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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO D. ECONOMICO

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REVISÃO D. ECONÔMICO- V2
Qual a finalidade da lei 12.529/2011?
Estruturar o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC e dispor sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico. Parágrafo único. A coletividade é a titular dos bens jurídicos protegidos por esta Lei.
2. Como se estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência?
O SBDC é formado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça, e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, com as atribuições previstas nesta lei.
3. Quais os princípios que sustentam e orientam a lei 12.529/2011? Comente sobre cada um deles.
Liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico, além da dignidade da pessoa humana.
4. Qual o papel do CADE?
É a de agente modernizador e defensor da concorrência dentro de um Estado regulador moderno, pró-mercado, de modo a influenciar, no dia-a-dia do cidadão, a partir do estímulo da concorrência no setor de serviços e produtos oferecidos à sociedade. O órgão atua de três formas: preventiva, repressiva e educativa.
5. Discorra sobre os órgãos que compõem o CADE. Diferencie o papel do Tribunal Administrativo de Defesa Econômica em relação às atribuições da Superintendência Geral.
Tribunal Administrativo de Defesa Econômica- O Tribunal administrativo da defesa econômica equivale ao que a lei 8884/94 denomina de Plenário do CADE, uma vez que é o órgão judicante (administrativo), composto por um presidente e seis conselheiros, nos termos do art. 6º, da nova lei. Os membros do Tribunal serão cidadãos com mais de 30 (trinta) anos de idade, de notório saber jurídico ou econômico e reputação ilibada. São também indicados pelo Presidente da República que após sabatinados e aprovados pelo Senado Federal são nomeados ao cargo.
Superintendência- Geral- A Superintendência-Geral é um órgão novo criado a estrutura do CADE: composto por 1 (um) Superintendente-Geral e 2 Superintendentes-Adjuntos.
6. Diferencie o papel da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda em relação ao Departamento de Estudos Econômicos do Cade.
Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda- é o órgão do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), responsável por emitir pareceres econômicos em atos de concentração, investigar condutas para oferecer representação à SDE, bem como elaborar facultativamente pareceres em investigações sobre condutas anticoncorrenciais.
Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do Cade- tem a função principal de elaborar de estudos e pareceres econômicos, de ofício ou por solicitação do Plenário, do Presidente, do Conselheiro-Relator ou do Superintendente-Geral (art. 17). É vinculado administrativa e financeiramente ao Tribunal Administrativo (art. 21, § 2º). Esse Departamento é chefiado por um Economista-Chefe, nomeado em conjunto pelo Presidente do Tribunal Administrativo e pelo Superintendente-Geral, devendo ser brasileiro (nato ou naturalizado) com reputação ilibada e notório conhecimento econômico (art. 18).
7. O que é vedado ao Presidente, aos Conselheiros e aos Superintendentes, que integram os órgãos do Cade?
Receber, a qualquer título, e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas; exercer profissão liberal; participar, na forma de controlador, diretor, administrador, gerente, preposto ou mandatário, de sociedade civil, comercial ou empresas de qualquer espécie; emitir parecer sobre matéria de sua especialização, ainda que em tese, ou funcionar como consultor de qualquer tipo de empresa; manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos, em obras técnicas ou no exercício do magistério; e exercer atividade político-partidária. É vedado ao presidente e aos conselheiros, por um período de 120 (cento e vinte) dias, contado da data em que deixar o cargo, representar qualquer pessoa, física ou jurídica, ou interesse perante o sbdc, ressalvada a defesa de direito próprio.  Durante o período mencionado no § 1o deste artigo, o presidente e os conselheiros receberão a mesma remuneração do cargo que ocupavam.  É vedado, a qualquer tempo, ao presidente e aos conselheiros utilizar informações privilegiadas obtidas em decorrência do cargo exercido. 
