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URBANISMO CONTEMPORÂNEO Criciúma, Setembro de 2016 Disciplina: Urbanismo I Profª: Flávia Gobatto Acadêmicos: Adriana Vecchietti Fabrízio Rodrigues Felipe Longaretti Introdução Na década de 30 em diante, os planos reguladores distinguem as zonas residenciais, as zonas industriais, as zonas para os serviços, etc. A separação da rede de ruas para pedestres da rede para tráfego de carros. Tenta-se dar à cidade uma organização mais racional sem mudar a primazia das funções de comércio e escritórios. Introdução Depois da primeira Guerra Mundial os bairros públicos das administrações Alemãs, holandesas, escandinavas, são as primeiras demonstrações do novo ambiente urbano projetado pelos arquitetos modernos. AMSTERDÃ Em que medida a pesquisa da arquitetura moderna transformou o nosso ambiente de vida? Amsterdã e Londres, esta transformação teve êxito parcial. Em seguida tentaremos confrontar esses exemplos com a situação geral, e veremos os dramáticos problemas produzidos em toda parte do mundo pelo aumento da população urbana e pelo desenvolvimento econômico. Amsterdã A cidade holandesa alcança sua máxima prosperidade em fins do século XVII Porto perde aos poucos sua importância pelo aterro do mar. 1875 é escavado um canal que liga diretamente a cidade ao mar do norte Amsterdã Amsterdã retorna seu vigor, os muros são transformados numa cerca de jardins e ao redor forma-se uma periferia de bairros medianos em forma de tabuleiro. A estrada de ferro é construída exatamente em frente ao porto e a estação é colocada em frente ao leque seiscentista, separando definitivamente a cidade do mar aberto. Centro histórico de Amsterdã, como é hoje circundado pela periferia. Cf. com as figuras. 1099-1105 Amsterdã Em 1901 é aprovada a primeira lei urbanística holandesa que obriga as cidades com mais de 10.000 habitantes a preparar um plano regulador geral. Em 1902, Berlage um dos melhores arquitetos holandês é encarregado de ampliar Amsterdã para o sul. Amsterdã Em 1928, foi instituído junto ao departamento das obras públicas um organismo urbanístico independente, fazendo com que as pesquisas dos modernos arquitetos dê seus frutos. Nesta repartição, entra Cornelius Van Eesteren, que dirige um plano regulador aplicando o resultado de dez anos das pesquisas arquitetônicas modernas. Plano de Amsterdã e suas três características: 1- Com ajuda de especialistas, são feitas numerosas indagação cientificas. 2- Divide-se a periferia da cidade em bairros de cerca de 10.000 moradias promovidos de todos os equipamentos necessários e separados por faixas de verde. 3- Cada bairro é dividido em unidades menores, cada uma delas confiada ao um arquiteto supervisor. Plano de Amsterdã O plano regulador geral de Amsterdã foi aprovado em 1935, seus novos bairros estão situados a oeste da cidade, se ligando ao centro antigo e ao porto, seja as indústrias colocadas ao norte, ao longo do canal que chega ao mar aberto. Os bairros mais recente depois da guerra tem seus prédios variando entre 2 a 12 andares. Esquema do Plano Regulador de 1935 Plano de Amsterdã Cada bairro tem grande espaço verdes, o plano prevê também, um parque da cidade com 900 hectares. Estes parques da cidade contém desde equipamentos de esporte, lazer mais também um canal de dois quilômetros para competição, teatro ar livre, entre diversas outros afazeres. Amsterdã O núcleo medieval com a coroa dos três canais seiscentistas permaneceu o único centro do organismo urbano, com a população quatro vezes maior, as ruas com um transito maior, e muitos edifícios foram alterados. A administração procurou conservar o caráter tradicional restaurando casas antigas e reservando um longo passeio as ruas comerciais importantes. VISTA AREA DO BAIRRO DE SLOTERVAART Amsterdã Em 1968 resolveu-se construir uma rede ferroviária metropolitana, subterrânea na cidade histórica e elevada nos bairros periféricos. Mais o crescimento da cidade evidenciou os defeitos de planejamento perdendo o contato com o campo e sobretudo com a agua. Com isso nasceu novos bairros com posições diferentes com casas que na primeira fila dão para os parques, e outras que permanecem na segunda fila com ruas inutilmente complicada. Amsterdã Os arquitetos Bakema e Van Derbroek, em 1965, apresentam um projeto para ampliação de Amsterdã leste. Este projeto prevê ilhas artificiais, percorrida por um ramal do metropolitano e por uma auto-estrada veloz. Cada unidade é dividida em três zonas que estão voltadas para recreação, jardins, quadras de esporte etc... Amsterdã Uma unidade de 10.000 habitantes deveria ser projetada e realizada como uma grande composição unitária que deveria ser transportada em escala maior. Por isso esse estudo teve de ser apresentado