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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL II Linhares 2017 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL II Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, referente a: Atividade Interdisciplinar Individual. Professores: Andressa Aparecida Lopes, Edilaine Vagula, Edinéia de Cássia Santos Pinho, Fabiane Muzardo, José Adir Lins Machado, Mari Clair Moro, Reinaldo Nishikawa e Taíse Nishikawa. Linhares 2017 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO.............................................................................................................04 2.DESENVOLVIMENTO..................................................................................................05 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................08 4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................09 4 1.INTRODUÇÃO A figura do professor tem sido objeto de contínuas políticas e programas governamentais. Sua imagem é difundida constantemente pelos meios de comunicação de massa. A verdade de que o professor possa contribuir para a construção de tal país não pode servir como justificativa da ideologia de que ele é o único profissional responsável por este desenvolvimento. A personalização dos problemas socioeducacionais na figura do professor, rotulado como alguém capaz de, por meio do exercício de seu livre arbítrio, solucionar os problemas socioeducacionais das mais diversas ordens, compactua, pois, com o arrefecimento da luta por políticas educacionais públicas que possam, ao ser efetivamente concretizadas, fornecer as condições estruturais para que os professores exerçam dignamente sua profissão; a mesma profissão que, historicamente, foi associada à imagem do carrasco que punia seus alunos, fosse por meio de castigos físicos, fosse pela aplicação de agressões de conotação psicológica. 5 2.DESENVOLVIMENTO A presença do professor na sociedade é conhecida há muito tempo. Porém, seu reconhecimento enquanto profissional o e sua valorização social ainda tem muito que avançar. Podemos perceber na educação brasileira, a presença do professor, desde os primórdios do descobrimento do Brasil pelos portugueses, com o trabalho dos padres Jesuitas junto aos índios. Conforme Xavier (1994), estes eram representantes da Companhia de Jesus, comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega. Desembarcaram no território brasileiro, em março de 1549 os quais permanecem até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão do Marquês de Pombal, primeiro ministro de Portugal. Com Marquês de Pombal, a partir de 1772 foi implantado o ensino público oficial no País e, nomeados professores pela coroa. Foram estabelecidos planos de estudo e inspeção, que segundo Aranha (2006, p. 176): Em 1772, Pombal instituiu o subsídio brasileiro, imposto destinado a projetar as reformas, o que valia também para o Brasil. Dessa forma, os professores eram selecionados e pagos pelo estado, tornando-se funcionirios públicos. Embora a escola fosse leiga em sua administração, continuava obrigatório o ensino da religião o católica e havia severo controle sobre a bibliografia utilizada. Após avanços e retrocessos perpassando as diferentes Leis de Diretrizes e Bases da educação Brasileira (LDB) 4024/61, 5692/71 e 9394/96, mesmo a constituição nacional de 1988, em vigor. Os avanços em relação papel e valorização do professor ainda são muito lentos. A função principal que traz o professor à escola deveria ser de mediador do conhecimento, porém existem outras demandas que o professor vem assumindo e, que deveriam ser atribuições da sociedade. O espaço de sala de aula tem sido alvo de ações que não são desempenhadas como se deveriam ser, pelas instituições públicas e pelos familiares, tais como: Resolver problemas de violência doméstica, de saúde, de higiene e, mesmo ter contato com frustrações, limites e valores necessários para a convivência tanto no núcleo familiar quanto social. Estas demandas pressionam o professor a resolverem problemas em quatro horas semanais e, na maioria das vezes, 6 sem recursos humanos com qualificação ou se quer uma equipe de apoio. A prática de teorias não é simples e não acontece de maneira plena. "Arranhados" pela própria história de vida, há momentos que o educador se relaciona com o educando como verdadeiro dono do saber absoluto e faz dele um depósito de informações, um mero ouvinte. Há momentos, porém, em que o ensino-aprendizagem acontece em "mão-dupla", um ir e vir de conhecimentos através do diálogo aberto, identificando problemas, levantando hipóteses, analisando e sintetizando ideias, descobrindo e estabelecendo relações, transcendendo ao aqui e agora, vivenciando valores e crenças que promovem a vida. Estabelece-se, neste caso, um clima harmonioso em que ambos descobrem e aprendem muitas coisas juntos. Nesta relação, sempre deve existir mais do que o profissional: devem existir sentimentos que alicercem o que há nas pessoas envolvidas no processo ensino- aprendizagem. É importante