8. Quais as atribuições da Superintendência Geral?
Zelar pelo cumprimento desta Lei, monitorando e acompanhando as práticas de mercado; acompanhar, permanentemente, as atividades e práticas comerciais de pessoas físicas ou jurídicas que detiverem posição dominante em mercado relevante de bens ou serviços, para prevenir infrações da ordem econômica, podendo, para tanto, requisitar as informações e documentos necessários, mantendo o sigilo legal, quando for o caso; promover, em face de indícios de infração da ordem econômica, procedimento preparatório de inquérito administrativo e inquérito administrativo para apuração de infrações à ordem econômica; decidir pela insubsistência dos indícios, arquivando os autos do inquérito administrativo ou de seu procedimento preparatório; instaurar e instruir processo administrativo para imposição de sanções administrativas por infrações à ordem econômica, procedimento para apuração de ato de concentração, processo administrativo para análise de ato de concentração econômica e processo administrativo para imposição de sanções processuais incidentais instaurados para prevenção, apuração ou repressão de infrações à ordem econômica; no interesse da instrução dos tipos processuais referidos nesta Lei: a) requisitar informações e documentos de quaisquer pessoas, físicas ou jurídicas, órgãos, autoridades e entidades, públicas ou privadas, mantendo o sigilo legal, quando for o caso, bem como determinar as diligências que se fizerem necessárias ao exercício de suas funções; b) requisitar esclarecimentos orais de quaisquer pessoas, físicas ou jurídicas, órgãos, autoridades e entidades, públicas ou privadas, na forma desta Lei; c) realizar inspeção na sede social, estabelecimento, escritório, filial ou sucursal de empresa investigada, de estoques, objetos, papéis de qualquer natureza, assim como livros comerciais, computadores e arquivos eletrônicos, podendo se extrair ou requisitar cópias de quaisquer documentos ou dados eletrônicos, desde que a inspecionada seja notificada com pelo menos 24 horas de antecedência e a inspeção seja iniciada entre as 6 e as 18 horas; d) requerer ao Poder Judiciário, por meio da Procuradoria Federal junto ao Cade, mandado de busca e apreensão de objetos, papéis de qualquer natureza, assim como de livros comerciais, computadores e arquivos magnéticos de empresa ou pessoa física, no interesse de inquérito administrativo ou de processo administrativo para imposição de sanções administrativas por infrações à ordem econômica, etc.
9. Diferencie o papel da Procuradoria Federal em relação ao do Ministério Público Federal referente ao CADE.
Procuradoria Federal- Junto ao CADE funcionará uma Procuradoria Federal Especializada, com as funções, notadamente, de prestar-lhe assessoria e representa-lo em juízo, promover a execução judicial de suas decisões e julgados e requerer, com autorização do Plenário, medidas judiciais visando à cessação de infrações da ordem econômica (art. 10). Seu Procurador-Chefe será nomeado, pelo Presidente, sob aprovação do Senado, dentre brasileiros com mais de trinta anos de idade, de ilibada reputação e notório conhecimento jurídico, com mandato de dois anos, podendo ser reconduzido uma única vez (art. 16).
Ministério Público- A intervenção do Ministério PúblicoFederal junto ao CADE deriva da natureza transindividual que o mercado interno possui, quanto bem de titularidade da coletividade. A oitiva do Ministério Público Federal junto ao CADE revela-se pertinente no caso de análise de condutas anticompetitivas, uma vez que muitas infrações da ordem econômica, ilícito de natureza administrativa, podem caracterizar crime contra a ordem econômica, ilícito de natureza penal, além, eventualmente, de violar direitos consumeristas.
10. Quais as pessoas que são abrangidas pela lei 12.529/2011? Quais serão os sujeitos passivos e ativos numa provável ação judicial que combata as infrações da ordem econômica.  
A referida Lei 12529/2011 é uma lei federal e, como não poderia deixar de ser, tem aplicação em todo o território nacional. O sujeito ativo das infrações previstas na lei em comento pode ser tanto pessoa física como pessoa jurídica, de direito público ou privado. Também assim qualquer associação de entidades ou de pessoas, de fato ou de direito, com ou sem personalidade jurídica. O sujeito passivo dos crimes contra a ordem tributária, econômica e relações de consumo é o Estado, representando toda a coletividade nacional.
