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CRIMES VIRTUAIS
Oljailson Nogueira de Freitas�
RESUMO
Com a rápida evolução da tecnologia, podemos ver que com a implantação do ambiente virtual na rotina das pessoas tem ocorrido inúmeras condutas danosas e antijurídicas, o que se torna indispensável que o direito regule estas ações que vieram a existir. Com isso o controle destas condutas tem sido tema de discussões, residindo aí as principais divergências na necessidade de uma legislação específica. O presente artigo aborda sobre este assunto, de maneira mais precisa referente aos crimes eletrônicos, ou seja, os crimes que estão vinculados no ambiente virtual buscando verificar os meios de serem analisados, suas características, o que a nossa legislação nacional versa sobre esse tema e o que já tem de projetos de leis aplicáveis atualmente sobre esse assunto.
PALAVRAS-CHAVE: 1 Direito. 2 Crimes Virtuais. 3 Internet. 4 Tecnologia. 5 Ciberespaço.
_________________________
1 INTRODUÇÃO
A internet teve início em meados de 1960 por meio de um projeto do Governo americano durante a guerra fria, no qual as comunicações intragovernamentais vieram a ser internalizadas, para evitar a publicação de dados referentes à segurança nacional.
Posteriormente, em 1970, foi criado o “protocolo internet” que permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários, sendo que ainda estava restrita aos centros de pesquisa dos EUA.
Foi então somente em 1980 que foi criado propriamente o termo “internet”, sendo ampliado o seu uso para a forma comercial e, finalmente, em 1990, a internet alcançou o seu ápice.
Para Inellas (2004, p.3):
A internet é uma rede de computadores, integrada por outras redes menores, comunicando entre si, os computadores se comunicam através de um endereço lógico, chamado de endereço IP, onde uma gama de informações são trocadas, surgindo ai o problema, existe uma quantidade enorme de informações pessoais disponíveis na rede, ficando a disposição de milhares de pessoas que possuem acesso à internet, e quando não disponíveis pelo próprio usuário, são procuradas por outros usuários que buscam na rede o cometimento de crimes, os denominados Crimes Virtuais.
Hoje há vários meios de se acessar à internet, já que não se restringe somente aos computadores, mas também pelos celulares, tablets, até mesmo utilizando um simples relógio. Com o aparecimento desta nova tecnologia e com sua popularização não houve somente benefícios, logo houve o início do crime virtual.
2 CRIMES VIRTUAIS
Com a disseminação dos computadores e o fácil acesso à internet, o intenso fluxo de dados e a enorme quantidade de usuários produziram consequências e riscos em todo mundo. Decorrente ao surgimento deste “mundo virtual”, inevitavelmente foi surgindo crimes e criminosos especializados na linguagem da informática. Tais crimes são chamados de crimes virtuais, digitais, informáticos, crimes por computador, dentre outras nomenclaturas.
Segundo Rossini (2004, p.110):
O conceito de delito informático poderia ser descrito como aquela conduta típica e ilícita, constitutiva de crime ou contravenção, dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva, praticada por pessoa física ou jurídica, com o uso da informática, em ambiente de rede ou fora dele, e que ofenda, direta ou indiretamente, a segurança informática, que tem por elementos a integridade, a disponibilidade a confidencialidade.
	Em outras palavras, crime virtual pode ser aquele que comete qualquer ato antijurídico ou culpável, com objetivo de transmissão ou processamento automático de dados de um computador conectado à internet ou não, portanto, a própria invasão, mesmo não causando danos configura crime.	
	Os autores responsáveis por esses violações denominados crimes cibernéticos são chamados de Hacker e Cracker, mas há uma enorme e importante diferença entre os dois, segundo Plantullo (2003) Hackers são pessoas atribuídas de um amplo conhecimento em programação e utilizam este conhecimento para o lícito, criando ou melhorando sistemas já existentes, porém, os Crackers são indivíduos também atribuídos de muito conhecimento em programação, entretanto pratica atividades ilícitas, roubando dados e informações, invadindo sistemas, realizando transações bancárias ilegais, fazendo chantagens, extorquindo e várias outras formas de infrações ao direito alheio.
3 TIPOS DE CRIMES PRATICADOS
	Grande parte dos crimes que acontece no âmbito virtual também são cometidos no mundo real, porém o que acontece é que alguns crimes possuem peculiaridades, que se faz necessária um ajustamento em relação ao seu enquadramento penal, a seguir iremos analisar alguns crimes que sucede a essa era digital.
3.1 Fraudes Virtuais
	A fraude virtual é um crime onde o indivíduo pratica uma invasão, adulteração ou roubo de informações de um sistema de dados.
	Lima (2005, p.60) definiu fraude como:
Invasão de sistemas computadorizados e posterior modificação de dados, com o intuito da obtenção de vantagem sobre bens, físicos ou não, por exemplo, a adulteração de depósitos bancários, aprovações em universidades, resultados de balanços financeiros, pesquisas eleitorais, entre outros.
