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Curso prático de Imposto de Renda 2010 - 909

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MÓDULO 9 DIPJ Lucro Real?
CURSO PRÁTICO
IRPJ
43 anos2009
Índice
ASSUNTO PÁGINA
1. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS À DIPJ...................................................................................................... 1
1.1. IMUNES OU ISENTAS............................................................................................................................. 1
2. PESSOAS JURÍDICAS DESOBRIGADAS DA DIPJ............................................................................................ 1
2.1. CONTRIBUINTES OBRIGADOS À DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA .................................................... 1
2.1.1. ME e EPP INSCRITAS NO SIMPLES NACIONAL ................................................................. 1
2.1.2. ME e EPP Excluídas do Simples Nacional........................................................................... 1
2.2. PESSOAS JURÍDICAS INATIVAS .......................................................................................................... 1
2.3. ÓRGÃOS PÚBLICOS .............................................................................................................................. 2
3. ENTIDADES QUE NÃO APRESENTAM DIPJ ..................................................................................................... 2
3.1. SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO (SCP) ........................................................................... 2
4. PROGRAMA GERADOR .................................................................................................................................. 2
5. FORMA DE APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 2
5.1. ASSINATURA DIGITAL........................................................................................................................... 2
5.2. RECIBO DE ENTREGA ........................................................................................................................... 2
6. RETIFICAÇÃO DA DIPJ ....................................................................................................................................... 3
7. PRAZO DE ENTREGA DA DIPJ .......................................................................................................................... 3
7.1. ENTREGA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS................................................................................................ 3
7.1.1. Cisão, Fusão, Incorporação ou Extinção............................................................................. 3
8. FALTA DE ENTREGA OU ENTREGA EM ATRASO DA DIPJ............................................................................ 3
8.1. CÁLCULO DA MULTA ............................................................................................................................ 4
8.2. NOTIFICAÇÃO DA MULTA ..................................................................................................................... 4
9. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES A DECLARAR NA DIPJ.................................................................................. 4
10. PREENCHIMENTO DA DIPJ ................................................................................................................................ 4
10.1. ABERTURA DA DECLARAÇÃO............................................................................................................. 6
10.2. PASTA CADASTRO ................................................................................................................................ 8
10.2.1. Ficha 01................................................................................................................................... 8
10.2.2. Ficha 02................................................................................................................................... 9
10.2.3. Ficha 03................................................................................................................................... 10
10.3. PASTA IRPJ............................................................................................................................................. 11
10.3.1. Fichas 04 e 05......................................................................................................................... 11
10.3.2. Ficha 06................................................................................................................................... 19
10.3.3. Ficha 07................................................................................................................................... 20
10.3.4. Fichas 08 e 10......................................................................................................................... 20
10.3.5. Ficha 09................................................................................................................................... 28
10.3.6. Ficha 11................................................................................................................................... 43
10.3.7. Ficha 12................................................................................................................................... 45
10.3.8. Ficha 13................................................................................................................................... 46
10.3.9. Ficha 14................................................................................................................................... 47
10.3.10. Ficha 15................................................................................................................................... 51
10.4. PASTA CSLL ........................................................................................................................................... 52
10.4.1. Fichas 16 a 18......................................................................................................................... 52
10.4.1.1. Aumento de Alíquota para Instituições Financeiras e Outras ........................ 62
10.5. PASTA IPI ................................................................................................................................................ 62
10.5.1. Fichas 19 A 26 ........................................................................................................................ 62
10.6. PASTA INFORMAÇÕES.......................................................................................................................... 62
10.6.1. Fichas 27 e 28 – Incentivos Fiscais...................................................................................... 62
10.6.2. Fichas 29A a 33 – Preços de Transferência ........................................................................ 63
10.6.3. Fichas 34 e 35 – Participações no Exterior ......................................................................... 65
10.6.4. Fichas 36A a 39 – Demonstrações Financeiras .................................................................. 66
10.6.5. Fichas 40 a 49 – Informações Econômicas ......................................................................... 66
10.6.6. Fichas 50 a 63 – Informações Gerais ................................................................................... 69
10.6.7. Ficha 64 – Informações Previdenciárias.............................................................................. 73
DIPJ
Normas para Apresentação
A Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) deve ser apresentada, anualmente, pelas
pessoas jurídicas em geral, e conterá informações relativas ao ano-calendário anterior. No exercício de 2009, a Receita
Federal fixou uma versão do programa gerador da DIPJ para as empresas tributadas pelo lucro presumido e arbitrado e
outra versão para as pessoas jurídicas do lucro real e entidades imunes ou isentas. As empresasdo lucro presumido ou
arbitrado tiveram até 15-7-2009 para apresentar a DIPJ e as empresas tributadas pelo lucro real, bem assim as entidades
imunes ou isentas, poderão apresentar a DIPJ 2009 até 16-10-2009.
1. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS À DIPJ
Estão obrigadas a apresentar a DIPJ, de forma centralizada, pela matriz:
a) todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas;
b) as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e falimentar, pelo período em que perdurarem os
procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo; e
c) as entidades imunes e isentas do Imposto de Renda;
d) os fundos de investimento imobiliário que aplicarem recursos em empreendimento imobiliário que tenha como
incorporador, construtor ou sócio, quotista que possua, isoladamente ou em conjunto com pessoa a ele ligada, mais de
25% das quotas do Fundo (Lei 9.779/99, artigo 2º), por estarem sujeitos à tributação aplicável às demais pessoas
jurídicas.
1.1. IMUNES OU ISENTAS
Na hipótese de suspensão do gozo da imunidade ou da isenção no curso do ano-calendário, devem ser
apresentadas duas DIPJ:
a) uma, na condição de imune ou isenta, correspondente ao período compreendido entre o início do ano-calen-
dário e o dia anterior à data de início da suspensão da imunidade ou isenção;
b) outra, correspondente ao período compreendido entre a data de início da suspensão da imunidade ou isenção e
o final do ano-calendário, indicando a forma de tributação da pessoa jurídica nesse período.
2. PESSOAS JURÍDICAS DESOBRIGADAS DA DIPJ
A obrigatoriedade de apresentação da DIPJ não se aplica nas situações a seguir.
2.1. CONTRIBUINTES OBRIGADOS À DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA
As microempresas ou empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições (Simples Nacional) e as pessoas jurídicas INATIVAS são obrigadas a apresentar,
anualmente, em vez da DIPJ, a Declaração Simplificada.
2.1.1. ME e EPP INSCRITAS NO SIMPLES NACIONAL
As pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, tiveram prazo até 20-5-2009 para entregar a
Declaração Anual do Simples Nacional (DASN 2009), referente ao ano-calendário de 2008, preenchida e
transmitida pela internet por meio de aplicativo disponível no endereço www8.receita.fazenda.gov.br/
SimplesNacional.
As ME e EPP que tenham sido incorporadas, cindidas, extintas ou fundidas de janeiro a abril de 2009
deviam entregar a DASN 2009 até 30-6-2009.
2.1.2. ME e EPP Excluídas do Simples Nacional
A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, que tenha sido excluída do sistema em 2008 deverá
apresentar a DIPJ a partir do ano-calendário subsequente.
