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Principios Constitucionais

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5.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
I) Conceito e noção de princípio
Normas são comandos que objetivam regular os comportamentos sociais de forma imperativa, estabelecendo proibições, obrigações e permissões. Em geral, o descumprimento de uma norma está associado a sanções negativas. As normas constituem gênero, do qual são espécies os princípios e as regras. “Tanto regras quanto princípios são normas, porque ambos dizem o que deve ser.” (ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. São Paulo: Malheiros) Ambos podem ser formulados por meio das expressões do dever, da permissão e da proibição.
Regras são preceitos que objetivam regular situações específicas de vantagem e de desvantagem ou de vínculo entre pessoas e/ou coisas.
Princípios são idéias centrais de um sistema. São idéias que dão a esse sistema sentido lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão de seu modo de organizar-se.
No dizer de Celso Antonio Bandeira de Mello, princípio é “mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico”.
Para Celso Ribeiro Bastos, “os princípios constitucionais são aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica. Isso só é possível na medida em que estes não objetivam regular situações específicas, mas sim desejam lançar a sua força sobre todo o mundo jurídico. Alcançam os princípios esta meta à proporção que perdem o caráter de precisão de conteúdo, isto é, conforme vão perdendo densidade semântica, eles ascendem a uma posição que lhes permite sobressair, pairando sobre uma área muito mais ampla do que uma norma estabelecedora de preceitos. Portanto, o que o princípio perde em carga normativa ganha como força valorativa a espraiar-se por cima de um sem-número de outras normas”.
O ponto decisivo na distinção entre regras e princípios é que princípios são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades jurídicas e fáticas existentes. Os princípios são, então, mandamentos de otimização, podendo ser satisfeitos em graus variados. (ALEXY). 
Já as regras são normas que são sempre satisfeitas ou não satisfeitas. Se uma regra é válida, então, deve-se fazer exatamente aquilo que ela exige, nem mais nem menos. (ALEXY)
Essa diferença mostra com clareza em caso de conflito entre regras e de colisão entre princípios.
No primeiro caso, o conflito só pode ser solucionado se se introduz, em uma das regras, uma cláusula de exceção, que elimine o conflito, ou se pelo menos uma delas for declarada inválida. 
Essa última questão, em geral, pode ser solucionada por meio de regras como “lei posterior revoga lei anterior” e “lei especial revoga lei geral” ou mediante regras de competência (lei estadual e federal que tratam do mesmo assunto, por exemplo).
Na colisão entre princípios, um dos princípios deve ceder em face do outro sob determinadas condições, ou seja, um deles terá precedência sobre o outro. Sob diferentes condições, a questão de precedência deve ser resolvida de forma oposta.
Nos casos concretos, os princípios têm pesos diferentes e os princípios com maior peso têm precedência.
Conclusão: conflito entre regras se resolvem no âmbito da validade. Colisão entre princípios ocorrem na dimensão do peso.
II) Princípios constitucionais
							princípios político-constitucionais
Princípios constitucionais (duas categorias): 	
princípios jurídico-constitucionais
Segundo José Joaquim Gomes Canotilho:
Princípios político-constitucionais (ou princípios constitucionais fundamentais) constituem-se daquelas decisões políticas fundamentais concretizadas em normas conformadoras do sistema constitucional positivo. Traduzem as opções políticas fundamentais conformadoras da Constituição. São esses princípios que constituem a matéria dos artigos 1º ao 4º da CRFB de 1988.
Princípios jurídico-constitucionais (ou princípios gerais do Direito Constitucional) são princípios constitucionais gerais informadores da ordem jurídica nacional. Decorrem de certas normas constitucionais e, não raro, constituem desdobramentos dos fundamentais, como o princípio da supremacia da constituição e o conseqüente princípio da constitucionalidade, o princípio da legalidade, o princípio da isonomia, o princípio da autonomia individual, o da proteção dos trabalhadores, o da proteção da família, do ensino e da cultura, o da independência da magistratura, o da autonomia municipal, os da organização e representação partidária e os chamados princípios-garantias (devido processo legal, contraditório, juízo natural etc.).
Luís Roberto Barroso, por sua vez, elenca três ordens de princípios constitucionais:
Aos (i) princípios fundamentais do Estado brasileiro e aos (ii) princípios gerais, acrescenta os (iii) princípios setoriais ou especiais, arrolando, dentre os da Administração Pública, os seguintes: impessoalidade, legalidade, publicidade, moralidade, concurso público etc. Dentre os da tributação e do orçamento, o princípio da anterioridade, da capacidade contributiva, da isonomia tributária etc. Dentre aqueles da ordem econômica, o princípio da garantia da propriedade privada, da livre concorrência, da proteção ao consumidor. Da ordem social, da gratuidade do ensino público, da autonomia universitária etc.
Bibliografia:
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. São Paulo: Malheiros
SILVA, José Afonso. Direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros
BASTOS, Celso R. Curso de direito constitucional. São Paulo: Celso Bastos Editor.
MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Conteúdo jurídico do princípio da igualdade. São Paulo: Malheiros

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