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CONCEITO DE DIREITO PROCESSUAL
- É o ramo do Direito que possui as regras, princípios e procedimentos que tratam a jurisdição, ou seja, que 
regulam a aplicação do Direito no caso concreto.
- É o conjunto de normas jurídicas que regulamentam a jurisdição, a ação e o processo, criando a 
dogmática necessária para permitir a eliminação dos conflitos de interesses de natureza não penal e não 
especial.
- É o ramo de Direito que se habilita como instrumento para tornar o Direito Material efetivo. Logo, o 
processo não é um fim em si mesmo, mas sim meio para concretização do Direito.
Jurídico X Judicial: tudo que é judicial é jurídico, mas nem tudo que é jurídico é judicial.
- Jurídico: é o conceito amplo da ciência jurídica
-Judicial: é o que vai para o poder judiciário e é julgado pelo juiz.
Relação com outros ramos do direito
1. Constitucional: O Direito Processual é regido por vários princípios e dispositivos previstos na 
Constituição Federal de 1988. 
- A Constituição Federal é quem estabelece a composição, atribuições e competências do Poder Judiciário, 
e também se preocupa em fixar garantias e vedações aos juízes no exercício de suas funções dentro do 
processo.
- Estão também previstas na Constituição Federal várias ações judiciais, como o mandado de segurança, o 
habeas data, os recursos extraordinários e especial, o mandado de injunção, a ação direta de 
inconstitucionalidade, entre outros
2. Empresarial: A relação é que o código processual civil prevê os títulos executivos extrajudiciais 
(cheques, etc).
3. Civil: O Código Civil dedica dispositivos que regulam vários aspectos com influência no Direito 
Processual, como capacidade das pessoas, provas, prescrição, decadência, etc...
4. Penal: No Código Penal e em legislações penais esparsas há previsões de crime para quem tenta 
fraudar a Justiça, se comporta com má-fé no processo, desrespeita os jurisdicionados, enfim, 
quem se porta com a intenção de lesar alguém dentro de um processo judicial.
DIVISÃO DO DIREITO PROCESSUAL
- A jurisdição é una (única), portanto o Direito Processual também. Ele decorre de princípios e garantias 
constitucionais.
Ramos do DP: Direito Processual Civil e Direito Processual Penal, que têm regulamentação unitária e 
específica.
- Os principais conceitos como lide, ação, defesa e processo são comuns a ambos os ramos, autorizando a 
elaboração científica de uma teoria geral do processo.
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL E APLICAÇÃO NO TEMPO E NO ESPAÇO
- As fontes do D. P. Civil são a lei, os costumes, a doutrina e a jurisprudência, que são decisões dos 
tribunais que formam um bloco para poder servir para outros processos, podendo ser usados ou não.
Tempo: a lei processual se aplica de imediato aos processos em curso, não alcançando atos praticados antes 
de sua vigência, sendo assim, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada.
Espaço: os pronunciamentos originados dos magistrados que atuam no Brasil surtem efeitos nos limites do 
território nacional, devendo solucionar os conflitos mediante a aplicação da lei nacional vigente.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
Normas jurídica de Direito Material: são aquelas que criam, modificam ou extinguem relações jurídicas, 
sendo o próprio ato jurídico. Tratam das relações que se travam no mundo empírico.
Normas jurídicas de Direito Processual: disciplinam aquilo que acontece em juízo, visando a solução da 
lide. É o instrumento do direito material junto ao poder judiciário.
- o Direito Processual é um instrumento para tornar efetivo o direito material. Aquele que ingressa em 
juízo não busca o processo como objetivo, mas como meio de obter a efetividade do direito substancial. O 
processo é um instrumento a serviço da paz social.
- O que distingue direito material e direito processual é que o DP cuida das relações dos sujeitos 
processuais, da posição de cada um deles no processo, da forma de se proceder aos atos deste sem nada 
dizer quanto ao bem da vida que é objeto do interesse primário das pessoas (o que entra na órbita do 
direito substancial).
Quanto à sua obrigatoriedade podem ser:
Cogentes ou de ordem pública: quando determinam uma regra e têm relação de poder e sujeição.
Dispositivas ou facultativas: quando deixa como algo facultativo, por ex: regime de bens do casamento.
Quanto à natureza de regras jurídicas:
Obrigação: quando trata da entrega de um bem em execução.
Dever: normas que não se esgotam com seu cumprimento; se houver um relaxamento de tal norma existe 
multa, indenização, etc.
Ônus: condutas transitórias (passageiras) mas obrigatórias que recaem no próprio faltoso. Ex: ônus 
(obrigação) do réu em responder aos termos da inicial, com pena de revelia.
NORMAS PROCESSUAIS
- São normas jurídicas públicas, instrumentais, representativas de ônus (imposição de praticar o ato) e 
sendo destinada a regular e disciplinar o processo.
- A disciplina do processo civil é feita por lei federal ordinária e as normas que cuidam do processo e da 
relação processual só podem ser editadas pela União.
- Na ausência de lei federal, a competência estadual é plena, podendo o Estado editar normas de cunho 
geral.
- O código do processo civil protege a jurisdição civil, contenciosa e voluntária em todo o território 
nacional, embora haja outras leis.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL
- A partir da interpretação determina-se o significado e fixa-se o alcance da lei. O juiz deve interpretar a lei 
de forma que atenda os valores relevantes da vida social visando o bem comum.
Método gramatical: é a análise das palavras contidas na lei, tanto individualmente como na sua sintaxe.
Método lógico-sistemático: analisa as relações das leis com as demais normas que compõem o 
ordenamento se baseando nos princípios gerais que o informam.
Método histórico: analisa o direito como resultado do que ocorreu na história, inclusive os processos 
legislativos dos quais se originou.
Método comparativo: os ordenamentos se influenciam reciprocamente, além de enfrentarem problemas 
idênticos.
LINHAS EVOLUTIVAS
- O processo moderno é derivado do Direito Romano. Em Roma o processo era visto como método de 
solucionar conflitos, assim, em conjunto com a atividade estatal, formava-se o direito material 
(substancial).
- O processo romano, em sua fase primitiva, concebia o juiz como um árbitro, com atribuição de dar uma 
solução para os casos em que a lei não trouxesse uma previsão. Posteriormente, a função do julgador 
passou a ser vista como uma das manifestações e como afirmação da soberania do Estado.
