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cama de frango manejo

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MANEJO E TRATAMENTO DE CAMA 
DURANTE A CRIAÇÃO DE AVES 
 
 
 
 
Artigo Número 164 
 
 
Marcos José Batista dos Santos, Alcilene Maria Andrade Tavares Samay, 
Demósthenes Arabutan Travassos da Silva, Carlos Bôa-Viagem Rabello, 
Thaysa Rodrigues Torres, Priscila Antão dos Santos, Luiz Carlos Lemos 
Camelo 
 
 
1801 
 
 
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RESUMO 
O material de cama mais 
utilizado durante o processo produtivo 
de aves tem sido a maravalha ou 
cepilha de madeira. Outros tipos de 
materiais podem ser utilizados desde 
que tenham boa disponibilidade na 
região. Contudo, esse material torna-
se oneroso uma vez que em 
determinadas regiões torna-se 
escasso, além do grande volume 
requerido graças ao crescente 
alojamento de aves nos últimos anos. 
Alguns autores relatam que pode 
reutilizar a cama em média de uma a 
seis vezes sem que haja diferenças 
significativas no que se refere à 
mortalidade, ganho de peso, 
consumo, eficiência alimentar e 
qualidade das carcaças. A 
manipulação inadequada pode trazer 
prejuízos à criação, além de resultar 
em contaminação para o ambiente 
natural e para os próprios frangos. 
Por isso, para reutilização de cama 
velha devem ser seguidos alguns 
cuidados: a cama se constitui na 
principal forma de contaminação do 
meio ambiente. A qualidade do ar nos 
galpões é regulada pela própria cama 
e seu manejo, e um dos fatores que 
afetam a qualidade do ar é a 
produção de amônia, um gás incolor e 
irritante às mucosas, sendo formado a 
partir da decomposição microbiana do 
ácido úrico eliminado pelas aves. 
Outro problema relacionado à cama é 
a salmonela, que hoje é um dos 
maiores problemas para a saúde 
humana na criação de frangos de 
corte. Alguns autores têm 
demonstrado que a salmonela é o 
agente patogênico de maior 
preocupação e tem sido associada ao 
consumo de produtos avícolas 
contaminados. Diante do exposto, 
objetivou-se nesta revisão descrever 
o manejo da cama, reutilização e 
implicações no manejo ambiental e 
formas de tratamentos utilizados 
durante o processo produtivo de aves. 
 
INTRODUÇÃO 
O material de cama mais 
utilizado durante o processo produtivo 
de aves tem sido a maravalha ou 
cepilha de madeira. Outros tipos de 
materiais podem ser utilizados desde 
que tenham boa disponibilidade na 
região, sejam de baixo custo, ter boa 
capacidade em absorver umidade e 
perdê-la rapidamente para o meio, 
não ter cheiro nem partículas 
estranhas e não ser tóxico. Contudo, 
esse material torna-se oneroso uma 
vez que em determinadas regiões 
torna-se escasso além do grande 
volume requerido, graças ao 
crescente alojamento de aves nos 
últimos anos. 
Para início do ciclo de produção 
a cama deverá ser espalhada por todo 
o galpão de forma a cobrir todo o piso 
de maneira uniforme, atingindo 5 a 8 
cm de altura durante o verão e de 8 a 
10 cm no inverno; o volume de 1 m³ 
pode cobrir uma área de 30 m² com 5 
cm de altura (Lana, 2000) com o 
objetivo de evitar o contato direto da 
ave com o piso, servir de substrato 
para a absorção da água, 
incorporação de fezes, urina e penas e 
contribuir para a redução das 
oscilações de temperatura no aviário 
(Souza, 2005). 
A cama de aviário interfere nas 
condições sanitárias e no 
desenvolvimento do lote, por isso 
deve ser livre de empastamento, 
sendo preciso ser revolvida 
diariamente; principalmente nos 
primeiros dias e em horários de 
temperaturas mais amenas, para 
evitar a formação de placas como 
decorrência da umidade provocada 
pelo acúmulo de fezes e água 
derramada dos bebedouros. Porém, 
quando ocorrer problemas de cama 
molhada, esta deve ser removida e 
substituída por cama nova; além do 
que, a formação de placas favorece a 
calosidade nos pés das aves, o que no 
caso de matrizes causa dificuldades 
na cobertura com consequente queda 
de fertilidade, contribuindo para uma 
queda na eclosão dos ovos (Lana, 
2000). 
Com a crescente ascensão da 
produção nacional de frangos ao longo 
 
