMXXV micro_O 12.01.05 08:39 Page XXV Deslocamento da Demanda no Curto e no Longo Prazosm304 Por Que a Curva de Oferta de Longo Prazo Pode Ter Inclinação Ascendentem304 NOTÍCIAS: Entrada ou Superinvestimento? Conclusão: Por Trás da Curva de Ofertam307 Resumom308 Conceitos-Chavem308 Questões para Revisãom308 Problemas e Aplicaçõesm309 CAPÍTULOM15MONOPÓLIOM313 Por Que Surgem os Monopóliosm314 Recursos Monopolistasm315 ESTUDO DE CASO: O Monopólio da DeBeers sobre os Diamantes Monopólios Criados pelo Governom316 Monopólios Naturaism316 Como os Monopólios Tomam Decisões de Produção e Determinação de Preçom318 Monopólio e Competiçãom318 A Receita de um Monopóliom319 Maximização de Lucrosm321 SMS: Por Que os Monopólios não Têm Curva de Oferta O Lucro de um Monopolistam323 ESTUDO DE CASO: Medicamentos Monopolizados e Medicamentos Genéricos O Custo do Monopólio em Relação ao Bem- Estarm325 O Peso Mortom326 O Lucro do Monopólio: um Custo Social?m328 Política Pública Quanto aos Monopóliosm329 Aumento da Competição com as Leis Antitrustem329 Regulamentaçãom330 Propriedade Públicam331 Não Fazer Nadam332 NOTÍCIAS: Transporte Público e Iniciativa Privada Discriminação de Preçosm334 Uma Parábola sobre a Determinação de Preçom334 A Moral da Históriam335 Análise da Discriminação de Preçosm336 Exemplos de Discriminação de Preçosm337 NOTÍCIAS: Por Que as Pessoas Pagam mais do Que os Cachorros Conclusão: A Prevalência dos Monopóliosm340 Resumom341 Conceitos-Chavem341 Questões para Revisãom341 Problemas e Aplicaçõesm342 CAPÍTULOM16 OLIGOPÓLIOM345 Entre o Monopólio e a Competição Perfeitam346 Mercados com Poucos Vendedoresm347 Um Exemplo de Duopóliom348 Competição, Monopólios e Cartéism348 O Equilíbrio para um Oligopóliom349 NOTÍCIAS: Piratas Modernos Como o Tamanho de um Oligopólio Afeta o Resultado de Mercadom352 ESTUDO DE CASO: A Opep e o Mercado Mundial de Petróleo NOTÍCIAS: O Crescimento do Oligopólio Teoria dos Jogos e Economia da Cooperaçãom354 O Dilema dos Prisioneirosm355 Oligopólios como um Dilema dos Prisioneirosm356 Outros Exemplos do Dilema dos Prisioneirosm357 O Dilema dos Prisioneiros e o Bem-Estar Socialm360 Por Que as Pessoas às Vezes Cooperamm361 ESTUDO DE CASO: O Torneio do Dilema dos Prisioneiros Política Pública Quanto aos Oligopóliosm362 Restrição ao Comércio e a Legislação Antitrustem363 ESTUDO DE CASO: Um Telefonema Ilegal Controvérsias sobre a Política Antitrustem364 ESTUDO DE CASO: O Caso da Microsoft NOTÍCIAS: Antitruste na Nova Economia Conclusãom368 Resumom369 Conceitos-Chavem369 Questões para Revisãom369 Problemas e Aplicaçõesm369 CAPÍTULOM17 COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICAM373 Competição com Produtos Diferenciadosm374 A Empresa Monopolisticamente Competitiva no Curto Prazom374 O Equilíbrio no Longo Prazom375 XXVI M MSUMÁRIO micro_O 12.01.05 08:39 Page XXVI Competição Monopolística Versus Competição Perfeitam377 Competição Monopolística e o Bem-Estar Socialm379 SMS: A Capacidade Ociosa É um Problema Social? Publicidadem380 O Debate sobre a Publicidadem381 ESTUDO DE CASO: Publicidade e o Preço dos Óculos Publicidade como Sinal de Qualidadem382 Marcasm383 Conclusãom385 Resumom386 Conceito-Chavem386 Questões para Revisãom386 Problemas e Aplicaçõesm387 PARTE 6 A ECONOMIA DOS MERCADOS DE TRABALHOM391 CAPÍTULOM18 OS MERCADOS DE FATORES DE PRODUÇÃOM391 A Demanda por Mão-de-obram392 A Empresa Competitiva Maximizadora de Lucrosm393 A Função da Produção e o Produto Marginal do Trabalhom394 O Valor do Produto Marginal e a Demanda por Mão-de-obram395 SMS: Demanda de Insumos e Oferta de Produto: Dois Lados da Mesma Moeda O Que Faz a Curva de Demanda por Mão-de-obra se Deslocar?m397 A Oferta de Mão-de-obram398 A Tradeoff entre Trabalho e Lazerm398 O Que Faz a Curva de Oferta de Mão-de-obra se Deslocar?m399 Equilíbrio no Mercado de Trabalhom399 Deslocamentos da Oferta de Mão-de-obram400 Deslocamentos da Demanda de Mão-de-obram401 ESTUDO DE CASO: Produtividade e Salários SMS: Monopsônio Os Outros Fatores de Produção: Terra e Capitalm404 Equilíbrio nos Mercados de Terra e de Capitalm404 SMS: O Que É Renda de Capital? Elos entre