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IMUNIDADE PARLAMENTAR

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IMUNIDADE PALARMENTAR.
Oljailson Nogueira de Freitas�
RESUMO
O presente trabalho objetivou analisar o tema imunidade parlamentar por acreditar ser de grande relevância para a população brasileira que dentro de um senso comum entende ser a imunidade, sinônimo de impunidade. Procurou-se mostrar que a imunidade parlamentar é uma garantia constitucional, colocada à disposição do poder legislativo para sua existência autônoma, e que tem fundamental importância para o parlamentar, investido dessas prerrogativas, atue com a mais completa liberdade, sem preocupar-se com possíveis pressões vindas dos outros poderes, abordamos também as características da imunidade material, sendo elas a ordem pública, irrenunciável, absoluta e permanente, e a imunidade formal, que é dividida em prisão e processo.
PALAVRAS-CHAVE: 1 Direito. 2 Imunidade Parlamentar. 3 Material. 4 Formal.
_________________________
INTRODUÇÃO
	Devido aos vários casos de corrupção que foram relatados pela mídia, estabeleceu-se um sentimento de descrença com os políticos brasileiros, chegando a acreditar que as imunidades que favorecem os membros do legislativo, são na verdade uma forma de impunidade.
	Na realidade, as imunidades existem para fortalecer o poder legislativo, pois com essas garantias, os parlamentares podem exercer suas funções com total liberdade, sem se incomodar com as possíveis interferências vindas dos outros poderes.
	As imunidades foram instituídas em favor do poder legislativo para beneficiarem seus membros para que estes representem a vontade emanada do próprio poder, ela não é um benefício pessoal, mas sim público. 
	No primeiro capítulo foram estudados os conceitos de imunidade, refletindo sobre o princípio de isonomia, explicou-se sobre ser um benefício do próprio parlamento e não pessoal.
	No segundo capítulo falaremos sobre a imunidade material, que impede que o parlamentar seja punido por votos, opiniões e palavras, proferidos no exercício de seu mandato.
	No terceiro capítulo refere-se sobre a imunidade formal, que se subdivide em imunidade em relação a prisão e em relação ao processo.
	Enfim, o estudo elaborado visa mostrar a importância de se ter um parlamento garantido com a imunidade para o efetivo desempenho de suas funções.
1 CONCEITO
	A constituição federal de 1988, visando garantir o livre exercício de cargo legislativo, sem a interferência ou pressão dos demais poderes, estabeleceu a imunidade parlamentar, criando uma segurança aos membros do parlamento para realizarem seus trabalhos com independência em suas manifestações garantindo assim a própria existência autônoma do parlamento.
	Segundo Alexandre de Moraes (2005, p.398):
As imunidades parlamentares representam elementos preponderantes para a independência do poder legislativo. São prerrogativas, em face do direito comum, outorgados pela constituição aos membros do congresso, para que estes possam ter bom desempenho de suas funções
	Alguns parlamentares se utilizam da imunidade que a constituição lhes outorgou para praticarem crimes com a certeza de que não irão para a cadeia, mas como é de consciência de todos, a constituição federal não preconiza isso, pois se assim fizesse estaríamos diante de um Estado de impunidade total, e a população brasileira não aceitaria, pois, os privilégios seriam quem nós elegemos para governar nossa nação. Esse pensamento além de incompatível com a CF/88, é incompatível com os princípios da democracia.
	Pensar que se pode utilizar de uma norma constitucional para assegurar a não punição, é estar completamente desprovido de ética e bom senso, e ao analisarmos a carta magna, observamos que em nenhum momento há uma tentativa de acobertar criminosos.
	Se o parlamentar utilizar a imunidade para praticar crimes, mesmo com esse benefício, ele ainda pode responder por processo a casa eleitoral da qual ele pertence, porque a constituição federal expressamente diz que quando o parlamentar é acusado de um crime, o processo instaurado contra ele pode ser suspenso, portanto no termino de seu mandato retornariam os procedimentos acusatórios.
 2 IMUNIDADE MATERIAL
	 A imunidade material está inserida na constituição federal de 1988 no caput do artigo 53 dizendo que os parlamentares não poderão ser punidos civil ou penalmente por suas opiniões, palavras e votos desde que proferidos em exercício de seus mandatos.
	A imunidade com relação a parte civil, não estava inserida no texto original da CF/88, foi somente com a emenda constitucional n. 35 de dezembro 2001, que a imunidade civil foi inserida, dessa forma, estes não podem ser processados por possíveis danos morais, como exemplo.
	A imunidade tem como característica ser de ordem pública, onde a inviolabilidade é uma garantia do indivíduo ocupante do mandado, e não uma garantia pessoal; é irrenunciável pois como não se trata de um benefício pessoal, e sim uma garantia em razão da função desenvolvida, sendo assim o parlamentar não pode renunciar essa garantia por não lhe pertencer, a doutrina e a jurisprudência são pacificas no entendimento de ser um benefício em favor da sociedade, e não do parlamentar; deve ser absoluta , ou seja, a imunidade material é total resguardando qualquer reponsabilidade do parlamentar; e permanente, onde a inviolabilidade é perpétua, não podendo ser responsabilizado mesmo após o término do mandado parlamentar.
 3 IMUNIDADE FORMAL
	Consta no texto original da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 53 diz que:
Art.53
§1° - Desde a expedição do diploma, os membros do congresso nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua casa.
§2° - O indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação suspende a prescrição enquanto durar o mandado.
§3° - No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de vinte e quatro horas, à casa respectiva, para que, pelo voto secreto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação de culpa.
	A imunidade formal se divide em duas modalidades, sendo elas a prisão e o processo, quanto a prisão é preciso salientar que o parlamentar não pode ser preso, salvo no caso de flagrante de crime inafiançável, nesse caso se tem o prazo de vinte e quatro horas para ser remetido à casa respectiva, para que esta resolva sobre a prisão e sobre a instauração do processo.
	Enquanto o parlamentar estiver investido na qualidade de senador ou deputado, a prescrição não correria estando suspensa até o fim do mandado, caso seja reeleito, continuaria a suspensão e só correria o prazo prescricional após o termino do último mandado consecutivo.
	A imunidade processual é em relação a processo penal, ela não impede o prosseguimento das ações civis, nem administrativas, salvo nos casos em que se tem a ordem de prisão do réu.
	Exige a licença prévia de casa do parlamentar para que seja instaurado o processo criminal, ou se já havia processo instaurado, se pode ocorrer o prosseguimento desta ação.
	Esta licença é a autorização necessária para que se tenha o prosseguimento da ação e deverá ser votada por intermédio de voto secreto da maioria dos membros da casa legislativa da qual pertence o deputado ou senador.
	Em relação a instauração de inquérito policial, o Supremo Tribunal Federal entende que a garantia da imunidade parlamentar em sentido formal não impede a instauração de inquérito policial contra membro do poder legislativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	As imunidades têm vital importância para a importância do poder legislativo, pois elas garantem a autonomia frente aos demais poderes do Estado, dando total liberdade para agirem de acordo com suas funções.
Os processos por crimes cometidos antes da diplomação, não são atingidos pelas imunidades, mas os processos criminais que iniciaram após a diplomação podem ser por iniciativa de partidos políticosque tenham representação na casa.
Essas imunidades são de ordem pública e por isso irrenunciável, pois se entende que se fosse renunciável estaria dizendo que as imunidades são benefícios pessoais do parlamentar, o que não é verdade
REFERÊNCIAS
Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 53. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acessado em 01 de junho de 2017
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2005
�E-mail: oljailson1@hotmail.com

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