11. Quais as circunstâncias para a aplicação da teoria da desconsideração da pessoa jurídica em relação às infrações da ordem econômica?
A lei prevê a possibilidade da desconsideração da personalidade jurídica do infrator, em casos de abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social, bem como, de falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. Não é demais lembrar que a infração à ordem econômica é uma das hipóteses em que o direito pátrio admite a responsabilização penal da pessoa jurídica, nos termos do art. 173, § 5º, da Constituição Federal (a outra é a que diz respeito às infrações penais ambientais). Por isso mesmo que a lei em comento já traz a especificação da pena a ser cominada quando a infração é cometida por uma empresa (art. 37, I).
12. Quais os elementos legais que caracterizam à infração da ordem econômica?
O artigo 36 da Lei 12.529/11 elenca tais condutas que podem caracterizar infração à ordem econômica, na medida em que tenham por objeto ou possam produzir efeitos anticoncorrenciais. Entre as condutas exemplificativas do artigo 36, podemos citar, dentre outras: Cartel; Cartel internacional; Cartel em licitações; Influência de conduta uniforme; Preços predatórios; Fixação de preços de revenda; Restrições territoriais e de base de clientes; Acordos de exclusividade; Venda casada; Abuso de posição dominante; Recusa de contratar; Sham Litigation; e Criar dificuldades ao concorrente.
13.  Diferencie a concorrência desleal da infração da ordem econômica? Dê exemplos.
Concorrência Desleal- A concorrência desleal consiste, assim, no uso de meios ou métodos desonestos e antiéticos para interesses escusos. Ao afrontar a livre concorrência ou a livre iniciativa, o agente econômico camufla as suas reais intenções, causando efetivos prejuízos ao mercado, por atingir as estruturas da ordem econômica.
Infração da Ordem Econômica- A caracterização da infração à ordem econômica, portanto, vincula-se aos efeitos dos atos praticados no mercado. Caso um ato venha a gerar o aumento da eficiência do mercado em questão, então esse ato será juridicamente correto; contudo, caso o ato seja maléfico ao mercado, tal será caracterizado como infração à ordem econômica.
14. Faça um paralelo entre os conceitos de infração da ordem econômica e abuso do poder econômico. Fundamente com argumentos doutrinários. Dê exemplos de infração da ordem econômica.
Abuso de poder é o ato ou efeito de impor a vontade de um sobre a de outro, tendo por base o exercício do poder, sem considerar as leis vigentes. No caso do agente público, ele atua contrariamente ao interesse público, desviando-se da finalidade pública. O abuso caracteriza-se pelo uso ilegal ou coercivo deste poder para atingir um determinado fim. A caracterização da infração à ordem econômica, portanto, vincula-se aos efeitos dos atos praticados no mercado. Caso um ato venha a gerar o aumento da eficiência do mercado em questão, então esse ato será juridicamente correto; contudo, caso o ato seja maléfico ao mercado, tal será caracterizado como infração à ordem econômica. Exemplos de abuso: Falta de respeito ao consumidor e ao meio ambiente, falta de respeito à livre concorrência, etc.
15. O que significa mercado relevante?
O Mercado relevante relevante é constituído de um grupo de produtos em uma área geográfica e define o mercado no qual um ou mais bens competem. Portanto, o Mercado relevante define se dois ou mais produtos podem ser considerados bens substitutos e se constituem, ou não, um mercado específico e separado em relação à análise da concorrência. O mercado relevante contém todos os produtos substitutos e regiões que exerçam uma forte pressão concorrencial sobre os produtos e as regiões de interesse. 
16. Quais os requisitos para o enquadramento na posição dominante?
Um abuso de posição dominante é uma prática restritiva da concorrência que decorre da utilização ilícita por parte de uma empresa (ou de um conjunto de empresas, no caso de se tratar de posição dominante coletiva) do poder de que dispõe(m) num determinado mercado. Um abuso de posição dominante é a utilização indevida por uma empresa do seu poder de mercado, resultando na exploração dos outros agentes económicos ou na exclusão de concorrentes do mercado. Para verificar se existe um abuso de posição dominante é necessário, em primeiro lugar, determinar se a empresa em causa detém uma posição dominante no mercado.