Se os efeitos da exclusão do Simples Nacional ocorreram dentro do próprio ano-calendário de 2008,
deverão ser apresentadas duas Declarações:
a) a DASN 2009, referente ao período em que tenha permanecido no Simples Nacional; e
b) aDIPJ, para o período a partir domês emque iniciados os efeitos da exclusão doSimplesNacional até
31-12-2008.
2.2. PESSOAS JURÍDICAS INATIVAS
Considera-se pessoa jurídica inativa, não estando obrigada à apresentação da DIPJ, aquela que não tenha
efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no
mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário.
IRPJ/2009 – Nº 09 1
COAD ATC
Todavia, não descaracteriza a pessoa jurídica como inativa, o pagamento, no ano-calendário a que se referir a
declaração, de tributo relativo a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação
acessória.
O prazo para entrega da Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas (DSPJ) – Inativa 2009 pelas pessoas
jurídicas que permaneceram inativas durante todo o ano-calendário de 2008 encerrou no dia 31 demarço de 2009.
De acordo coma InstruçãoNormativa 893RFB, de 22-12-2008, a Declaração Simplificada – Inativa 2009 pôde ser
transmitida pela internet através de preenchimento do formulário on-line disponível na própria página da
Secretaria da Receita Federal do Brasil no endereço www.receita.fazenda.gov.br.
2.3. ÓRGÃOS PÚBLICOS
Estão também desobrigados de apresentar a DIPJ, os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas.
3. ENTIDADES QUE NÃO APRESENTAM DIPJ
Não apresentam a DIPJ, ainda que se encontrem inscritos no CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, ou que
tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais:
a) o consórcio constituído na forma dos artigos 278 e 279 da Lei 6.404/76;
b) a pessoa física que, individualmente, preste serviços profissionais, mesmo quando possua estabelecimento em que
desenvolva suas atividades e empregue auxiliares;
c) a pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente demão-de-obra, semo concurso de
profissionais qualificados ou especializados;
d) a pessoa física que individualmente seja receptora de apostas da Loteria Esportiva e da Loteria de Números (Loto,
Sena, Mega-sena, etc.), credenciada pela Caixa Econômica Federal, ainda que, para atender exigência do órgão
credenciador, esteja registrada como pessoa jurídica, desde que não explore em nome individual, qualquer outra
atividade econômica que implique sua equiparação a pessoa jurídica;
e) o condomínio de edificações;
f) os fundos em condomínio e clubes de investimento, exceto o fundo de investimento imobiliário mencionado na letra “d”
do item 1;
g) a sociedade em conta de participação;
h) as pessoas jurídicas domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro público.
3.1. SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO (SCP)
Compete ao sócio ostensivo a responsabilidade pela apuração dos resultados, apresentação da declaração e
recolhimento do imposto devido pela SCP. O lucro real ou o lucro presumido da SCP deve ser informado na
declaração do sócio ostensivo.
4. PROGRAMA GERADOR
ADeclaração das pessoas jurídicas tributadas , em pelomenos um período de apuração durante o ano-calendário
2008, com base no lucro real deverá ser preenchida através do Programa Gerador DIPJ 2009 – versão 2.0,
aprovado pela Instrução Normativa 964 RFB, de 14-8-2009.
O programa, de livre reprodução, está a disposição dos contribuintes na internet, no endereçowww.receita.fazen-
da.gov.br.
Lucro Presumido e Abitrado
A Receita Federal aprovou a DIPJ 2009 versão 1.0 e, posteriormente, a versão 1.1, para as pessoas jurídicas
tributadas pelo lucro presumido e/ou arbitrado.
5. FORMA DE APRESENTAÇÃO
A DIPJ deverá ser apresentada via internet, com a utilização do programa Receitanet, disponível no endereço
www.receita.fazenda.gov.br
5.1. ASSINATURA DIGITAL
Na transmissão da DIPJ 2009 – versão 2.0, a assinatura digital da declaração, mediante a utilização de
certificado digital válido, é obrigatória para a pessoa jurídica:
a) tributada com base no lucro real ou arbitrado, em pelo menos um período de apuração durante o ano-calen-
dário, e
b) que, em relação ao mesmo período abrangido pela DIPJ 2009, apresentou a DCTF – Declaração de Débitos e
Créditos Tributários Federais – de forma mensal.
Nos demais casos, a assinatura digital da declaração é facultativa.
5.2. RECIBO DE ENTREGA
A pessoa jurídica após entregar a DIPJ pela internet deverá aguardar a gravação do recibo de entrega, o qual
poderá ser impresso em papel.
IRPJ/2009 – Nº 09 2
ATC COAD
6. RETIFICAÇÃO DA DIPJ
ADIPJ entregue pode ser retificada, independentemente de autorização, e tem amesma natureza da declaração original,
substituindo-a na íntegra.
A pessoa jurídica que entregar DIPJ retificadora alterando valores que tenham sido informados na Declaração de Débitos
e Créditos Tributários Federais (DCTF), deve apresentar DCTF retificadora com as mesmas alterações.
Não é admitida retificação que tenha por objeto mudança de regime de tributação, salvo nos casos determinados em lei,
para fins de se adotar o lucro arbitrado. Dessa forma, é consideradaem atraso a DIPJ retificadora com base no lucro real
entregue após o término do prazo previsto, ainda que a pessoa jurídica tenha apresentado, dentro do prazo, declaração
com base no lucro presumido, quando vedada, por disposição legal, a opção por este regime de tributação.
A pessoa jurídica que entregou a DIPJ 2009 versão 1.0 ou1.1, e queira fazer declaração retificadora deve utilizar a
DIPJ 2009 versão 2.0, observados os parágrafos anteriores deste item.
A DIPJ retificadora deve ser transmitida pela internet, por meio do programa Receitanet disponível no endereço
www.receita.fazenda.gov.br.
7. PRAZO DE ENTREGA DA DIPJ
A DIPJ 2009 – versão 2.0, relativa ao ano-calendário de 2008, deverá ser apresentada até as 23h59min59s (horário de
Brasília) do dia 16-10-2009, inclusive pelas pessoas jurídicas imunes ou isentas do imposto.
Para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado ou ambos, as declarações geradas pelo
programa DIPJ 2009, versão 1.1, tiveram o prazo de apresentação encerrado as 24 horas (horário de Brasília) do dia
15-7-2009.
7.1. ENTREGA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
Nos casos de extinção, cisão, fusão ou incorporação, a entrega daDIPJ deverá obedecer aos seguintes prazos:
7.1.1. Cisão, Fusão, Incorporação ou Extinção
Ocorrendo cisão, fusão ou incorporação, a DIPJ deve ser preenchida em nome da incorporadora,
incorporada, fusionada ou cindida e transmitida pela internet até o último dia útil do mês subsequente ao
evento. No caso de extinção, a DIPJ deverá ser entregue até o último dia útil do mês seguinte ao em que
se ultimar a liquidação da pessoa jurídica.
As declarações relativas a eventos de extinção, cisão, fusão ou incorporação da pessoa jurídica,
ocorridos nos meses de janeiro a agosto de 2009 devem ser entregues até o dia 16-10-2009.
Pessoa Jurídica Incorporadora
A incorporadora fica dispensada de apresentação da DIPJ nos casos em que as pessoas jurídicas,
incorporadora e incorporada, estivessem sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário
anterior ao do evento.