- A evolução do direito processual romano pode ser analisada em três fases: período primitivo; período 
formulário e fase da cognitio extraordinaria.
Fases
a. Legis actiones: O procedimento, nesta fase, era extremamente formal e solene, devendo-se 
obedecer a todo um ritual. Uma só palavra esquecida ou substituída poderia acarretar a anulação 
do processo. O procedimento dava-se de forma oral e em todo o procedimento as partes 
postulavam pessoalmente, pois não havia advogado.
b. Período formulário: Todo o procedimento é oral, com exceção da fórmula que era escrita. Não 
mais há a rigorosidade das solenidades que caracterizavam a fase anterior.
- As provas admitidas para o livre convencimento do juiz eram as testemunhas, os documentos, a 
confissão e o juramento.
- A obrigatoriedade da sentença não advinha da autoridade do juiz, visto que este não era 
funcionário do Estado, mas da convenção entre autore réu quando da aceitação da fórmula, 
momento este em que ambos concordavam em cumprir com o que viesse a ser estabelecido pelo 
árbitro. 
- A figura do advogado começou a fazer-se presente e os princípios do contraditório das partes e 
do livre convencimento do juiz passaram a ser observados.
c. Extraordinária cognítio: totalmente escrita, trazendo princípios, regras, jurisdição e formação do 
processo. Os procedimentos realizavam-se de forma escrita, abrangendo as etapas de pedido do 
autor, de defesa do réu, de instrução da causa, de prolação da sentença e de sua execução.
- A obrigatoriedade das sentenças advinha do fato de ser o juiz funcionário do Estado e 
representante da coação deste. 
- Contra a sentença admitiam-se recursos para autoridade hierarquicamente superior, que 
poderia reformá-la. O processo civil moderno desenvolveu-se a partir desta fase.
- Apesar da noção da existência do direito, não era garantido questionar abertamente a vontade do 
imperador, independente de qual fosse a decisão, justa ou injusta.
ACONTECIMENTOS:
Queda do império romano: Provocou uma mudança no rumo da evolução do direito processual europeu. 
O desenvolvimento alcançado pela cultura romana sofreu um verdadeiro retrocesso com a dominação do 
território pelos povos germânicos. 
- As noções jurídicas dos povos bárbaros, além de rudimentares, não eram uniformes, pois variavam de 
acordo com o grupo, que desenvolviam cultura de ritos sacramentais e superstições para justificar atos e 
decisões.
- O processo bárbaro era acusatório, cabendo ao acusado o ônus da prova. Os julgamentos não se 
realizavam por procedimentos lógicos, mas por rituais e misticismos.
Cristianismo: a igreja ditava as regras de comportamento, pois impedia os poderes espirituais e temporais. 
O poder era de Deus.
Poder do Estado: Contrapondo-se ao poder papal, surge o poder do Estado, construindo novas bases 
originadas da vontade dos homens, garantindo-lhes a liberdade.
Revolução Francesa: Essa revolução, junto com Rosseau, trouxer grande estímulo às modificações 
apoiando-se na liberdade de consciência.
Textos Constitucionais: foram extremamente influentes no surgimento dos princípios norteadores de toda 
ordem jurídica nacional.
Após as guerras mundiais houve o reaparecimento e atualização dos princípios pela Carta das Nações 
Unidas, reconsagradas na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
Direito objetivo: conjunto de regras jurídicas que o Estado mantém em vigor (norma agendi). Essas 
normas vêm através de sua fonte formal: a lei.
- O Direito Objetivo pode ser entendido como a norma propriamente dita. Constitui uma entidade 
objetiva frente aos sujeitos de direitos, que se regem segundo ele.
Direito subjetivo: era o meio de satisfazer interesses humanos (facultas agendi). O titular pode dispor ou 
não desse direito, fica facultativo.
- O Direito Subjetivo é a possibilidade que a norma dá de um indivíduo exercer determinada conduta 
descrita na lei. É a lei, que aplicada ao caso concreto autoriza a conduta de uma parte.
Pretensão: trata-se de manifestação, um ato, não um poder, porém não é suficiente para o nascimento da 
lide, já que os contornos dos conflitos surgem da resistência.
Lide: É o conflito de interesses qualificado pela pretensão (ação) de um dos interessados e pela resistência 
do outro a este interesse.
- Se existir resistência à pretensão (manifestação), a coisa torna-se litigiosa. A lide antecede o 
acionamento da jurisdição e pode terminar numa etapa frente ao judiciário, quando sua pacificação será 
perseguida pelo juiz, com critérios de justiça.
- A lide não é o processo; compete ao autor delinear sua pretensão (manifestação) ao órgão 
jurisdicional por meio de instrumentos apontados pela lei. E o resultado pode não alcançar toda a lide.
Processo: é um meio ou instrumento da composição da lide, ou seja, é uma operação por meio da qual se 
obtém a composição da lide. Compor a lide é resolver o conflito segundo a ordem jurídica, restabelecendo 
a ordem inicial.
- A pretensão (manifestação) e a resistência dão os contornos da lide e o Estado, através do juiz, tem o 
poder-dever se decidir o caso concreto nos limites do que propõe o processo.
JURISDIÇÃO
- É o poder-dever do Estado na solução de controvérsias para manter estável o equilíbrio da sociedade, 
dando a cada um o que é seu e garantindo, por meio do devido processo legal, uma solução imparcial aos 
conflitos interindividuais.
- A jurisdição seria então um império estatal em que os órgãos devem manter a realização do justo através 
do processo, sendo somente através do devido processo legal que surge/aparece o poder-dever e a atividade 
jurisdicional.
- Tripartição: Montesquieu traz o conceito de tripartição, em que diz que é uma das funções estatais que 
gera um sistema de freios e contrapesos para administrar a lide (conflito) no âmbito jurídico.
- As partes podem solucionar seus conflitos, inclusive com força bruta (autotutela), porém o direito penal é 
contrário a estas hipóteses.
- As partes podem compor (autocomposição), sinalizando uma forma civilizada de arbitrar. As hipóteses 
dessa autocomposição são:
a) Submissão: quando a parte não oferece resistência.
b) desistência: quando a parte não se submete, mas abre mão de seu direito.
c) transação: quando há concessões recíprocas.
