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THAÍS DOS SANTOS MORAES EXPERIMENTO DE FOUCAULT: DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DA LUZ Disciplina: Laboratório de Física Moderna Prof. Dr. Américo Tsuneo Fujii Londrina 2017 1. INTRODUÇÃO A questão da propagação instantânea da luz foi debatida durante muito tempo. Na antiguidade a hipótese mais crível era que a propagação da luz fosse instantânea, e só poucos sábios ousavam afirmar o contrário. No século XVII, a ideia da velocidade finita da luz começou a ser mais considerada e efetuaram-se estimativas do seu valor: entre outros, Galileu propôs uma experiência que consistia em medir o desvio na visão da luz produzida por uma lanterna muito afastada de um observador, mas esta experiência não conduziu a nenhum resultado significativo, a não ser que a velocidade da luz devia ser extraordinariamente alta. Alguns anos depois, em 1676, o dinamarquês Ole Rømer conseguiu determinar que a velocidade da luz não podia exceder um dado valor através da observação do período de uma lua de Júpiter. A experiência mais conclusiva do tamanho da velocidade da luz foi realizada em 1849 pelo francês Hippolyte Fizeau (1819-1896), tendo sido sucessivamente melhorada por Leon Foucault (1819-1868). É importante destacar que eles conseguiram fazer medições usando distâncias “terrestres”, ou seja, sem precisar de observações astronômicas. Neste relatório será dada ênfase à metodologia de Foucault para o cálculo da velocidade da luz. 2. METODOLOGIAS ANTECEDENTES 2.1. MÉTODO DE GALILEU Em sua época, Galileu foi um dos primeiros a questionar a suposição de que a velocidade da luz era instantânea. Para isso, desenvolveu o seguinte método: duas pessoas levavam lanternas cobertas para os topos de morros que eram separados por uma distância de cerca de uma milha. A pessoa A descobria sua lanterna e acionava um cronômetro. Assim que B visse a luz de A, descobriria sua própria lanterna. Quando A visse a luz de B pararia o cronômetro e, em seguida, bastaria dividir este tempo pelo dobro da distância (ida e volta da luz) entre os topos das colinas e a velocidade da luz seria determinada (Figura 1). Com o resultado desta experiência, Galileu concluiu apenas uma coisa: a velocidade da luz era muito maior do que a que podia ser medida usando o seu método. Contudo, com o seu resultado ele concluiu que seria preciso longas distâncias para medir grandes velocidades com precisão. Figura 1 – Ilustração do experimento de Galileu (SlideShare – Introdução à óptica geométrica). 