17. O que significa um cartel?
Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.
18. Conceitue o dumping.
Dumping é uma prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país exportador), por um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos nacionais, quando comprovado. Esta técnica é utilizada como forma de ganhar quotas de mercado. 
19. Conceitue o truste.
Truste é a fusão de várias empresas de modo a formar um monopólio com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços. Pode-se definir truste também como uma organização empresarial de grande poder de pressão no mercado.
20. Elenque as penalidades previstas pela 12.529/2011 aos condenados por infração contra a ordem económica?
De acordo com o artigo 36 da Lei 12.529/11, uma conduta é considerada infração à ordem econômica quando sua adoção tem por objeto ou possa acarretar os seguintes efeitos, ainda que só potencialmente: limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência; aumentar arbitrariamente os lucros do agente econômico; dominar mercado relevante de bens ou serviços; ou quando tal conduta significar que o agente econômico está exercendo seu poder de mercado de forma abusiva. No caso de empresa, multa de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do valor do faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado obtido, noúltimo exercício anterior à instauração do processo administrativo, no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação;  No caso das demais pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como quaisquer associações de entidades ou pessoas constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem personalidade jurídica, que não exerçam atividade empresarial, não sendo possível utilizar-se o critério do valor do faturamento bruto, a multa será entre R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais); No caso de administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida, quando comprovada a sua culpa ou dolo, multa de 1% (um por cento) a 20% (vinte por cento) daquela aplicada à empresa, no caso previsto no inciso I do caput deste artigo, ou às pessoas jurídicas ou entidades, nos casos previstos no inciso II do caput deste artigo.  
21- Enumere os procedimentos administrativos junto a CADE.
Os procedimentos a serem seguidos no âmbito de apurações referentes a atos de concentração. Esses procedimentos de apuração se referem aos atos de concentração notificados e consumados antes de apreciados pelo Cade, atos de concentração não notificados e consumados antes de apreciados pelo Cade e atos de concentração não notificados, mas cuja submissão pode ser requerida pelo Cade. 
22. Discorra sobre o prazo prescricional da lei 12.529/2011.
Prescrevem em 5 (cinco) anos as ações punitivas da administração pública federal, direta e indireta, objetivando apurar infrações da ordem econômica, contados da data da prática do ilícito ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessada a prática do ilícito. 
23. Quais as etapas do procedimento administrativo junto a CADE?
Há duas fases: na primeira em que se tem a instauração do processo administrativo visando a responsabilização por infração à ordem econômica deve se dar por despacho fundamentado pelo Secretário da SDE, determinando os fatos a serem apurados. Ocorre que durante a primeira fase pode o Secretário da SDE, de ofício ou mediante provocação do Procurador Geral do CADE, determinar medida preventiva (que será descrita oportunamente no trabalho), dessa decisão cabendo recurso em cinco dias perante o plenário do CADE. Uma segunda fase se inicia após a decisão do Secretário da SDE que será encaminhada ao CADE, que através de seu presidente com prévia vista da procuradoria num prazo de vinte dias com o devido parecer analisado sobre os fatos. Intervém no processo por força do artigo 12, parágrafo único da lei concorrencial, o Ministério Público Federal, atuando aqui apenas como fiscal da lei. Após o parecer, o Conselheiro-relator conduzirá os procedimentos como: requeres novas informações, provas e outras diligências. Para o julgamento deve haver necessariamente o quorum mínimo de cinco membros, a decisão deverá ser tomada por maioria absoluta dos Conselheiros que deverão indicar os fatos que constituem a infração e as providências que os responsáveis deverão cumprir, determinado ainda o prazo para o cumprimento, multa se houver, multa diária se a medida não for cumprida. A decisão deverá ser publicada no prazo de cindo dias no Diário Oficial da União, e as medidas a serem seguidas deverão ser fiscalizadas pela SDE. Em se tratando de infrações, faz necessário se fazer cumprir as normas concorrenciais, assim ordenou o legislador que as mesmas fossem passíveis de sanção independentemente de culpa e ainda que não tenha alcançado os efeitos esperados. A interferência do CADE ao qual compete o papel de aprovar, desaprovar ou estabelecer condições para as formas de concentração e cooperação entre empresas. Nesse sentido seus atos visam coibir o abuso do poder econômico, sem que no entanto, deixe de lado o princípio constitucional da livre iniciativa. Assim, sua interferência só deve se dar em casos onde seja absolutamente necessário para a preservação dos direito dos concorrentes e, indiretamente dos consumidores. Podendo o CADE determinar multas pecuniárias ou obrigações de fazer ou não fazer, ainda determinar a alienação total ou parcial dos ativos envolvidos e alterar os contratos.