- Arbitragem: é o mecanismo alternativo e a forma mais completa de autocomposição. Este exercício é 
resguardado, mas não substitui a jurisdição, pois é passível de anulação, revisão ou modificação. É um tipo 
de julgamento.
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
- Jurisdição quer dizer “(júris) dizer o (dictio) direito”, que significa que o Estado chama para si a 
responsabilidade de solucionar as lides (conflitos). Portanto, a jurisdição é, ao mesmo tempo, poder, 
função e atividade.
DIVISÃO DA JURISDIÇÃO
- A jurisdição é una e soberana, porém existem as especializações.
Quanto à matéria: Comum - Civil e Penal ou Especial - Militar, trabalhista e eleitoral.
Quando à sua categoria: Inferior – onde o devido processo legal pode ser discutido na primeira instância 
ou Superior – onde o devido processo legal, se recorrido, pode ser discutido na segunda instância.
- Instância é o grau de jurisdição; Entrância é o grau administrativo das comarcas e das carreiras 
de juízes e promotores estaduais.
Quanto ao objeto: de equidade – quando traz arbitragem e processo penal para fins sociais ou voluntária – 
quando a homologação (aprovação) é da vontade das partes.
Quanto ao organismo jurisdicional: Estadual ou Federal
Quanto à competência: plena – quando o juiz tem competência para decidir todos os casos ou limitada - 
quando sua competência é restrita a certos casos
LIMITES DA JURISDIÇÃO
Limites internacionais: cada Estado apresenta seus limites de acordo com suas normas internas.
Limites territoriais: o réu domiciliado no Brasil que tiver obrigações a serem cumpridas no Brasil e o fato 
gerador tiver ocorrido no Brasil ou o imóvel é no Brasil quem vai solucionar é o Brasil.
Imunidades à jurisdição brasileira: quem é imune à jurisdição brasileira são os estados estrangeiros, os 
chefes de estados estrangeiros e os agentes diplomáticos.
CARÁTER SUBSTITUTIVO DA JURISDIÇÃO
- Quando o Estado exerce a jurisdição, ele substitui aqueles envolvidos no conflito. Isto é, não cumpre às 
partes definir se está ou não com a razão (autotutela e autocomposição). Quem decidirá dentro do que é 
adequado e justo será o Estado, através de seus agentes, os quais não agem em nome próprio e por isso 
devem agir comimparcialidade.
ÉSPECIES DE JURISDIÇÃO
- A jurisdição é gênero se desdobrando nas espécies de jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária ou 
graciosa, que se aproxima da função administrativa assumida pelo Estado.
PRINCIPIOS E GARANTIAS DA JURISDIÇÃO
1) Devido Processo Legal: Fica assegurado ao indivíduo o direito de ser processado nos termos da lei, 
garantindo ainda o contraditório, a ampla defesa e o julgamento imparcial.
2) Contraditório: é o princípios que assegura às partes o direito à ampla defesa, bem como todos os meios e 
recursos a ela inerentes; e assim, o juiz ouve as partes e toma uma decisão justa.
3) Ampla defesa: é o princípio que assegura a todos que estão no processo que, conforme o contraditório, 
possam produzir provas de maneira ampla, por todos os meios lícitos conhecidos; e tem como elementos 
a defesa técnica por meio de advogado e a defesa atécnica, que consiste no direito de audiência e de 
presença.
4) Juiz natural: assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz independente e imparcial, 
indicado pelas normas constitucionais e legais.
- Assim a CF proíbe os denominados tribunais de exceção, feitos para o julgamento de 
determinadas pessoas ou de crimes de determinada natureza, sem previsão constitucional.
5) Isonomia ou Igualdade: de acordo com esse princípio todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza.
6) Demanda: é a vontade da parte que instaura o processo, movimento o judiciário para julgar 
determinado caso concreto.
- Esse princípio tem como decorrência o fato do juiz não poder agir de ofício, devendo aguardar a 
provocação das partes.
7) Dispositivo: é aquele que confere às partes poder para utilizar do processo, delimitando os pontos 
controvertidos, exigindo o interrogatório de testemunhas e a produção de outras provas.
8) Imparcialidade do juiz: é aquele que coloca o juiz entre as partes e acima delas, visando ao tratamento 
igual e à justa decisão. A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes.
9) Oralidade: de acordo com ele o processo deve se realizar verbalmente, adotando-se a forma escrita 
apenas como caráter subsidiário. O grande objetivo é a rapidez da prestação jurisdicional.
- Essa oralidade, no entanto, é relativa, visto que os atos praticados oralmente são imediatamente 
reduzidos a termo.
10) Indelegabilidade: resulta do princípio constitucional segundo o qual é vedado a qualquer dos Poderes 
delegar atribuições políticas.
- Nem mesmo pode um juiz, atendendo seu próprio critério e talvez atendendo à sua própria 
conveniência, delegar funções a outro órgão. É que cada magistrado, exercendo a função jurisdicional, 
não o faz em nome próprio e muito menos por um direito próprio, mas o faz em nome do Estado, agente 
deste que é. 
11) Indeclinabilidade: garante a todos o acesso ao poder judiciário, não podendo este deixar de atender a 
quem venha deduzir uma pretensão fundada no Direito e pedir uma solução a ela.
12) Fundamentação das decisões: todas as decisões precisam ser fundamentadas sob pena de nulidade. A 
fundamentação é indispensável para que a parte possa ter ciência do motivo da decisão.
13) Investidura: as pessoas físicas, representando o Estado no exercício da jurisdição, precisam de forma 
investidura para que encarnem o Estado e tenham poder recebido do mesmo para o exercício da 
judicatura.
14) Aderência ao território: a jurisdição, por ser um poder, está sujeita à soberania, isto é, à autoridade 
suprema do Estado, gerando sua independência de outros, e tal exercício de poder só pode ocorrer dentro 
dos limites físico do território, para não ferir a soberania de outro Estado.
- Por isso, a decisão de um juiz brasileiro só poderá produzir efeitos nos Estado estrangeiros com 
a expressa autorização dos órgãos competentes desses Estados.
