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Como Nasce o Direito

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Introdução- Direito e Juristas.
Francisco Carneluti, dá início aoseu texto com uma descrição empírica, em que o Direito é um conjunto de leis que regula a conduta dos homens, uma definição presente no campo da ciência. Com isso, os juristas são aqueles que fabricam o próprio direito, e os operadores qualificados são aqueles que antes do direito ser fabricado estão estudando e o fazem acontecer na própria universidade. Com efeito as leis são feitas no parlamento, e hoje é apenas composta por juristas. A partir da saída do direito da oficina legislativa não é mais do que um produto acabado, pelo contrário, para que sirva a todos deve passar por uma elaboração eleitoral.
O papel principal do legislador é formular as leis que o juiz aplicara, confrontara com uma situação de fato, porém não é uma função exclusiva da parte dele, pois a própria população aplica a lei quando faz parte da sua conduta, o cidadão faz justiça sem percebe o ato. 
Direito e Economia.
Carnelutti, dá início ao seu primeiro capitulo com o exemplo de uma banca de frutas, o ato de comprar ou o de roubar uma maça, um ato que pertence ao direito, mas antes de tudo pertence a economia.
São atos econômicos todos aqueles que por meio do homem tratam de satisfazer suas próprias necessidades, as quais são ilimitadas e os bens são limitados. Os bens enquanto satisfaz certas necessidades acaba dando início a outras, logo o homem nunca está satisfeito com o que possuí e com isso se dá início as guerras.O próprio conceito de guerra está atrelado com o conceito de propriedade, um fenômeno econômico antes de ser jurídico. Um fato que em virtude do qual, alguém toma algo que lhe serve para satisfazer uma necessidade e assim possui o desejo de retê-lo para si próprio. Com isso, o esforço de toma-lo acaba se prolongando no esforço de mantê-lo 
É espirito do próprio homem se comporta como um animal devorador em frente de outro homem, em vez de deixar o seu amigo com o que ele conquistou, ele se vê tentado a arrebatar tudo aquilo para próprio gozo. A guerra não é nada mais do que esse ato, o de arrebatar tudo aquilo que não é seu. O limite que existe entre o ter de um homem e o ter de outro homem, em vez de ser respeitado são violados sem medo algum do que pode ocorrer. A guerra antes de ser combatida entre povos deve ser combatida entre o próprio indivíduo. 
A guerra em si é uma desordem, e isso só ocorre quando as coisas estão fora do lugar, e as coisas estavam fora do lugar na Itália.O direito vem como a luz no final do túnel, pois os homens não podem viver no caos, a ordem se resume na paz, e a guerra tende a paz, e o que dá o fim a guerra é o pactum a raiz do pacto é a pax.
Com outras palavras, o contrato eu no final que dizer a mesma coisa, pondo um ponto final à guerra, os homens em vez de estarem uns contra os outros, tratam de estar juntos. Com tudo, o contrato é um fenômeno econômico, antes de ser jurídico.O homem e a sociedade são faces de uma mesma moeda, a necessidade principal dos homens e a necessidade da paz são as mesmas coisas. Como o domínio, como a guerra, assim também o tratado de paz, é, portanto, um produto puro da economia. 
Mas no terreno econômico o contrato não oferece a paz e nenhuma garantia sobre isso, economicamente. O contrato é a expressão de um equilíbrio obtido pelas forças contrárias dos combates. No ramo da economia nunca há a verdadeira paz, a história da economia é uma sucessão de lutas e de tréguas, não é a verdadeira paz a pausa entre duas guerras.
A economia não é suficiente para colocar entre os homens e satisfazer assim o que constitui a necessidade suprema do indivíduo e da sociedade.
Direito e Moral.
A economia é o reinado do egoísmo, ao olhar do autor, o seu próprio terreno é o reinado do eu, o qual se encontra diversos egoísmos, tantos dos homens quanto dos povos. Por isso, é o reinado da desordem. Para que a ordem no caos econômico, para que os homens fiquem em paz é necessário substituir o egoísmo pelo altruísmo, o eu pelo tu. A economia pode ser reinada pelo "eu", mas a moral vem sendo reinada pelo "tu". É com o amor ao próximo que ocorre a solução do problema principal, a guerra, com o amor tudo se encerra. 
