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AMOCHAMENTO E DESCORNA

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
 
 
7) AMOCHAMENTO 
 
# DEFINIÇÃO: 
 
É a extirpação cirúrgica (exérese) ou a destruição (química ou térmica) do botão 
córneo. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• facilitar o manejo; 
• diminuir o número de contusões e escoriações dos animais; 
• melhorar a qualidade da carne; 
• reduzir o perigo para o tratador; 
• aumentar o nº de animais nos veículos de transporte; 
• diminuir o nº de abortos por traumatismos, etc. 
 
# ANESTESIA: 
 
Para uma anestesia eficaz pode-se realizar uma tranqüilização do animal, associado 
com um bloqueio anestésico local. Quando for realizado em um grande número de animais 
pode-se utilizar apenas do bloqueio anestésico local. 
 
# TÉCNICAS: 
 
a) recém nascido - até 15 dias (apresentando o botão córneo móvel): 
 
• amochamento químico: aplica-se ao redor do botão córneo (0,5 cm) uma 
substância oleosa (vaselina ou óleo mineral) e sobre o botão córneo aplica-se 
substâncias cáusticas, como o Nitrato de Prata ou a soda cáustica, 
friccionando-se sobre o mesmo. 
 
obs: o terneiro só deverá mamar na vaca 48 horas após a aplicação, para não 
promover queimaduras no teto, pelo contato com a substância cáustica. 
 
b) com mais de 15 dias (com o botão córneo estando fixo): 
 
• deve ser retirado cirurgicamente e, logo após, procede-se a cauterização do 
ferimento. Animais com 30 dias ou mais já estão desenvolvendo a projeção 
óssea. 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
31
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
8) DESCORNA 
 
# DEFINIÇÃO: 
 
É a amputação cirúrgica das apófises córneas do animal aspado. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
As mesmas do amochamento, associado ainda aos casos de fraturas dos cornos, e a 
formação de cornos defeituosos. 
 
# ANESTESIA: 
 
Realiza-se uma tranqüilização do animal, associado com um bloqueio local, por 
meio do bloqueio do nervo cornual, que é feito em nível do centro da crista temporal, entre 
o canto externo do olho e a base do corno 
 
# TÉCNICAS: 
 
DOS 3 AOS 6 MESES DE IDADE: 
 
• já existe a formação da projeção óssea, mas enquanto não existir a exposição 
do seio frontal, retira-se o corno com descornadeira e procede-se a 
termocauterização local. Deve-se cuidar para retirar toda a zona queratógena 
da base do corno, para que não haja a formação de cornos defeituosos. 
 
ANIMAL ADULTO: 
 
• método rústico: após o preparo do animal, que consiste em tricotomia ao 
redor dos cornos, desinfecção do campo operatório (anti-sepsia local) e 
bloqueio do nervo cornual (5 a 10 ml de anestésico local). É feita uma 
incisão elíptica da pele, sobre a base do corno (a mais ou menos 0,5 cm de 
distância), e o mesmo é retirado com serrote ou fio serra. Após a retirada do 
corno procede-se a hemostasia por cauterização e a colocação de um tampão 
de gaze embebido em anti-séptico, que é trocado a cada 3 ou 5 dias. 
 
• método de Alexander: após o preparo do animal e bloqueio do nervo 
cornual, realiza-se uma incisão de pele elíptica sobre a base do corno, 3 cm 
em direção do canto externo do olho e 3 cm em sentido oposto, na direção 
da crista nucal. Secciona-se o corno com fio serra, realiza-se hemostasia dos 
vasos, desprega-se a pele do subcutâneo ao redor da incisão, para a 
aproximação das bordas, e sutura-se a pele com pontos isolados simples 
(nylon 0,60). 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
32
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
 
# PÓS – OPERATÓRIO: 
 
• antibioticoterapia; 
• antiinflamatório; 
• curativo local diariamente; 
• retirada dos pontos 10 a 14 dias após a cirurgia. 
 
# COMPLICAÇÕES: 
 
• sinusite (mais comum no método rústico); 
• necessidade de trepanação no seio frontal para a drenagem do conteúdo purulento. 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
KERSJES, A.W. , NÉMETH, F. , RUTGERS, L.J.E. Atlas de cirurgia dos grandes 
animais. São Paulo: Roca, 1985, 341p. 
 
TURNER, A.S. , McILWRAITH, C.W. Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. 
São Paulo: Roca, 1985, 341p. 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
33

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