os Fatores de Produçãom406 ESTUDO DE CASO: A Economia da Peste Negra Conclusãom408 Resumom408 Conceitos-Chavem408 Questões para Revisãom409 Problemas e Aplicaçõesm409 CAPÍTULOM19 GANHOS E DISCRIMINAÇÃOM411 Alguns Determinantes dos Salários de Equilíbriom412 Diferenciais Compensatóriosm412 Capital Humanom412 ESTUDO DE CASO: O Valor Crescente da Qualificação Talento, Esforço e Sortem414 SMS: Procurando um Amor Verdadeiro? Vá para a Escola ESTUDO DE CASO: Os Benefícios da Beleza Uma Visão Alternativa da Educação: Sinalizaçãom416 O Fenômeno das Superastrosm417 NOTÍCIAS: As Faculdades de Elite Valem o Que Custam? Salários Acima do Equilíbrio: Legislação do Salário Mínimo, Sindicatos e Salários de Eficiênciam418 A Economia da Discriminaçãom420 Medindo a Discriminação no Mercado de Trabalhom420 Discriminação por Parte dos Empregadoresm422 ESTUDO DE CASO: Bondes Segregados e a Motivação do Lucro Discriminação por Parte de Clientes e Governosm423 ESTUDO DE CASO: Discriminação nos Esportes Conclusãom425 Resumom425 Conceitos-Chavem426 Questões para Revisãom426 Problemas e Aplicaçõesm426 SUMÁRIO NMMXXVII micro_O 12.01.05 08:39 Page XXVII CAPÍTULOM20 DESIGUALDADE DE RENDA E POBREZAM429 Mensuração da Desigualdadem430 Desigualdade de Renda nos Estados Unidosm430 ESTUDO DE CASO: O Movimento Feminista e a Distribuição de Renda ESTUDO DE CASO: Desigualdade ao Redor do Mundo A Taxa de Pobrezam433 Problemas na Mensuração da Desigualdadem434 Mobilidade Econômicam436 A Filosofia Política da Redistribuição de Rendam437 Utilitarismom437 Liberalismom438 Libertarismom439 Políticas de Redução da Pobrezam440 Legislação do Salário Mínimom441 Bem-Estarm441 NOTÍCIAS: O Governo Deveria Tentar Ajudar as Regiões Pobres? Imposto de Renda Negativom443 Transferências em Gênerosm444 Programas Antipobreza e Incentivos ao Trabalhom444 Conclusãom445 NOTÍCIAS: Vales-Educação Resumom447 Conceitos-Chavem448 Questões para Revisãom448 Problemas e Aplicaçõesm448 PARTE 7 TÓPICOS DE ESTUDOS AVANÇADOSM451 CAPÍTULOM21 A TEORIA DA ESCOLHA DO CONSUMIDORM453 A Restrição Orçamentária: O Que o Consumidor Pode Gastarm454 Preferências: O Que o Consumidor Querm456 Representação das Preferências por Curvas de Indiferençam456 Quatro Propriedades das Curvas de Indiferençam457 Dois Exemplos Extremos de Curvas de Indiferençam458 Otimização: O Que o Consumidor Escolhem460 As Escolhas Ótimas do Consumidorm461 SMS: Utilidade: Uma Forma Alternativa de Descrever as Preferências e a Otimização Como as Variações na Renda Afetam as Escolhas do Consumidorm462 Como as Variações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidorm463 Efeito Renda e Efeito Substituiçãom464 Derivando a Curva de Demandam466 Três Aplicaçõesm468 Todas as Curvas de Demanda Têm Inclinação Negativa?m468 Como os Salários Afetam a Oferta de Trabalho?m469 ESTUDO DE CASO: Efeitos da Renda sobre a Oferta de Trabalho: Tendências Históricas, Ganhadores da Loteria e a Conjectura de Carnegie Como as Taxas de Juros Afetam a Poupança das Famílias?m473 Conclusão: As Pessoas Pensam Realmente Assim?m475 Resumom476 Conceitos-Chavem476 Questões para Revisãom476 Problemas e Aplicaçõesm477 CAPÍTULOM22 FRONTEIRAS DA MICROECONOMIAM479 Informação Assimétricam480 Ações Ocultas: Principais, Agentes e Risco Moralm480 Características Ocultas: Seleção Adversa e o Problema dos “Abacaxis”m481 Sinalização para Transmitir Informação Particularm482 ESTUDO DE CASO: Presentes Como Sinais Seleção para a Indução à Divulgação de Informaçõesm483 Informação Assimétrica e Política Públicam484 Economia Políticam485 O Paradoxo Eleitoral de Condorcetm485 XXVIII M MSUMÁRIO micro_O 12.01.05 08:39 Page XXVIII O Teorema da Impossibilidade de Arrowm486 O Eleitor Mediano É o Reim487 Os Políticos Também São Pessoasm488 Economia Comportamentalm489 As Pessoas nem Sempre São Racionaism489 NOTÍCIAS: Política Agrícola e Política As Pessoasse Importam com a Justiçam492 As Pessoas São Inconsistentes ao Longo do Tempom493 Conclusãom493 Resumom494 Conceitos-Chavem494 Questões para Revisãom494 Problemas e Aplicaçõesm495 Glossáriom497 Índicem501 SUMÁRIO NMMXXIX micro_O 12.01.05 08:39 Page XXIX 