2.2. MÉTODO DE RØMER A primeira medição bem sucedida da velocidade da luz foi feita por Ole Rømer em 1676. Rømer baseou-se em observações dos eclipses de uma das luas de Júpiter (Io) e no movimento da órbita Terra (enormes distâncias). Ele notou que o tempo entre esses eclipses podia variar ao longo do ano e passou a estudar minuciosamente este tempo (Figura 2). Disso ele teorizou corretamente que a luz refletida de Io não viajava instantaneamente, fato que Galileu não havia conseguido comprovar em seu experimento. Figura 2 – Ilustração das observações de Rømer, onde: a) menor distância percorrida pela luz quando a Terra está mais perto de Júpiter e b) maior distância percorrida quando a Terra está mais afastada (Blogspot – Hominis Futurum). Usando cálculos envolvendo o diâmetro das órbitas da Terra e de Júpiter e observando os eclipses de Io, Rømer foi capaz de concluir que: a luz levava mais tempo para chegar à Terra na época do ano em que o planeta estava passando “por trás” do Sol em relação a Júpiter (maior distância), do que quando estava passando “pela frente” (menor distância). Pelas estimativas de Rømer, a luz viajava a cerca de 214𝑋106 𝑚/𝑠. Este foi um bom resultado para a época, mas como as medidas astronômicas não tinham um valor muito preciso seria difícil encontrar um valor exato para a velocidade da luz, daí a importância de um experimento terrestre. 2.3. MÉTODO DE FIZEAU A primeira medida da velocidade da luz (𝑐) feita na Terra, sem usar métodos astronômicos, foi realizada por Hippolyte Fizeau em 1849. Ele utilizou uma roda dentada com a ideia de que, ao fazer um feixe de luz atravessar seus dentes a uma certa rotação constante, seria possível calcular 𝑐 (Figura 3). Figura 3 – Diagrama do experimento de Fizeau (Wordpress – Física com batatas). O feixe sai da fonte e incide sobre o espelho semitransparente 𝐸1. A parte do feixe refletida por 𝐸1 passa entre dois dentes da roda dentada, percorre uma distância 𝐿 entre a roda e o espelho 𝐸2, reflete em 𝐸2 e volta pelo mesmo caminho, passando novamente entre dois dentes da roda e chegando ao olho do observador. Nessa situação, põe-se a roda para girar com velocidade constante (𝜔). Ajustando a velocidade da roda é possível fazer com que o observador deixe de ver o feixe de luz. Isso se dará se, exatamente no tempo 𝑇 que a luz leva para ir da roda até 𝐸2 e voltar, a roda girar e antepor um dente no caminho do feixe que volta. A luz percorre 𝑑 = 2𝐿 em um tempo 𝑇 = 2𝐿 𝑐 . Nesse mesmo tempo a roda gira e, no ponto onde o feixe deve passar, o espaço é substituído por um dente. Sendo 𝑁 o número de dentes 𝜔 a quantidade de voltas por segundo, o tempo para mudar de um dente para outro é 1 2𝑁𝜔 . Igualando esse tempo a T obtém-se 1 2𝑁𝜔 = 2𝐿 𝑐 , portanto, 𝑐 = 4𝐿𝑁ω. Então, medindo 𝜔, 𝐿 e 𝑁 seria possível calcular 𝑐. A roda usada por Fizeau tinha 𝑁 = 720 e a distância 𝐿 = 8633 𝑚. Fizeau achou 𝜔 = 12,5 𝑟𝑜𝑡/𝑠, obtendo 𝑐 = 315𝑋106 𝑚/𝑠. O experimento de Foucault foi um aperfeiçoamento dessa metodologia e obteve um valor mais preciso para 𝑐. 3. O EXPRERIMENT DE FOUCAULT 3.1. METODOLOGIA Motivado pelo método de Fizeau, em 1862, Leon Foucault usou um espelho giratório ao invés de uma roda dentada (Figura 4). Figura 4 – Diagrama do experimento de Foucault. Inicialmente todo o equipamento é devidamente alinhado com o espelho rotatório parado. O feixe paralelo de luz criado pelo laser é focado no ponto 𝑠 pela lente 𝐿1. A lente 𝐿2 é posicionada de modo que a imagem em 𝑠 seja refletida pelo espelho rotatório 𝑀𝑅 para um espelho esférico fixo 𝑀𝐹. 