Ao olhar do autor, é a partir do momento que ocorre a sanção a força da noção do direito começa a aparecer, pois enquanto não se obedecer ao preceitonecessário se faz a força para ser posta em ato. É essa força que constitui a verdadeira diferença entre o direito e a moral, e daí que surgir a naturalidade do direito em comparação com a da moral.O direito nasce sobre um ar de contradição, servir-se da guerra para combater a guerra, é uma combinação de força e de justiça, por isso em seu símbolo se encontra a espada ao lado da balança. 
Delito.
Para Carnelluti, o fim do direito é eliminar a guerra, logo, onde impera o direito desaparece a guerra e em seu ligar entra o delito. O único resíduo de guerra admitido entre os próprios indivíduos fica assim conhecido como legítima defesa ainda mesmo que aquele que for justamente agredido pode opor a força à agressão. Para, o fim do direito é eliminar a guerra, logo, onde impera o direito desaparece a guerra e em seu ligar entra o delito. O único resíduo de guerra admitido entre os próprios indivíduos fica assim conhecido como legítima defesa ainda mesmo que aquele que for justamente agredido pode opor a força à agressão. 
A guerra é como uma invasão do domínio alheio, por este fato os principais delitos do direito são o homicídio e o furto eagressão entra é um domínio em sua forma elemento, o corpo humano e as coisas em si. Com esta primeira visão os dois primeiros preceitos jurídicos surgi com o fato de não matar e não roubar, que junto já possui sua própria sanção.Quando um fato é roubado acontecera duas coisas, primeiro, posto que roubou, será posto na prisão. Segundo, a coisa roubada lhe será arrebatada para ser devolvida ao dono. A essas sanções se dá o nome de sanção penal e sanção penal. De pena e de restituição. 
O ordenamento jurídico possuía a sua evolução no sentido do emprego dado a pena para os fina de reprimir uma variedade cada vez maior das condutas antissociais. Na origem, o delito devia ser um ato imoral, que pela sua própria gravidade do dano que segue para a ordem social, castiga-se com a pena, em outros termos, o centro do delito estaria na própria moral. 
O caráter positivo do delito consiste, na punibilidade de um fato do homem, com tudoa função repressiva explica que pela necessidade de retribuir o mal com o mal, a própria função repressiva se resolve na função retributiva e se define a pena como um mal que se sofre pela dor. 
Ao olhar bem , nosso sistema penal aindaestá dominado pelo princípio da retribuição, do que não é mais que um resíduo de uma vingança. A pena é um objeto derivado de uma concepção física e não de uma concepção espiritual. Sob este aspecto, a ciência continua sendo mais prática do que o próprio direito penal, o qualainda está muito atrasado. 
A propriedade.
Para o autor, o castigo do furto implica o reconhecimento da propriedade, com essa preposição, pode-se percebe a relação presente entre o direito penal e o direito civil, os quais são anverso e reversos de uma mesma moeda.
A propriedade tem seu nascimento na aérea da economia, mais do que no direito. Porém quando alguém se apodera de uma propriedade a qual não é sua é castigado, quando se proíbe o furto não é apenas o próprio proprietário que defende o seu domínio, isto é, de fato é sua casa, à porta dela estão os policiais, com isso, a propriedade de instituto puramente econômico torna-se um instituto jurídico e até se converte em um direito. 
O direito é descrito com um conjunto dos códigos e das leis, a propriedade é uma expressão utilizada pelos romanos que de todos os modos provém do nosso pensamento jurídico, o direito se resolve em um sistema de mandato. O furto não constitui em levar a coisa do outro, mas em leva-la contra a vontade de seu proprietário. Se atribui alguma coisa ao proprietário vigente isto de certa forma atribuio poder de permitir ou de proibir que outra meta a mão, logo isso faz com que tudo se torne um poder de mandato. O direito objetivo é o conjunto dos mandatos jurídicos e em particular o conjunto das leis, já o subjetivo é aquele que o poder de mandar em tutela dos próprios interesses, reconhecido ao indivíduo e em particular o proprietário.
