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CONTROLE SOCIAL
O controle social é todo o meio aplicável para possibilitar a convivência em sociedade.
Primário: Âmbito familiar. Primeiros passos dos indivíduos, indispensáveis para que o indivíduos possa se comunicar na sociedade. É influenciada pela cultura em que está inserido. Serve para a inserção do indivíduo na sociedade.
Secundário: Exercido por instituições sociais(escolas, igrejas, associações, clubes), que regram a convivência social.
Terciário: Deve ser a última instância utilizada. Exercido pelo Estado através do anúncio de normas jurídicas. O indivíduo deve modelar-se nos controles sociais primário e secundário.
Classificação
Quanto ao modo de exercício
Orientação: Funciona como mecanismo preventivo a um determinado distúrbio social, como por exemplo campanhas de conscientização
Fiscalização: Caráter ostensivo. Forma de restrição da liberdade para o benefício do bem coletivo.
Quanto aos destinatários
Difuso: Dirige-se à sociedade, sem um destinatário específico
Localizado: Direcionado a grupos específicos
Quanto aos agentes fiscalizadores
Estado: Através de seus órgãos
Sociedade em geral: Comportamento que se destoa do restante da sociedade, possuindo a tendência de ser rechaço ex: moda
Quanto ao âmbito de atuação
Direto: Exercido sobre os indivíduos
Indireto: Incide sobre as instituições ex: instituições de ensino fundamental e médio devem ter as matérias de sociologia e filosofia obrigatoriamente
Elementos que fazer o Direito um instrumento de controle social
Institucionalizado: Norma jurídica produzida pelo Estado (autoridade) ex: monismo jurídico
Criado e aplicado por agentes oficialmente autorizados, que possuem competência para tal
A norma jurídica é garantida por uma sanção (instrumento de controle de aplicação da eficácia do Direito), assegura estabilidade do Direito
Sanção Positiva (Premial): Estimula conforme a norma. Consequência jurídica prevista pela norma ex: redução de pena ao prestar informações sobre um caso
Sanção Negativa(Clássica)
 Preventivas: Caráter de impedir que cometam o ilícito. Ex: Blitz
Constritivas: Função de constranger o indivíduo ao cumprimento da obrigação ex: busca e apreensão
Reparatórias: Função de reestabelecer o status quo quebrado, reparar o sujeito que sofreu dano, prejuízo
Restritiva de liberdade: Caráter penal. Exceção da pensão alimentícia
Normas sem sanção: Normas organizatórias com função de estruturar/estabelecer funções
Obrigações naturais: Obrigações que não trazem conseqüências jurídicas ex: dívida de jogo (cassino)
Normas de direito internacional: Não possui sanção que seja aplicada por m órgão aplicador, pela ausência do mesmo
Princípios pertinentes à aplicação de sanção
Legalidade: Há uma obrigação que a sanção esteja prevista em lei, garante segurança jurídica
Proporcionalidade: Visa ponderar regras e valores entre si para estabelecer a preservação dos direitos fundamentais
Imparcialidade: Obrigação do juiz agir de maneira imparcial
Abordagem crítica do controle social
Ilegitimidade do poder punitivo: Mecanismo de higienização
Inexistência do bem ou mal (normalidade do crime): Crime faz parte da sociedade, não é patológico (forma de marcar valores sociais)
Inexistência de culpabilidade pessoal: O sujeito não é único e exclusivamente produto de si mesmo, deve ser levado em consideração a dimensão social
Inexistência de ressocialização ou impossibilidade de responsabilização: Falsa ideia de que a aplicação da pena teria a função de ressocialização. A prisão em si é o castigo. Sistema carcerário é precário e não atende a expectativa de reabilitação do indivíduo (instrumento de destruição do individuo em vez de recuperação).
Desigualdade na aplicação da pena.