15) Inevitabilidade: a autoridade dos órgãos jurisdicionais vêm do poder estatal soberano e impõe-se 
independentemente da vontade das partes. Pouco importa se as mesmas vão ou não aceitar o resultaldo do 
processo, pois estão num sistema de sujeição ao Estado-juiz.
16) Inércia: é o princípio que garante a imparcialidade do juiz, pois este deve se manter em posição igual 
das partes, evitando-se que tenha qualquer iniciativa na relação processual.
COMPETÊNCIA
- Consiste na divisão da função jurisdicional, atribuindo-se parcelas da jurisdição aos juízes e aos tribunais, 
como forma de racionalizar a função exercida pelos representantes do poder judiciário.
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS
Competência absoluta: Trata sob o interesse público e refere-se à matéria, valor da causa, à parte 
funcional, hierarquia e em alguns casos à competência territorial.
- Trata de questões indisponíveis, por isso não pode ser alterada pelas partes e todos os atos 
praticados serão nulos. A incompetência pode ser decretada em qualquer tempo, a requerimento da parte 
ou ex officio.
Competência relativa: Trata sob o interesse privado e refere-se à questão territorial (em regra) e a 
questões em o valor da causa fica além do limite. 
- Trata de questões disponíveis, e por isso pode ser alterada pelas partes, por continência. Assim, 
os atos praticados não serão nulos. E essa incompetência só poderá ser decretada a requerimento do réu, no 
prazo de exceção de 15 dias, não podendo ser decretada de ofício.
Competência originária: É aquela competência para analisar a demanda em um primeiro momento, 
geralmente atribuída ao juiz singular.
Competência derivada: É aquela competência para analisar a demanda em grau de recurso, cabendo, 
geralmente, aos Tribunais de Justiça. Deve-se ressaltar que essa classificação não é absoluta, comportando 
diversas exceções.
Competência dos tribunais: para julgar mandados de segurança contra juízes.
Competência internacional: determina qual país soberano é competente para julgar o conflito (ver mais a 
seguir).
CRITÉRIOS PARA APURAR A COMPETÊNCIA
Critério Objetivo
a) Em razão da matéria: é uma competência absoluta em que há a especialização da jurisdição, isto é,a lei 
criar varas (juízos) especializados, como as varas criminais, cíveis, de infância e juventude, etc.
b) Em razão do valor da causa: se o valor for para mais, será competência absoluta e se for para menos, será 
competência relativa.
Critério Territorial
- Tal critério será, em regra, de competência relativa, cabendo a regra geral de que o foro competente será o 
do domicílio do réu. Porém, existem diversos casos em que se tornará competência absoluta.
REGRA GERAL: Ações pessoais (ou seja, ações que tratam sobre obrigações do devedor para com o 
credor) e ações reais (ou seja, ações que tratam do domínio de uma coisa móvel ou imóvel, propostas pelos 
proprietários contra quem não o reconhece) sobre bens móveis devem ser propostas na comarca do 
domicílio do réu. Mas é de competência relativa, pois se for proposta no domicílio do autor e o réu não 
reclamar ela poderá ali transitar e o juiz não intervém porque o poder discricionário é das partes.
EXCEÇÃO: Ações reais sobre bens imóveis são propostas na comarca da situação da coisa tem uma 
competência absoluta, salvo se a questão for contratual, firmando a competência relativa.
- Danos contratuais
a) cumprimento de obrigações: o foro competente será no lugar onde a obrigação deveria ter sido cumprida.
b) rescisão do contrato: o foro competente será no lugar de domicílio do réu, como afirma. Porém, será 
uma competência relativa e cada caso deverá ser analisado separadamente.
- Danos extracontratuais
a) reparação do dano: o foro competente será o do lugar do ato (humano)ou fato (natureza).
b) delito ou acidente de veiculo: afirma que no caso de reparação por delito ou acidente de veículo, será 
competente o foro de domicílio do autor ou do local dos fatos
- Caso de desapropriação direta: o particular requer da Fazenda Pública uma indenização (porque ela o 
desapropriou) e, sendo o autor indenizado, haverá transferência de imóvel ao Poder Público (Estado). É 
uma ação real sobre bem imóvel e o foro é o da situação da coisa.
- Separação e divórcio: o foro competente é o do domicílio da mulher, mesmo sendo ela autora. Isto NÃO 
fere o princípio da isonomia, pois este foro privilegiado à mulher deve-se em razão da proteção dos mais 
necessitados.
- Ação de investigação de paternidade: a comarca será do réu (o suposto pai), mas caso for somada com 
pedido de alimento o foro competente será do domicílio do filho.
- Ação de reparação de danos por acidente de trânsito: será no domicílio do autor ou local do fato (sendo 
assim uma competência relativa, porque tem alternativa).
- Fazenda Pública autora em ações pessoais: será no domicílio do réu, mas ao se tratar de ações reais será 
no foro do imóvel.
Critério Funcional (competência absoluta)
- É caso de competência absoluta em razão da atribuição, da atividade que será exercida na causa proposta. 
Algumas ações devem ocorrer nas instâncias superiores, conforme previsão constitucional.
- Bom funcionamento do poder judiciário: a separação judicial é convertida em divórcio depois de 1 ano 
pelo mesmo juízo, sendo uma competência absoluta.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL (de foro)
1. Domicílio do réu – foro comum para obrigações em geral
2. Local dos fatos – para ação de reparação de danos
3. Local dos fatos ou domicílio do autor – para ação de reparação de danos por delito ou acidente 
de veículos.
4. Domícilio de certas pessoas: 
a) ação do réu incapaz – domicílio do representante legal (advogado); 
b) ações de separação, divórcio, nulidade de casamento – domicílio da mulher;
 c) ação de alimentos – domicílio do alimentado;
 d) ação relativa à relação de consumo – domicílio do consumidor.
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
- Determina qual país soberano é competente para julgar
Competência Concorrente: Cabe tanto à justiça brasileira quanto a estrangeira. (RELATIVA)
- Três Hipóteses:
1) Réu com domicílio no Brasil – é competência relativa da justiça brasileira (o mais provável, não sendo 
albsoluto), como na ação de investigação de paternidade proposta no estrangeiro com réu domiciliado no 
Brasil.