Um fato bem empregado nesse capítulo, foi que não há como reconhecer o furto sem reconhecer a propriedade, e não se pode reconhecer a propriedade sem proibir o furto. Com isso, não poderia existir o direito civil se o direito penal, a distinção entre ambos é, portanto, um ato lógico e não histórico, pois, nasceu junto. Assim as lições precedentes acrescenta-se a sanção civil. A propriedade é um dos primeiros direitos subjetivos. O direito subjetivo nasce como propriedade, à medida que progride o próprio ordenamento jurídico, mais direitos subjetivos vão surgindo.
O Contrato.
O terceiro dos institutos econômicos imposto pelo autor é o contrato. Como domínio está vinculado com a guerra, o domínio faz acender o contrato e faz extinguir. Ele implica uma projeção visada no futuro, com a finalidade de fixar o porvir de certas oposições, logo, implica uma promessa recíproca, e a promessa é uma declaração que se refere ao futuro, fundamentada na última análise, na moralidade da outra parte, para reforça essa confiança deveres ser dirigido certas formas solenes, que dês do direito antigo acompanham o contrato. 
Para o autor, a economia é inimiga da moralidade, a relação que ocorre entre as forças com o transcurso do tempo desloca-se quando um dos contratantes sente ou acredita que as próprias forças cresceram em relação ao que era no momento da conclusão do contrato, naturalmente se vê determinado ao violá-lo. O contrato por natural se vê com a determinação de se violar, logo com o contrato no terreno econômico, vale mais interromper do que eliminar a guerra, é mais um instrumento de trégua do que um instrumento de paz. 
A lei italiana diz que o contrato é um acordo entre as partes para constituir um vínculo de direito. O contrato mesmo quando seja unilateral ou gratuito, sempre supões o consentimento das partes, a mesma doação não produz vinculo algum se o donatário não disser sim. 
A Lei.
Para o autor, o mandato deve ocorrer no momento em que dois homens em vez de entrarem em um acordo, de respeitarem o domínio alheio de observarem o contrato, estão a ponto de fazer a guerra, então, é necessário que sentem e que lhe seja prescrevido uma conduta e se necessário ameaçar com uma sanção. 
O mandato deve ser configurado antes que surja o perigo da guerra, não pode ser um mandato específico e concreto e não pode ocorrer de forma hipotética ou geral. Em primeira impressão passada é que a lei deve ser expressa ou explícita, no sentindo de que deve ser formulada pelo chefe maior, com preposições verbais oportunas.
Porém, as próprias leis podem ser tácitas, aquelas que vem do costume, logo com o progresso do ordenamento jurídico as leis faladas e até mesmo escritas prevalecem cada vez mais sobre o costume, mas como sempre, possui exceções, o ordenamento de países anglo-saxões. Com tudo, Canelutti chega a uma conclusão que igual o pensamento de muitos, o ordenamento jurídico cujo o maior dever seria ser simples vira um complicadíssimo labirinto. 
O Juízo.
Para o autor, as leis são um produto jurídico semielaborado, e os processos se dividem em duas fazes que se chama cognição e execução. O processo de consignação serve para o conhecimento, em matéria penal, se alguém cometeu ou não um delito e, portanto, deve ou não ser culpado, matéria civil, qual dos dois litigantes tem razão e quem não possui. Já com o processo de execução, tende-se pôr em prática a lei, modificar as causas de modo que a lei quer, mas isso, diferente do processo de cognição.
Com outras palavras, o processo de cognição encerra-se com a sentença a qual não é mais do que um conjunto de palavras, porém, o processo de execução, matem encerrado no cárcere o condenado, tira do imóvel o ocupante abusivo, toma os bens do devedor e os converte em dinheiro para entregá-lo ao credor. 