8. FALTA DE ENTREGA OU ENTREGA EM ATRASO DA DIPJ
A pessoa jurídica que deixar de apresentar a DIPJ, no prazo fixado, ou que a apresentar com incorreções ou omissões,
será intimada a apresentar declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais
casos, no prazo estipulado pela RFB, ficando sujeita às seguintes multas:
a) 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante do Imposto de Renda da pessoa jurídica informado na
DIPJ, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega daDeclaração ou entrega após o prazo, limitada a 20%
e respeitado o limite mínimo de R$ 500,00;
b) R$ 20,00 para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas.
Amulta prevista na letra “a” terá como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega
da declaração e, como termo final, a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do auto de
infração.
As multas previstas nas letras “a” e “b” serão reduzidas em:
a) 50%, quando a DIPJ for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;
b) 25%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.
A multa mínima a ser aplicada é de R$ 500,00 inclusive para as pessoas jurídicas que não tenham apurado Imposto de
Renda devido na DIPJ. De acordo com o subitem 6.2 das Instruções de Preenchimento da DIPJ/2009, a multa mínima
somente será observada em caso de atraso ou falta de entrega da Declaração.
Inobservância das Especificações Técnicas
Será considerada não entregue a DIPJ que não atender às especificações técnicas estabelecidas pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil.
Neste caso, o sujeito passivo será intimado a apresentar nova declaração, no prazo de 10 dias contados da ciência à
intimação, e sujeitar-se-á à multa prevista para entrega em atraso.
IRPJ/2009 – Nº 09 3
COAD ATC
8.1. CÁLCULO DA MULTA
Para efeito de cálculo da multa por atraso, o Imposto de Renda devido e informado na DIPJ corresponde ao valor
resultante da soma das linhas:
a) 12A/01 a 12A/02 e 12A/21 diminuído da soma das Linhas 12A/03 a 12A/08, para as pessoas jurídicas em geral
e corretoras autônomas de seguros, tributadas pelo lucro real;
b) 12B/01, 12B/02 e 12B/17 diminuído da soma das Linhas 12B/03 a 12B/07, para as instituições financeiras e
assemelhadas, sociedades seguradoras, de capitalização e entidades de previdência privada;
c) 14A/25 a 14A/27 e 14A/36, para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido;
d) 14B/56 a 14B/58 e 14B/70, para as pessoas jurídicas optantes pelo REFIS tributadas pelo lucro presumido com
isenção e redução do imposto; e
e) 15/23 a 15/25 e 15/34, para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro arbitrado.
8.2. NOTIFICAÇÃO DA MULTA
Após a transmissão, o programa DIPJ 2009 – versão 2.0 emitirá a Notificação de Lançamento de Multa por Atraso
na Entrega da Declaração, para o contribuinte que entregar a declaração após o prazo fixado.
A Notificação se apresentará nos seguintes modelos:
a) MODELO I: para o contribuinte que apresenta Declaração após as 23h59min59s do dia 16-10-2009 (em atraso)
de forma espontânea, sem ainda ter sido intimado pela Receita Federal (antes de qualquer procedimento de
ofício). Nesta condição, terá direito à redução de 50% no valor da multa lançada, não inferior ao valor mínimo
de R$ 500,00;
b) MODELO II: no caso do contribuinte que apresenta Declaração após as 23h59min59sdo dia 16-10-2009 (com
atraso) em decorrência de intimação da Receita Federal para entrega da mesma, porém entregando-a dentro
do prazo fixado na intimação. Nesta situação, terá direito à redução de 25% no valor da multa lançada, não
inferior ao valor mínimo de R$ 500,00;
c) MODELO III: na hipótese do contribuinte que apresenta Declaração após as 23h59min59s do dia 16-10-2009
(com atraso) em decorrência de intimação da Receita Federal para entrega da mesma, porém entregando-a
após o prazo fixado na intimação.
Até o vencimento da Notificação de Lançamento que gera a respectiva multa, seja ela nos modelos I, II ou III, o
contribuinte terá direito a novas reduções de 50% para pagamento à vista e 40% para os pedidos de parcelamento
formalizados neste mesmo prazo.
As declarações retificadoras não têm multa por atraso. Será sempre considerada a data de entrega da declaração
original, isto é, da primeira declaração.
9. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES A DECLARAR NA DIPJ
A DIPJ 2009 deverá conter informações sobre os seguintes impostos e contribuição devidos no ano-calendário de 2008:
a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
10. PREENCHIMENTO DA DIPJ
As pessoas jurídicas devem apresentar a DIPJ através do preenchimento das Linhas das Fichas que compõem cada
Pasta do programa.
Pasta é o conjunto de fichas relativas a um imposto ou contribuição, ou informações de natureza assemelhada ou afim.
As Fichas que compõem uma pasta são determinadas de acordo com o perfil da pessoa jurídica.
Ficha é o conjunto de linhas discriminadas verticalmente para ordenar informações, demonstrar dados ou apurar
resultados. No canto esquerdo superior da tela consta o número da ficha, para facilitar sua identificação.
Linha é o campo identificado por número, título, valor e outras informações componentes da Ficha.
Os títulos contábeis adotados pela empresa devem ser adaptados aos apresentados nas Fichas do programa,
observadas a natureza e a função de cada conta, sendo vedado criar ou substituir qualquer título. Os valores a informar
deverão ser transcritos em Reais, com os seus respectivos centavos.
