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Aula 1 Alguns apontamentos iniciais

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Aula 1: Avaliação – Alguns Apontamentos Iniciais
Nesta primeira aula, desenvolveremos uma reflexão sobre a avaliação em nosso cotidiano, pois acreditamos que constantemente estamos diante de situações concretas que nos fazem avaliar um comportamento, uma ideia, uma obra de arte, uma comida, uma música, um transporte  etc. Em outras palavras, podemos perceber que a avaliação é constante, diária, mas nem sempre reflexiva, ou seja, não refletimos sobre o conteúdo e a forma da avaliação, bem como, quando e para que se avalia.  
Quais são os critérios que constituem uma avaliação?
Os critérios determinam os resultados da avaliação?
Qual a finalidade da avaliação?
Contudo, se pensarmos no processo de ensino e aprendizagem, podemos colocar outras questões que nos permitirão identificar de imediato que a avaliação se torna mais complexa, pois as práticas avaliativas vão decorrer da construção de uma visão específica sobre o pensar e o fazer humano, ou seja, de toda uma fundamentação baseada nos princípios do conhecimento científico e tecnológico desenvolvidos a partir do século XVII.
O desenvolvimento e a aplicação de tal conhecimento permitiram que a sociedade moderna e capitalista instituísse a cultura urbano-industrial, calcada numa lógica de organização da produção e do consumo em massa, bem como dos processos de massificação de organização e de controle racional da vida social.
De acordo com este projeto de sociedade, o Estado Moderno tem o papel de elaborar e implantar políticas que atendam aos interesses e necessidades decorrentes dos conflitos entre-classes e intra-classes. Dentre elas, podemos elencar as seguintes políticas: política de desenvolvimento, política de ciência e tecnologia, política educacional, política de financiamento, política de avaliação  etc.
Sendo assim, tendo por base o atual modelo de sociedade regido pela racionalidade científica e tecnológica, podemos colocar as seguintes questões sobre a problemática da avaliação no processo de ensino e aprendizagem:
Acreditamos que ao longo de nossas aulas nesta disciplina, teremos condições de responder a essas e a outras questões a respeito da avaliação e, mais especificamente, questões acerca dos modelos e das práticas avaliativas no processo de ensino e aprendizagem. Desejamos a todos um ótimo curso!
A tese que sustenta neste momento a nossa aula é a seguinte: somos avaliados na vida familiar, profissional, acadêmica etc., como também, avaliamos constantemente pessoas, objetos, lugares, pensamentos, ideias, propagandas etc. Portanto, somos sujeito e objeto da avaliação, ou seja, somos avaliadores e avaliados em nosso cotidiano e, na maioria das vezes, não nos percebemos como tais.
Sendo assim, estaremos apresentando situações concretas do cotidiano e que nos permitem identificar algumas práticas avaliativas em nossa sociedade.
Avance a tela e leia atentamente cada um dos casos e procure refletir sobre os critérios de avaliação utilizados.
Qual foi o critério que determinou a escolha de cada um?
- No caso de Júlia, o critério foi estético (a casa amarela é mais bonita...).
- No caso de Marcelo, o critério foi o do lazer (andar de bicicleta e jogar bola).
- No caso de Catarina, o critério foi econômico (teremos menos despesas).
Em vários momentos no curso de Pedagogia, procuramos enfatizar que o homem é um ser de necessidade, ou seja, necessita produzir a sua própria existência, tendo em vista que a natureza não oferece gratuitamente as condições materiais que garantam a mesma.
Tomando por base o materialismo dialético de Karl Marx, podemos entender que: “A vida genérica, tanto do homem como do animal, consiste fisicamente, em primeiro lugar, em que o homem (como o animal) vive da natureza inorgânica, e quanto mais universal é o homem que o animal, tanto mais universal é o âmbito da natureza inorgânica em que vive. Assim, como as plantas, os animais, as pedras, o ar, a luz etc. constituem, teoricamente, uma parte da consciência humana, em parte como objetos da ciência natural, em parte como objetos da arte (sua natureza inorgânica espiritual, os meios de subsistência espiritual que ele prepara para o prazer e assimilação) assim também constituem praticamente uma parte da vida e da atividade humana. Fisicamente o homem vive só desses produtos naturais, que aparecem na forma de alimentação, calefação, vestuário, moradia etc. A universalidade do homem aparece na prática justamente na universalidade que faz da natureza todo seu corpo inorgânico, tanto por ser meio de subsistência imediata, como por ser a matéria, o objeto e o instrumento de sua atividade vital. A natureza é o corpo inorgânico do homem; a natureza enquanto ela mesma não é corpo humano. Que o homem vive da natureza, quer dizer que a natureza é seu corpo, com a qual tem que se manter em processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do homem está ligada com a natureza não tem outro sentido de que o que a natureza está ligada consigo mesma, pois o homem é parte da natureza (...). O animal é imediatamente uno com sua atividade vital. Não se distingue dela. É ela. O homem faz de sua própria atividade vital objeto de sua vontade e de sua consciência. Tem atividade vital consciente. Não é uma determinação com a qual o homem se funda imediatamente. A atividade vital consciente distingue imediatamente o homem da atividade vital do animal” (MARX, Karl. Manuscritos Econômicos e Filosóficos, p. 110-111).