2) Ações com cumprimento de obrigações no Brasil – os contratantes (empresa x empresa) domiciliados no 
estrangeiro e Brasil, e a obrigação tiver que ser cumprida no Brasil, pode ser tanto no Brasil como no 
Estrangeiro.
3) Ações fundadas em atos ou fatos ocorridos no Brasil – a sentença proferida na justiça estrangeira poderá 
ser trazida para homologação (julgamento) no STF para poder surtir efeito aqui.
-> Questão: Ação proposta na justiça brasileira e também na estrangeira, sendo que essa (a estrangeira) foi 
anterior e já transitou em julgado.
- Se a sentença estrangeira foi homologada (julgada) no STF, a ação brasileira será extinta; do 
contrário, se a justiça brasileira proferir sentença com trânsito em julgado terá validade.
- Um dos requisitos para que o Supremo homologue (julgue) sentença estrangeira é se ela não 
encontrar obstáculos no ordenamento jurídico brasileiro ou em sentença brasileira com trânsito em 
julgado.
Competência exclusiva: cabe à justiça brasileira (ABSOLUTA)
- A competência é exclusiva da jurisdição brasileira, impossibilitando homologação (julgamento) de 
sentença alienígena (estrangeira).
- Duas Hipóteses:
1) Ações que envolvam bens Imóveis situados no Brasil
2) Inventário e partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança (o morto) seja estrangeiro 
e tenha residido fora do território nacional.
- No caso dessas hipóteses, se a ação for processada perante a justiça estrangeira, quando for trazida para 
homologação, o STF negará esta, fundamentando que a ação é de competência exclusiva da justiça 
brasileira.
- As hipóteses não previstas são de competência exclusiva da justiça estrangeira; e se proposta no Brasil 
será extinta.
MOMENTO DE FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA
- Só pode ocorrer quando a competência é absoluta; é fixada no momento de propor a ação, sendo 
irrelevantes as modificações de fato surgidas no processo após o examinado momento, exceto nas 
hipóteses que envolvam a competência em razão da matéria, por nos encontrarmos diante de situações 
inerentes à competência absoluta.
1) Forma de fixação da competência
- É fixada por exclusão, devendo o interessado verificar se seria a hipótese (a qual o processo se inclui) de 
competência das justiças especializadas (justiça militar, eleitoral e trabalho) ou da Justiça Federal, para 
depois fixar a competência em favor da Justiça comum estadual.
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
- São as questões de prorrogação da competência, que é o fato de um órgão que ordinariamente não 
possuía competência para algo determinado, passa a possuí-la em uma segunda fase.
- É uma situação que só pode acontecer quando a competência é relativa e que pode ocorrer por causa de 
continência, conexão, estipulação do foro ou inércia do réu, no sentido de não reclamar a incompetência 
relativa no prazo e nas formas legais.
- Dois tipos:
1) Prorrogação voluntária: Aquela que pode ser determinada pela vontade das partes.
2) Prorrogação legal: Aquela determinada pela lei, que não pode ser derrogada pelas partes. Apresenta-se 
de três formas:
a) conexão: ocorre quando duas ou mais ações possuem em comum o objeto (pedido) ou a causa de 
pedir. O juiz poderá de ofício ou a requerimento das partes reunir as ações conexas a fim de que sejam 
decididas simultaneamente.
b) continência: ocorre quando duas ou mais ações possuem as mesmas partes e a causa de pedir, 
porém o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o de outra.
 c) prevenção: não é uma maneira de determinação de competência, mas sim de exclusão dos 
demais juízos competentes. Um dos juízos torna-se prevento, e os outros se tornam excluídos.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
- Ocorre quando dois ou mais juízos afirmam sua competência para o julgamento de uma demanda 
(conflito positivo).
- Quando dois ou mais juízos se afirmam incompetentes para o julgamento de uma demanda (conflito 
negativo).
- Quando não há acordo no que se refere à conexão ou à continência supostamente existente entre 
processos sujeitos à apreciação de juízos diversos.
* O conflito poderá ser reclamado pelas partes, pelo Ministério Público, pelo juiz ao Presidente do 
Tribunal, também havendo a possibilidade de julgamento monocrático pelo relator.
* Não existirá conflito entre tribunais de hierarquia diferentes, pois prevalece a superioridade hierárquica.
* Também não haverá conflito caso já exista uma sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos 
juízos conflitantes.
CLÁUSULA DA ELEIÇÃO DO FORO
- A cláusula da eleição do foro que consta em alguns contratos será lícita, desde que não verse sobre a 
anulação do referido contrato.
- Todavia, a nulidade da cláusula da eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício 
pelo juiz, que determinará de competência para o juízo do domicílio do réu. 
-> Caso não seja determinada pelo juiz, nem alegada no prazo de resposta, ocorrerá a prorrogação 
imediata do juízo, que se tornará competente para o julgamento.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
- É o instituto que possibilita o ingresso de um terceiro no processo, queestabelece uma nova 
relação independente daquela originária entre o autor e o réu, tendo interesse na solução do 
conflito. Ele ingressa como parte ou como auxiliar da parte e de forma voluntária.
I. ASSISTÊNCIA
- É o pedido de ingresso de um terceiro com interesse jurídico em auxiliar uma das partes a 
alcançar um resultado favorável, de forma espontânea.
- O terceiro não quer pedir um direito seu, ele apenas se torna um sujeito do processo, nem parte 
é. Entra apenas para ajudar o assistido.
1. Simples: É quando o assistente só tem relação jurídica com o assistindo, sendo mero auxiliar, e 
tem interesse da vitória dele
2. Litisconsorcial: o assistente tem um direito próprio envolvido no processo e age como se fosse 
parte, já que ele se encontra vinculado à relação jurídica e já que os efeitos da coisa julgada irão 
abranger ele também, tanto que ele não poderá entrar com nova ação.
II. OPOSIÇÃO
- Ocorre oposição quando alguém quer uma coisa ou um direito que já está sendo disputador 
por um autor e réu, sendo a oposição feita contra ambos. E com essa oposição, surge um 
processo derivado do processo principal, em que o autor é o opositor e o réu é o réu e o autor do 
processo principal.
- Em regra, a oposição deve ocorrer depois da citação, mas nada impede que ocorra antes, e a 
citação dos opostos pode ser contestada no prazo de 15 dias.