	Uma das formas mais comum de ocorrer as fraudes é através de páginas falsas no qual o usuário é persuadido a fornecer seus dados, um dos meios mais utilizados pelos fraudadores são as mídias sociais, que tentam de todas as formas enganar o usuário, fazendo assim que o mesmo forneça dados pessoais. Um dos crimes que ocorre diariamente na web é o famoso roubo de dados, o Código Penal define furto no Art. 155 do código penal como sendo “subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”.
3.2 Estelionato
	 No caso de aplicação do estelionato no meio virtual o indivíduo induz a vítima a errar, e com isso obtendo proveito de forma ilícita para si mesmo ou para terceiros. Uma das maneiras comuns do estelionato através da internet consiste no encaminhamento de falsos e-mails a vítima, fazendo com que o mesmo click em links no e-mail, em que acaba sendo direcionado para um site falso onde o mesmo digita informações pessoais, que são repassadas ao criminoso por meio da internet. 
	O Art. 171 do Código Penal diz que “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa”.
	
3.3 Crimes contra a honra
	Um dos crimes contra a honra, dentre vários, é o crime de difamação, que segundo o Art. 139 do Código Penal é definido como: “Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação”. 
	Segundo Pinheiro (2010, p.91) 
Na difamação a lei não exige que a atribuição seja falsa, basta somente à perpetuação de algo que venha a ofender a reputação do agente perante a sociedade, o crime irá se consumir no momento em que o terceiro tomar conhecimento do fato, em ambiente virtual o crime irá se consumir, por exemplo, quando alguém espalhar um ato ofensivo a uma pessoa pelas redes sociais, e os usuários presentes fizeram a leitura do fato ofensivo.
	Sendo assim, o crime de difamação praticado em âmbito virtual ocorre de diversas formas, imputando algum ato que insulte sua honra, seja em troca de e-mails, ou em publicações de ofensas em redes sociais.
	No art. 138 do Código Penal o crime de calúnia é descrito como: “caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime”. Nessa forma de crime a honra da vítima é afetada, sabendo que a declaração é falsa. 
	Já a injúria é um crime que consiste na disseminação de forma negativa, no que se diz respeito aos seus atributos morais, intelectuais ou físicos, da vítima afetando de forma grave a honra da vítima, de acordo com o Art. 140 do Código Penal onde está previsto que: “Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro”.
3.4 Pornografia Infantil
	A Pornografia Infantil não se caracteriza pela ocorrência da relação sexual com crianças ou adolescentes, mas sim na comercialização de reproduções pornográficasou eróticas envolvendo menores de idade. A lei 8.069/9062 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece a penalidade para o Pedófilo e aquele que comercializa ou faz a divulgação de imagens ou vídeos que envolve menores de idade.
Art. 240 – Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva ou película cinematográfica, utilizando-se de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena que, nas condições referidas neste artigo, contracena com criança ou adolescente. 
Art. 241 – Fotografar ou publicar cena e sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
	Embora, para que se encontre o indivíduo responsável pelo crime, é necessário a quebra de sigilo, para que seja possível rastreá-lo, e após localiza-lo é necessário ainda que as provas eletrônicas sejam examinadas pela perícia, para que assim sejam aceitas em processos.
3.5 Crimes contra propriedade intelectual
	O crime que ocorre contra a Propriedade Intelectual, normalmente é referente ao direito autoral, decorrente de um mundo virtual onde existe uma ausência de fiscalização, o que proporciona que as informações circulem de forma rápida, sendo assim permite que sejam copiados os materiais disponibilizados na web, não havendo referência em relação aos direitos como o autor da obra que está sendo replicada.
	No Art. 184 do Código Penal diz:
 Art. 184 - Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
§ 1º - Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
	Algumas pessoas acham que o trabalho que está disponibilizado na Internet é algo público, e que não tem problema em se usurpar do mesmo, sendo assim, pode-se entender que o direito de propriedade intelectual é um conjunto de proventos, asseguradas por lei, dadas ao indivíduo que criou a obra, para que o mesmo desfrute de todos os direitos gerados decorrentes a exploração de seu trabalho. 
3.6 Invasão de privacidade
	As pessoas passaram a disponibilizar um número infinito de informações no âmbito virtual decorrentes ao avanço da tecnologia. 
	De acordo com o pensamento de Pinheiro (2010) as pessoas que utilizam computadores para acesso a informações, compra de produtos, entre outras ações que acontece na internet, onde essas informações que foram disponibilizadas na internet, podem trazer uma penalidade as pessoas que as utilizam sem autorização, ou seja, o direito à privacidade constitui um limite natural ao direito à informação.
