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Penal III 2ª Prova

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Penal III – 2ª Prova:
Título I - Dos Crimes Contra a Pessoa
 Capítulo IV – Dos Crimes Contra a Liberdade Individual
 Seção I – Dos Crimes Contra a Liberdade Pessoal
Artigo 146 – Constrangimento Ilegal:
O núcleo do tipo é o verbo constranger, que exprime impedir, limitar a liberdade de escolha dentro dos limites legais de outrem. Protege o direito constitucionalmente assegurado da liberdade, encontrado no artigo 5º da carta constitucional que, ademais, no inciso II também estabelece o princípio da legalidade, guardador de estrita relação com o âmbito de proteção do citado artigo. A violência empregada aqui pelo agente se consubstancia a partir de 3 possibilidades: a vis corporalis (violência física), a vis compulsiva (contra o espírito) e qualquer ato que se configure como meio para diminuir a resistência do sujeito passivo, como ações químicas (violência imprópria). 
Devem as ações do praticante do delito direcionar a atividade da vítima fazer ou não fazer algo que a lei não obriga. Pelo princípio da subsidiariedade por via tácita, o fato típico do constrangimento ilegal somente se configurará como tal se não se fazer como elemento típico de outra infração legal, tal qual extorsão, por exemplo. 
Crime comum – em relação ao sujeito passivo, entende-se que é condição fundamental que se tenha a capacidade de discernimento, ou seja, o pleno gozo de cognição intelectual; doloso; material; de forma livre; de dano.
Se consuma no momento em que a vítima deixa de fazer algo que a lei obriga ou faz algo que a lei não permite. Admite tentativa, por ser crime material, no momento em que a vítima oferece plena resistência. A ressalva se dá quando mesmo realizando a ação ou omissão, a realiza de maneira não integral, consumando-se da mesma maneira.
O dolo é direto ou eventual e não se admite forma culposa. O sujeito ativo pode ser tipificado mesmo quando ocorre omissão, desde que possua o status de garantidor (ex.: enfermeira e ator famoso doente).
O aumento de pena se dá quando o ato for praticado por 3 agentes ou com emprego de armas. Armas, de acordo com Hungria, se dá no sentido lato sensu, sendo próprias ou impróprias. Desse modo, as penas serão aplicadas cumulativamente e em dobro. Também se aumenta a pena desde que para a obtenção do fim almejado, o agente se utiliza de lesão corporal leve, grave ou gravíssima, desse modo, aplica-se também a pena deste delito. Entendem Greco e Bitencourt que nesse caso há concurso forma impróprio por haver somente uma ação que configura dois delitos, porém aplicando-se o cúmulo material, gerando, assim espécie sui generis. 
As causas de exclusão da tipicidade se dão quando o agente impede a vítima de praticar suicídio ou quando o médico, ao se defrontar com paciente em risco de morte e, sem o consentimento deste lhe intervém para salvar sua vida. A ação penal é publica incondicionada e de competência dos Juizados Especiais Criminais. 
Se o que a vítima pratica for ilícito penal, responde o coator que a obrigou concorrentemente pelo fato típico instrumentalizado pela ação do coato e pelo constrangimento (quando não houver intensa coação física ou psíquica, se houver, responde pelo crime de tortura cumulado com o ilícito da vítima; a diferença reside nos graus de intensidade coativa, pois quando meramente diminuídos, coação, quando quase nulos, tortura).
Quando o fim é lícito, exercício arbitrário das próprias razões (art., 345; CP).
Artigo 147 – Ameaça:
Prometer mal injusto e grave, mediante simbologia qualquer (fala, escrita, gestual ou até mesmo mediante comportamento comissivo ou omissivo da vítima). Em relação a esta última modalidade atenta-se para sensível diferença com o delito de constrangimento ilegal. Um exemplo elucidativo se dá quando o agente ameaça espancar a vítima caso essa vá na aula do dia seguinte: indo na aula e não havendo o prometido, é constrangimento ilegal tentado; não indo na aula é constrangimento ilegal puro, configurando o crime de ameaça como crime meio - “mediante violência ou grave ameaça”, art. 146, Ou seria ameaça?; Protege e liberdade física e psíquica.
