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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Aula 1: Conceitos Fundamentais Definição Equação Diferencial é toda equação em que aparece pelo menos uma derivada ou diferencial da função incógnita Exemplos: Equações Diferenciais Ordinárias e Parciais Uma Equação Diferencial Ordinária (EDO) envolve funções de uma variável e suas derivadas, enquanto uma Equação Diferencial Parcial (EDP) envolve funções de muitas variáveis e suas derivadas. Exemplos: EDO EDP Ordem de uma Equação Diferencial A ordem de uma equação diferencial corresponde à ordem da mais alta derivada da equação. Grau de uma Equação Diferencial O grau de uma equação diferencial é o maior expoente da derivada de mais alta ordem da função incógnita que aparece na equação. Solução de uma Equação Diferencial Considere uma equação diferencial de ordem n: Chama-se solução da equação diferencial (1) toda função definida em um intervalo aberto (a,b), juntamente com suas derivadas sucessivas até a ordem n inclusive, de tal forma que, ao fazermos a substituição de y por na equação (1), esta equação se converte em uma identidade em relação a x no intervalo (a, b). Solução de uma Equação Diferencial Exemplo: Consideremos a equação diferencial Será que é solução para a equação diferencial dada? Precisamos determinar a segunda derivada e substituir na equação diferencial, verificando se realmente será uma identidade. Solução de uma Equação Diferencial Substituindo em Realmente, é solução. Tipos de Solução de uma Equação Diferencial SOLUÇÃO GERAL – é a solução que contém tantas constantes arbitrárias quantas são as unidades da ordem da equação. SOLUÇÃO PARTICULAR – é toda solução obtida da solução geral, quando atribuímos valores particulares às constantes. SOLUÇÃO SINGULAR – é toda solução que não pode ser obtida a partir da solução geral atribuindo-se às constantes valores particulares. Gráfico da Solução Geral O gráfico da solução geral de uma equação diferencial representa uma família de curvas chamadas curvas integrais. Esta solução denomina-se primitiva ou integral da equação diferencial. Assim, a solução geral de uma equação diferencial ordinária de ordem n em um intervalo I é uma família de soluções y(t) no intervalo I, que depende de n constantes arbitrárias, de tal forma que qualquer solução particular pode ser obtida da solução geral, atribuindo-se valores às constantes. Exemplo: A solução geral da equação diferencial é o conjunto de todas as primitivas da função . Isto é : A solução apresentada deve ser válida para todo Esta Equação Diferencial possui: Solução geral: Gráfico: família de parábolas Problema de Valor Inicial Um problema de valor inicial para uma equação diferencial de ordem n: F( x, y’, y’’ ,y’’’, ..., ) = 0, consiste da equação diferencial e mais n condições do tipo (*) Onde são números reais conhecidos. Exemplo: Consideremos o Problema de Valor Inicial (PVI) Resolvendo a integral encontramos a solução geral: Equação diferencial Em matemática, uma equação diferencial é uma equação cuja incógnita é uma função que aparece na equação sob a forma das respectivas derivadas. Dada uma variável x, função de uma variável y, a equação diferencial envolve, x, y, derivadas de ye eventualmente também derivadas de x.[1] Por exemplo: {\displaystyle x^{2}{\frac {d^{2}y}{d Se y é uma função de x, e n é um inteiro positivo, então uma relação de igualdade (que não se reduz a uma identidade) que envolva x, y, y', y'', ...,y(n) é chamada uma equação diferencial de ordem n. DEFINIÇÃO: Equação diferencial é uma equação que apresenta derivadas ou diferenciais de uma função desconhecida (a incógnita da equação). CLASSIFICAÇÃO EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO): Envolve derivadas de uma função de uma só variável independente. EQUAÇÃO DIFERENCIAL PARCIAL (EDP): Envolve derivadas parciais de uma função de mais de uma variável independente. ORDEM: é a ordem da derivada de mais alta ordem da função incógnita que figura na equação. Exemplos: y' = 2x tem ordem 1 e grau 1 y"+x2(y')3 - 40y = 0 tem ordem 2 e grau 3 y"'+x2y3 = x.tanx tem ordem 3 e grau 3 RESOLUÇÃO A solução de uma equação diferencial é uma função que não contém derivadas nem diferenciais e que satisfaz a equação dada (ou seja, a função que, substituída na equação dada, a transforma em uma identidade). Ex: Equação diferencial ordinária: = 3x2 - 4x + 1 dy = (3x2 - 4x + 1) dx dy = 3 x2dx - 4 xdx + dx + C y = x3 - 2x2 + x + C (solução geral) Uma solução particular pode ser obtida da geral através, por exemplo, da condição y(-1) = 3 (condição inicial) 3 = -1 - 2 - 1 + C C = 7 y = x3 - 2x2 + x + 7 (solução particular) Observação: Em qualquer dos dois casos, a prova pode ser feita derivando a solução e, com isso, voltando à equação dada. As soluções se classificam em: Solução geral - apresenta n constantes independentes entre si (n = ordem da EDO). Essas constantes, de acordo com a conveniência, podem ser escritas C, 2C, C2, lnC, Solução Particular - Obtida da geral, mediante condições dadas (chamadas condições iniciais ou condições de contorno). EQUAÇÕES LINEARES HOMOGÊNEAS, 2ª ORDEM FORMA : y'' + a1 y' + a0 y = 0 (a0, a1 constantes) Ex: y = Então y' = e y'' = Substituindo na equação dada: ou () = 0 0 para todo x, logo devemos ter = 0, que é uma equação do segundo grau na variável , chamada EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA. A solução da equação diferencial linear irá depender da raízes 1 e 2. 1, 2 números reais e distintos C1 e C2 são soluções particulares da EDO e a solução geral é y = C1 + C2 1 = 2 = (números reais e iguais) a solução geral da EDO é y = C1 + C2x 1 = a + bi, 2 = a - bi (complexos conjugados: a, b reais) a solução geral é y = C1 + C2 Ex: y'' - 2y' - 15y = 0 Equação característica: - 2 - 15 = 0 cujas raízes são: 1 = 5, 2= -3 Solução geral: y = EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE ORDEM N Uma equação diferencial linear de ordem n é da forma: fn(x)y(n) + fn-1(x) y(n-1) +...+ f2(x) y'' + f1(x)y' + f0(x)y = k(x) onde k(x) e os coeficientes fi (x) são funções de x. CLASSIFICAÇÕES: Equação linear homogênea (k(x) = 0), ou equação linear não-homogênea (k(x) 0). Equação linear: de coeficientes constantes ( f0, f1, f2, ..., fn constantes) de coeficientes variáveis (pelo menos um fi variável) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EXATAS Se P e Q têm derivadas parciais contínuas, então: P(x,y)dx + Q(x,y)dy = 0 é uma equação diferencial exata se e somente se Ex: (3x² - 2y³ + 3)dx + (x³ - 6xy² + 2y)dy = 0 P(x,y) = 3x²y - 2y³ + 3 e Q(x,y) = x³ - 6xy² + 2y e logo Px = Qx e a equação diferencial é exata. TEOREMA: A equação diferencial linear de primeira ordem y' + P(x)y = Q(x) pode ser transformada em uma equação diferencial de variáveis separáveis multiplicando-se ambos os membros pelo fator integrante . Ex: Solução: A equação tem a forma do teorema onde, P(x) = -3x² e Q(x) = x² Pelo teorema: Multiplicando todos os termos pelo fator integrante: - 3x²y = x² ou = x²dx = + C A multiplicação por dá a solução:
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