PASTA CADASTRO
Ficha 01 – Dados Iniciais
Ficha 02 – Dados Cadastrais
Ficha 03 – Dados do Representante e do Responsável
PASTA IRPJ
Ficha 04A – Custo dos Bens e Serviços Vendidos – PJ em Geral (LR)
Ficha 04B– Despesas da Atividade Financeira (LR)
Ficha 04C – Receitas e Despesas de Seguros, Previdência e Capitalização (LR)
IRPJ/2009 – Nº 09 4
ATC COAD
Ficha 05A – Despesas Operacionais – PJ em Geral (LR)
Ficha 05B – Despesas Operacionais – Instituições Financeiras (LR)
Ficha 05C – Despesas Administrativas – Seguradoras, Previdência e Capitalização (LR)
Ficha 06A – Demonstração do Resultado – PJ em Geral (LR)
Ficha 06B – Demonstração do Resultado – Instituições Financeiras (LR)
Ficha 06C – Demonstração do Resultado – Seguradoras, Previdência e Capitalização (LR)
Ficha 07 – Demonstração do Lucro Inflacionário Realizado (LR) – NÃO DISPONÍVEL PARA PREENCHIMENTO
Ficha 08 – Demonstração do Lucro da Exploração – PJ em Geral (LR)
Ficha 09A – Demonstração do Lucro Real (LR)
Ficha 09B – Demonstração do Lucro Real – Instituições Financeiras (LR)
Ficha 09C – Demonstração do Lucro Real – Seguradoras, Previdência e Capitalização (LR)
Ficha 10 – Cálculo da Isenção e Redução do Imposto sobre o Lucro Real – PJ em Geral (LR)
Ficha 11 – Cálculo do Imposto de Renda Mensal por Estimativa (LR Anual)
Ficha 12A – Cálculo do Imposto de Renda sobre o Lucro Real – PJ em Geral (LR)
Ficha 12B – Cálculo do Imposto de Renda sobre o Lucro Real – Seguradoras, Previdência, Capitalização e Instituições
Financeiras (LR)
Ficha 13 – Demonstração das Receitas Incentivadas – Lucro Presumido – PJ em Geral (LP)
Ficha 14A – Apuração do Imposto de Renda sobre o Lucro Presumido
Ficha 14B – Apuração do Imposto de Renda sobre o Lucro Presumido e Cálculo da Isenção e Redução (LP)
Ficha 15 – Apuração do Imposto de Renda sobre o Lucro Arbitrado (LA)
PASTA CSLL
Ficha16 –Cálculo daContribuiçãoSocial sobre o Lucro LíquidoMensal por Estimativa – LR, Imunes ou Isentas –Anual
Ficha 17 – Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (LR)
Ficha 18A – Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (LP e LA)
Ficha 18B – Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – Imunes ou Isentas
PASTA IPI
Ficha 19 – Estabelecimentos Industriais ou Equiparados
Ficha 20 – Apuração do Saldo do IPI
Ficha 21 – Entradas e Créditos
Ficha 22 – Saídas e Débitos
Ficha 23 – Remetentes de Insumos/Mercadorias
Ficha 24 – Entradas de Insumos/Mercadorias
Ficha 25 – Destinatários de Produtos/Mercadorias/Insumos
Ficha 26 – Saídas de Produtos/Mercadorias/Insumos
PASTA INFORMAÇÕES
– INCENTIVOS FISCAIS
Ficha 27 – Aplicações em Incentivos Fiscais (LR)
Ficha 28 – Atividades Incentivadas PJ em Geral (LR)
– PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA
Ficha29A–OperaçõescomoExterior –PessoaVinculada/InterpostaPessoa/País comTributaçãoFavorecida (LR,LPeLA)
Ficha 29B – Operações com o Exterior – Pessoa Não Vinculada/Não Interposta Pessoa/País sem Tributação Favorecida
(LR, LP e LA)
Ficha 30 – Operações com o Exterior – Exportações (Entradas de Divisas) (LR, LP e LA)
Ficha 31 – Operações com o Exterior – Contratantes das Exportações (LR, LP e LA)
Ficha 32 – Operações com o Exterior – Importações (Saídas de Divisas) (LR, LP e LA)
Ficha 33 – Operações com o Exterior – Contratantes das Importações (LR, LP e LA)
– PARTICIPAÇÕES NO EXTERIOR
Ficha 34 – Participações no Exterior (LR e LA)
Ficha 35 – Participações no Exterior – Resultado do Período de Apuração (LR e LA)
– DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ficha 36A – Ativo – Balanço Patrimonial – PJ em Geral (LR)
Ficha 36B – Ativo – Balanço Patrimonial – Instituições Financeiras (LR)
Ficha 36C – Ativo – Balanço Patrimonial – Seguradoras, Previdência e Capitalização (LR)
Ficha 36D – Ativo – Balanço Patrimonial – Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Isentas do IRPJ)
Ficha 37A – Passivo – Balanço Patrimonial – PJ em Geral (LR)
Ficha 37B – Passivo – Balanço Patrimonial – Instituições Financeiras (LR)
IRPJ/2009 – Nº 09 5
COAD ATC
Ficha 37C – Passivo – Balanço Patrimonial – Seguradoras, Previdência e Capitalização (LR)
Ficha 37D – Passivo – Balanço Patrimonial – Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Isentas do IRPJ)
Ficha 38 – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (LR)
Ficha 39 – Origem e Aplicação de Recursos – Imunes ou Isentas
– INFORMAÇÕES ECONÔMICAS
Ficha 40 – Comércio Eletrônico e Tecnologia da Informação
Ficha 41 – Comércio Eletrônico
Ficha 42 – Royalties Recebidos do Brasil e do Exterior
Ficha 43 – Rendimentos Relativos a Serviços, Juros e Dividendos Recebidos do Brasil e do Exterior
Ficha 44 – Royalties Pagos a Beneficiários do Brasil e do Exterior
Ficha 45 – Pagamentos e/ou Remessas a Título de Serviços, Juros e Dividendos a Beneficiários do Brasil e do Exterior
Ficha 46 – Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Tecnológico
Ficha 47 – Capacitação de Informática e Inclusão Digital
Ficha 48 – REPES, RECAP, PADIS, PATVD ou REIDI
Ficha 49 – Polo Industrial de Manaus e Amazônia Ocidental
– INFORMAÇÕES GERAIS
Ficha 50 – Identificação de Sócios ou Titular (LR, LP e LA)
Ficha 51A – Rendimentos de Dirigentes, Sócios ou Titular (LR, LP e LA)
Ficha 51B – Rendimentos de Dirigentes – Imunes ou Isentas
Ficha 52 – Participação Permanente em Coligadas ou Controladas (LR e LA)
Ficha 53 – Dados de Sucessoras (LR e LA)
Ficha 54 – Demonstrativo do Imposto de Renda, CSLL e Contribuição Previdenciária Retidos na Fonte (LR, LP e LA)
Ficha 55 – Ativos no Exterior
Ficha 56 – Fundos/Clubes de Investimento (LR, LP e LA)
Ficha 57 – Doações a Campanha Eleitoral
Ficha 58 – Detalhamento das Exportações da Comercial Exportadora (LR, LP e LA)
Ficha 59 – Vendas a Comercial Exportadora com Fim Específico de Exportação (LR, LP e LA)
Ficha 60 – Discriminação da Receita de Vendas dos Estabelecimentos por Atividade Econômica
Ficha 61A – Outras Informações (LR)
Ficha 61B – Outras Informações (LP e LA)
Ficha 62A – Informações de Optantes pelo REFIS (LR, LP e LA)
Ficha 62B – Informações de Optantes pelo REFIS – Imunes ou Isentas
Ficha 63 – Informações de Optantes pelo PAES
– INFORMAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
Ficha 64 – Informações Previdenciárias
10.1. ABERTURA DA DECLARAÇÃO
A pessoa jurídica deve iniciar a declaração selecionando a função NOVA no menu Declaração do Programa
Gerador da DIPJ. Nesta Ficha serão informados:
a) CNPJ;
b) Ano-calendário (o ano-calendário de 2009 somente deve ser assinalado se a DIPJ se referir a situação especial
ocorrida neste ano-calendário);
c) Situação Especial (extinção; fusão; incorporação/incorporada; incorporação/incorporadora; cisão total; e cisão
parcial, se for o caso);
d) Declaração Retificadora (o campo “Nº do Recibo da DIPJ a ser Retificada” deve ser preenchido com o número
constante no recibo de entrega da última DIPJ transmitida);
e) Período (inicial e final);
f) Optante pelo REFIS, se for o caso;
g) Optante pelo PAES, se for o caso;
h) Forma de Tributação do Lucro (lucro real; lucro presumido; lucro arbitrado; lucro real/arbitrado; lucro presumi-
do/arbitrado; lucro presumido/real; lucro presumido/real/arbitrado; imune do IRPJ; ou isenta do IRPJ).
