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NEFRECTOMIA - NEFROTOMIA

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
 
8) NEFRECTOMIA 
 
# CONCEITO: 
 
 É a remoção cirúrgica total de um rim. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• trauma e hematoma renal; 
• cisto renal; 
• hidronefrose; 
• neoplasia; 
• abscesso renal (pielonefrite avançada); 
• parasita renal (Dioctophima renale - Fig. 09); 
• ectopia ureteral. 
 
 
Fig. 09 – Dioctophima renale.
Helminto que pode ser encontrado no
interior dos rins e cavidade abdominal
de cães. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
# PRÉ-OPERATÓRIO: 
 
1. avaliar ambos os rins - é importante certificar-se de que o rim que permanece está 
funcional; 
2. estabilizar o paciente nas seguintes enfermidades: 
• choque; 
• infecção; 
• uremia; 
• desequilíbrio ácido-base. 
 
 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
21
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
 Os rins estão encobertos na região sub-lombar pelo peritônio, quantidades variáveis 
de gordura peri-renal e pela cápsula renal. A artéria renal dos cães, particularmente a artéria 
renal esquerda, é freqüentemente ramificada, enquanto que veias renais múltiplas são 
freqüentemente encontradas em gatos. 
 Pode-se chegar aos rins através de uma abordagem retro-peritonial de flanco ou na 
linha média ventral. A abordagem abdominal ventral é favorável porque ambos os rins e o 
abdome podem ser completamente examinados. A incisão inicia na parte cranial do abdome 
e estende-se caudalmente tanto quanto necessário, normalmente do apêndice xifóide até a 
cicatriz umbilical. 
 O rim esquerdo é exposto usando-se o mesentério do cólon descendente como uma 
rede, a fim de posicionar as alças intestinais à direita. E o rim direito é exposto da mesma 
maneira, através da elevação da porção descendente do duodeno e pelo posionamento das 
outras alças do intestino para a esquerda do mesoduodeno. 
 O rim é livre de seus ligamentos sub-lombares através de dissecação romba, 
pequena hemorragia pode ocorrer dos vasos capsulares hipertrofiados, que pode ser 
controlada por meio de cauterização ou pinçamento dos mesmos. 
 A artéria renal é isolada e ligada através de ligadura dupla, preferentemente com fio 
não absorvível (seda nº 2-0 ou 3-0). Em cães a veia ovariana esquerda deve ser identificada, 
por que a mesma não drena para a veia cava posterior mas sim para a veia renal, devendo 
ser preservada. A veia renal deve ser ligada da mesma forma que a artéria renal. O ureter é 
dissecado e duplamente ligado o mais próximo possível da bexiga (seda nº 2-0), evitando a 
retenção de urina no ureter remanescente. A cavidade abdominal é lavada e suturada de 
forma rotineira. 
 OBS: Em casos de neoplasias ou processos infecciosos, deve-se ligar primeiramente 
a veia renal, para evitando metástases durante o procedimento. A ligadura em massa da 
artéria e veia renal não é conveniente, pela possibilidade do deslocamento da ligadura ou 
desenvolvimento de fístula artério-venosa. 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• monitorizar o paciente para qualquer sinal de insuficiência renal; 
• antibioticoterapia se necessário. 
 
# PROGNÓSTICO: 
 
Favorável se o outro rim estiver funcionando em perfeitas condições. 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
22
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
9) NEFRECTOMIA PARCIAL 
 
# CONCEITO: 
 
 É um procedimento cirúrgico no qual realizamos a remoção parcial de um rim. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
 Traumatismo em um pólo renal que atinja menos que 50% do rim. 
 