	No Art. 5 da Constituição Federal encontra-se a seguinte proteção “X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
4 LEGISLAÇÕES EM RELAÇÃO A CRIMES VIRTUAIS
	A falta de legislação específica tornava muito difícil a apuração dos crimes virtuais, uma vez que a legislação até então vigente havia sido direcionada aos crimes de forma geral, independentemente do meio utilizado para a sua prática
4.1 Lei Carolina Dieckmann
	No mês de maio de 2012, foi notícia na mídia a divulgação de imagens da intimidade da atriz Carolina Dieckmann em diversos sites, o que causou uma grande comoção social, o que abriu campo para a edição da Lei n. 12.737, de 30/11/2012, apelidada de “Lei Carolina Dieckmann”.
	Os crimes previstos pela lei são: 
Art. 154-A - Invasão de dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 266 - Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública - Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Art. 298 - Falsificação de documento particular/cartão - Pena - reclusão, de um a cinco anos e multa.
	
4.2 Lei Azeredo – Lei n° 12.735
	Um projeto de lei que circulou no congresso nacional desde 1999 e só aprovada em 2012, visava tornar crime 12 tipos de ações praticadas na internet, sendo elas hackear o computador de alguém, difundir vírus, derrubar sites, repassar pornografia infantil, estelionato eletrônico, dentre outras, no entanto tinha pontos polêmicos como guardar o histórico de acesso por três anos ou abrangentes demais que poderiam restringir a privacidade e a liberdade na web. 
	Por esse motivo a lei foi reformulada e restou apenas seis artigos que abordam sobre a falsificação de dados eletrônicos, com um parágrafo apenas para incluir nesse crime a falsificação de dados de cartão de crédito ou débito, traição por transferência de dados ao inimigo, eles também permitem a retirada do ar de páginas com mensagens racistas e a criação de um órgão ligado à polícia especializada no combate à delitos na internet.
4.3 Outras legislações
	Segue abaixo um resumo dos artigos que se enquadram como crime virtual.
Art. 153, § 1° - A do Código Penal – Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública. Pena – detenção de 1 a 4 anos, e multa. 
Art. 313 – A do Código Penal – Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Art. 313 – B do Código Penal – Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente. Pena – detenção de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Art. 325, § 1°, incisos I e II - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. 
§ 1 o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – Permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; 
II – Se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. 
Art. 2°, V – Lei n. 8.137/90 – utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública. 
Art. 72 da Lei n. 9.504/97 – Constituem crimes, puníveis com reclusão, de cinco a dez anos: I – obter acesso a sistema de tratamento automático de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de alterar a apuração ou a contagem de votos; II – desenvolver ou introduzir comando, instrução, ou programa de computador capaz de destruir, apagar, eliminar, alterar, gravar ou transmitir dado, instrução ou programa ou provocar qualquer outro resultado diverso do esperado em sistema de tratamento automático de dados usados pelo serviço eleitoral; III – causar, propositadamente, dano físico ao equipamento usado na votação ou na totalização de votos ou a suas partes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A internet é um mundo em expansão e tende a crescer muito mais, infelizmente os crimes virtuais estão acompanhando esse rápido crescimento o que preocupaa sociedade em geral, tendo como principal fator a falta de artifícios eficientes para coibir esses criminosos, mesmo tendo algumas leis existentes, não existindo ainda uma específica para o ambiente virtual, sendo que essas legislações não podem ser consideradas nacionais, pois os crimes não têm barreiras territoriais, sendo assim as organizações mundiais têm que unir forças para combater de forma mais concreta os crimes cibernéticos, e o primeiro passo é ter uma legislação específica.
Dessa forma, é necessário um novo pensar sobre o direito penal, tendo em vista as transformações trazidas pela globalização, implicando de forma direta o aumento da criminalidade especialmente de caráter transnacional, em vista que o crime praticado através da Internet se dá em todos os lugares em que a rede tem acesso disponibilizado. Assim sendo, o sonho e clamor da sociedade de haver uma legislação específica frente aos crimes cibernéticos são mais uma utopia dentro do nosso âmbito jurídico, onde se faz necessário, um diálogo entre os distintos polos intrinsecamente interessados na repressão de tais crimes e na preservação dos direitos historicamente positivados, fazendo prevalecer os princípios da democracia.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n° 12.737, de 30 de novembro de 2012. Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos; altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; e dá outras providências.
______. Lei n° 12.735, de 30 de novembro de 2012. Altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, o Decreto-Lei no 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal Militar, e a Lei no 7.716, de 5 de janeiro de 1989, para tipificar condutas realizadas mediante uso de sistema eletrônico, digital ou similares, que sejam praticadas contra sistemas informatizados e similares; e dá outras providências.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Internet
INELLAS, Gabriel Cesar Zaccaria. Crimes na Internet. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2004.
LIMA, Paulo Marco Ferreira. Crimes de computador e segurança computacional. Campinas, SP: Ed. Millennium, 2005.
PINHEIRO, Patrícia Peck. Direito Digital. 4. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
PLANTULLO, V. L. Estelionato Eletrônico. Curitiba: Juruá, 2003.
ROSSINI, Augusto Eduardo de Souza. Informática, telemática e direito penal. São Paulo: Memória Jurídica, 2004
�E-mail: oljailson1@hotmail.com

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