Crime comum – ressalvando o pleno gozo intelectual da vítima e sua capacidade de sentir a intimidação, fora isso, a não condição de funcionário público por parte do agente em exercício no momento da conduta, que seria abuso de autoridade, também, que a vítima seja determinada; Formal; De forma livre; Doloso; Comissivo ou Omissivo – desde que se tenha o status de garantidor por parte do agente. 
Consuma-se com a mera possibilidade de infundir temor em outrem e que chegue ao conhecimento deste. A tentativa ocorre, de acordo com o entendimento de Greco, por meio de carta extraviada, por exemplo, ou qualquer outro meio que não chegue ao conhecimento da vítima, não atingindo seu fim intimidador.
Dolo direto ou eventual. Competência do JESP Criminal e a ação penal é publica condicionada a representação.
A diferenciação da ameaça aqui para outros ilícitos é que o mal se dá futuramente, e não imediatamente, como no constrangimento ilegal ou roubo. Greco entende não haver legitima defesa pelo fato do mal não estar ocorrendo ou na iminência de ocorrer. A vítima pode pedir socorro ao Estado.
O mal há de ser possível, não admite loucuras (“farei o raio cair sobre sua cabeça”). Em relação a religiões (“farei macumba para teres má sorte”), incrimina-se pelo fato do sujeito ativo ter a consciência da crença da vítima e causar-lhe medo, temor. 
Estado de ira/cólera não exclui a incidência do ilícito, pelo fato da doutrina entender que ameaças normalmente são proferidas nesse estado e espírito. Embriaguez pesada afasta a tipicidade. Ameaça reflexa configura o crime (vou matar seu filho).
Artigo 148 – Sequestro e Cárcere Privado:
O núcleo do tipo é o verbo privar. Sequestro é gênero e cárcere é espécie, ou seja, no primeiro há maior liberdade ambulatorial e no segundo, maior restrição da liberdade de ir de vir – bem jurídico este tutelado no tipo. 
Crime comum, com ressalvas a especialidades da vítima, dada as qualificadoras; Doloso; De forma livre; Comissivo ou omissivo impróprio; Material; Permanente; O sujeito ativo é qualquer pessoa, ressalvando abuso de autoridade para agentes públicos no exercício de sua função, e o sujeito passivo é qualquer pessoa, sem condição especial prévia. 
A tentativa é admitida quando se obsta a prática do delito ao iniciar-se a execução, por exemplo, pegando a vítima pelo braço afim de conduzi-la para um local que será encarcerada. Caso fique o sujeito passivo por pouquíssimo tempo no local determinado, também se enquadrará como tentativa pelo princípio da razoabilidade. O lapso temporal de obstrução da liberdade individual há de ser de significância temporal. 
O delito pode restar subsidiário se, por exemplo, objetivar vantagem para si ou para outrem, como no crime de extorsão mediante sequestro. Não se admite forma culposa, a exemplo de alguém que seria encarregado de fechar as portas de certo estabelecimento, se negligencia de conferir se há mais alguém lá dentro. Há a modalidade de detenção e de retenção, na primeira há o ato de deter alguém, na segunda, já há a condição de retido, restando configurado que o agente mediante ordem dado a sua função de segurança por exemplo, não abre as portas.
Havendo conflito de parágrafos (qualificadoras), aplicar-se-á o mais grave. A finalidade da pratica do agente faz-se mister, uma vez que tendo meros fins libidinosos, mesmo não o praticando, incorrerá no inciso V. Praticando-os, imputa-se concurso material com estupro, por exemplo. 
Ação penal pública incondicionada.
Artigo 149 – Redução a Condição Análoga de Escravo:
Visa-se a proteção a liberdade de autodeterminação perante o trabalho, nos limites legais, por parte do empregado. Além do direito à saúde, a vida e segurança do trabalhador. Repudiam-se as jornadas demasiado longas de trabalho, a subremuneração, a insalubridade, o recolhimento de bens pessoais do trabalhador, e o exagero em esforços físicos, além da liberdade de ir e virdentro do trabalho. O Brasil é signatário de tratados internacionais que ratificam o compromisso de extinção desse tipo de exploração no mundo. 