 
1802 
 
 
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dos anos, maiores quantidades de 
cama são produzidas e surge então a 
preocupação de pensar nas 
possibilidades de manejo e de destino 
destes resíduos a fim de minimizar os 
impactos por ele causados (Santos et 
al. 2005), ainda mais após sua 
proibição na alimentação dos animais 
ruminantes quando da encefalopatia 
espongiforme bovina (BSE) ou doença 
da vaca louca ocorrida na Europa em 
2001. 
 Considerando uma produção 
média de 1,75 kg de cama por frango 
de corte produzido (Santos et al. 
2005), com média de 2,5 kg de peso 
vivo, estima-se uma produção média 
de 7,14 bilhões de kg de cama por 
ano. Desta forma, a grande 
quantidade de cama retirada dos 
aviários se tornaria um importante 
fator de preocupação por poluir o 
ambiente natural, além de submeter 
às aves a um ambiente de menor 
produtividade (Fiorentin, 2005). Esse 
mesmo autor ainda comenta que a 
utilização de cama nova a cada lote 
novo seria ideal do ponto de vista de 
saúde pública, mas aumentaria 
demasiadamente o custo de produção 
e geraria um grande volume de 
resíduos. 
Sendo assim, os altos custos 
de produção na avicultura têm levado 
produtores a reutilizar a cama em 
vários lotes de criação como forma de 
reduzir esses custos. 
Diante do exposto o objetivou-
se nesta revisão descrever o manejo 
da cama, reutilização e implicações no 
manejo ambiental e formas de 
tratamentos utilizados durante o 
processo produtivo de aves. 
 
UTILIZAÇÃO DA 
CAMA AVIÁRIA 
A cama é o principal 
subproduto do ciclo de produção de 
aves e é composta, além de material 
absorvente, da excreta, restos de 
ração, penas, insetos e secreções. 
Para um correto manejo deste 
resíduo é necessário conhecer sua 
composição química que de forma 
geral apresenta média de 14% de 
proteína bruta, 16% de fibra bruta, 
13% de matéria mineral e 0,41% de 
extrato etéreo, mostrando uma 
composição muito variável, porém, 
rica em nutrientes que propícia para o 
desenvolvimento de bactérias e 
fungos, além das próprias condições 
ambientais que se tornam favoráveis 
a proliferação dessesmicrorganismos, 
como as variações de temperatura de 
20 a 32°C dependendo da semana de 
criação (Fiorentin, 2005). 
A qualidade pode variar em 
função das densidades populacionais 
adotadas, da quantidade inicial de 
substrato e do número de lotes 
criados sobre a mesma cama (Santos 
et al., 2005). 
A cama se constitui na 
principal forma de contaminação do 
meio ambiente. A qualidade do ar nos 
galpões é regulada pela própria cama 
e seu manejo, e um dos fatores que 
afetam a qualidade do ar é a 
produção de amônia, um gás incolor e 
irritante às mucosas, sendo formado a 
partir da decomposição microbiana do 
ácido úrico eliminado pelas aves. 
Quando seu nível no ambiente for 
elevado (mais de 100 ppm) observa-
se perdas no desempenho das aves 
por comprometer os processos 
fisiológicos de trocas gasosas (Oliveira 
et al., 2003). Esses altos níveis de 
amônia (60 a 100 ppm) podem ser 
observados no início da criação em 
galpões, quando se faz a reutilização 
da cama (Gonzáles & Saldanha, 
2001). 
A manipulação inadequada 
pode trazer prejuízos à criação, além 
de resultar em contaminação para o 
ambiente natural e para os próprios 
frangos. Para reutilização de cama 
velha devem ser seguidos alguns 
cuidados como: não reutilizar a cama 
caso tenha ocorrido problemas 
sanitários severos no lote anterior e 
não utilizá-la em círculos de proteção 
(alojar pintainhos com cama nova). É 
rotina substituir a cama sempre que 
algum episódio de ordem sanitária 
ocorrer no lote (Fiorentin, 2005), uma 
vez que a cama contaminada poderá 
favorecer a perpetuação de patógenos 
 