1 DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA A palavra economia vem do termo grego e pode ser entendida como “aquele que administra um lar”. A princípio, essa origem pode parecer estranha. Mas, na verda- de, os lares e as economias têm muito em comum. Uma família precisa tomar muitas decisões. Precisa decidir quais tarefas cada membro desempenha e o que cada um deles recebe em troca: quem prepara o jan- tar? Quem lava a roupa? Quem pode repetir a sobremesa? Quem decide que pro- grama sintonizar na TV? Em resumo, cada família precisa alocar seus recursos escassos a seus diversos membros, levando em consideração as habilidades, esfor- ços e desejos de cada um. Assim como uma família, uma sociedade precisa tomar muitas decisões. Precisa decidir que tarefas serão executadas e por quem. Precisa de algumas pessoas para produzir alimentos, outras para fazer roupas e ainda outras para desenvolver pro- gramas de computador. Uma vez que a sociedade tenha alocado as pessoas (assim como terras, prédios e máquinas) entregar diversas tarefas, deve também alocar a produção de bens e serviços que as pessoas produzem. Deve decidir quem comerá caviar e quem comerá batatas. Deve decidir quem vai andar de Ferrari e quem vai andar de ônibus. micro_1 12.01.05 08:40 Page 3 O gerenciamento dos recursos da sociedade é importante porque estes são escassos. Escassez significa que a sociedade tem recursos limitados e, portanto, não pode produzir todos os bens e serviços que as pessoas desejam ter. Assim como uma família não pode dar a seus membros tudo o que eles desejam, uma socieda- de não pode dar a cada membro um padrão de vida alto ao qual eles aspirem. Economia é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos. Na maioria das sociedades, os recursos são alocados não por um único planejador central, mas pelos atos combinados de milhões de famílias e empresas. Assim sendo, os economistas estudam como as pessoas tomam decisões: o quanto traba- lham, o que compram, quanto poupam e como investem suas economias. Estudam também como as pessoas interagem umas com as outras. Por exemplo, eles exami- nam como um grande número de compradores e vendedores de um bem determi- nam, juntos, o preço pelo qual o bem é vendido e a quantidade que é vendida. Por fim, os economistas analisam as forças e tendências que afetam a economia como um todo, incluindo o crescimento da renda média, a parcela da população que não consegue encontrar trabalho e a taxa à qual os preços estão subindo. Embora o estudo da economia tenha muitas facetas, o campo é unificado por diversas idéias centrais. No restante deste capítulo, trataremos dos Dez Princípios de Economia. Não se preocupe se não entender todos eles de início ou se não os achar totalmente convincentes. Nos capítulos seguintes exploraremos essas idéias mais a fundo. Os dez princípios só estão sendo introduzidos aqui para dar uma idéia do que trata a economia.Você pode pensar neste capítulo como uma “prévia das pró- ximas atrações”. COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES Não há nada de misterioso sobre o que é uma “economia”. Não importa se esta- mos falando da economia de Los Angeles, dos Estados Unidos ou do mundo todo, uma economia é apenas um grupo de pessoas que interagem umas com as outras enquanto levam sua vida. Como o comportamento de uma economia reflete o comportamento das pessoas que a compõem, começaremos nosso estudo da eco- nomia com quatro princípios de tomadas de decisões individuais. Princípio 1: As Pessoas Enfrentam Tradeoffs1 A primeira lição sobre a tomada de decisões está resumida no provérbio: “Nada é de graça”. Para conseguirmos algo que queremos, geralmente precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos. A tomada de decisões exige escolher um obje- tivo em detrimento de outro. Consideremos, por exemplo, uma estudante que precise decidir como alocar seu recurso mais precioso – o tempo. Ela pode passar todo o seu tempo estudando eco- nomia, ou estudando psicologia, ou pode dividir seu tempo entre as duas discipli- 4 M MPARTE 1MINTRODUÇÃO escassez a natureza limitada