III. NOMEAÇÃO À AUTORIA
- Ocorre quando alguém é acionado judicialmente por algo que detém, porém não lhe pertence. 
Ocorrendo isto, o réu deverá informar ao juiz (nomear à autoria) o nome do real proprietário da 
coisa litigiosa. Essa nomeação à autoria deve ser feita no prazo estipulado para a defesa, podendo 
ser recusado pelo autor da ação. 
IV. DENUNCIAÇÃO À LIDE
- É quando o autor ou o réu denunciam uma nova lide ao processo, envolvendo o denunciado e 
o denunciante, de tal sorte que a sentença decidirá não apenas a lide entre o autor e o réu, mas 
também a lide entre o denunciante e o denunciado.
V. CHAMAMENTO AO PROCESSO
- Corresponde à inclusão como réu do processo pessoa que tem responsabilidade direta com a 
causa de pedir. 
AÇÃO
ELEMENTOS DA AÇÃO
- São elementos identificadores da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir.
1. Partes
- São os sujeitos que, envolvidos na disputa pelo bem, sofrerão os efeitos da coisa julgada. Seria, 
no caso, o autor e o réu.
2. Pedido
- É a providência pedida que deve ser determinada pelo autor. Mas a lei permite o pedido 
genericamente formulado quando ainda não se possa determinar o seu valor.
a) Pedido imediato: é a manifestação pleiteada (pedida) ao juiz.
b) Pedido mediato: é o bem de vida, é o bem material ou imaterial pretendido pelo autor.
3. Causa de pedir
- São os fundamentos que baseiam o pedido e inclui os fatores motivadores do conflito (causa de 
pedir remota) e os fundamentos jurídicos que amparam o pedido (causa de pedir próxima).
CONDIÇÕES DA AÇÃO
- São pré-requisitos para que o juiz admita o exame de mérito, e são: possibilidade jurídica do 
pedido, interesse de agir e legitimação da causa.
. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
- Significa que ninguém pode propor uma ação sem que peça uma providência que esteja 
prevista no ordenamento jurídico, seja expressa, seja implicitamente.
II. INTERESSE DE AGIR
- É o interesse de agir do titular de direitos, tendo que alguns interesses de agir são obrigatórios 
por lei como nos casos de separação e divórcio.
III. LEGITIMIDADE DAS PARTES
- O autor deve ser o titular da situação jurídica afirmada em juízo e a outra parte legítima no 
processo, o réu, precisa ter relação de sujeição à pretensão do autor. É necessário, também, que 
exista um vínculo entre autor da ação, objeto da ação e réu.
FENÔMENOS DE AÇÕES COM ELEMENTOS SIMILARES
I. UM OU DOIS ELEMENTOS IGUAIS
- Ocorre uma possível reunião de processos no mesmo órgão julgador para maior economia e 
harmonia.
* HIPÓTESES
1. Um elemento: Ocorre a Conexão, quando houver ações com o mesmo pedido (objeto) ou 
causa de pedir. É quando o juiz, no caso concreto, verificar que, continuando as ações separadas, 
haverá a possibilidade de proferir decisões conflitantes. Então, ele deverá reuni-las por serem 
conexas.
- E o momento apropriado para o réu alegar a conexão é como preliminar na contestação, 
entretanto poderá ser alegada em petição, exceção ou ainda de ofício.
Questão: Se duas ações tramitam em juízo de competência absoluta (não podendo mudar o 
tribunal, no caso) diversas e houver risco de decisões conflitantes?
- Sendo ações de competência absoluta, uma delas terá que ficar suspensa aguardando o 
julgamento de outra para, então, ver os efeitos da sentença. Se elas forem do mesmo foro, será 
prevento o juízo que proferiu o primeiro despacho ordenando a citação. Se forem de foros 
diferentes, será prevento o juízo em que chegou primeiro a citação na casa do citado, e foi 
assinada.
2. Dois elementos: Ocorre a Continência, quando tiver as mesmas partes e a mesma causa de 
pedir, onde o pedido de uma é mais amplo e abrange o objeto da outra.
III. TRÊS ELEMENTOS IGUAIS
- Ocorre uma identidade total e, por isso, há extinção do último processo repetido.
1. Litispendência: existência de ação idêntica em curso, tendo o réu já sido citado.
2. Coisa julgada: existência de prévia e definitiva decisão judicial sobre a causa.
3. Perempção: perda do direito de ação após três abandonos em processos anteriores.
ELEMENTOS X CONDIÇÕES
- As condições da ação são pré-requisitos para que o juiz admita o exame de mérito. Já os 
elementos identificam a natureza, o procedimento e a competência da ação proposta.
Obs.: Alteração do pedido e causa de pedir:
Antes da citação: a alteração é livre e através de aditamento (anexo) ou acréscimo de custos.
Entre a citação e o despacho saneador (aquele em que o juiz diz que está tudo correto nos autos e 
vai marcar a audiência: pode alterar desde que haja anuência (autorização) do réu, porque ele já 
foi citado.
Após o despacho saneador: não é permitida a alteração.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
I. TRINÁRIA OU TRIPLA – Ações de Conhecimento
1. Meramente declaratória: apenas declara a existência de algo, não impõe condenação. Como 
no caso de investigação de paternidade, onde só vai declarar se é o pai ou não.
2. Constitutivas: criam, modificam ou extinguem relações jurídicas. Como no divórcio, em que 
há a extinção da relação casamento.
3. Condenatória: é dividida basicamente em duas fases – a fase em que é imposta a sentença e a 
fase em que se inicia a execução dessa condenação. No caso da ação de cobrança, por ex, no fim 
é dada a sentença de que se deve pagar determinado valor, então inicia a fase de execução para 
que seja pago.
- Sempre apresenta uma sanção e entra em fase de execução para realizar o que foi imposto na 
condenação.
II. QUATERNÁRIA OU QUÁDRUPLA
1. Mandamental: (é o mandando de segurança) É para proteger direito líquido e certo não 
amparado por habeas corpus. Ex: quando uma autoridade age com abuso de poder.