i) Apuração do IRPJ e da CSLL ou Apuração do IRPJ e da CSLL por Trimestre;
j) Qualificação da Pessoa Jurídica/Tipo de Entidade (a Caixa de Combinação apresenta as qualificações, em
consonância com a forma de tributação adotada pela pessoa jurídica ou entidade);
k) Desenquadramento em 2008 (este campo é habilitado somente para as pessoas jurídicas imunes e isentas,
devendo ser assinalado na hipótese de suspensão do gozo da imunidade ou da isenção no curso do
ano-calendário);
IRPJ/2009 – Nº 09 6
ATC COAD
l) Apuração da CSLL (esta Caixa de Combinação é habilitada para as pessoas jurídicas imunes e isentas de
IRPJ);
m) PJ Sujeita à Alíquota da CSLL de 15% (este campo deve ser assinalado “Sim” no caso de pessoa jurídica de
seguros privados, de pessoa jurídica de capitalização; bancos de qualquer espécie, distribuidoras de valores
mobiliários, corretoras de câmbio e de valores mobiliários, sociedades de crédito, financiamento e investimentos,
sociedades de crédito imobiliário, administradoras de cartões de crédito,sociedades de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, e associações de poupança e empréstimo; e “Não” pelas demais);
n) Optante pelo RTT (este campo deve ser assinalado “Sim” no caso de pessoa jurídica que queira optar pelo
Regime Tributário de Transição – RTT, previsto no artigo 20 da Lei 11.941/2009, e “Não” pela que não queira
optar).
Ao assinalar este campo a pessoa jurídica está manifestando sua opção pelo RTT de forma irretratável para
todos os trimestres do biênio 2008 e 2009, vedada a aplicação do regime em apenas um desses anos-calen-
dário. A opção pelo RTT, no biênio 2008/2009, não se aplica à empresa tributada pelo lucro arbitrado.
o) Inclusão no Simples Nacional (este campo deve ser assinalado no caso de inclusão no Simples Nacional no
curso do ano-calendário). Nessa hipótese, deve ser informada a data de início dessa inclusão e devem ser
apresentadas duas declarações: uma DIPJ, correspondente ao período compreendido entre o início do
ano-calendário e o dia anterior à data de início da inclusão no Simples Nacional; e uma DASN, correspondente
ao período compreendido entre a data de início da inclusão e o final do ano-calendário;
p) Administradora de Fundos e Clubes de Investimentos, se for o caso;
q) Operações com o Exterior (deve assinalar este campo a pessoa jurídica que realizou exportação/importação de
bens, serviços ou direitos ou auferiu receitas financeiras ou incorreu em despesas financeiras em operações
efetuadas com pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, ainda que essas operações não
tenham sido realizadas com pessoa vinculada ou com pessoa residente ou domiciliada em país ou
dependência com tributação favorecida ou cuja legislação interna oponha sigilo relativo à composição
societária de pessoas jurídicas ou a sua titularidade);
r) Operações com Pessoa Vinculada/Interposta Pessoa/País com Tributação Favorecida (assinalar quando for o
caso);
s) Participações no Exterior (assinalar quando for o caso);
t) Doações a Campanhas Eleitorais (este campo deve assinalado caso a pessoa jurídica tenha efetuado, durante
o ano-calendário, doações a candidatos, comitês financeiros e partidos políticos, ainda que na forma de
fornecimento de mercadorias ou prestação de serviços para campanhas eleitorais);
u) Isenção e Redução do Imposto (a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido e optante pelo REFIS deve
assinalar este campo caso usufrua benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do Imposto de Renda);
v) FINOR/FINAM/FUNRES (este campo deve ser assinalado pelas pessoas jurídicas ou grupos de empresas
coligadas de que trata o artigo 9º da Lei 8.167, de 1991, alterado pela Medida Provisória 2.199-14, de 24 de
agosto de 2001, titulares de empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo,
prioritário para o desenvolvimento regional, aprovado ou protocolizado até 2 de maio de 2001 nas áreas da
SUDAM e da SUDENE ou do Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo
(GERES);
x) Lucro da Exploração (este campo deve ser assinalado pelas pessoas jurídicas que adotam a forma de
tributação pelo lucro real, inclusive se optantes pelo REFIS, que gozem de benefícios fiscais calculados com
base no lucro da exploração);
w) Atividade Rural (assinalar quando for o caso);
y) Apuração e Informações de IPI no Período (a pessoa jurídica, que tiver qualquer estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial sujeita a apuração do IPI, deve assinalar este campo, ainda que somente tenha dado
saída a produto isento, tributado à alíquota zero ou com suspensão, ou que tenha somente informações
relativas ao saldo credor de IPI referente ao ano-calendário anterior);
z) Ativos no Exterior (a pessoa jurídica cujo valor contábil dos ativos no exterior a declarar, convertido para
Reais no final do período abrangido pela DIPJ, for igual ou superior a R$ 10.000,00, deve assinalar este
campo);
zI) Participação Permanente em Coligadas ou Controladas (assinalar quando for o caso);
z.II) PJComercial Exportadora ( a ser assinalado pela empresa comercial exportadora que comprou produtos como
fim específico de exportação ou exportou, no ano-calendário, produtos adquiridos com esta finalidade);
z.III) PJ Efetuou Vendas a Empresa Comercial Exportadora com Fim Específico de Exportação (este campo deve
ser assinalado pela pessoa jurídica que efetuou vendas, no ano-calendário, a empresas comerciais
exportadoras);
z.IV) Informações Econômicas (deverá ser assinalada a opção em que se enquadrar a pessoa jurídica: Comércio
Eletrônico e Tecnologia da Informação; Royalties Recebidos do Brasil e do Exterior; Rendimentos Relativos a
Serviços, Juros e Dividendos Recebidos do Brasil e do Exterior; Royalties Pagos a Beneficiários do Brasil e do
Exterior; Pagamentos ou Remessas a Título de Serviços, Juros e Dividendos a Beneficiários do Brasil e do
Exterior; Inovação Tecnológica eDesenvolvimento Tecnológico; Capacitação de Informática e InclusãoDigital;
PJHabilitada noREPES,RECAP,PADIS, PATVDouREIDI; Polo Industrial deManaus eAmazôniaOcidental).
IRPJ/2009 – Nº 09 7
COAD ATC
Exemplo:
10.2. PASTA CADASTRO
Ao selecionar a Pasta – “Cadastro”, serão apresentadas as seguintes fichas: “Dados Iniciais”, “Dados Cadastrais”,
“Dados do Representante e do Responsável”.
A pessoa jurídica deverá posicionar e acionar o cursor sobre a ficha desejada.
10.2.1. Ficha 01
Ficha 01 – Dados Iniciais
Os campos desta ficha são preenchidos automaticamente pelo Programa Gerador da DIPJ, de acordo
com as informações prestadas na Ficha Nova.
IRPJ/2009 – Nº 09 8
ATC COAD
Exemplo:
10.2.2. Ficha 02
Ficha 02 – Dados Cadastrais
A pessoa jurídica deverá preencher nesta ficha os seguintes campos:
Nome Empresarial: Informar o nome empresarial da pessoa jurídica declarante, constante do “Cartão
CNPJ”. Código da Natureza Jurídica: Indicar o código da natureza jurídica da empresa, conforme
Tabela de Natureza Jurídica, disponível na Caixa de Combinação. A descrição do campo “Código da
Natureza Jurídica” será preenchida em consonância com o código informado.
Código da Atividade Econômica (CNAE): Indicar o código da atividade da empresa conforme Tabela
de Atividade Econômica, disponível na Caixa de Combinação. Se houver mais de uma atividade, indicar a
de maior faturamento. A descrição do campo “Código da Atividade Econômica” será fornecida pelo
Programa Gerador da DIPJ, em consonância com o código informado.