Durante muito tempo, o juiz foi desvalorizado em comparação a lei, e ainda aparecia como uma figura de segundo plano em comparação ao legislador, porém a verdade é que sem o juízo a lei nem poderia surgi, nem poderia servir para os fins de direito. O juiz é anterior à lei, a formação primitiva das leis é o costume, e este supões uma sucessão de juízos, logo, sem o juízo a lei seria um mandato sem cumprimento e, frequentemente, inativo. 
O juiz atua com a sentença, integrando a lei no sentido de que transforma o mandato abstrato e geral da lei em um mandato concreto e particular. Não é apenas necessário o processo geral, a fim de que se forma o ordenamento jurídico, mas que essa necessidade seja referente somente ao processo de consignação, mas também a execução forçada. Assim, a realidade do direito corresponde ao seu conceito no qual, contém desde logo a balança, mas também a espada.
O Estado.
O direito surge como uma forma de ordena a sociedade. Uma sociedade estável é aquela que está juridicamente ordenada, igual a um Estado, pois não há direito sem estado, e não há estado sem direito. 
O direito não nasce do estado, a comparação de ambos nos leva a compreender que não mais do Estado deriva o direito, e sem o estado de direito. O estado, isto é, a estabilidade da sociedade é um produto, o produto do direito.
O estado está em constante movimento, elemento o qual a ciência do direito reconhece a existência e até a necessidade, mas sempre chega a esclarecer a posição e a relação como povo. O estado é a unidade superior, mas as unidades inferiores não perdem a sua essência. O Estado não se compreende se não tornar consciência de sua complexidade e até da sua complicação. O Estado é igual a uma grande família.
A Comunidade Internacional.
Para Carnelutti, a fase atua do Estado se defini como uma grande família do estado nacional. Ele veio se assentando sobre a nação no sentindo de uma coincidência dos limites de um e de outro. E com isso vem o princípio de nacionalidade, o qual, cada nação deveria possuir o seu próprio estado, e o direito internacional corresponderia assim ao estado internacional. 
O Direito internacional trata de moldurar a guerra, ele não à proíbe, contudo não existe uma norma deste direito de acordo com a qual o ato de fazer uma guerra esteja qualificado assim o delito. O direito internacional que está sendo moldado, não está finalizado, é um recém-nascido. Um fato imposto é que o direito e o estado Super Nacional ainda não nasceram porque por um lado, as guerras entre o estado nacionais não vieram ainda ser consideras um delito, e os tratados concluídos por eles ainda não adquiriram a verdadeira e própria eficácia do contrato.
O fato imposto pelo o autor é que, quando sabemos escutar e obedecer à voz que lhe vem de cima, do próprio sentido de escutar, e mandar tal como a ele lhe manda fazer do alto, ter-se-ão os últimos limites do Estado e do Direito. 
Jurisprudência. 
Em seu último capitulo Carnelutti mostra que o direito é o meio, justiça é o fim, e que o produto fornecido pelas oficinas do direito é bom ou mal de acordo com o que sirva ou não sirva à justiça, e com isso a justiça é a condição da paz. 
O direito será justo quando obedecer à vontade de Deus. A ciência não é suficiente para garantir adequação do direito ao seu fim, conseguir a justiça. A rigidez da lei não se adapta, como deveria, às formas imprevisíveis do caso concreto. Para fazer com que o direito consiga justiça, e assim não se esgotem as jurisprudências, entendidas esta como a atividade necessária e suficiente, não somente para fazer quanto para fazer o bem, o direito, ou seja, nem tanto para fazer o direito, e está é a maior dificuldade de fazê-lo. Acima das leis está Deus.
O direito é um instrumento de justiça, nem a técnica nem a ciência bastam para manja-lo.
Conclusão.
O livro é divido em três fontes, a guerra,o delito e o contrato. E é demonstrado que, quanto mais o individuo possui, mais ele quer ter, um ato de egoísmo, um ato que faz a guerra surgi. A guerra pela propriedade e a economia interferem no direito através do contrato, mas que nada vale se não for seguido, e é para isso que está previsto sanções, uma forma de reprimir os que usam a própria força de querer para atingir os seus objetivos.

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