É crime bipróprio, necessária relação de trabalho entre agente e vítima; doloso; comissivo ou omissivo impróprio; permanente; material.
Consuma-se com a restrição à liberdade do trabalhador ou a imposição a este de condições degradantes. Admite tentativa. 
Dolo direto e eventual; inadmite-se forma culposa. 
Aumenta-se a pena quando o delito praticado recair sobre criança ou adolescente (menores) ou quando advir de preconceito de cor, raça, religião ou origem. Concurso de crimes quando resulta violência. 
Ação penal pública incondicionada. 
 
Seção II – Dos Crimes Contra a Inviolabilidade de Domicilio
Artigo 150 – Violação de Domicílio:
Proíbe-se a entrada não consentida dentro da residência ou suas dependências que não sejam abertas ao público. A não conivência de entrada de outrem dentro da dependência ocorre de maneira tácita ou expressa. Adentrar e/ou permanecer no local. Usar de artifícios para se esconder e se manter dentro do local. Entende-se que caso haja grandes propriedades, não configura o delito se a pessoa apenas traspassar por áreas longínquas daquela onde se encontra a residência, local protegido a níveis constitucionais também, e que deve ser resguardado ante a perturbação alheia.
Objeto jurídico é a tranquilidade doméstica.
Crime comum – inclusive o próprio proprietário pode ser passível de tipificação se adentra indevidamente no imóvel sob posse do locatário; 
Consuma-se com o adentramento forçado na residência ou com sua permanência indevida após a entrada lícita. Admite-se tentativa, por ser plurissubsistente. Dolo direto ou eventual. Omissivo, quando permanece indevidamente, comissivo, quando adentra. 
Qualificadoras se dão quando ocorrer o delito na parte da noite; em local ermo; com uso de arma; por mais de três pessoas; com emprego de violência. 
A exclusão se dá mediante o transcorrer do dia (luz solar) para efetuar diligência mediante formalidade judicial (determinação judicial) ou durante a noite (ausência de luz solar) quando ocorre crime ou este se encontra na iminência de ocorrer. Para prestar socorro também. 
Domicilio aqui consiste em qualquer local em que se resida ou se mantenha reiteradamente por certo prazo de tempo (imóvel ou móvel, tal qual iate), também onde se trabalhe. 
Ação Penal Pública Incondicionada. JESP.
Concurso material quando há lesão corporal após a entrada por violação. Quando antes, a lesão é crime meio. A entrada em casa normalmente habitada, porém temporariamente inabitada em razão de viagem, por exemplo, configura o delito. Tecnologia avançada para violar a intimidade domiciliar.
Artigo 151 – Violação de Correspondência:
Revogado pelo artigo 40 da lei de violação de correspondência. Não é necessária a abertura, rompimento. Bastando que o sujeito ativo tome conhecimento do conteúdo, como por exemplo, pondo-a contra a luz solar para que veja as informações. A modalidade de correspondência deve estar fechada.
Crime comum – sujeito passivo são tanto o destinatário quando o remetente; doloso; de forma livre; de mera conduta; comissivo ou omissivo (desde quando o agente tenha a posição de garantidor).
O bem juridicamente tutelado é a liberdade, mais especificamente o sigilo de correspondência, que encontra respaldo na Constituição.
A nova redação da lei de violação de correspondência trata sobre a questão de se tipificar a mera posse da correspondência afim de sonegá-la ou destruí-la. A consumação ocorre no momento em que o agente toma conhecimento da correspondência endereçada a outrem. Admite tentativa por ser plurissubsistente, possibilidade de fracionamento do iter criminis. 
Ocorre concurso de crimes quando há a subtração de quantia monetária ou objeto de valor contido dentro da correspondência. 
Ação Publica Condicionada a Representação.