 
1803 
 
 
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aviários de um lote para outro de 
aves (Silva et al., 2007). 
Importantes patógenos estão 
corriqueiramente presentes na cama 
de aviários e são trazidos pelos 
próprios pintos ou por vetores e são 
perpetuados no ambiente a cada lote, 
na própria cama, ou albergados em 
reservatórios que escapam à 
desinfecção, como os cascudinhos ou 
os roedores, sendo o mais frequente a 
E. coli causadora de dermatite 
necrótica (Fiorentin, 2005). Desta 
forma, esse mesmo autor sugere que 
por ser um nicho microbiológico que 
alberga microrganismos patógenos, 
faz-se necessário, intervenções para a 
redução desses microrganismos 
quando da sua reutilização. 
A prática de reutilização da 
cama se constitui em uma alternativa 
viável para aquelas regiões onde não 
há boa disponibilidade do material ou 
exista dificuldade para vender a cama 
após a saída dos animais (Santos et 
al., 2005). 
Poucos estudos têm avaliado 
as características da cama reutilizada 
e, portanto, existem poucas 
informações sobre as vantagens e 
desvantagens de se reutilizá-la. 
Segundo Souza (2005) os 
produtores brasileiros utilizam, em 
média, a mesma cama para criar 
cinco lotes. Corroborando com Brake 
et al. (1993) que relatam utilização da 
cama de 1 a 6 vezes sem que haja 
diferenças significativas no que se 
refere à mortalidade, ganho de peso, 
consumo, eficiência alimentar e 
qualidade das carcaças. 
As restrições técnicas à 
reutilização de cama na criação de 
frango vêm progressivamente 
cedendo espaço à bem sucedida 
adoção do método por muitos 
criadores. Reutilizar cama, entretanto, 
não significa desconhecimento dos 
riscos associados ao método, ou 
desatenção aos cuidados de limpeza e 
desinfecção das instalações (Jorge et 
al., 1997). 
Pereira (2009) relata que a 
reutilização da cama aviária é uma 
prática comum na avicultura 
brasileira, porém, requer tratamento 
entre os lotes de frangos sadios, o 
que assegura condições sanitárias 
adequadas à produção. 
De acordo com Fiorentin 
(2005) existem vários métodos 
disponíveis para a redução da 
concentração de bactérias na cama, 
para serem aplicados entre lotes, ou 
antes de sua deposição no ambiente 
natural. 
Entre os agentes físicos, o pH 
da cama pode ser reduzido a índices 
que se contrapõem à multiplicação 
bacteriana. Porém, a eficácia deste 
método parece difícil de ser atingida, 
provavelmente devido ao poder 
tampão das fezes pela presença do 
ácido úrico; a adição de ácidos como 
o bisulfato de sódio, lignosulfato de 
sódio, ácido fórmico ou ácido 
propiônico, sulfato de alumínio ou 
ácido cítrico são opções disponíveis, 
porém, sua utilização é de custo 
elevado o que onera o custo de 
produção. A elevação do pH pode 
também ter alguma ação benéfica na 
redução da concentração de bactérias 
como a adição de gesso ou cal; a 
temperatura é um agente físico de 
grande eficiência na inativação de 
bactérias por meio do método de 
fermentação, sendo portanto, apenas 
possível na ausência das aves. 
Contudo, há dificuldades em se 
manter temperaturas elevadas e 
uniformes, havendo nestes casos 
benefício indireto da fermentação que 
é de proporcionar redução de 
artrópodos como as moscas e os 
cascudinhos que atuam como vetores 
de bactérias contaminantes da cama. 
Em estudos realizados por 
Trialdi et al. (s/d) verificou-se que a 
cama reutilizada apresentou pH e 
amônia volatilizada significativamente 
superiores que a cama nova, o que já 
era esperado, uma vez que a cama 
reutilizada contém maior teor de ácido 
úrico e, portanto, maior teor de 
amônia e maior pH. 
 Segundo Fiorentin (2005) a 
cama por ser um nicho ecológico no 
qual a microbiota está em franca 
atividade, quando de sua reutilização, 
não se pode descuidar da adoção de 
 