O texto de Alessandro Barata apresenta o resultado de um estudo que ele fez em sistemas carcerários e onde ele identifica que há uma seletividade na aplicação da pena. Então é um texto que é resultado de um estudo empírico, de um diagnostico feito a partir do sistema carcerário, em que ele aponta o problema de haver por parte do sistema carcerário a seletividade da pena. Ele quer dizer que a massa carcerária brasileira tem um perfil específico, sendo eminentemente formada por jovens entre 24 e 40 anos, de baixa escolaridade, geralmente negros e de classes mais populares. Então ele percebe que não obstante a norma penal venha caracterizada por uma generalidade, portanto por um alcance a totalidade da sociedade, na sua execução o que se vê é a seleção natural dos indivíduos que estão efetivamente presos. Assim, isso é resultado desde a questão do acesso a justiça, já que geralmente os que estão presos são pessoas que não tem acesso à defesa técnica profissional e que por isso acabam tendo uma defesa deficiente e problemas em relação a execução da pena, até a própria questão do sistema penal é de fato constituído de uma maneira em que o grande números de crimes punidos são crimes contra o patrimônio, que geralmente são cometidos por pessoas que tem pouca condição financeira, o que tende a traçar esse perfil na massa carcerária. Ele não propõe soluções, apontam diagnósticos da análise crítica do sistema penal.                                                                                    
 O segundo texto é o de Carolina Cristoph Grillo “Entre o morro e a pista: um estudo comparado de dinâmicas do comércio ilegal de drogas”, ela se propôs a estudar a sistemática do trafico de drogas entre os bairros populares, morros do rio de janeiro e em bairros de classe média alta. Embora a pesquisa seja comparativa, apenas um dos lados foi objeto de pesquisa direta da pesquisadora (classe média alta) e o outro buscou de fontes, por conta do acesso. Ela vai trazer nesse texto uma serie de distinções entre o trafico do morro e o trafico da pista:                                                                                                           1- O trafico do morro é territorializado, ou seja, o traficante do morro não é só o que vende droga, mas tem que também marcar o seu domínio para vender a droga. Então ele não se resume apenas ao comércio da droga, ele tem que marcar o domínio de determinada área de venda de droga, e essa ideia de territorialidade tende para que o traficante avance para conseguir domínio em outros locais. (Cidade de Deus, mostra a guerra entre os traficantes pelo domínio do território). Ao contrário, o traficante da pista não tem marcação de território, o traficante de classe média alta não precisa dizer que ele manda, seria mais um tráfico pulverizado, não sendo dono de onde ele vive, e não se resume seu comercio a um local.                                                                                                                                                                                                       2- Se o tráfico do morro tem a questão do território, gera a violência para dominar o território. O trafico é uma representação de força concorrente com a do Estado. Enquanto na pista não é observado violência para realizar o tráfico e não é habitual a violência nessa venda, que é vista muito mais como uma camaradagem do que como um negócio.  Por isso, muitas vezes o traficante de classe média alta não se percebe como traficante.                                                                                                                                   3- O traficante do morro ele é socialmente visto como bandido, às vezes até tem um condição financeira do sujeito de classe média alta, mas como é estigmatizado como individuo do morro, ele socialmente não entra uma aceitação. Diferentemente do traficante da pista que não é visto como bandido.                                                                                – Ela conclui que o nosso erro é achar que isso separa um do outro, o que não separa, um só existe porque o outro existe. Enquanto houver gente para consumir o tráfico vai continuar, principalmente a classe média alta. O traficante do morro precisa do traficante da pista paraele ter a quem vender a droga, já quem mantem é quem tem dinheiro. E o traficante da pista precisa do traficando do morro para trazer as drogas para o Brasil. Outra conclusão é em relação à questão do traficante do morro se constituir em uma mercadoria política, já que o traficante do morro precisa demarcar território, assim faz com que ele tenha um domínio sobre uma população. Além disso, em relação ao processo de ressocialização. Para ela o traficante do morro não consegue se reinserir na sociedade, porque ele não vai entrar emprego, e porque ele próprio opta por um estilo de vida que lhe da acesso a certas coisas que um trabalhador de carteira assinada não teria acesso. Em contraposição, o traficante da pista encontra uma facilidade maior para se reinserir na sociedade, tanto porque a própria sociedade tem uma aceitação maior, como também porque ele tem as condições para se reabilitar fora da vida do crime

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