𝑀𝐹 reflete a luz e este feixe volta ao ponto 𝑠 seguindo a mesma trajetória, formando assim uma imagem em 𝑠. Com um espelho semitransparente ao longo da trajetória dos feixes, pode-se observar o ponto refletido por 𝑀𝐹 em um microscópio posicionado no ponto 𝑠′. Quando um pulso de luz que viaja de 𝑀𝑅 até 𝑀𝐹 e retorna, encontra 𝑀𝑅 em um ângulo diferente do ângulo original, e então a imagem que volta de 𝑀𝐹 não será mais formada nos pontos 𝑠 e 𝑠′ . Assim, medindo no microscópio o deslocamento da imagem causado pela rotação de 𝑀𝑅, é possível determinar a velocidade da luz. Para começar a dedução, é considerado um feixe de luz deixando o laser. Ele segue o caminho descrito na Figura 4, o primeiro passo é determinar como o ponto de reflexão em 𝑀𝐹 se relaciona com o ângulo de rotação de 𝑀𝑅. Figura 5 – Reflexões do ponto 𝑀𝐹. A Figura 5(a) mostra o caminho do feixe do laser até 𝑀𝐹, quando 𝑀𝑅 está em um ângulo 𝜃. Neste caso, o ângulo de incidência da luz quando atinge 𝑀𝑅 também é 𝜃 e, desde que o ângulo de incidência for igual ao de reflexão, este ângulo total será 2𝜃. Assim como mostra o diagrama, o pulso atinge 𝑀𝐹 no ponto 𝑆. Na Figura 5(b) o feixe sai do laser em um instante após o caso anterior, quando 𝑀𝑅 está em um ângulo 𝜃1 = 𝜃 + ∆𝜃. O ângulo de incidênciaé, também, 𝜃1 = 𝜃 + ∆𝜃, portanto, o ângulo total será 2𝜃1 = 2𝜃 + 2∆𝜃. Agora o ponto que o pulso atinge é chamado de 𝑆1. Definindo 𝐷 como a distância entre 𝑀𝐹 e 𝑀𝑅, é possível calcular: 𝑆1 − 𝑆 = 𝐷(2𝜃1 − 2𝜃) = 2𝐷∆𝜃 Para o próximo passo, pensando em um único, muito rápido pulso de luz saindo do laser. Suponha que 𝑀𝑅 está rodando e este pulso de luz atinge 𝑀𝑅 quando ele está em 𝜃 (como na Fig. 5(a)). O pulso será refletido para o ponto 𝑆 em 𝑀𝐹. No entanto, no tempo em que o pulso retorna a 𝑀𝑅, este estará rodado de um novo ângulo, 𝜃1. Se 𝑀𝑅 não estivesse rodando, mas parado, o pulso seria refocado no ponto 𝑆. Mas, como 𝑀𝑅 está em uma nova posição, o ponto será refocado em um novo ponto. Este ponto deve ser determinado. Para simplificar a situação, é conveniente remover a confusão do espelho rotativo e do separador de feixe olhando para as imagens virtuais do caminho do feixe, como mostra a Figura 6. Figura 6 – Análise das imagens virtuais. A geometria das imagens virtuais é igual a das imagens refletidas. Olhando para a figura, o problema começa com uma simples aplicação de óptica. Com 𝑀𝑅 no ângulo 𝜃1, o ponto 𝑆1 está no eixo focal de 𝐿2 e o ponto 𝑆 está o plano focal de 𝐿2, mas a uma distância ∆𝑆 = 𝑆1 − 𝑆 distante do eixo focal. Da teoria de lentes, tem-se que um objeto distante de ∆𝑆 no plano focal será focado no plano do ponto 𝑠 a uma altura de ( −𝑖 