24. Qual Recurso contra Decisão de Aprovação do Ato pela Superintendência-Geral?  
Art. 65. No prazo de 15 (quinze) dias contado a partir da publicação da decisão da Superintendência-Geral que aprovar o ato de concentração, na forma do inciso I do caput do art. 54 e do inciso I do caput do art. 57 desta Lei: I - caberá recurso da decisão ao Tribunal, que poderá ser interposto por terceiros interessados ou, em se tratando de mercado regulado, pela respectiva agência reguladora; II - o Tribunal poderá, mediante provocação de um de seus Conselheiros e em decisão fundamentada, avocar o processo para julgamento ficando prevento o Conselheiro que encaminhou a provocação.”
25. Descreva o procedimento do inquérito administrativo para apuração de infrações à ordem econômica e do procedimento preparatório. 
A Superintendência-Geral poderá instaurar procedimento preparatório de inquérito administrativo para apuração de infrações à ordem econômica, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, para apurar se a conduta sob análise trata de matéria de competência do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, nos termos da nova Lei de Defesa da Concorrência. Superintendência-Geral poderá solicitar o concurso da autoridade policial ou do Ministério Público nas investigações. O inquérito administrativo deverá ser encerrado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de sua instauração, prorrogáveis por até 60 (sessenta) dias, por meio de despacho fundamentado e quando o fato for de difícil elucidação e o justificarem as circunstâncias do caso concreto. E em até 10 (dez) dias úteis a partir da data de encerramento do inquérito administrativo, a Superintendência-Geral decidirá pela instauração do processo administrativo ou pelo seu arquivamento. Ao final do inquérito administrativo, ou mesmo nas hipóteses vistas acima de sua desnecessidade, constada a prática de infração à ordem econômica, será instaurado processo administrativo para imposição de sanções administrativas aos responsáveis pela conduta ilícita.
26.  Descreva o procedimento administrativo para imposição das sanções junto ao Cade.
O processo administrativo, procedimento em contraditório, visa a garantir ao acusado a ampla defesa a respeito das conclusões do inquérito administrativo, cuja nota técnica final, aprovada nos termos das normas do Cade, constituirá peça inaugural. Na decisão que instaurar o processo administrativo, será determinada a notificação do representado para, no prazo de 30 (trinta) dias, apresentar defesa e especificar as provas que pretende sejam produzidas, declinando a qualificação completa de até 3 (três) testemunhas. A notificação inicial conterá o inteiro teor da decisão de instauração do processo administrativo e da representação, se for o caso. A notificação inicial do representado será feita pelo correio, com aviso de recebimento em nome próprio, ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado ou, não tendo êxito a notificação postal, por edital publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação no Estado em que resida ou tenha sede, contando-se os prazos da juntada do aviso de recebimento, ou da publicação, conforme o caso. A intimação dos demais atos processuais será feita mediante publicação no Diário Oficial da União, da qual deverá constar o nome do representado e de seu procurador, se houver.  O representado poderá acompanhar o processo administrativo por seu titular e seus diretores ou gerentes, ou por seu procurador, assegurando-se-lhes amplo acesso aos autos no Tribunal. O prazo de 30 (trinta) dias mencionado no caput deste artigo poderá ser dilatado por até 10 (dez) dias, improrrogáveis, mediante requisição do representado. Considerar-se-á revel o representadoque, notificado, não apresentar defesa no prazo legal, incorrendo em confissão quanto à matéria de fato, contra ele correndo os demais prazos, independentemente de notificação.  Qualquer que seja a fase do processo, nele poderá intervir o revel, sem direito à repetição de qualquer ato já praticado. O Cade disporá de forma complementar sobre o inquérito e o processo administrativo.