Do 151 a 154:
São crimes formais. Ação Pública condicionada a representação. Admitem tentativa, normalmente comuns, sendo próprios somente o comercial e o de divulgação de segredo. Dolosos. Na correspondência comercial (152) há de ser PJ e o conteúdo da mensagem tambem relativa a essa. No 153 há que ser divulgada a informação através do destinatário para outrem, para que esse a repasse para número indeterminado de pessoas. 
 Título II – Dos Crimes Contra o Patrimônio
	Capítulo I – Do Furto
Art. 155 – Furto:
Crime comum; Doloso; De dano; De forma livre (utilizando-se de animais adestrados ou inimputáveis como instrumento, respondendo o agente que lhes atribuiu tal função como autor mediato do delito); Instantâneo; Animus de definitividade, permanente; Comissivo.
Tutela-se tanto a posse quanto a propriedade, de acordo com Greco, uma vez que se tem a perda para ambos. Os bens móveis tutelados são tanto os que possuem valor de mercado quanto de sentimento (álbum de retratos). O princípio da bagatela recai somente nos bens de valor econômico, os sentimentais não dão espaço para a retirada da tipicidade. Recai a conduta do agente também sobre PJ. 
A consumação do delito se dá na inversão da posse da ‘res’, estando esta de maneira tranquila e com certo espaço temporal para que o agente se disponha dela. Caso contrário, resta tentativa. Mesmo se a vítima consiga recuperar seu objeto logo depois, estando a coisa já fora de sua área e domínio/observância, configurar-se-á o delito. Além disso, caso o agente subtraia para si a coisa, não estando em posse tranquila desta, e a destrói ou a inabilita parcialmente, configura-se. 
Furto de uso afasta a tipicidade (devolução em poucos instantes depois de manter consigo a coisa, utilizando-a).
Cabe omissão? Sim, e como sempre, quando se tem status de garantidor.
Causas de Aumento de Pena: Durante a noite (Desvigiamento). Não se soma aqui qualificadora. 
Diminuição: Pequeno valor da res furtiva (se comparada ao valor de 1 salário mínimo) e Primariedade (em relação a reincidência, não a maus antecedentes). Pode se somar qualificadora.
Furto de energia é englobado (inclusive a genética- sêmen de touro reprodutor).
Artigo 157 – Roubo:
Trata-se de furto com emprego de violência (lesão corporal leve) ou grave ameaça (147). Ou depois de subtraída a coisa, reduzir da vítima a incapacidade de resistência. Crime pluriofensivo, portanto, complexo. Sendo o agente proprietário, exercício arbitrário das próprias razões. Podem existir mais de um sujeito passivo, ou seja, enquanto de um é subtraída a coisa, do outro é violada a integridade física. 
Roubo próprio – antes da subtração há a violência, Improprio – logo após da subtração há a violência. Se a violência ocorre após lapso temporal considerável, há que se falar em furto cumulado com lesão corporal. 
Aumento de pena: arma mirando para o suj passivo; roubo em transporte de valores, não sendo a vítima o proprietário dos valores; Concurso de duas ou mais pessoas; Veículo Automotor; Privação da liberdade do indivíduo como aumento de pena.
Qualificadoras: mediante lesão corporal grave ou gravíssima e Latrocinio (roubo seguido de morte) – atentar para a tentativa, que a morte pode ser culposa, estando a violência como meio necessario nesse caso para subtração, se o fim era vingança, incide roubo e homicídio. Entende o STF que a única possibilidade de latrocínio tentado é a subtração tentada e a morte consumada (sumula 610).
Artigo 158 – Extorsão:
Obrigar outrem a lhe entregar quantia em dinheiro, não efetuar certa cobrança. Difere-se do roubo por englobar coisa imóvel também, depender do auxílio direto da vítima e não ser crime complexo.
Quando for funcionário público sujeito ativo ocorre concussão. Núcleo do tipo é o verbo constranger, que consiste em coagir. Há a entrega de parcela indevida, se foi devida, configura exercício arbitrário das próprias razoes. Sendo o fim não econômico, configura-se constrangimento ilegal. 