𝑜 ) ∆𝑆. Onde 𝑖 e 𝑜 são as distâncias da lente até a imagem e objeto, respectivamente, e o sinal negativo corresponde à inversão da imagem. Então, ignorando o sinal negativo pois a inversão da imagem não é relevante: ∆𝑠′ = ∆𝑠 = ( 𝑖 𝑜 ) ∆𝑆 = 𝐴 𝐷 + 𝐵 ∆𝑆 Substituindo o valor de ∆𝑆: ∆𝑠′ = 2𝐷𝐴∆𝜃 𝐷 + 𝐵 O ângulo ∆𝜃 depende da velocidade de rotação de 𝑀𝑅 e no tempo em que a luz viaja de 𝑀𝑅 para 𝑀𝐹 e volta para 𝑀𝑅, o feixe percorre uma distância de 2𝐷, portanto: ∆𝜃 = 2𝐷𝜔 𝑐 Onde 𝑐 é a velocidade da luz e 𝜔 é a velocidade do espelho em 𝑟𝑎𝑑/𝑠. Então, substituindo ∆𝜃: ∆𝑠′ = 4𝐷²𝐴𝜔 𝑐(𝐷 + 𝐵) → 𝑐 = 4𝐷²𝐴𝜔 ∆𝑠′(𝐷 + 𝐵) Onde: 𝐴 é a distância entre as lentes 𝐿2 e 𝐿1, menos a distância focal de 𝐿1; 𝐵 é a distância entre a lente 𝐿2 e o espelho rotatório 𝑀𝑅; 𝐷 é a distância entre o espelho rotatório 𝑀𝑅 e o espelho fixo 𝑀𝐹; ∆𝑠 ′ é o deslocamento da imagem, vista através do microscópio ∆𝑠 = 𝑠1 − 𝑠. Sabendo um volta completa na circunferência corresponde a 2π, tem-se: 𝑐 = 8π𝐴𝐷²(𝑅𝐻 − 𝑅𝐴𝐻) (𝐷 + 𝐵)(𝑠′𝐻 − 𝑠′𝐴𝐻) Onde 𝑅 é o número de rotações por segundo e os índices 𝐻 e 𝐴𝐻 correspondem ao sentido horário e anti-horário da rotação do espelho, respectivamente. 3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para a realização do experimento foram utilizados os instrumentos da PASCO® descritos no manual: Espelho rotatório de alta velocidade; Espelho fixo; Microscópio de medida; Laser de 0,5 mW; Bancada óptica; Trilho para alinhamento do laser; Acopladores para as bancadas ópticas; Lente 𝐿1 com distância focal de 48 mm; Lente 𝐿2 com distância focal de 252 mm; Polarizadores; Suportes para componentes; Peças para alinhamento do feixe de laser; Trena para medir as distâncias necessárias. A Figura 7 mostra como deve ser feita a montagem do experimento. Figura 7 – Esquema do alinhamento do equipamento. Vale ressaltar que esse alinhamento deve ser muito bem feito para o feixe percorrer as distâncias e ser possível fazer as medidas no microscópio. O espelho fixo foi colocado a uma distância 𝐷 do espelho rotativo. O alinhamento do espelho fixo e das lentes foi feito de maneira que o feixe refletido incidisse aproximadamente na região central do espelho fixo. Centralizou-se a imagem vinda do espelho fixo no centro da cruz do microscópio. Com o espelho em rotação foram feitas medidas para o sentido horário e anti-horário do deslocamento 𝑠’ através do micrômetro. Pelas medidas de 𝐴, 𝐵 e 𝐷 e com os dados anteriores foi possível calcular a velocidade da luz. 3.3. RESULTADOS O experimento foi feito em dois dias, os dados do primeiro dia estão organizados na Tabela 1. Distâncias (m) Horário Anti-horário A 0,262 s' (m) R (rot/s) s' (m) R (rot/s) B 0,486 0,01254 520 [1] 0,01239 550 [3] D 5,70 0,01257 1000 [2] 0,01232 1080 [4] Tabela 1 – Dados da reprodução do experimento, 1º dia. Duas maneiras serão apresentadas para a análise desses dados: é possível fazer vários combinações de dois valores de 𝑅, lembrando