# DIAGNÓSTICO: 
 
 Comumente feito por cirurgia exploratória (ocasionalmente). 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
• ressecção por sutura: a abordagem é feita semelhante a nefrectomia. Após a 
elevação do rim para a sua inspeção, procede-se a colocação de um clamp bulldog 
na artéria renal. Incidi-se a cápsula renal em toda a circunferência do pólo afetado 
rebatendo-a sobre a parte normal do parênquima renal (± 5mm). Coloca-se a 
ligadura com categute cromado nº 1 ou 2 em torno do pólo afetado, incluindo uma 
pequena parte do parênquima sadio, aperta-se a ligadura cortando o parênquima até 
atingir da pelve renal, onde completa-se o nó. Após seccionar o pólo afetado, a 
cápsula é então refletida sobre o parênquima exposto e suturada por meio de pontos 
isolados simples (categute 4-0 ou 3-0). O clamp vascular é removido, observa-se o 
grau de hemostasia e procede-se a nefropexia. A síntese abdominal é rotineira. 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• antibioticoterapi; 
• manter a diurese. 
 
# PROGNÓSTICO: 
 
Favorável. 
 
 
10) NEFROTOMIA 
 
# CONCEITO: 
 
 É a abertura e o fechamento cirúrgico do rim. 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
# INDICAÇÃO: 
 
Nefrolitíases (Fig. 10): 
 
1. etiologia - geralmente secundária a pielonefrite; 
2. sinais clínicos - se for unilateral não são evidentes. Se bilateral pode acarretar em 
uremia. Dor: observada na região lombar, devido à infecção aguda ou pela 
passagem de cálculos pelo ureter. Ocorrência de hematúria; 
3. diagnóstico - sinais clínicos (dor e hematúria) e por radiografias renais. 
 
 
Fig. 10 – Procedimento de nefrotomia
em um canino. Percebe-se a presença
de um nefrólito localizado no interior
da pelve renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
# PRÉ-OPERATÓRIO: 
 
• combater a uremia e o desequilíbrio hidroeletrolítico; 
• antibioticoterapia em casos de infecções (24 horas antes da cirurgia), baseada na 
cultura e antibiograma. 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
 Após a realização da abordagem ao rim injuriado, procede-se a oclusão dos vasos 
renais através de um clamp vascular (pinça bulldog) ou com fita umbilical e um tubo de 
borracha (torniquete de Rommel), por no máximo 24 minutos. Não deve-se ocluir o ureter, 
e deve-se procurar manusear o parênquima renal com delicadeza, evitando a sua 
compressão contra o cálculo. 
 Estabiliza-se o rim com uma mão e promove-se uma incisão longitudinal de pólo a 
pólo no rim, aprofundando-a até a pelve renal. Ao chegarmos na pelve encontraremos as 
litíases que devem ser removidas cuidadosamente. Depois de removidos os cálculos, a 
pelve deve ser lavada com solução salina para a remoção de possíveis micro-cálculos. 
 A técnica de síntese renal é iniciada pela aproximação do parênquima renal por 
meio de pontos de reparo horizontais (Wolff - categute 2-0) e a cápsula renal é suturada por 
pontos contínuos simples ou isolados simples (categute 4-0). Deve-se apenas fazer a 
aproximação dos tecidos, pois com a liberação do fluxo sangüíneo o rim irá inchá-lo, até 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
atingir seu tamanho original, e, se as suturas estiverem muito apertadas, ocasionarão 
ruptura do parênquima e cápsula renal. 
 Devolve-se o rim a sua posição anatômica e realiza-se a nefropexia na parede 
abdominal. A cavidade abdominal é fechada de forma usual. 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• antibioticoterapia por 3 a 5 dias; 
• repouso absoluto por 72 horas; 
• manter a diurese para a saída de coágulos sangüíneos; 
• controlar a hematúria. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA: 
 
ROSIN, E. Nefrectomia. In: BOJRAB, M.J. Cirurgia dos pequenos animais.3ª ed. São 
Paulo: Roca,1996 . cap.24 . p. 346-348. 
 
STONE, E. A. Remoção de nefrólitos. In: BOJRAB, M. J. Cirurgia dos pequenos 
animais. 3ª ed. São Paulo: Roca, 1996. cap.24 . p. 348-351. 
 
VAN SLUIJS, F. J. Atlas de cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Manole, 1992.141 p. 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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