Endereço: Preencher com os dados correspondentes ao estabelecimento matriz da pessoa jurídica:
Logradouro; Número; Complemento; Bairro/Distrito; CEP; Município; UF; Caixa Postal; UF; CEP;
Número do DDD/Telefone; Número do DDD/FAX; Correio Eletrônico.
IRPJ/2009 – Nº 09 9
COAD ATC
Exemplo:
10.2.3. Ficha 03
Ficha 03 – Dados do Representante e do Responsável
Nesta Ficha, deverão ser preenchidos os seguintes campos:
Dados do Representante da Pessoa Jurídica
Nome: Informar o nome do representante legal da empresa.
CPF: Informar o número de inscrição no CPF do representante legal da empresa.
Telefone/Fax: Informar o números do telefone e do fax, inclusive do DDD.
Correio Eletrônico: Informar o endereço eletrônico.
Dados do Responsável pelo Preenchimento
Nesta Ficha, a pessoa jurídica deverá preencher os seguintes campos:
Nome: Informar o nome do contador ou do responsável pelo preenchimento.
CPF: Informar o número de inscrição no CPF do contador ou do responsável pelo preenchimento.
CRC/UF: Informar o número de inscrição no CRC e a Unidade da Federação de origem do documento.
Telefone/Fax: Informar os números do telefone e fax, inclusive DDD.
Correio Eletrônico: Informar o endereço eletrônico.
IRPJ/2009 – Nº 09 10
ATC COAD
Exemplo:
10.3. PASTA IRPJ
10.3.1. Fichas 04 e 05
– Ficha 04A – Custo dos Bens e Serviços Vendidos – PJ Em Geral (LR)
Esta ficha deve ser preenchida pelas pessoas jurídicas tributadas combase no lucro real, submetidas
à apuração trimestral ou anual do Imposto de Renda, que exerçam atividade industrial, rural, comercial,
imobiliária ou de prestação de serviços. Observar, quanto ao seu preenchimento, as seguintes
instruções:
a) adaptar os títulos contábeis adotados pela empresa à nomenclatura da Ficha. Utilizar as Linhas
04A/17, 04A/39 e 04A/54 no caso de impossibilidade de adaptação, ou quando houver expressa
instrução nesse sentido;
b) incluir somente os valores relacionados com os custos: industrial, de produção dos serviços, de
aquisição de mercadorias revendidas e de empresa rural;
c) não confundir custos com despesas operacionais e gastos de outra natureza;
d) na coluna “Total”, indicar os custos pelo montante total, independentemente de sua dedutibilidade
para fins fiscais;
e) na coluna “Parcelas Não Dedutíveis”, indicar as parcelas não dedutíveis contidas na respectiva linha.
O valor total dessa coluna será transportado para a Linha 09A/05.
IRPJ/2009 – Nº 09 11
COAD ATC
– Ficha 04B – Despesas da Atividade Financeira (LR)
Esta Ficha deve ser preenchida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, submetidas à
apuração trimestral ou anual do Imposto de Renda, que sejam instituições financeiras submetidas ao
controle e à fiscalização por parte do Banco Central do Brasil. Observar, quanto ao seu preenchimento,
as seguintes instruções:
a) adaptar os títulos contábeis adotados pela empresa à nomenclatura da Ficha, caso não exista
instrução específica;
b) incluir somente os valores relacionados com a atividade principal da empresa.
– Ficha 04C – Receitas e Despesas de Seguros, Previdência e Capitalização
Esta Ficha será preenchida pelas sociedades seguradoras, de capitalização ou entidades abertas de
previdência.
– Ficha 05A Despesas Operacionais – PJ em Geral (LR)
Esta Ficha deve ser preenchida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, submetidas à
apuração trimestral ou anual do imposto.
Na hipótese em que o contribuinte se encontre sujeito a mais de uma forma de apuração do Imposto de
Renda no curso do ano-calendário, somente são disponibilizadas, para informação, as colunas relativas
aos trimestres abrangidos pela tributação com base no lucro real.
Observar, quanto ao preenchimento desta Ficha, as seguintes instruções:
a) adaptar os títulos contábeis adotados pela empresa à nomenclatura desta Ficha, somente utilizando
as linhas correspondentes a outras despesas operacionais (Linhas 05A/32 e 05A/52) quando houver
absoluta impossibilidade de adaptação;
b) incluir, nesta Ficha, as despesas com vendas, as despesas gerais e administrativas, e outras
despesas operacionais;
c) na coluna “Total”, indicar os totais das despesas realizadas no período de apuração (valores
dedutíveis e indedutíveis);
d) na coluna “Parcelas Não Dedutíveis”, indicar as parcelas não dedutíveis contidas na respectiva linha.
O valor total dessa coluna será transportado para a Linha 09A/06;
e) são totalmente indedutíveis os valores consignados nas Linhas 05A/09, 05A/25, 05A/26, 05A/47 e
05A/50;
f) as empresas que operam somente com atividades em geral preenchem as Linhas 05A/01 a 05A/32,
enquanto as empresas que tenham por objeto apenas a atividade rural preenchem as Linhas 05A/34 a
05A/52.
Ficha 05B – Despesas Operacionais – Instituições Financeiras (LR)
Esta Ficha deve ser preenchida pelas instituições financeiras tributadas com base no lucro real,
submetidas à apuração trimestral ou anual do imposto.
Observar, quanto ao preenchimento desta Ficha, as seguintes instruções:
a) adaptar os títulos contábeis adotados pela empresa à nomenclatura desta Ficha, somente utilizando
as linhas correspondentes a outras despesas operacionais (Linha 05B/30) quando houver absoluta
impossibilidade de adaptação;
b) incluir, nesta Ficha, as despesas gerais e administrativas e outras despesas operacionais;
c) na coluna “Total”, indicar os totais das despesas realizadas no período de apuração (valores
dedutíveis e indedutíveis);
d) na coluna “Parcelas Não Dedutíveis”, indicar as parcelas não dedutíveis contidas na respectiva
linha, de acordo com a legislação tributária. O valor total dessa coluna é transportado para a
Linha 09B/02.
Ficha 05C – Despesas Administrativas – Seguradoras, Previdência e Capitalização (LR)
Esta Ficha será preenchida pelas sociedades seguradoras, de capitalização ou entidades abertas de
previdência.
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS NÃO DEDUTÍVEIS
Não são dedutíveis para efeito de determinação do lucro real, devendo ser adicionados ao lucro líquido,
os valores computados nos custos e as despesas, que não atendam às determinações da legislação
tributária vigentes no respectivo período de apuração.
A legislação do Imposto de Renda considera operacionais as despesas não computadas nos custos,
necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.
São necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora, as despesas
pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações exigidas pela atividade da
empresa.
As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou
atividades da empresa.
IRPJ/2009 – Nº 09 12
ATC COAD
MULTAS
Para efeito de apuração do lucro real são consideradas:
� Dedutíveis
São dedutíveis, no período de apuração em que efetivamente pagas, as multas fiscais de natureza
compensatória e aquelas impostas por descumprimento de obrigações tributárias, meramente
acessórias, de que não resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo ou contribuição, tais como:
a) multa por apresentação espontânea, fora do prazo, da Declaração;
b) multa por indicação espontânea de rendimentos omitidos na Declaração;
c) multas pelo pagamento espontâneo, em atraso, do IR, IPI, ICMS, ISS, COFINS e PIS/PASEP.