como uma proposta privada: que indica uma possibilidade tecnicamente realística, mais ainda não realizável na atual situação administrativa holandesa. LONDRES No século XIX, Londres é a maior cidade do mundo Em 1851 conta com mais de 2 milhões de habitantes E depois a 4 milhões e meio em 1901 e cobre quase que totalmente a área do condado de Londres, mais outros 2 milhões de habitantes vivem fora dos limites do condado, assim contribuem para formar um enorme aglomerado. Londres e as novas cidades Inglesas Londres e as novas cidades Inglesas Concentração de casas e ruas Surgem extraordinárias Maravilhas Pall Mall Primeira rua do mundo inteiro, iluminada a Gás. Palácio de Cristal 1851 Acontece Exposição Universal É o maior edifício jamais construído Início da construção da rede ferroviária metropolitana de 1848 a 1865 Inauguração Ponte Suspensa 1894 Perto da Torre de Londres Com a parte cental móvel para passar os navios Londres e as novas cidades Inglesas Depois da guerra o governo trabalhista, que assume o poder em 1945. Instituição de duas novas leis: Realização de novas cidades: Critérios para formação de planos urbanísticos O Tráfego de Londres; Gravura de Gustave Doré, de 1872 Parques Públicos Controle desta enorme cidade é confiado a mais de 300 repartições locais Providências: Regent’s Park em 1839 Victoria Park em 1845 Finsbury Park em 1869 Melhoramento dos bairros mais degradados Cidades Novas Ao lado dos organismos públicos intervém A Sociedade para melhorar as habitações dos trabalhadores fundada em 1854 Atividade de construção iniciada por Octavia Hill com ajuda de Ruskin em 1865 Associação de cidades-jardiim, promovida por Howard em 1898 Cidades Novas Funda duas cidades novas Howard Lechtworth em 1902 Welwyn em 1919 Planta da primeira cidade jardim, Letchwork, fundada em 1902 Adequação do sistema viário aos bairros. Fonte: Forshaw e Abercrombie, 1944, p. 54 O traçado da cidade é simples, claro e informal, distanciando-se de configurações geométricas. Ao centro um parque circundado por uma estufa, com edifícios públicos da cidade. Ao redor os bairros de habitação com as escolas. Welwyn 1919 Casas sem muros Jardim frontal Passeios com gramas Arbustos Intenso arvoredo Jardins coletivos nos centros das quadras 2ª Cidade Jardim Construída a 15km de Lechtworth Crise de 1929 Intervenção pública de conjunto para regular o crescimento da cidade só se torna possível na década de 30. Lei votada em 1938 bloqueia a expansão da cidade: Fixar o perímetro alcançado pela área construída e forma um cinturão verde, isto é, ao redor da cidade uma coroa circular agrícola. 1940 - Bombardeio Aéreo Alemães bombardeiam Londres e boa parte da cidade é destruída. Como reconstruir: Ai começam as discussões: Arquitetos modernos ingleses reunidos no grupo MARS em 1942 plano que rompe a forma compacta de Londres em duas fileiras de quarteirões alternados com zonas verdes. Plano proposto pelo grupo MARS para Londres Arbercombi e Forshaw 1488 - 1941 Zona Externa Compreende o cinturão verde. Onde deveria ocorrer todo o aumento futuro com cidades novas Expansão das cidades existentes Zona Suburbana Onde moram outros 3 milhões de habitantes- população deve permanecer estacionada Planejamento urbano de Londres Zonas concêntricas do plano regulador de Londres, de 1944. Do interna para o exterior. Condado de Londres em preto, zona interna e zona suburbana, onde estão previstas as cidades. 14 novas cidades 08 na zona externa de Londres 06 outras nas zonas da Inglaterra Semelhanças às cidades jardim de Howard: Densidade um tanto baixa Casas unifamiliares com jardim Bairros de habitação de cerca de 10.000 hab. cada um Duas escolas primárias Serviços comuns Parques infantis Lojas , etc. novas cidades as mais significativas – últimos 20 anos Cumbernauld projetada em 1956 para 70.000 hab. Por Hugh Wilson. Trânsito motorizado. Hook (não foi realizado) 1960 para 100.000 zonas verdes distribuídas ao redor da cidade. Runcorn 1964 proj. por Artur Ling, para 100.000 Milton Keynes 1970 proj. por Fred Pooley, para 250. 