dos recursos da sociedade economia o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos 1. NRT: Em economia, tradeoff é uma expressão que define uma situação de escolha conflitante, isto é, quando uma ação econômica que visa à resolução de determinado problema acarreta, ine- vitavelmente, outros. Por exemplo, em determinadas circunstâncias, a redução da taxa de desem- prego apenas poderá ser obtida com o aumento da taxa de inflação, existindo, portanto, um tra- deoff entre inflação e desemprego. micro_1 12.01.05 08:40 Page 4 nas. Para cada hora que passa estudando uma matéria, ela abre mão de uma hora que poderia usar para estudar a outra. E, para cada hora que passa estudando qual- quer uma das duas matérias, abre mão de uma hora que poderia gastar cochilan- do, andando de bicicleta, vendo TV ou trabalhando meio período para ganhar dinheiro para alguma despesa extra. Ou consideremos um casal decidindo como gastar sua renda familiar. Eles podem comprar comida, roupas ou pagar uma viagem para a família. Ou podem poupar parte da renda para sua aposentadoria ou para pagar a faculdade dos filhos. Quando decidem gastar um dólar a mais em qualquer uma dessas coisas, têm um dólar a menos para gastar em outras coisas. Quando as pessoas estão agrupadas em sociedade, deparam-se com tipos dife- rentes de tradeoff. O tradeoff clássico se dá entre “armas e manteiga”. Quanto mais gastamos em defesa nacional (armas) para proteger nossas fronteiras de agresso- res estrangeiros, menos podemos gastar com bens de consumo (manteiga) para elevar nosso padrão de vida interno. Igualmente importante na sociedade moder- na é o tradeoff entre um meio ambiente sem poluição e um alto nível de renda. As leis que exigem que as empresas reduzam a poluição elevam o custo de produção de bens e serviços. Devido aos custos mais elevados, essas empresas acabam obtendo lucros menores, pagando salários menores, cobrando preços mais eleva- dos ou fazendo alguma combinação dessas três coisas. Assim, embora os regula- mentos antipoluição nos proporcionem o benefício de um meio ambiente com menos poluição e a melhor saúde que dele decorre, eles trazem consigo o custo da redução da renda dos proprietários das empresas, trabalhadores e clientes. Outro tradeoff que a sociedade enfrenta é entre eficiência e eqüidade. Eficiência significa que a sociedade está obtendo o máximo que pode de seus recursos escas- sos. Eqüidade significa que os benefícios advindos desses recursos estão sendo distribuídos com justiça entre os membros da sociedade. Em outras palavras, a efi- ciência se refere ao tamanho do bolo econômico e eqüidade, à maneira como o bolo é dividido. Muitas vezes, quando estão sendo formuladas as políticas do governo, esses dois objetivos entram em conflito. Consideremos, por exemplo, as políticas que têm por objetivo atingir uma dis- tribuição mais igualitária do bem-estar econômico. Algumas delas, como o sistema de bem-estar ou o seguro-desemprego, procuram ajudar os membros mais neces- sitados da sociedade. Outras, como o imposto de renda das pessoas físicas, reque- rem que os bem-sucedidos financeiramente contribuam mais do que outros para sustentar o governo. Embora essas políticas tragam o benefício de levar a uma maior eqüidade, elas têm um custo em termos de redução da eficiência. Quando o governo redistribui renda dos ricos para os pobres, reduz a recompensa pelo traba- lho árduo; com isso, as pessoas trabalham menos e produzem menos bens e servi- ços. Em outras palavras, quandoo governo tenta cortar o bolo econômico em fatias mais iguais, o bolo diminui de tamanho. Reconhecer que as pessoas enfrentam tradeoffs não nos diz, por si só, quais as decisões que elas tomarão ou desejariam tomar. Uma estudante não deveria aban- donar o estudo de psicologia apenas porque isso aumenta o tempo disponível para estudar economia. A sociedade não deveria deixar de proteger o meio ambiente só porque as regulamentações ambientais reduzem nosso padrão de vida material. Os pobres não deveriam ser ignorados só porque ajudá-los distor- ce os incentivos ao trabalho. Ainda assim, reconhecer