 
1804 
 
 
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pelo menos um método de redução da 
carga bacteriana. 
Em pesquisa conduzida por 
Silva et al. (2007) da Embrapa Suínos 
e Aves em parceria com a União 
Brasileira de Avicultura (UBA) e 
Associação Brasileira de Exportadores 
de Frango (ABEF) com o objetivo de 
avaliar três técnicas de tratamentos 
utilizadas no Brasil: a) secagem, com 
queima das penas por vassoura de 
fogo, e aplicação posterior de cal 
hidratado sobre a cama; b) 
fermentação da cama sem o 
empilhamento e c) empilhamento e 
fermentação após a retirada do lote 
de frangos, em relação à análise de 
índices de presença de bactérias 
mesófilas e enterobatérias totais, 
grupo que inclui patógenos como 
Escherichia coli e outras, após a 
aplicação do tratamento chegaram a 
resultados que mostraram que esses 
tratamentos usados no país reduzem 
substancialmente a carga bacteriana 
da cama aviária e que o tratamento 
de maior eficiência na redução da 
carga de enterobactérias foi o uso da 
fermentação através de cobertura 
com lona em toda a extensão do 
aviário, garantindo redução 
significativa da carga bacteriana, 
inclusive de salmonelas Silva et al., 
(2007), que se constitui a maior 
preocupação de ordem microbiológica 
na produção de aves no Brasil 
(FIORENTIN, 2005). 
Segundo Souza (2005), a 
reutilização da cama de aviário vem 
sendo questionada pela Comunidade 
Europeia, que ameaça restringir as 
importações de carne de frango do 
Brasil, enquanto que este pretende 
mostrar à Comunidade Europeia que é 
possível utilizar a mesma cama nos 
aviários para a produção de vários 
lotes de frangos. 
Estudos mostram que a cama 
reutilizada não se revelou prejudicial 
às aves, ao contrário, evidenciou 
propriedades benéficas para os 
plantéis, visto que os lotes nelas 
criados apresentavam problemas 
sanitários menosfrequentes, menor 
mortalidade e índices zootécnicos de 
produtividade, em muitos casos 
similares ou mesmo superiores aos 
observados nos lotes criados em cama 
nova (JORGE, 1991; PINHEIRO, 
1994). Além disso, Santos (1997) 
constatou que há diminuição 
significativa na produção de resíduos 
na granja quando se reutiliza a cama. 
Segundo o autor, a produção de cama 
na qual se criou um lote foi de 0,521 
kg de matéria seca (MS) de cama/kg 
de peso vivo de ave, e para dois lotes 
0,439 kg de MS de cama/kg de peso 
vivo de ave, indicando que uma 
reutilização pode diminuir coeficiente 
de resíduo (produção de cama) em 
aproximadamente 16 %. Também 
Kelley et al. (1995), a reutilização de 
cama além de reduzir os custos com 
aquisição de cama nova, reduz a 
degradação ambiental. 
Em trabalhos realizados por 
Santos et al. (2005) com objetivo de 
verificar os efeitos da densidade 
populacional e da reutilização da 
cama no desempenho de frangos de 
corte e na produção de cama 
verificou-se que as aves criadas em 
cama reutilizada já apresentavam, 
aos 21 dias, peso vivo superiores, 
maior consumo de ração, melhor 
conversão alimentar média, menor 
mortalidade e maior peso vivo em 
relação às aves criadas em cama 
nova, indicando que a reutilização de 
cama não interferiu negativamente no 
ganho de peso das aves. Avaliando-se 
ainda a viabilidade da criação 
constatou-se que aves criadas em 
cama reutilizada se mostraram 
superiores àqueles encontrados para 
aves criadas em cama nova, e maior 
fator de produção, 
independentemente da densidade 
populacional utilizada, além de 
permitir redução na geração de 
resíduos, em torno de 35%, assim, 
para cada quilograma de frango vivo 
produzido em cama reutilizada foram 
gerados 0,475; 0,394 e 0,332 kg MS 
de resíduo, respectivamente, nas 
densidades populacionais 10, 16 e 22 
aves/m². 
 
 
 
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SALMONELA NA 
CAMA 
A salmonela hoje é um dos 
maiores problemas para a saúde 
humana na criação de frangos de 
corte. Alguns autores têm 
demonstrado que a salmonela é o 
agente patogênico de maior 
preocupação e tem sido associada ao 
consumo de produtos avícolas 
contaminados (Hoszowski et al., 
1996; Byrd et al., 1997; Cox et al., 
2000). A contaminação em humanos 
geralmente é atribuída à 
contaminação cruzada na cozinha, 
cozimento inadequado e temperatura 
imprópria de armazenamento 
(SILLIKER, 1980). 
Corrier et al. (1995) 
demonstraram que a salmonela entra 
na cama no primeiro dia em que os 
pintos são alojados no galpão e pode 
ser achada na terceira semana de 
vida do lote. Em cama reciclada 
Receiber et al. (1990) identificaram 
possível fonte de contaminação por 
Salmonela em frangos pré-
processados. 
Alguns autores têm relatado 
uma maior incidência de salmonela na 
carcaça de frangos, em comparação 
com amostras dos cecos destas aves. 
Rigby et al. (1980,1982) encontraram 
um maior percentual de amostras de 
Salmonela na carcaça (42 e 50%) do 
que nos cecos destas aves 7%. Line 
(2002) registrou o dobro de 
Salmonela a partir da sexta semana 
de idade nas penas (44%) do que 
amostras dos Cecos destas mesmas 
aves (20%). Estes estudos 
demonstram que a carcaça é uma 
potencial fonte de contaminação de 
salmonela e não somente as vísceras. 
Corrier et al. (1995) quando fizeram 
coletas em um lote de frangos de 
pele, penas, Cecos e a cama em 
frangos com 6 semanas de idade, 
21% das penas e pele foram 
positivos, 19% para os cecos e 65% 
das amostras da cama foram 
positivas. 
Atualmente a USDA vem 
tentando impor normas para o 
controle da salmonela na produção de 
frangos, o seu interesse está centrado 
sobre a redução da contaminação 
deste patógeno na granja e carcaças 
das aves. Comercialmente as aves 
são criadas em constante contato com 
a cama, o que pode ser um grande 
foco de contaminação por salmonela 
(Corrier et al., 1999; Trampel et al., 
2000). A sobrevivência da salmonela 
na cama depende de fatores físicos e 
químicos como: temperatura, 
umidade da cama, concentração de 
amônia e Ph. No entanto, a 
contaminação do lote pode se 
intensificar quando os animais estão 
sobre alta densidade, estresse 
calórico ou quando passou por um 
desafio imunológico recente. 
Segundo estes trabalhos uma 
amostra do ambiente pode ser mais 
representativo do que amostras dos 
cecos ou da carcaça do animal. 
Contudo. outros autores têm 
mostrado que amostras do ambiente 
não são totalmente confiáveis. 
Kingston (1981) foi capaz de detectar 
nove cepas de salmonela usando 
esfregaço, mas apenas Três cepas 
foram positivas na cama. 
 