Crime formal, para o entendimento majoritário, que conclui haver tipificação com a mera ação ou omissão da vitima,independente da vantagem econômica. (não seria configurado constrangimento ilegal?).
Extorsão Majorada (causas de aumento de pena):concurso de agentes e emprego de arma.
Qualificadoras: lesão corporal grave ou morte. 
Artigo 159 – Extorsão Mediante Sequestro:
Sequestro é crime meio para que se obtenha a extorsão. Crime hediondo em todas as suas formas. Crime pluriofensivo por violar tanto o patrimônio quanto a liberdade individual. Crime comum. Sujeito passivo pode recair sobre duas pessoas, tanto a qual se veja privada de sua liberdade de ir e vir quanto a qual recai o debito patrimonial indevido. Crime permanente, com lapso temporal considerável para que se tipifique, se enquadre. Sequestro lato sensu, enquadrando também o cárcere privado. Crime formal, consumando-se com o simples sequestro, na qual a obtenção da vantagem indevida será mero exaurimento (por isso é necessário conhecer a finalidade da vitima). A tentativa é possível.
Qualificadoras: quando perdurar lapso temporal por mais de 24 horas./ Praticado por bando./Recair a conduta sobre menores ou idosos. 
Quando advém de lesão corporal grave.
Quando advém de morte do ofendido. 
Admite perdão judicial, com diminuição de pena, quando arguido pelo magistrado, facilitar o encontro da vitima. 
Artigo 160 – Extorsão Indireta:
Crime de agiotagem. O agente, tendo conhecimento da situação desfavorável da vítima, acaba por lhe conceder credito por meios indevidos, afim de que gere uma obrigação naquela de pagar e o sujeito ativo acaba por lhe cobrar o documento que comprove a negociação afim de imputar-lhe certo medo por uma ação judicial. Desse modo, é crime comum, doloso. Exige, para que se consume a exigência ou o recebimento por parte do agente da documentação. 
Artigo 161 – Alteração de Limites:
Visa a tutela dos bens imóveis, até então não tutelados nesse rol. Condena a alteração na demarcação dos limites que estabelecem a circunscrição que incide o direito de posse/propriedade sobre certa res. É crime próprio, só podendo ser praticado pelo vizinho limítrofe. Exige-se que a conduta cause confusão no reestabelecimento da demarcação. Doloso. Crime formal, se consumando com a mera alteração dos limites. Para outros, material, com a usurpação de certa parcela territorial de propriedade vizinha. 
§1º: usurpação de águas, de proprietário ou possuidor. Ou até mesmo privação do uso pleno. Doloso. Crime formal, sendo o uso de terceiro ou do agente próprio, mero exaurimento.
II – Esbulho Possessório
Artigo 162 – Supressão ou Alteração de Marcas em Animais:
Posse e propriedade de semoventes. Que serão alvos de apagamento e alteração de marcas respectivas a seus donos. Necessario que esteja em rebanho e que possua já marca existente, caso contrário, não se configura o delito.
Artigo 163 – Dano:
É a coisa alheia móvel ou imóvel, na qual recai a conduta do agente. Tal crime funciona como elementar ou qualificadora de outros crimes, como furto qualificado por rompimento ou destruição de obstáculo. Delito se caracteriza com a simples lesão a res. Crime comum. Doloso. Necessário valor econômico da coisa, e não sentimental. Recai sobre bem de pessoa proprietária ou possuidora. Recai o princípio da bagatela caso se tenha valor ínfimo. 
I – Com violência ou grave ameaça
II – Emprego de substancia inflamável ou explosiva
III – Contra patrimônio publico
IV – Motivo egoístico ou com prejuízo considerável a vítima
Artigo 164 – Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia:
O nome do tipo já exprime a ideia. Crime doloso, material, comissivo ou omissivo. Se houver vontade de produzir dano, incide sobre o agente a figura do 163 (Dano). A tentativa é impossível.