perceber que as ações de ensinar e aprender não são somente atividades escolares. São ações que ocorrem durante a vida inteira, em todos os lugares, em todas as idades. Sempre haverá entre aqueles que aprendem e o objeto a ser aprendido, um mediador, um educador. Portanto, entende-se o termo "professor" como algo muito restrito, pois coloca o aprender a uma situação artificial e distante da vida, significa alguém que "professa o que sabe para seus alunos" (a = não; lunos = sem luz; aquele que não tem luz própria), portanto, o aluno seria um mero ouvinte. Educador é mais que ser professor. É aquele que prepara seu mediado para a vida, pois se responsabiliza em desenvolver neste diferentes habilidades e competências de leitura e escrita. Acredita que a tarefa de ensinar alguém a ler e a entender o mundo é bastante desafiadora e, ao mesmo tempo, traz um retorno gratificante. Todos os educadores têm esta tarefa a cumprir. Ao entrar em sala de aula, não levam apenas o conteúdo a ser ensinado, levam suas vidas, seu jeito de ser, fazer, ler e compreender o mundo. Diante de seus mediados, os mediadores, quando precisam explicar algo novo, diferente, abstrato ou distante da realidade em que vivem, encontram novos desafios e 7 necessitam ser criativos na busca de outras estratégias para conseguir atingir os objetivos a que se propõem. Nos tempos atuais, saber lidar com novas situações; saber se modificar e ampliar conhecimentos; ter estratégias para resolver problemas; conviver em grupo e saber se relacionar; apontar sugestões são características necessárias a todas as pessoas, em qualquer momento, dentro e fora da escola. Portanto, é importante pensar em tudo isso quando se quer ser um bom educador e no seu papel dentro da sociedade, nestes tempos em que há muitas mudanças e exigências. Na edificação de uma sociedade livre e justa e essencialmente solidária, a política pressupõeum valor moral: os homens têm direito de ter suas opiniões e expressá-las. Partindo dessa conjectura é preciso haver critérios de valores a fim de instituir relações hierarquicas para nortear as ações da coletividade. Uma vez que, toda pessoa tem capacidade de atuar e cogitar com certa independência em relação ao seu meio social, ou em opor-se a este, cônscio da descoberta do ser que deliberadamente decide. Portanto a ética é um inacabável pensar, refletir e construir, tendo a escola dever de educar para que os educandos possam julgar com autonomia e tomar parte nessa construção, articulando com clareza uma ética-política para a transformação. Hoje no processo educacional, o professor não é mais o eixo da ação educativa, mas o educando por estruturas dinâmicas é um ser ativo procedente das experiências vivenciadas em seus múltiplos aspectos de conhecimento, tornando-se assim o centro da prática pedagogica. O compromisso que a escola tem com a construção da cidadania solicita necessariamente a compreensão da realidade social e de sua teia de soberania e dependência. O trabalho da escola com problemáticas sociais proporciona a ação política e a magnitude dos princípios democráticos e éticos da sociedade, essa visão crítica da realidade viabiliza instrumentos de modificação, favorecendo o entendimento ético e político do sujeito seu. 8 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O ser humano é dotado de atividade criativa e em vista disso a educação é um acontecimento eminente, interpessoal e social. E é neste sentido que pode-se perceber a marcante influência que a sociedade exerce sobre o desenvolvimento da criança, pois a tal, educa moralmente seus membros, bem como a família e os meios de comunicação. Logo, a escola possibilita a mediação em cuidar da formação e preparar o educando para participar ativamente no contexto social. Entretanto essa participação requer responsabilidade e supõe reciprocidade com aqueles que o cercam, essa habilidade no trato das relações humanas tem a finalidade de força consciente de ações democráticas em prol da composição ética de juízos valorativos. Este conhecimento é pertinente e culmina na reflexão da inseparabilidade entre ética e política, abolindo de vez a situação apolítica de muitos em nossa sociedade. A relevância dos professores se perceberem e, serem reconhecidos pela sociedade, como profissionais da educação; A necessidade de conscientização e investimentos na valorização e qualificação profissional dos docentes; A melhora dos salários e condições de trabalho; Maior comprometimento com a educação de todos os envolvidos no processo; Acrescido de amor, cuidado e dedicação, além das questões pedagógicas que envolvem a ação docente. Assim o professor continuará sendo um profissional de grande referência e importância para sociedade, em que suas ações têm efeito direto na qualidade de vida de todos os envolvidos. 9 4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, M. L. História da educação. 2ª . ed.São Paulo: Moderna. 1996. ARANHA, M. L. História da educação e da Pedagogia. 3ª ed. São Paulo: Moderna. 2006.
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