TRATAMENTO 
Para o combate de salmonela 
na cama aviária a literatura vem 
trazendo algumas alternativas; uma 
delas é a utilização de alguns 
compostos a acidificação como meio 
de diminuir a incidência de amônia 
para controlar a proliferação deste 
microrganismo É sabido que altos 
teores de amônia no ambiente afetam 
negativamente o desempenho de 
frangos de corte como: peso corporal, 
conversão alimentar, eficiência 
alimentar entre outros. 
Frangos criados em altas 
densidades, a taxa de amônia é 
elevada e consequentemente interfere 
no desempenho das aves, 
principalmente a taxa de crescimento 
das aves (Quarles e Kling, 1974; 
Reece et al., 1979) eficiência 
alimentar (Caveny et al., 1981), 
diminuição da postura (Deaton al., 
1984), danos ao aparelho respiratório 
 
 
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(Nagaraja et al., 1983), aumenta a 
susceptibilidade a doença de 
Newcastle (Anderson et al., 1964), 
aerosaculite (Quarles e Kling, 1974; 
Qyetunde et al., 1976), os níveis de 
Mycoplasma gallisepticum (Sato et al., 
1973). 
Charles e Payne (1966) 
observaram que frangos expostos a 
100 ppm NH3 tiveram menor taxa de 
respiração, ganho de peso, consumo 
alimentar do que em aves que não 
estavam expostos a níveis mais 
baixos. Line e Bayle (2006) utilizaram 
sulfato de alumínio e bissulfeto de 
sódio tentando acidificar a cama, no 
entanto, não houve efeito significativo 
para os dois tratamentos no combate 
a salmonela. Maurice et al. (1998) 
não encontraram diferenças quanto 
ao desempenho e ocorrência de 
lesões nas carcaças de frangos 
criados sobre cama não tratada e 
tratada com sulfato de alumínio. 
Similarmente Pope e Cherry (2000) 
utilizando bissulfeto de sódio não 
encontraram efeito significativo. Isto 
pode ter ocorrido porque a 
acidificação da cama é perdida 
rapidamente por causa da presença 
da amônia onde reage com os íons H+ 
alcalinizando o meio. A salmonela 
tem a capacidade de regular o pH 
citoplasmático perto do neutro, 
quando são expostos a pH perto de 
neutro, quanto exposto a condições 
de diminuição do pH; contudo, este 
procedimento é extenuante 
(principalmente quando o pH 
extracelular está muito abaixo do pH 
interno) o que leva a morte celular 
Hill et al. (1996). 
Line et al., (2002) trabalhando 
com bissulfeto de sódio e sulfato de 
alumínio observaram efeito rápido na 
diminuição do pH na cama e o uso de 
sulfato de alumínio promoveu a 
acidificação da cama por um período 
mais longo do que o bissulfeto de 
sódio que teve o seu efeito diminuído 
rapidamente, entretanto, os autores 
não encontraram diferença 
significativa na populaçãode 
salmonela no cecos das aves. 
Contrariamente, outros autores 
usando sulfato de alumínio 
encontraram melhor ganho de peso 
Mc Ward e Taylor, (2000), sulfato de 
alumínio apresentaram melhor ganho 
de peso, melhor conversão alimentar 
Oliveira et al. (2002). O sulfato de 
alumínio também provém vantagens 
na sua utilização no que concerne o 
menor gasto com ventilação e 
melhoria na qualidade da cama como 
fertilizante Moore et al. (1999), 
melhor qualidade da carcaça, 
diminuição de lesões de peito e nos 
sacos aéreos Mc Ward e Taylor 
(2000). 
 O uso de gesso agrícola na 
cama também pode trazer benefícios 
no tratamento da cama de frango, ao 
avaliarem a adição de gesso agrícola à 
cama de frango Bruno et al. (1999) e 
Wyatt e Goodman (1992), os autores 
não encontraram diferenças no ganho 
de peso, consumo de ração, 
conversão alimentar e mortalidade em 
relação ao tratamento-controle, 
independente do nível de adição. 
Também não encontram efeito 
negativo sobre o ganho de peso, 
consumo de ração e conversão 
alimentar de frangos de corte. 
Entretanto, o uso de sulfato de 
alumínio (0,25kg/m2), acrescido de 
superfosfato simples (0,4kg/m2), 
prejudicou o ganho de peso e a 
conversão alimentar Ali et al. (2000). 
A cal hidratada é um dos produtos 
mais utilizados na cama para prevenir 
a produção de gases tóxicos 
produzidos na cama. Singh et al. 
(1990) não encontraram diferenças 
quanto ao peso vivo e ganho de 
peso. Entretanto, a cal reduziu o 
número de bactérias na cama e 
melhorou o ganho de peso quando 
adicionada em níveis de 0,2% e 1% 
do peso da cama Stanush et al. 
(2000). 
Os eletrólitos também são 
responsáveis pelo maior aumento de 
umidade nas fezes das aves o que 
contribui para a proliferação de 
microrganismos na cama. Casado e 
Virseda (1983), ao suplementarem 
rações de aves de recria com Na e K-1, 
concluíram que ambos promovem 
aumento da excreção de água. O teor 
de umidade da cama pode ter grande 
 