� Indedutíveis
As multas impostas por ocasião do lançamento de ofício ou auto de infração, visando punir o contribuinte
por infração de que tenha resultado falta ou insuficiência de pagamento de tributos, são indedutíveis,
dentre elas:
a) multa de ofício pela falta de entrega da Declaração;
b) multa lançada em virtude de evidente intuito de fraude definido na legislação;
c) multa aplicável pela falta de retenção do imposto, devido na fonte;
d) multa de ofício pela falta de recolhimento do imposto, ou pelo recolhimento a menor.
Também são indedutíveis as multas de natureza não tributária, tais como infrações de trânsito e outras.
� Multas Relativas ao INSS e ao FGTS
A Administração Fiscal, através do Perguntas e Respostas do Imposto de Renda – Pessoa Jurídica, inclui
entre as multas decorrentes de infração a normas de natureza não tributária, portanto indedutíveis, as
relativas ao FGTS e ao INSS.
Todavia, o 1º Conselho de Contribuinte do Ministério da Fazenda tem entendido que as multas pelo
pagamento espontâneo, em atraso, decorrente dessas parcelas, poderão ser deduzidas como despesas
operacionais.
REMUNERAÇÃO A DIRIGENTES E A MEMBROS DO CONSELHO FISCAL E DE ADMINISTRAÇÃO
A legislação do Imposto de Renda considera dedutível o valor total do custo ou da despesa incorrida
referente à remuneração atribuída a titular de firma individual (atual Empresário), a sócios, diretores e
administradores de sociedades ou representantes legais de sociedades estrangeiras, bem como a
membros do conselho fiscais e de administração, desde que:
a) correspondam à efetiva prestação de serviços;
b) sejam mensais e fixos, isto é, predeterminados;
c) sejam debitados em conta específica de custo ou despesa operacional.
Os valores atribuídos com inobservância dessas condições devem ser adicionados ao lucro líquido do
período de apuração em que forem contabilizados.
� Encargos Sociais
Os depósitos para o FGTS efetuados a favor de dirigentes não empregados constituem custos ou
despesas operacionais dedutíveis. As contribuições para a PrevidênciaSocial sobre as retiradas pro
labore recebem o seguinte tratamento:
a) a parte que competir à empresa será considerada despesa dedutível;
b) a parte que competir ao segurado, porventura assumida pela empresa, será considerada benefício
indireto, devendo, portanto, integrar o montante das retiradas, conforme examinado a seguir.
� Valores Não Dedutíveis
São indedutíveis, devendo ser adicionadas ao lucro líquido na determinação do lucro real:
a) as retiradas, mesmo debitadas em conta específica de custo ou despesa operacional, que não
correspondam a remuneração mensal e fixa por prestação de serviços;
b) as percentagens e os ordenados pagos a membros das diretorias das sociedades por ações que não
residam no País;
c) as gratificações atribuídas a dirigentes.
REMUNERAÇÃO INDIRETA A ADMINISTRADORES
Desde que a pessoa jurídica identifique e individualize os beneficiários, as vantagens, benefícios e
ganhos adicionais, pecuniários ou não, concedidos pela empresa a administradores, diretores, gerentes
e seus assessores, em retribuição pelo desempenho do respectivo cargo ou função, integrarão o
montante das retiradas, sendo dedutíveis na apuração do lucro real.
� Benefícios e Vantagens Atribuídos a Dirigentes
I – a contraprestação de arrendamento mercantil ou o aluguel ou, quando for o caso, os respectivos
encargos de depreciação:
a) de veículo utilizado no transporte de administradores, diretores, gerentes e seus assessores;
b) de imóvel cedido para uso de qualquer pessoa dentre as referidas na letra “a”;
IRPJ/2009 – Nº 09 13
COAD ATC
II – as despesas com benefícios e vantagens concedidos pela empresa a administradores, diretores,
gerentes e seus assessores, pagas diretamente ou através da contratação de terceiros, tais como:
a) a aquisição de alimentos ou quaisquer outros bens para utilização pelo beneficiário fora do
estabelecimento da empresa;
b) os pagamentos relativos a clubes e a assemelhados;
c) o salário e respectivos encargos sociais de empregados postos à disposição ou cedidos, pela
empresa, a administradores, diretores, gerentes e seus assessores;
d) a conservação, o custeio e a manutenção dos bens referidos no inciso I.
Os valores acrescidos à remuneração dos dirigentes serão, damesma forma que as retiradas, tributados
na fonte e na Declaração de Ajuste Anual, com base na Tabela Progressiva do Imposto de Renda.
� Beneficiários Não Identificados ou Identificados e Não Individualizados
Quando a pessoa jurídica não identificar ou identificar e não individualizar os beneficiários das vantagens
ou benefícios concedidos, os valores atribuídos ficarão sujeitos à tributação exclusiva na fonte, à alíquota
de 35%, calculada sobre o rendimento bruto devidamente reajustado. Neste caso, o valor das despesas,
bem como do IR/Fonte, serão considerados indedutíveis, devendo ser adicionados ao lucro líquido do
período de apuração para efeito de determinação do lucro real.
Esse tratamento aplica-se, também, aos pagamentos efetuados com recursos entregues, contabilizados
ou não, quando não comprovada a operação ou a sua causa.
� Custos e Despesas com Dedução Vedada a Partir de 1-1-96
No caso de pessoa jurídica que atribui remuneração indireta a seus dirigentes, é importante identificar e
individualizar os beneficiários para acrescentar as vantagens e benefícios ao valor das retiradas. Isso
porque o beneficiário será tributado com base na Tabela Progressiva (alíquota máxima de 27,5%) e a
pessoa jurídica poderá deduzir a totalidade das remunerações, ainda que se trate das despesas com
dedutibilidade vedada pelo artigo 13 da Lei 9.249/95, que examinaremos a seguir.
PARTICIPAÇÕES ATRIBUÍDAS A DIRIGENTES
Serão adicionadas ao lucro líquido do período de apuração, para efeito de determinar o lucro real, as
participações nos lucros da pessoa jurídica atribuídas a partes beneficiárias de sua emissão e a seus
administradores.
PARTICIPAÇÕES ATRIBUÍDAS A TÉCNICOS ESTRANGEIROS
A legislação vigente do Imposto de Renda estabelece que não são dedutíveis as participações no lucro
atribuídas a técnicos estrangeiros, domiciliados ou residentes no exterior, para execução de serviços
especializados, em caráter provisório.
EXCESSO DE DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU EXAUSTÃO
A pessoa jurídica tributada pelo lucro real pode computar no resultado, em cada período de apuração, os
encargos de depreciação, amortização ou exaustão suportados em decorrência da diminuição dos
valores de bens ou direitos registrados em seu Ativo Não Circulante.
Os encargos de depreciação e amortização são dedutíveis na apuração do lucro real desde que os bens
móveis ou imóveis que lhe deram origem sejam intrinsecamente relacionados com a produção ou
comercialização dos bens e serviços.