27. Diferencie o compromisso de cessação do programa de leniência conforme a lei 12.529/2011.
Compromisso de cessação- O compromisso de cessação é um instrumento de composição de conflitos de natureza concorrencial que a lei permite que seja adotado pela Secretária de Direito Econômico (SDE) e pelo Cadê, para restaurar a livre concorrência no mercado. Sua celebração não importa confissão, e a decisão final acerca de sua celebração é do CADE, que suspenderá o processo administrativo enquanto estiver sendo cumprido o compromisso.
Programa de leniência- Acordo de Leniência é o acordo celebrado entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) - que atua em nome da União - e pessoas físicas ou jurídicas autoras de infração contra a ordem econômica, que permite ao infrator colaborar nas investigações, no próprio processo administrativo e apresentar provas inéditas e suficientes para a condenação dos demais envolvidos na suposta infração. Em contrapartida, o agente tem os seguintes benefícios: extinção da ação punitiva da administração pública, ou redução da penalidade imposta pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
28. É possível aplicação de medidas preventivas nos procedimentos administrativos junto ao Cade?
Sim. As medidas preventivas podem ser adotadas a qualquer momento no processo administrativo, ou mesmo sem que este esteja em andamento, bastando somente ser observados as possibilidades reais de prejuízo à livre concorrência, ou seja, por quaisquer das práticas anticompetitivas pretendidas. É de se reforçar que as medias preventivas a serem tomadas deverão, estar de acordo com artigo 53, ou seja, estipulando as obrigações a serem cumpridas, multas aplicáveis nas hipóteses de descumprimento das mesmas.
29. Quais os requisitos para análise junto ao CADE dos atos de concentração econômica?
De acordo com o artigo 90 da Lei 12.529/2011, os atos de concentração são as fusões de duas ou mais empresas anteriormente independentes; as aquisições de controle ou de partes de uma ou mais empresas por outras; as incorporações de uma ou mais empresas por outras; ou, ainda, a celebração de contrato associativo, consórcio ou joint venture entre duas ou mais empresas. Apenas não são considerados atos de concentração, para os efeitos legais, os consórcios ou associações destinadas às licitações promovidas pela administração pública direta e indireta e aos contratos delas decorrentes. Não, apenas aqueles que se enquadram nos critérios legais de notificação obrigatória. Segundo o artigo 88 da Lei 12.529/2011, com valores atualizados pela Portaria Interministerial 994, de 30 de maio de 2012, devem ser notificados ao Cade os atos de concentração, em qualquer setor da economia, em que pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 750 milhões, e pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 75 milhões.O controle dos atos de concentração econômica que devam ser obrigatoriamente submetidos à aprovação do Cade será prévio, o que significa que tais atos não poderão ser consumados antes de apreciados pelo Conselho. Ou seja, até a decisão final sobre o ato de concentração, deverão ser preservadas as condições de concorrência entre as empresas envolvidas.
30. Qual a natureza jurídica das decisões junto ao CADE? 
O CADE tem o dever de buscar a solução ótima desejada pelo legislador, mesmo quando o caso depender da aplicação de conceitos indeterminados. Estes perdem a indeterminação quando aplicados a situações concretas, conduzindo a uma única solução válida perante o direito, pois embora a norma em abstrato possa conferir alguma liberdade de atuação, os casos concretos costumam reduzir essa liberdade a grau zero.

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