 
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influência sobre a incidência e a 
severidade das lesões na carcaça de 
frangos por ser um fator favorável ao 
desenvolvimento de bactérias que 
podem contaminar a pele e, 
consequentemente, a carcaça (Angelo 
et al., 1997). 
Vieites et al. (2005) 
observaram que o Balanço eletrolítico 
foi o responsável pelo aumento na 
umidade da cama das aves. Esses 
dados corroboram com Hijikuro 
(1976), citado por Casado & Viserda 
(1983), com aves de recria com 
diferentes níveis de NaCl, observaram 
que, à medida que o consumo de sal 
elevou, houve aumento do consumo 
de água e de produção de fezes. Day 
(1986), também observou aumento 
de consumo e de excreção de água 
com aumento dos níveis de Na (0,1 
para 0,2%) e potássio (0,6 para 
0,9%) na ração. Entretanto, não 
observou alteração no consumo e na 
excreção de água quando elevou o 
nível de Cl (0,10 para 0,25%). 
 
AMÔNIA NA CAMA 
A amônia é um gás incolor e 
irritante às mucosas, sendo formado a 
partir da decomposição microbiana do 
ácido úrico eliminado pelas aves. 
Pessoas que trabalham com frangos 
apresentam alta incidência de 
sintomas agudos e crônicos incluindo 
tosse, irritação nos olhos, fadiga, 
congestão nasal, espirro, dor de 
cabeça, irritação na garganta e febre 
(Donham, 2000). A amônia que se 
desprende da cama de frangos pode 
se tornar problemática, nos meses de 
inverno, sob condições de umidade 
excessiva da cama, propiciando o 
crescimento de agentes patogênicos 
(Avila et al., 1992). 
Mesmo considerando os teores 
de amônia baixos, no entanto, já a 
partir 10 ppm é que se inicia a 
deterioração dos cílios do epitélio 
traqueal das aves e somente acima de 
20 ppm é que se observa maior 
susceptibilidade às enfermidades. 
Quando a quantidade de amônia 
inalada é superior a 60 ppm, a ave 
fica predisposta a doenças 
respiratórias, aumentando os riscos 
de infecções secundárias às 
vacinações. Quando o nível de amônia 
no ambiente atinge 100 ppm, há 
redução da taxa e profundidade da 
respiração, prejudicando os processos 
fisiológicos de trocas gasosas. Esses 
níveis altos de amônia (60 a 100 
ppm) podem ser observados no início 
da criação em galpões, com a 
reutilização da cama (GONZÁLES & 
SALDANHA, 2001). 
A redução de pH tem influência 
direta sobre os níveis de amônia no 
ar. A volatilização da amônia é baixa, 
quando o pH é menor que sete, e 
aumenta, à medida que o pH se eleva 
(Reece et al., 1979). 
O uso de aditivos ou 
condicionadores químicos na cama de 
frango é uma solução rápida e 
econômica para melhorar sua 
qualidade física, química e 
microbiológica. Propiciando maior 
conforto às aves, favorecendo seu 
desempenho zootécnico e sanitário 
reduzindo a volatilização da amônia e 
amenizando alguns problemas como o 
aumento na incidência de doenças 
respiratórias nas aves e no ser 
humano. A desclassificação de carcaça 
devido às lesões na pele e também a 
redução do teor de nitrogênio na 
cama, diminui seu valor como 
fertilizante. Além disso, o uso de 
condicionadores não afeta a umidade 
da cama que está relacionada a 
fatores como tipo de dieta, consumo 
de água, temperatura ambiente, 
ventilação e, principalmente, tipo de 
bebedouro segundo descrito por 
McWard e Taylor (2000) (sulfato de 
alumínio), Ali et al. (2000) 
(superfosfato), Neme et al. (2000) 
(gesso agrícola) e Oliveira et al. 
(2003) (cal hidratada) 
 