Breve Histórico sobre a Avaliação
PRATICA DA AVALIAÇÃO NA PRÉ-HISTORIA- Os estudos no campo da História nos permitem identificar que na pré-história a prática da avaliação ocorria em algumas tribos onde os jovens só poderiam ser considerados adultos após passarem por algumas provas referentes aos usos e costumes daquela cultura.
SUJEITO ERA AVALIADO POR PESSOAS MAIS VELHAS- Isto nos permite afirmar que antes da existência da escola como instituição social de uma cultura, o sujeito era avaliado pelas pessoas mais velhas que detinham certa sabedoria, ou seja, conhecimentos acumulados decorrentes de suas experiências em coletividade.
O ADVENTO DA ESCRITA- Além disso, a avaliação se desenvolve de forma sistematizada a partir do advento da escrita e, esta, por sua vez, acaba por privilegiar a sua transmissão, bem como, a memorização. Desta forma, sente-se a necessidade de um mecanismo de verificação da aprendizagem. Portanto, era necessário avaliar para verificar se o que foi ensinado pelo mestre foi aprendido pelo aprendiz.
IDADE MÉDIA-Na Idade Média, principalmente com o surgimento das Universidades, era comum a prática de exercícios orais como forma de avaliação, pois uma das preocupações era a formação de professores. Desta forma, os estudantes dos cursos de bacharelado necessitavam obter a aprovação nos exames para que pudessem ensinar. Além disso, para que os mestres obtivessem o título de Doutor, era necessário que lessem publicamente o Livro das Sentenças, de Pedro Lobardo e, posteriormente, defendessem uma tese.
IDADE MODERNA- Na Idade Moderna, ocorreram mudanças significativas no modo de produção e de organização social que acabaram afetando o campo educacional e, consequentemente, as práticas avaliativas. Estamos nos referindo ao desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico e sua aplicação no mundo do trabalho e da produção. Neste contexto, a educação aparece como elemento central para a formação do cidadão do novo modelo de sociedade. Para tanto, o mesmo deve ter o domínio do conhecimento sistematizado, pois tal sociedade estará pautada nos princípios do Contrato Social entre o Estado e a Sociedade Civil.
SOCIEDADE MODERNA- A sociedade moderna foi construída sobre o paradigma racionalista, focado em princípios que impunham a necessidade do controle, da quantificação, da exatidão e da neutralidade diante da realidade. O sistema de ensino que se estabeleceu dentro deste paradigma estava baseado no princípio da linearidade, visava a padronização e a uniformidade, mostrando-se rígido e fechado.Na perspectiva do racionalismo, a avaliação da aprendizagem manteve-se, por muito tempo, mensuradora, focada em resultados finais, classificatória e seletiva. O cotidiano escolar brasileiro é marcado profundamente pelo que Luckesi (1997) chama de “pedagogia do exame”, que se apoia na promoção/reprovação dos alunos, dando mais importância ao desempenho final do que aos seus percursos de aprendizagem. Neste modelo, as provas e notas assumem o papel de instrumentos de poder na busca da disciplina e da obediência dos estudantes .
Você já parou para pensar como era o sistema de avaliação nos séculos XIX e XX? 
Para visualizar Quadro Sinótico da Avaliação nos séculos XIX e XX, clique no PDF em destaque e veja como se deu este processo!
Em síntese, podemos afirmar que a primeira geração parte dos resultados, a segunda dos objetivos, a terceira preocupa-se com o julgamento de valor que se vai atribuir e a quarta centra-se no processo de negociação entre aquele que ensina e aquele que aprende.

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