000 habitantes. Estas cidades são tentativas de para inventar a forma do ambiente da cidade do futuro próximo , saltando os obstáculos que se encontram nas cidades tradicionais. Trânsito nas cidades Em 1963, é publicado um relatório e que encara pela primeira vez de maneira moderna deste grave problema: “ O tráfego não pode crescer continuamente sem destruir o ambiente urbano, então a finalidade dos planos urbanísticos deve ser a conservação e a melhoria das qualidades de vida nas várias zonas das cidades, adaptando o trânsito aos investimentos disponíveis.” Muitas cidades inglesas tem como plano de transformação das zonas centrais onde o tráfego automobilístico e de pedestres são coordenados de maneira unitária. Na Inglaterra, os resultados da pesquisa arquitetônica moderna foram aceitos exatamente pelas administrações públicas e aplicadas mais amplamente que em qualquer outra parte do mundo. O terceiro mundo e os estabelecimentos marginais Em alguns países o equilíbrio do território resiste pelos planos da autoridade pública (ex: plano diretor); Crescimento da cidade é controlado de maneira razoável. Em alguns países o equilíbrio do território resiste pelos planos da autoridade pública (ex: plano diretor); Crescimento da cidade é controlado de maneira razoável. Estabelecimentos regulares e irregulares Estabelecimentos irregulares “marginais” Considerados uma extensão desorganizada da cidade; Também chamados de: ranchos (Venezuela) e favelas (Brasil); Na atualidade estabelecimentos irregulares crescem mais rápido que os ditos regulares; Abrigam a maioria da população; Terreno ocupado sem título jurídico; Casas são construídas com recursos próprios; Serviços básicos precários ou ausentes; Sem diretrizes específicas. Enquanto nas cidades regulares... Se aplicam os métodos de arquitetura e urbanismo modernos; Criam privilégios; Tornam-se técnicas de luxo – maior qualidade de vida da minoria, que já está melhor. Irregulares X regulares Rio de Janeiro e Constantino Doxiadis... Foi um arquiteto urbanista grego que desenvolveu o PLANO POLICROMÁTICO (espécie plano diretor), em 1965, a pedido do Governador do RJ, Carlos Lacerda; Objetivo do Plano: Era preparar a cidade do Rio de Janeiro para o crescimento esperado até o séc. XXI. Pensado para as necessidades das futuras gerações; Habitação, lazer, trabalho (questões fundamentais plano) O plano previa: Construção área industrial; 10 mil casas para moradores das favelas; Escolas com 7,5 salas de aula (+100 anos previsão); 403 km vias expressas; 517 vias principais; 80 km vias metrô; Saneamento básico. O urbanista também propôs: Grandes vias de circulação que integrariam as cidades chamadas de... Linhas vermelha, azul, amarela, marrom, verde e lilás. O plano jamais foi implementado em sua totalidade; Décadas mais tardes surgiram viadutos, túneis e as linhas restantes. A índia e Le Corbusier... Templo de Lótus, um templo da fé, na capital, Nova Déli Taj Mahal Foi um arquiteto, urbanista, escultor e pintor de origem suíça; Como urbanista, propôs um novo arranjo urbano que se adequasse à vida moderna. É dele a ideia de criação de bairros-jardim, para as classes mais ricas; Como arquiteto, propôs a utilização de novos materiais, como o concreto armado. Em 1951, o governo indiano convidou Le Corbusier (arquiteto franco-suiço), para trabalhar no projeto de Chandigarh, a nova capital do estado do Punjab, (Índia) no norte do país; Le Corbusier criou o plano diretor, enquanto o projeto dos setores individuais e da maioria das edificações foi feita por terceiros. Le Corbusier traçou o plano urbanístico, projetou e realizou a grande esplanada dos edifícios governativos (o capitólio – obra mais importante de sua carreira). Assimetricamente organizados em uma enorme esplanada, os edifícios do Capitólio representam os poderes do Estado democrático e são compostas de: Os tribunais (Judiciário); Secretaria (Executivo); Assembléia Legislativa (legislatura); Palácio do Governador (não executado); Trench de Contemplação; Lagoas. Monumento Mão Aberta Secretaria Suprema corte Assembleia Legislativa Le Corbusier morreu em 1978. Foi enterrado no túmulo que projetou para si mesmo. Considera-se então que... População transfere-se do campo para a cidade (êxodo rural); Apenas uma parte é aceita nas cidades, o restante aumenta os estabelecimentos irregulares; A maioria da população mundial alojada em conjunto habitacionais irregulares; População dobra a cada 30 anos, a pop. Urbana a cada 15 anos e a pop. Urbana “marginal” a cada 07 anos e meio; Europa e EUA – Países desenvolvidos também possuem os mesmos problemas habitacionais; Há uma clara divisão entre as habitações regulares e irregulares, embora inseridas na mesma região. A arquitetura moderna encontra-se numa encruzilhada: Aceitar melhorar o ambiente da minoria dominante (tornar-se instrumento de uma nova discriminação social/mundial) ou analisar exatamente a divisão das cidades traçando planos emergentes e eficazes favorecendo à todos. Referências Bibliográficas WIKIPÉDIA. Le Corbusier. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Corbusier. Acesso em: 10 de setembro de 2016. WIKIPÉDIA. Constantino Dioxiadis. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Corbusier. Acesso em: 10 de setembro de 2016. GOOGLE. Imagens urbanísticas. Disponível em: https://www.google.com.br Acesso em: 10 de setembro de 2016. Agradecidos Pela Atenção de todos! * *
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