Tratamento 
O gesso agrícola, com 
disponibilidade comercial e custo 
baixo, representa uma alternativa no 
manejo do esterco avícola. Segundo 
Glória et al.(1991), é capaz de reduzir 
a volatilização da amônia em até 
 
 
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49,5% em 30 dias. Sua utilização, 
entretanto, tem gerado resultados 
controversos quanto à umidade, pH e 
volatilização de amônia da cama de 
frango (Wyatt e Goodman, 1992; 
Neme et al., 2000; Oliveira et al., 
2003). O gesso agrícola é o único que 
parece interferir no teor de matéria 
seca da cama, devido à sua alta 
capacidade de absorver umidade 
(WYATT & GOODMAN, 1992). Sob 
condições de umidade excessiva a 
cama pode produzir amônia a partir 
do metabolismo microbiano sobre os 
resíduos fecais. Ao desprender-se 
pode propiciar o aparecimento de 
lesões respiratórias e oculares de 
importância econômica. Entretanto, 
Wyatt e Goodman (1992), ao 
estudarem o uso de gesso agrícola na 
cama de frango, demonstraram que o 
teor de matéria seca da cama 
aumentou significativamente de 84,9 
para 88%. A utilização de aditivos na 
cama de frangos é, ainda, um assunto 
pouco explorado e a principal função 
do gesso agrícola misturado à cama 
seria a de evitar a perda de grandes 
quantidades de nitrogênio pela 
volatilização de amônia das dejeções 
das aves. 
Teuscher & Adler (1985) 
citaram a reação ocorrida entre o 
carbonato de amônio e o sulfato de 
cálcio como a responsável pelo 
mecanismo de fixação do nitrogênio: 
(NH4)2 CO3 + CaSO4 + (NH4)2 SO4 + 
CaCO3. Delgado (1998), analisando a 
composição químico-bromatológica da 
cama de frangos com a aplicação 
única de 30% do gesso, concluiu que 
o aditivo melhorou a composição 
químico-bromatológica da cama e que 
o subproduto avícola demonstrou ser 
um alimento viável para 
suplementação de ruminantes. Já 
Sampaio et al. (1999), aotrabalharem com diferentes níveis de 
gesso em duas formas de aplicação, 
concluíram que a aplicação parcelada 
de 30% de gesso diminuiu a 
contagem padrão de microrganismos 
na cama. Em outro estudo, Marin 
(1998) determinou a composição 
químico-bromatológica de três tipos 
de cama (casca de arroz, maravalha e 
casca de amendoim) sem e com gesso 
(15kg gesso/35kg material 
absorvente), sob duas formas de 
estocagem (amontoada e ensilada). 
Os resultados demonstraram que a 
adição de gesso às camas reduziu os 
teores de FDA (fibra em detergente 
ácido) e FDN (fibra em detergente 
neutro), elevou os teores de MM 
(matéria mineral) e de N-NH3, e 
melhorou sua qualidade. Com a 
finalidade de inibir as perdas de 
amônia no manuseio do esterco 
avícola, Malavolta et al. (1979) 
salientaram a eficácia do gesso 
agrícola para esse propósito, aliada ao 
seu baixo custo. Estudos sobre o 
desempenho das aves criadas em 
camas tratadas com gesso agrícola 
têm demonstrado não haver efeito 
negativo no seu desempenho 
produtivo (BRUNO, 1997; NEME, 
1997). Segundo Sampaio et al. 
(1999) em seu experimento a 
umidade relativa do ar declinou no 
25º dia (73,9%) e ao final (54,5%), 
contribuindo para a detecção de 
menores valores de volatilização de 
amônia. Desse modo, pode-se afirmar 
que o efeito do gesso agrícola aliado 
às condições de umidade relativa do 
ar diminuíram a quantidade de 
amônia liberada pela cama. 
Já com o sulfato de alumínio, 
vários autores também têm avaliado o 
seu uso com o objetivo de reduzir o 
pH e a volatilização de amônia da 
cama de frango(Elkinci et al., 2000; 
Worley et al., 2000). Burgess et al. 
(1998) compararam o efeito do 
sulfato de alumínio sobre o pH da 
cama de frango composta por palha 
de arroz e observaram que sua adição 
provocou redução do pH de 7,47 para 
4,43. A redução do pH se deve ao fato 
de o sulfato de alumínio ser um ácido 
com seis moles de prótons formados 
para cada mol de sulfato de alumínio 
dissociado. A aplicação do sulfato de 
alumínio pode reduzir em até 99% a 
volatilização da amônia, utilizando-se 
doses de 100g por kg de cama de 
frango (Moore et al., 1995). Segundo 
Oliveira et al. (2004) o sulfato de 
alumínio inibiu em 54,8%, 83,9% e 
70,8% a quantidade de amônia 
 
