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INCAPACIDADE JURIDICA

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OS TIPOS DE INCAPACIDADE JURIDICA E SUA SUSPENÇÃO
Oljailson Nogueira de Freitas�
RESUMO
A incapacidade seria o restringimento legal das práticas exercidas na vida civil, exigida por lei aos que precisam de proteção, existe dois tipos de incapacidade, a absoluta incapacidade e a relativa incapacidade, sendo que, a absoluta incapacidade é aquela que ocorre a total proibição do exercício. Já a incapacidade relativa se encontra em um ponto intermediário entre a capacidade plena e a incapacidade total, os relativamente incapazes possuem um discernimento razoável, podendo praticar alguns atos sozinhos. A incapacidade acaba quando some os motivos que a caracterizam. Entretanto, existe uma forma da incapacidade de o menor cessar antes de atingir a maioridade penal, a chamada emancipação. A diferença entre os indivíduos que são absolutamente incapazes das que são relativamente incapazes é que no primeiro caso a pessoa deve ser representada por alguém, não podendo atuar diretamente na vida civil e no segundo caso a pessoa pode praticar os atos da vida civil, sendo necessário apenas uma assistência.
PALAVRAS-CHAVE: 1 Direito. 2 Incapacidade. 3 Absoluta. 4 Relativa.
_________________________
1 INTRODUÇÃO
	A incapacidade seria o restringimento legal das práticas exercidas na vida civil, exigida por lei aos que precisam de proteção, existe dois tipos de incapacidade, a incapacidade absoluta e a incapacidade relativa.
A incapacidade absoluta se caracteriza pela ocorrência da total proibição do exercício, já a incapacidade relativa encontra-se em um meio termo entre a total capacidade e a plena incapacidade, os incapazes relativamente possuem um discernimento razoável, podendo praticar alguns atos sozinhos, entretanto estes, possuem exceções, pois para a prática de atos em geral, devem estar sempre acompanhados por seus responsáveis legais, tendo como pena a anulabilidade.
2 INCAPACIDADE ABSOLUTA
	Conforme já mencionado anteriormente, a incapacidade absoluta acarreta a total proibição da pratica dos direitos do indivíduo. Os atos praticados pelos considerados absolutamente incapazes só poderão ser praticados acompanhados pelo seu representante legal. O Art. 3º do Código Civil mencionava quem eram os incapazes absolutamente.
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I – os menores de dezesseis anos; 
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
III – os que, por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
	São considerados pelo ordenamento como incapazes aqueles com idade inferior a dezesseis anos, sendo assim, não podem exercer os atos da vida civil, em exceção quando estão representados pelo responsável legal.
	Se alguém for declarado incapaz, sendo por doença ou deficiência mental, as ações cometidas por ele devem ser considerados inválidos, entretanto a aqueles chamados lúcidos intervalos, sendo que não é aceitado pelo direito, com a tentativa de demonstrar que em um momento determinado, se encontrava lúcido, sendo assim a incapacidade é considerada por um estado contínuo e permanente.
	Incluem-se inúmeras possibilidades de privação transitória da capacidade de discernimento, por exemplo, por uma pessoa embriagada que não possa compreender o ato, por alguém que tenha ingerido drogas alucinógenas que interferem na compreensão, etc.
	Entretanto, em 2015 foi revogado os incisos II e III pela ex presidente Dilma Rousseff, alterando assim parcialmente o artigo, tendo como única hipótese para a incapacidade absoluta o menor de dezesseis anos, importante lembrar que a incapacidade por idade sofre variações em outros países. 
3 INCAPACIDADE RELATIVA
	 Aqueles considerados incapazes relativamente se encontram em uma situação intermediária entre a plena capacidade e a total incapacidade, tem um discernimento razoável, podendo praticar determinados atos sozinhos. Entretanto, existem exceções, pois para a prática dos atos em geral, devem estar sempre acompanhados por seus responsáveis legais, tendo como pena a anulabilidade. Porem alguns atos, podem ser praticar sem a presença de seu responsável legal, como testemunhar (art. 228, I, do CC), fazer testamento (art. 1860 do CC), ocupar cargos públicos onde não é exigida a maioridade (art. 5, parágrafo único, inciso III), se casar (art. 1517), votar em eleições. O Art. 4 do Código Civil menciona aqueles que são considerados relativamente incapazes: 
Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos;
III - Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
	O maior de dezesseis e menor de dezoito anos pode praticar livremente diversos atos como votar, firma recibos de pagamento, casar, etc.
	No inciso segundo não inclui pessoas viciadas em bebida ou drogas, sendo assim, aqueles que usam de forma eventual essas substancias, entretanto elas podem ser enquadradas no inciso terceiro, estando embriagado ou sobre efeito de drogas, sem capacidade de discernimento.
	Já os considerados pródigos são aqueles que geram um gasto suficiente para afetar seu patrimônio. Segundo o Art.1782 “A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração”. Sendo assim, a incapacidade do pródigo é relacionada aos atos citados a cima, ele pode praticar todos os demais atos da vida civil
4 INCAPACIDADE JURIDICA DO INDIO
	A legislação que regula a situação jurídica do índio é a Lei 6.001/73, os atos praticados por índios não integrados a sociedade e que não possuem assistência da Funai, serão considerados nulos. Segundo o Art. 3 da lei 6001/1973 “Índio é todo indivíduo de origem e ascendência pré-colombiana que se identifica e é identificado como pertencente a um grupo étnico cujas características culturais o distinguem da sociedade nacional” 
	O pressuposto da incapacidade indígena é o de que o índio, na medida em que não integrado à sociedade, não tenha condições de avaliar as consequências jurídicas de seus atos, incapacidade que tende a desaparecer na medida em que o indígena se adapte à civilização.
5 SUSPENÇÃO DA INCAPACIDADE
A incapacidade acaba quando some os motivos que a caracterizam. Entretanto, existe uma forma da incapacidade de o menor cessar antes de atingir a maioridade penal, a chamada emancipação.
A emancipação pode ocorrer mediante a vontade própria, sendo necessário ter completado dezesseis anos e a permissão dos pais ou perante a decisão do juiz. No parágrafo único do Art. 5º do Novo Código Civil estão arrolados como eventos que ensejam a emancipação do menor:
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Entretanto, a jurisprudência entende que a emancipação por autorização dos pais não elimina a responsabilidade dos atos ilegais de seus filhos.
Em caso de anulação do casamento, o emancipado volta se tornar incapaz, salvo se o contraiu de boa-fé. O casamento, neste caso será putativo e tornará todas as decorrências de um casamento legitimo, incluindo a emancipação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Algumas determinações do Código Civil de 1916 aparecem sem qualquer alteração no código civil atual, demonstrando assim a importânciada lei anterior, entretanto, outras determinações foram alteradas, com a ideia de que é necessária uma adaptação da lei à realidade do tempo em que é aplicada levando em conta a evolução do pensamento humano.
A diferença entre as pessoas que são incapazes absolutamente das que são relativamente incapazes é que no primeiro caso a pessoa deve ser representada por alguém, não podendo atuar de forma direta na vida civil e no segundo caso a pessoa pode praticar os atos da vida civil, sendo necessário apenas uma assistência.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n°6.001, de 19 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. 
BRASIL. Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil.
BRASIL. Lei n° 13.146, de 06 de junho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
�E-mail: oljailson1@hotmail.com

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