Artigos 165 e 166 – Revogados pela Lei de Crimes Ambientais 9.605/98
Artigo 167 – Irrisório, trata: ”nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante queixa. ”
Artigo 168 – Apropriação Indébita:
A inversão da propriedade ocorre no momento que, previamente, se obtenha a coisa pacificamente do lesado (posse mansa), e estando essa sob domínio do sujeito ativo, lhe vem o animus de definitividade em relação a res, configurando-se o delito. Atenta-se para que no momento anterior e no de inversão da posse, o sujeito tem a intenção de devolvê-la ao proprietário ou possuidor. Tutela-se o patrimônio. Recai sobre coisa móvel alheia. Doloso. Consuma-se na inversão de posse em propriedade (difícil averiguação exata, por isso, tentativa não é admitida)
Aumento de pena: Depósito necessário; na qualidade de tutor, curador, sindico, testamenteiro...; em razão de ofício, emprego ou profissão. 
168-A: Apropriação Indébita Previdenciária
Deixar de repassar a quantia recebida, em virtude de qualidade como funcionário e desse modo, lesionando bens patrimoniais da vítima (União Federal). Crime omissivo (deixar de repassar). Crime formal, independendo lesão a Administração Pública. Necessário prévio esgotamento das vias administrativas. Possibilidade de perdão judicial caso o agente pague antes da sentença. Incide sobre valores acima de 10.000,00. 
Artigo 169 – Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Tutela-se o patrimônio. Recai sobre coisa móvel. Evita a locupletação indevida. Reza sobre o ganho de credito advindo de erro de outrem (homônimo na entrega de certa coisa; livro emprestado com cédulas de dinheiro), caso fortuito (bem semovente, a exemplo do boi, que adentra em propriedade alheia) ou força da natureza (vento leva as roupas de uma casa a outra). Devendo o recebedor devolver a parcela. Caso não devolva, configura o crime. Dolo específico: animus de definitividade sobre a res. Não se consuma com o simples recebimento (portanto, crime material), por isso, difícil averiguar corretamente o momento da inversão. 
§ún., I: Apropriação sobre tesouro. 
II: Apropriação de coisa achada.
§2º: Privilegiadoras sobre coisa de pequeno valor ou réu primário.
Artigo 170 -  “Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.”
Artigo 171 – Estelionato:
Tutela-se o patrimônio, quando o agente, induzindo outrem ao erro ou aproveitando-se deste lhe deixa espoliar determinado bem. Não há violência e grave ameaça. A boa-fé também entra no rol de proteção do artigo. O benefício pode recair por terceiro, que responde por coautoria ou participação. O sujeito passivo não necessariamente é o proprietário da res. Máquina não é sujeito passivo, pois a dicção do artigo diz: outrem. Quando o pólo lesado for número indeterminado de pessoas, será crime contra a economia popular. 
Fora o recebimento há de se ter o prejuízo da vítima. 
Requisitos: 1. Emprego de fraude;
2. Situação de erro na qual a vítima é colocada ou mantida;
3. Obtenção de vantagem ilícita; e,
4. Prejuízo suportado pela vítima.
Sem o dolo especifico não há de se falar em estelionato (configura ilícito civil). Admite tentativa. 
Privilegiadoras (sempre vinculadas): Pequeno valor da coisa; Agente Primário.
§2º (figuras equiparadas): I- Disposição de coisa alheia como própria: se o bem provem de furto, considera-se como mero exaurimento. Não ocorre concurso material. Pode ser coisa imóvel ou móvel. O agente se silencia, omite a origem. 
II – Alienação ou Oneração Fraudulenta da própria coisa: disposição de bem impossibilitado para tal. Penhora é entendida como mero ilícito civil.
III – Defraudação do Penhor: É o devedor que, conservando a posse da coisa em depósito, a aliena em prejuízo do credor.
IV – Fraude na Entrega da Coisa: devedor a credor.
V – Fraude para recebimento de seguro ou indenização: sujeito se autoflagela, ou omite seu carro, ou o bate. Necessário vínculo contratual entre agente e vítima (seguradora).
VI – Fraude no pagamento por meio de cheque
§4º Causa de Aumento de pena: crime cometido contra idoso; dobra-se a sanção.

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