os tradeoffs em nossa vida é importante porque as pessoas somente podem tomar boas decisões se com- preendem as opções que lhes estão disponíveis. CAPÍTULO 1MDEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA NMM5 eficiência a propriedade que a socieda- de tem de obter o máximo possível a partir de seus recur- sos escassos eqüidade a propriedade de distribuir a prosperidade econômica de maneira justa entre os mem- bros da sociedade micro_1 12.01.05 08:40 Page 5 Princípio 2: O Custo de Alguma Coisa é Aquilo de que Você Desiste para Obtê-la Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisões exige comparar os cus- tos e benefícios de possibilidades alternativas de ação. Em muitos casos, contudo, o custo de uma ação não é tão claro quanto pode parecer à primeira vista. Consideremos, por exemplo, a decisão de ir à faculdade. O benefício é o enrique- cimento intelectual e toda uma vida com melhores oportunidades de emprego. Mas qual é o custo? Para responder a essa pergunta, você talvez sinta-se tentado a somar os gastos que tem com anuidades, livros, moradia e alimentação. Mas na verdade esse total não representa aquilo que você sacrifica para passar um ano na faculdade. O primeiro problema dessa resposta é o fato de que ela inclui algumas coisas que não são, na verdade, custos para freqüentar a faculdade. Mesmo que você abandone os estudos, precisará de um lugar para dormir e de comida para se ali- mentar. Os custos de moradia e alimentação somente são custos se forem mais caros na faculdade do que em outro lugar. Na verdade, o custo de moradia e ali- mentação pode ser menor na sua faculdade do que as despesas com aluguel e comida que você teria caso morasse por conta própria. Neste caso, o quanto você poupa em moradia e alimentação são benefícios de freqüentar a faculdade. O segundo problema desse cálculo dos custos está no fato de que ele ignora o maior custo de cursar a faculdade – o seu tempo. Quando você passa um ano fre- qüentando aulas, lendo livros-texto e fazendo trabalhos, não pode dedicar esse tempo a um emprego. Para a maioria de estudantes, os salários que deixam de ganhar enquanto estão na faculdade são o maior custo da sua educação. O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você abre mão para o obter. Ao tomarem qualquer decisão, como a de freqüentar a faculdade, por exem- plo, os tomadores de decisões precisam estar cientes dos custos de oportunidade que acompanham cada ação possível. Atletas universitários que podem ganhar milhões se abandonarem os estudos e se dedicarem ao esporte profissional estão bem cientes de que, para eles, o custo de oportunidade de cursar a faculdade é muito elevado. Não é de surpreender que muitas vezes concluam que o benefício de estudar não compensa o custo de fazê-lo. Princípio 3: As Pessoas Racionais Pensam na Margem As decisões que tomamos durante nossa vida raramente são “preto no branco”; elas geralmente envolvem diversos tons de cinza. Na hora do jantar, a decisão não é entre jejuar ou comer até não poder mais, mas entre aceitar uma colherada a mais de purê de batatas ou não. Quando chega a hora das provas, sua escolha não é entre não estudar mais nada ou ficar estudando 24 horas por dia, mas sim entre passar uma hora extra a mais revendo suas anotações ou ver TV. Os economistas usam o termo mudanças marginais para descrever pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente. Lembre-se de que “margem” pressupõe a existência de extremos, portanto, mudanças marginais são ajustes ao redor dos “extremos”daqui- lo que você está fazendo. Em muitos casos, as pessoas tomam as melhores decisões quando pensam na margem. Suponhamos, por exemplo, que você tenha pedido conselho a um amigo sobre quantos anos deve dedicar aos estudos. Se ele comparar o estilo de vida de alguém com Ph.D. ao de uma pessoa que tenha abandonado a escola no 1o grau, 6 M MPARTE 1MINTRODUÇÃO custo de oportunidade qualquer coisa de que se tenha de abrir mão para obter algum item mudanças marginais pequenos ajustes incrementais a um plano de ação micro_1 12.01.05 08:40 Page 6 você pode se queixar