Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lentes Biconvexas Juan B. S. Leite,∗ Pedro V. Paraguassu´,† and Matheus P. Macedo‡ Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua Sa˜o Francisco Xavier 524, 20550-013 Rio de Janeiro, RJ, Brazil (Dated: June 9, 2017) Starting from Gauss’s equation, the measurements of the experiment led to the focal length of a thin lens. By adjusting the different distances of the object and the lens, we project the object in the bulkhead. From this, we obtained a focal length of the lens in question from a visual observation of the sharpness of the projection of the object. I. INTRODUC¸A˜O Dentre todas as aplicac¸o˜es da o´ptica geome´trica, a que mais se destaca pelo seu uso no cotidiano e´ o estudo das lentes esfe´ricas, seja em sofisticados equipamentos de pesquisa astronoˆmica, caˆmeras digitais comuns,lentes de o´culos ou lupas. Chamamos de lente esfe´rica o sistema o´ptico con- stitu´ıdo de treˆs meios homogeˆneos e transparentes, cujo as fronteiras entre cada par sa˜o duas superf´ıcies esfe´ricas ou uma superf´ıcie esfe´rica e uma superf´ıcie plana, as quais chamamos faces da lente.[1] FIG. 1. C1 e C2 sa˜o os centros das circunfereˆncias, V1 e V2 ve´rtices da lente, R1 e R2 raios da cir- cunfereˆncia, n1 e n2 indicies de refrac¸a˜o no meio. Fonte: http://fisikanarede.blogspot.com.br/2012/09/lentes- esfericas-i.html A lente usada no experimento e´ biconvexa, ou seja, ela e´ convexa em ambas as faces e tem a periferia mais fina que a regia˜o central. Tais lentes sa˜o ditas convergente, ou seja, os raios de luz incidem paralelos ao eixo principal e, apo´s sofrerem refrac¸a˜o, se concentram em um u´nico ponto, este ponto e´ o foco. ∗ juanbsleite@live.com † venturaskate@gmail.com ‡ matheus.macedosf@gmail.com FIG. 2. Feixes convergindo . Fonte:http://brasilescola.uol.com.br/fisica/lentes-1.htm O foco das lentes convergentes e´ classificado como foco real, pois e´ fruto do encontro dos raios de luz refratados. Podemos calcular o foco de uma lente atrave´s da Equac¸a˜o de Gauss [2] 1 f = 1 p + 1 p′ (1) onde f e´ o foco, p e´ a distaˆncia da imagem e p′ e´ a distaˆncia do objeto. II. O EXPERIMENTO No experimento usamos: uma fonte de luz monocroma´tica branca (fig.3a) , 2 lentes biconvexas de distancia focal diferentes(fig.3c) , suporte com um desenho(fig.3b) ,um anteparo (fig.3d) e uma trena(fig.3e) Ligando a fonte , um feixe de luz atravessa o suporte com o desenho , depois passa pela lente e por u´ltimo forma uma imagem no anteparo . O que fazemos e´ ajus- tar as distaˆncias entre a lente e o desenho afim de obter uma imagem n´ıtida/focada no anteparo . Obtido esta im- agem , medimos as distancias p e p′ que com eq(1) pode- mos determinar f . Repetimos 3 vezes para distaˆncias diferentes cada medidas e refazemos o experimento para outra lente. FIG. 3. Instrumental: a)fonte de luz monocroma´tica ; b) lente biconvexa ; c)suporte com desenho ; d) anteparo ; d)trena . Fonte: O Autor 2 III. TRATAMENTO DOS DADOS Atrave´s do procedimento experimental citado na sec¸a˜o (II), iremos verificar a validade da eq(1).Os dados da primeira e segunda lente estara˜o nas subsec¸o˜es (A) e (B), respectivamente. A. Primeira Lente Na tabela abaixo esta˜o os valores de p, p′ e f em mil´ımetros p p′ f 174,6 581,0 134,25 184,0 502,0 134,64 260,0 256,0 129,00 197,0 415,0 133,59 Com os valores de f calculamos sua me´dia f¯ e seu respectivo erro σf¯ atrave´s das equac¸o˜es f¯ = ∑n i=1 fi n (2) σf¯ = √∑n i=1(f − f¯)2 n−1 n (3) obtendo fexp = (132, 87± 1, 30)mm. Com isso podemos verificar a compatibilidade entre o valor de refereˆncia fref = 150, 0mm e o resultado exper- imental. A compatibilidade e´ verificada a partir da fo´rmula[3] |fref − fexp| σf¯ < 2 (4) substituindo os valores obtemos no lado esquerdo 13, 17. Logo, a medida e´ incompat´ıvel. Acreditamos que a incompatibilidade da medida se deve aos seguintes fatores 1. A subjetividade de definir qual era a posic¸a˜o que a imagem estava mais focada 2. Erro nas medidas das distaˆncias B. Segunda Lente Na tabela abaixo esta˜o os valores de p, p′ e f em mil´ımetros p p′ f 100,0 230,0 134,25 250,0 50,0 134,64 150,0 120,0 129,00 200,0 105,0 133,59 Para essa lente obtivemos como resultado fexp = (61, 7 ± 6, 7)mm. Verificando a compatibilidade atrave´s de (4) obtemos no lado esquerdo 1,98. Logo a medida e´ compat´ıvel. Acreditamos que a compatibilidade ocorreu pela mel- hor padronizac¸a˜o da medic¸a˜o das distaˆncias e os treˆs membros verificarem a qualidade do foco (pois para essa lente achamos mais complicado decidir se estava focado ou na˜o). C. Resultado Analisando A e B encontramos diferentes resultados para as compatibilidades. Em A, devido talvez ao nosso primeiro contato com a experieˆncia, nossas medidas na˜o foram boas, resultando na incompatibilidade da teoria. Com uma padronizac¸a˜o melhor, em B tivemos um resul- tado compat´ıvel.O que mostra que o experimento e´ muito sens´ıvel a erros sistema´ticos, e que bastante cuidado e´ necessa´rio para obter-se uma boa medida. IV. CONCLUSA˜O As lentes esfe´ricas esta˜o em toda parte no nosso co- tidiano, seja nos nossos o´culos ou em caˆmeras digitais. Com as lentes, podemos analisar o foco, que pode ser calculado atrave´s da eq(1). Nosso experimento mostrou (a menos de uma incompatibilidade por acumulo de erros sistema´ticos) que a equac¸a˜o de Gauss para o ca´lculo do foco e´ compat´ıvel com a experieˆncia. V. REFERENCIAS [1] - Hecht, EugeneLATORRE, et al. O´ptica. Addison- Wesley Longman,, 1998. [2]- Silveira, Fernando Lang da, Rolando Axt, and Marcelo Antoˆnio Pires. ”What do we view looking to ourselves in a concave mirror?.” Revista Brasileira de En- sino de F´ısica 26.1 (2004): 19-25. [3] - Oguri, V. ”Estimativas e erros em experimentos de f´ısica.” Rio de Janeiro: EdUERJ (2005).
Compartilhar