III. QUINÁRIA OU QUINTUPLA
1. Ação Executiva “Lato Sensu”: A própria sanção dessa ação já executa a condenação, não 
precisando adentrar na fase de execução. Por ex: na sentença de ação de despejo já sai o 
mandado de despejo. A execução na sentença já é automática.
IV. AÇÃO DE EXECUÇÃO
- Pode acontecer de maneira incidental ou autônoma.
1. Incidental: acontece dentro do mesmo processo onde o que ganhou pede a execução da 
sentença.
 2. Autônoma: acontece quando tem um título executivo extrajudicial.
Pressupostos necessários para que a execução vá em frente:
Inadimplemento:é o não pagamento, o descumprimento do contrato.
Título executivo: se divide em extrajudicial (por ex, cheque sem fundo) e judicial (que só tem um 
título, a sentença. E acontece no mesmo processo).
V. CAUTELAR
- É um processo de caráter acessório para conseguir medidas urgentes que são tidas como 
necessárias para o desenrolar do processo principal, precisando comprovar perigo da demora e 
fumaça do bom direito.
SUJEITOS DA AÇÃO
I. JUIZ: O juiz não pode deixar de atuar no processo, quando provocado, nem pode recusar a 
justiça e tem poderes administrativos ou de polícia e poderes jurisdicionais, devendo conduzir o 
processo segundo a ordem legal, dando às partes todas as oportunidades processuais.
II. ADVOGADO: O advogado é indispensável à administração da justiça e representa em juízo 
as partes com sua capacidade postulatória (que é capacidade para procurar em juízo), tendo 
condições para dar andamento ao devido processo legal, a fim de que esse processo elimine o 
conflito de interesses.
III. AUTOR E RÉU: São os principais sujeitos da ação
IV. MINISTÉRIO PÚBLICO: Tem legitimidade para oficiar nos processos, podendo requerer, 
produzir provas, discutir e recorrer, devendo ser intimados pessoalmente, além de terem prazos 
maiores.
PETIÇÃO
I. REQUISITOS ESSENCIAIS DA PETIÇÃO INICIAL
a) Indicação do juiz ou tribunal: na petição inicial, o autor indicará o juízo .
b) Indicação das partes: é a qualificação completa da partes e deve ser indicado ainda o nome e 
endereço do advogado do autor.
c) Exposição da causa de pedir; que são os fundamentos em que se baseiam o pedido.
d) Requerimento de citação e intimação
e) Local e Data
f) Valor da causa
- Faltando qualquer desses requisitos o juiz mandará que em 10 dias o autor supra a falta, sob 
pena de indeferimento.
PROCESSO
I. CONCEITO DE PROCESSO
- É o instrumento utilizado pelo Estado para pacificar o conflito de interesses após o exercício do 
direito de ação pelo autor.
II. PROCESSO X PROCEDIMENTO
- Processo é o instrumento utilizado pelo Estado para pacificar o conflito de interesses após o 
exercício do direito de ação pelo autor. Já o procedimento diz respeito à forma como o processo 
se desenvolve, regulando os atos que são praticados do início até seu desfecho.
1. Procedimento Comum Ordinário
- Adota todos os atos mais complexos e, por isso, é mais demorado. E é subsidiariamente 
aplicado no ambiente de outros procedimentos menos complexos.
2. Procedimento Sumário
- É o procedimento que incide em causas de menor complexidade jurídica, situação que é 
determinada pelo valor da causa ou pela matéria discutida, tendo como característica a 
concentração de atos processuais, fazendo com que seja mais rápido.
III. FORMAÇÃO DO PROCESSO
- Diz respeito ao momento em que o processo tem seu início e que coincide com o instante em 
que a petição inicial é apresentada em juízo.
IV. SUSPENSÃO DO PROCESSO
- É uma crise provisória, que impede o regular andamento do processo por determinado espaço 
de tempo, dentro do qual não são praticados atos processuais.
Causas de suspensão
- Morte ou incapacidade processual das partes ou de seu procurador (Por ex, ficar em coma ou 
louco). - Convenção das partes (ou seja, por acordo das partes). - Exceção de incompetência (até 
que determine qual juiz vai continuar o processo). - Suspeição (juiz suspeito que não possa julgar 
o processo) ou impedimento (o juiz tem algum impedimento).
- Quando pendente outra causa que influi na sentença (outro processo). - Quando a sentença 
depender de prova que será realizada em outro juízo. - Quando a sentença depender de 
declaração incidental. - Força maior ou impedimentos legais.
V. EXTINÇÃO DO PROCESSO
- A extinção diz respeito ao término do processo através da sentença dada pelo juiz, que pode 
ocorrer com ou sem julgamento do mérito.
Causas
a) Julgamento SEM resolução do mérito: O juiz julga sem saber a história quando o processo é 
paralisado por mais de um ano por negligência das partes, ausência de pressupostos legais, etc.
b) Julgamento COM resolução de mérito: Haverá resolução de mérito: I - quando o juiz acolher 
ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; III - 
quando as partes transigirem; IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; V - 
quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
VI. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
- São condições mínimas de formação e de desenvolvimento válido e regular do processo, de 
modo que a ausência de qualquer um deles pode impor a extinção do processo sem o julgamento 
de mérito.
VII. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE
- Diz respeito ao julgamento do processo de forma abreviada, determinado pela revelia do réu ou 
pelo fato de a causa versar apenas questões de direito.
VIII. SANEAMENTO DO PROCESSO
- Diz respeito à confirmação do juiz das condições da ação e dos pressupostos processuais, 
permitindo o seu encaminhamento à fase de instrução probatória para posterior extinção do 
processo com o julgamento de mérito. Ocorrendo logo depois da fase postulatória.
ATOS PROCESSUAIS
I. CONCEITO DE ATOS PROCESSUAIS
- É a manifestação externada pelas partes, pelo magistrado e pelos auxiliares da justiça, com força 
suficiente para criar, modificar ou extinguir direitos.
II. ATO DAS PARTES
- O principal ato processual externado pelo autor é a petição inicial, enquanto do réu é a 
apresentação de defesa, ou seja, a contestação.
III. DO TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
- Os atos devem ser praticados dentro do ambiente físico da sede do juízo, durante o horário de 
funcionamento do fórum, que é das 6 às 20 horas.
- Obs.: Penhoras e citações poderão ser realizadas nos dias úteis fora do horário normal e mesmo 
em feriado e domingos.