de que essa comparação não auxilia a tomar uma decisão.Você já tem uma certa instrução e provavelmente está querendo decidir se deve passar mais um ano ou dois na faculdade. Para tomar essa decisão, você precisa saber quais os benefícios adicionais que um ano a mais na escola vai oferecer (salários mais altos por toda a vida e o incomparável prazer de aprender) e quais os custos adicio- nais em que você incorreria (custo da instrução e os salários que você deixará de receber enquanto estiver estudando). Comparando esses benefícios marginais com os custos marginais, você pode avaliar se um ano a mais na faculdade vale a pena. Como outro exemplo, imagine uma companhia aérea ao decidir quanto cobrar de passageiros que estejam na lista de espera. Suponhamos que o vôo de um avião de 200 lugares costa a costa, através do país, custe à empresa US$ 100 mil. Neste caso, o custo médio de cada assento será de US$ 100 mil/200, ou seja, de US$ 500. Poderia ser tentador concluir que a empresa jamais deveria vender uma passagem por menos do que US$ 500. Na verdade, entretanto, a empresa pode aumentar seus lucros pensando na margem. Vamos imaginar que o avião esteja prestes a decolar com dez assentos vagos e que um passageiro em espera esteja disposto a pagar US$ 300 pela passagem. A empresa deve vender a passagem a esse preço? Claro que sim! Se o avião está com assentos vagos, o custo de acrescentar mais um pas- sageiro é minúsculo. Embora o custo médio por passageiro seja de US$ 500, o custo marginal é apenas o custo do saquinho de amendoins e do refrigerante que o pas- sageiro extra consumirá. Desde que o passageiro pague mais do que o custo mar- ginal, vender a passagem para ele é lucrativo. Como esses exemplos mostram, pessoas e empresas podem tomar decisões melhores pensando na margem. Um tomador de decisões racional executa uma ação se e somente se o benefício marginal da ação ultrapassa o custo marginal. Princípio 4: As Pessoas Reagem a Incentivos Como as pessoas tomam decisões por meio da comparação de custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando os custos ou benefícios mudam. Em outras palavras, as pessoas reagem a incentivos. Quando o preço de uma maçã aumenta, por exemplo, as pessoas optam por comer mais pêras e menos maçãs porque o custo de comprar maçãs ficou maior. Ao mesmo tempo, os donos de pomares de maciei- ras decidem contratar mais trabalhadores e colher mais maçãs porque o benefício de vender maçãs também aumentou. Como veremos, o efeito do preço sobre o com- portamento dos compradores e dos vendedores num mercado – o mercado de maçãs, neste caso – é crucial para entender como a economia funciona. Os formuladores de políticas públicas nunca devem esquecer-se dos incentivos, já que muitas políticas alteram os custos e benefícios para as pessoas e, portanto, alteram seu comportamento. Um imposto sobre a gasolina, por exemplo, é um incentivo para que as pessoas usem carros menores e que consomem menos gaso- lina. Também é um incentivo para que prefiram o transporte público ao carro parti- cular e para que vivam mais perto de seu local de trabalho. Se o imposto fosse ele- vado o bastante, as pessoas começariama usar carros elétricos. Quando os formuladores de políticas deixam de considerar como suas políticas afetam os incentivos, muitas vezes chegam a resultados diferentes dos desejados. Vamos pensar, por exemplo, na política pública quanto à segurança no trânsito. Hoje, todos os carros têm cintos de segurança, mas isso não ocorria há 50 anos. Na década de 1960, o livro Unsafe at Any Speed, de Ralph Nader, gerou uma grande CAPÍTULO 1MDEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA NMM7 Kobe Bryant, astro do basquete, entende bem o custo de oportunidade e os incentivos. Apesar de suas boas notas e de um desempenho de destaque nos exames pré-universitários, ele decidiu deixar de lado a faculdade e ir direto para o basquete profissional, no qual ganhou milhões de dólares como um dos principais jogadores da NBA. © R ET N A/ KE YS TO N E micro_1 12.01.05 08:40 Page 7
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