que no sentido anti-horário os valores são negativos, e calcular a média dos valores. A segunda maneira é fazer um ajuste linear de um gráfico 𝑅 em função de 𝑠′. Calculando 8π𝐴𝐷² (𝐷+𝐵) = 𝐾, obtem-se 𝐾 = 34,6 m². A Tabela 2 apresenta os resultados das combinações para (𝑅𝐻−𝑅𝐴𝐻) (𝑠′𝐻−𝑠′𝐴𝐻) = 𝑋. Índice Combinações X (1/m*s) 1 [1] e [2] 1,600E+07 2 [1] e [3] 8,611E+06 3 [1] e [4] 7,133E+06 4 [2] e [3] 8,611E+06 5 [2] e [4] 8,320E+06 6 [3] e [4] 7,571E+06 Tabela 2 – Cálculo das rotações combinadas. Calculando a média �̅�, o desvio da média e 𝑐 = 𝐾�̅�, obtém-se: 𝑐 = (3,28 ± 0,46)𝑋108 𝑚/𝑠 O Gráfico 1 é um plot da Tabela 1 e a Tabela 3 apresenta o ajuste dos pontos do gráfico. 0,0123 0,0124 0,0125 0,0126 -1000 -500 0 500 1000 Ro ta çõ es (r ot /s) Desvio s' (m) Gráfico 1 – Plot 𝑅 𝑥 𝑠′. Função y = A + Z*X B 7,94E+06 Erro 5,9E+05 Tabela 3 – Ajuste do Gráfico 1. Utilizando os valores de 𝑍 e 𝐾 para calcular 𝑐: 𝑐 = (2,75 ± 0,20)𝑋108 𝑚/𝑠 Os dados do segundo dia estão organizados na Tabela 4. Distâncias (m) Horário Anti-horário A 0,253 s' (m) R (rot/s) s' (m) R (rot/s) B 0,487 0,01277 543 [1] 0,01262 544 [3] D 6,12 0,01282 1024 [2] 0,01249 1020 [4] Tabela 4 – Dados da reprodução do experimento, 2º dia. Calculando 8π𝐴𝐷² (𝐷+𝐵) = 𝐾, obtem-se 𝐾 = 36,0 m². A Tabela 5 apresenta os resultados das combinações para (𝑅𝐻−𝑅𝐴𝐻) (𝑠′𝐻−𝑠′𝐴𝐻) = 𝑋. Índice Combinações X (1/m*s) 1 [1] e [2] 9,620E+06 2 [1] e [3] 7,840E+06 3 [1] e [4] 7,247E+06 4 [2] e [3] 7,840E+06 5 [2] e [4] 6,194E+06 6 [3] e [4] 3,662E+06 Tabela 5 – Cálculo das rotações combinadas. Calculando a média �̅�, o desvio da média e 𝑐 = 𝐾�̅�, obtém-se: 𝑐 = (2,55 ± 0,29)𝑋108 𝑚/𝑠 O Gráfico 2 é um plot da Tabela 4 e a Tabela 6 apresenta o ajuste dos pontos do gráfico. 0,0125 0,0126 0,0127 0,0128 -1000 -500 0 500 1000 Ro ta çõ es (r ot /s) Deslocamento s' (m) Gráfico 2 – Plot 𝑅 𝑥 𝑠′. Função y = A + Z*X B 6,22E+06 Erro 7,5E+05 Tabela 6 – Ajuste do Gráfico 2. Utilizando os valores de 𝑍 e 𝐾 para calcular 𝑐: 𝑐 = (2,24 ± 0,27)𝑋108 𝑚/𝑠 4. CONCLUSÕES Em geral, o experimento proporcionou um melhor conhecimento da metodologia de Foucault para o cálculo da velocidade da luz. O resultado de Foucault foi muito bom, ele obteve 𝑐 = 2,99774𝑋108 𝑚/𝑠 e o valor atual é 𝑐 = 2,99792458𝑋108 𝑚/𝑠. As medidas feitas em aula tiveram valores da ordem de grandeza do real valor de 𝑐, as do primeiro dia foram melhores do que a do segundo. Os resultados não chegaram perto da precisão de Foucault, pois em sala muito poucas medidas foram feitas e as perturbações no ambiente influenciavam na andar do experimento 5. REFERÊNCIAS Instruction Manual 012-12647A. PASCO®. “The first evidence”. <http://sas.uwaterloo.ca/~rwoldfor/papers/sci-method/paperrev/node4.html>. SMALLWOOD, Karl. “Como a velocidade da luz foi medida pela primeira vez”. <http://gizmodo.uol.com.br/como-a-velocidade-da-luz-foi-medida-pela- primeira-vez/>.
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