IV. PRAZO.
1. Nos feriados forenses: a regra geral é que os atos não são praticados; a exceção é quando 
forem produção de prova antecipada e citação ou penhora.
2. Regras para a prática dos prazos: a regra é que a lei prevê os prazos; mas, se omissa, o juiz os 
determinará.
3. Contagem dos prazos: exclui-se o dia do início e inclui-se o dia final. E dia de início ou final 
em sábado, domingo, feriado ou sem expediente forense, ocorre prorrogação para o dia útil 
seguinte. E a intimação é que determina o início da contagem do prazo.
4. Prazos dilatados em dobro: os prazos são dilatados em dobro para a Fazenda ou o Ministério 
Público recorrer e em quádruplo para contestar; em dobro para litisconsortes com advogados 
distintos para recorrer ou contestar e para defensor público para fazer o mesmo.
5. Prazos legais e judiciais
a) Prazos legais: são os definidos em lei, e nem o juiz nem as partes têm disponibilidades sobre 
eles.
b) Prazos judiciais: leva em conta a complicação da causa e é a critério do juiz.
c) Prazos dilatórios: podem ser alterados pela vontade das partes ou pelo juiz. Este último só 
pode ampliar o prazo. 
d) Prazos peremptórios: são inalteráveis pela vontade das partes ou pelo juiz. Geram situações de 
desvalia para a parte omissa.
6. Prazos próprios e impróprios
a) Próprios: são os prazos das práticas dos atos processuais pelas partes. A desobediência gera 
revelia e desvalia processual.
b) Impróprios: são os prazos do juiz, do escrivão e serventuários, que não gera desvalia.
6. Suspensão e interrupção dos prazos processuais: Via de regra, os prazos não se 
interrompem, apenas são suspensos quando houver disposição legal a respeito.
- Entende-se por suspensão a quebra de continuidade do prazo em relação à sua contagempor 
determinado período de tempo ou enquanto pendente a causa que objetivou a suspensão. Mas 
quando acabar o que gerou a suspensão, o prazo voltará a correr somente pelo período que falta.
- Já a interrupção é a quebra de continuidade da contagem do prazo que não fica suspensa por 
determinado lapso, voltando a corre imediatamente, com o prazo por inteiro desde seu início.
7. Preclusão (quando o prazo está acabando): É o fenômeno endoprocessual que determina a 
perda, pela parte, da possibilidade de praticar determinado ato.
a) Preclusão Consumativa: é aquela em que a faculdade processual já foi exercida validamente e, 
pelo fato do ato já ter sido praticado, não poderá ser praticado novamente.
b) Preclusão Temporal: é quando não pode praticar determinado ato por ter perdido a 
possibilidade de exercício do ato dentro do prazo.
c) Preclusão Lógica: é a incompatibilidade de um ato processual anteriormente praticado, com 
outro que se pretende realizar. 
V. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
1. Atos dos agentes da jurisdição
- São os atos do escrivão (auxiliares do juiz) – ver art. 166 a 171.
2. Atos processuais do juiz
- São atos que têm especial relevância, pois o juiz é o condutor do processo, sendo aquele que, 
investido 
a) Sentença: é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa
- As sentenças são: processuais ou terminativas, isto é, aquelas que não enfrentam o mérito; ou 
definitivas ou de mérito, isto é, aquelas que julgam o mérito.
b) Decisão interlocutória: é o ato pelo qual o juiz resolve questões incidentes, que são dúvidas 
que surgem no desenvolvimento do processo e que são anuladas pelo juiz.
c) Despachos: são todos os demais atos praticados pelo juiz, visando apenas regular o andamento 
do processo.
- A diferença entre despacho e decisão interlocutória está na carga decisória que é ausente nos 
despachos.
d) Atos ordinários: são praticados pelos servidores, passíveis de revisão judicial. 
e) Atos do escrivão: são atos burocráticos dispostos no art. 166. Art. 166. Ao receber a petição 
inicial de qualquer processo, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, o 
número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; e procederá do mesmo modo 
quanto aos volumes que se forem formando.
f) Atos de documentação: o escrivão pratica uma série de atos materiais necessários ao bom 
desenvolvimento do processo.
g) Atos de comunicação: são todas as ordens do juiz que precisam ser comunicadas às partes, 
seus representantes ou serventuários da justiça.
h) Atos de logística: são atos que assessoram o juiz.
i) Atos das partes: Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou 
bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de 
direitos processuais.
- Postulatórios: são aqueles atos em que a parte discute um provimento jurisdicional, trazendo 
suas teses ao judiciário. - Dispositivos: a parte desiste em prejuízo próprio. - Instrutórios e 
probatórios: dão suporte à alegação da parte e buscam o convencimento do juiz. - Reais: são as 
condutas materiais das partes no processo, como o depoimento prestado pela parte.
VI. CITAÇÃO: É um dos atos mais importantes do processo, dizendo respeito ao chamamento 
do réu para a apresentação da defesa, estabelecendo um liame entre o autor, o juiz e o réu. O réu 
tem que ser citado para saber que tem uma ação movida contra ele, e então ele pode se defender.
- Se o réu não for achado para ser citado depois de esgotado todos os meios para isso, o autor 
desiste se não tiver dinheiro para publicas no edital. Porque, se a citação for publicada no edital, 
mesmo se o réu não ler, ele vai ser dado por citado e se não comparecer é revelia.
1. Local: A citação pode ser efetuada em qualquer lugar em que se encontre o réu.
2. Impedimentos: Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do 
direito: I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; II - ao cônjuge ou a 
qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em 
segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; III - aos noivos, nos 3 (três) 
primeiros dias de bodas; IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. 
3. Efeitos da citação: A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a 
coisa; Tornar provento o juiz é excluir os demais; induzir litispendência é fazer com que as ações 
sejam conexas; litigiosa é o conflito das partes.
VII. INTIMAÇÃO: 
- A diferença de citação e intimação é que a citação é um ato exclusivo para conhecimento dos 
atos pelo réu e ele se defender, só cita uma vez e pronto. Já intimação é para os atos processuais e 
pode ser feita várias vezes e só depois da citação. E intima para trazer as testemunhas, as provas, 
etc.

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