 
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volatilizada das camas no 42º dia no 
primeiro, segundo e terceiro lotes, 
respectivamente. Íons H+ e pH abaixo 
de 7,0 resultam em aumento na 
proporção NH3/NH4 +, e como o íon 
amônio não é volátil, há redução das 
perdas de nitrogênio por volatilização 
da amônia. À medida que o pH se 
eleva, essa razão aumenta, causando 
maior volatilização. Moore et al. 
(1996), que utilizaram sulfato de 
alumínio na quantidade de 65 e 
130g/kg de cama e detectaram 
aumento no teor de NH4 + na cama, 
demonstrando, com isso, que houve 
redução da amônia volatilizada, e 
McWard e Taylor (2000) verificaram 
redução na volatilização da amônia de 
33,3% em relação ao tratamento 
controle. Portanto, o sulfato de 
alumínio é efetivo em reduzir o pH da 
cama e, consequentemente, a 
volatilização da amônia. 
O superfosfato simples é outro 
tipo de tratamento que apresenta 
ação inibidora da volatilização da 
amônia da cama de frango (Glória et 
al., 1991). Segundo Collins, citado 
pelos mesmos autores, o uso de 
superfosfato simples é uma das 
recomendações mais antigas para 
inibir as perdas de amônia. Este 
condicionador químico mostrou-se 
eficaz na redução da quantidade de 
amônia volatilizada sendo, porém, 
efetivo na redução do pH somente até 
10 dias de experimento, quando 
comparado ao tratamento-controle 
(Reece et al., 1979). Glória et al. 
(1991), ao utilizarem o superfosfato 
simples na quantidade de 62,5 a 
175kg/t de cama de frango, 
verificaram que o produto foi eficiente 
na inibição da volatilização da amônia 
em até 93% , ao fim de 30 dias. 
Glória et al. (1991) observaram 
redução na volatilização da amônia na 
cama de frango tratada com 
superfosfato simples (62,5 a 175kg/t) 
e gesso agrícola (50 a 175kg/t). A 
inibição atribuída ao superfosfato 
simples foi de 58,9% e ao gesso 
agrícola, 39,3%. Da mesma forma, Ali 
et al. (2000), ao utilizarem o 
superfosfato na quantidade de 
0,7kg/m2, relataram reduzida 
volatilização de amônia das camas de 
frango aos 42 dias. 
A cal hidratada (Ca(OH)2) 
também vem sendo utilizada no 
intuito de melhorar a qualidade da 
cama de frango. Este produto foi 
avaliado com o propósito de reter 
nitrogênio na cama de frango por 
Wildey (1984). O autor constatou que 
a retenção do nitrogênio durou 
apenas duas semanas, necessitando 
de nova aplicação após esse período. 
Quanto à ação da cal hidratada, Sobih 
e Dosoky (1990) observaram que ela 
se mostrou efetiva no controle da 
emissão de amônia. Moore et 
al.(1995), ao avaliarem a ação da cal 
hidratada sobre a cama de frango 
durante 42 dias, relataram que não 
houve diferença significativa em 
relação à cama não tratada. As perdas 
da amônia por volatilização foram 
ocasionadas pelo elevado pH. Os 
autores mencionaram ainda que, ao 
final do período experimental, houve 
queda no pH ocasionada, 
provavelmente, pela formação do 
CaCO3. Já, Sobih e Dosoky (1990), ao 
estudarem a ação da cal hidratada 
comparando com o sulfato de cobre 
(4%), ácido benzóico (2%), ácido 
acético (3%), notaram que o sulfato 
de cobre e a cal hidratada mostraram-
se mais efetivos, controlando a 
emissão de amônia (pela fixação de 
nitrogênio nos dejetos) durante 21 
dias. Os ácidos benzóico e acético 
controlaram a emissão de amônia 
somente por 10 e 15 dias, 
respectivamente. 
 
CONSIDERAÇÕES 
FINAIS 
 
A cama de aviário pode ser 
reaproveitada e tratada, 
proporcionando a melhoria das 
condições ambientais e diminuição 
dos custos de produção da avicultura; 
Existem vários métodos 
utilizados no tratamento da cama, 
porém, o mais eficiente na redução de 
microrganismos patógenos, segundo a 
literatura foi o a fermentação através 
 
 
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de cobertura com lona em toda a 
extensão do aviário; 
Além da redução da carga 
bacteriana, os tratamentos utilizados 
promovem redução no pH e na 
volatilização da amônia. 
 
 
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