� Encargos Não Dedutíveis
O encargo a deduzir corresponderá à aplicação, sobre o custo de aquisição, da taxa anual permitida,
fixada em função da vida útil do bem, ou seja, do prazo durante o qual possa esperar a utilização
econômica do bem na produção de seus rendimentos.
Se ocorrer excesso de apropriação o valor excedente deverá ser adicionado ao lucro líquido na
determinação do lucro real.
CUSTOS E DESPESAS COM DEDUÇÃO VEDADA PELO ARTIGO 13 DA LEI 9.249/95
A partir de 1º de janeiro de 1996, para efeito de determinação da base de cálculo do IRPJ, devem ser
adicionados ao lucro líquido do respectivo período de apuração os valores com dedução vedada pelo
artigo 13 da Lei 9.249/95, computados pela pessoa jurídica como custos ou despesas operacionais.
� Despesas não Relacionadas com a Produção ou Comercialização
São vedadas as seguintes deduções de despesas que se referirem a bens móveis e imóveis não
relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços:
a) contraprestações de arrendamento mercantil e despesas de aluguel;
b) despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros
e quaisquer outros gastos correlatos.
� Bens Relacionados com a produção ou Comercialização
De acordo com o artigo 25 da Instrução Normativa 11 SRF/96 somente são considerados intrinsecamente
ligados à produção ou comercialização dos bens e serviços:
a) os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade;
b) os bens imóveis utilizados como estabelecimentos da administração;
IRPJ/2009 – Nº 09 14
ATC COAD
c) os bensmóveis utilizados nas atividades operacionais, instalados emestabelecimentos da empresa;
d) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados no transporte de
mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima, produtos intermediários e de
embalagem aplicados na produção;
e) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas emotocicletas
utilizados pelos cobradores, compradores e vendedores nas atividades de cobrança, compra e venda;
f) os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, as bicicletas emotocicletas
utilizados nas entregas de mercadorias e produtos vendidos;
g) os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados;
h) os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos;
i) os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa jurídica que tenha a locação como objeto de
sua atividade;
j) os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil pela pessoa jurídica arrendadora, nos
termos da Lei 6.099/74;
k) os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel pela empresa com esse tipo de
atividade.
CONTRIBUIÇÕES NÃO COMPULSÓRIAS
As contribuições não compulsórias são indedutíveis, exceto as destinadas a custear seguros e planos de
saúde e benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social, instituídos em favor de
empregados e dirigentes da pessoa jurídica.
DOAÇÕES
As pessoas jurídicas que realizaram doações devem observar, para efeitode apuração do lucro real, o
tratamento tributário a seguir:
� Doações Não Dedutíveis
Dentre outros, são considerados indedutíveis, devendo ser adicionados ao lucro líquido do período de
apuração em que forem computados, os valores correspondentes a:
a) doações feitas aos Fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente;
b) doações ou patrocínios relativos a projetos aprovados nos termos do artigo 18 da Lei 8.313/91, com as
alterações da Lei 9.874/99, e Medida Provisória 2.228-1/2001;
c) bolsas de estudo caracterizadas como doações;
d) valores despendidos a título de doação ou patrocínio, no apoio direto a projetos desportivos e
paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte, nos termos do artigo 1º da
Lei 11.438/2007;
e) parcelas excedentes de doações com dedutibilidade limitada, conforme examinado a seguir.
� Doações Limitadas a 1,5% do Lucro Operacional
São admitidas como dedutíveis as doações destinadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação
tenha sido autorizada por lei federal e que preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) comprovem finalidades não lucrativas;
b) apliquem seus excedentes financeiros em educação;
c) assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou
ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.
A dedutibilidade dessas doações está limitada a 1,5% do lucro operacional da pessoa jurídica doadora,
antes de computada a sua dedução e, quando for o caso, a dedução das doações examinadas a seguir.
� Doações Limitadas a 2% do Lucro Operacional
São consideradas dedutíveis as doações concedidas a entidades civis, legalmente constituídas no
Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício:
a) de empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes; ou
b) da comunidade onde atuem.
A dedutibilidade é limitada a 2% do lucro operacional da pessoa jurídica (antes de computadas essas
doações) e somente será admitida se observados os seguintes requisitos:
a) as doações em dinheiro sejam feitas mediante crédito em conta corrente bancária diretamente em
nome da entidade beneficiária;
b) a doadora mantenha em arquivo, à disposição da fiscalização, declaração em conformidade com o
modelo aprovado pela Instrução Normativa 87 SRF/96, fornecida pela entidade beneficiária, em que
esta se compromete a:
I – aplicar integralmente os recursos recebidos na realização de seus objetivos sociais, com
identificação da pessoa física responsável pelo seu cumprimento;
II – não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob
nenhuma forma ou pretexto.
IRPJ/2009 – Nº 09 15
COAD ATC
� Doações concedidas às OSCIP e às OS
Também são dedutíveis as doações concedidas às Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP) e às Organizações Sociais (OS), qualificadas, respectivamente, segundo as normas
estabelecidas nas Leis 9.790/99 e 9.637/98.
Para efeito de apuração do limite de 2%, o lucro operacional da pessoa jurídica deverá ser considerado
antes de computadas, se for o caso, também as doações às OSCIP e às OS.
A partir 1º de janeiro de 2003, por força do artigo 34 da Lei 10.637/2002, a condição mencionada no
item II não alcança a hipótese de OSCIP ou OS que remunerar dirigente, em decorrência de vínculo
empregatício, desde que a remuneração não seja superior, em seu valor bruto, ao limite estabelecido
para a remuneração de servidores do Poder Executivo Federal.
� Doações com Dedutibilidade Ilimitada
As empresas que, no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC), efetuarem doações
em favor de projetos culturais previamente aprovados pelo Ministério da Cultura, nos termos dos artigos
25 e 26 da Lei 8.313/91, poderão deduzir, como despesa operacional, a totalidade dos valores
efetivamente contribuídos no respectivo período de apuração.
A pessoa jurídica também poderá deduzir diretamente do IRPJ devido (exceto o adicional), 40% do valor
das doações efetivamente realizadas no período de apuração, sendo que essa dedução não poderá
exceder a 4% do imposto devido.
GASTOS COM ALIMENTAÇÃO DE ADMINISTRADORES
As despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores serão sempre consideradas
indedutíveis, a não ser que se trate da aquisição de alimentos para utilização pelo beneficiário fora do
estabelecimento da empresa, pois, neste caso, tais gastos poderão ser acrescidos à remuneração
mensal a título de benefícios indiretos, conforme examinado anteriormente.
GASTOS COM ALIMENTAÇÃO DE EMPREGADOS
As despesas com alimentação, inclusive cestas básicas, cujo fornecimento não seja efetuado
indistintamente a todos os empregados da pessoa jurídica, deverão ser adicionadas ao lucro líquido para
efeito de determinação do lucro real.
DESPESAS COM BRINDES
São vedadas as deduções de despesas com brindes de qualquer valor.
PROVISÕES NÃO DEDUTÍVEIS
No período de apuração em que a pessoa jurídica constituir provisão indedutível, deverá adicionar o
correspondente valor ao lucro líquido para efeito de apuração do lucro real.
� Provisões Dedutíveis
Na determinação do lucro real somente são consideradas dedutíveis as seguintes provisões:
a) Provisão para Férias de Empregados e respectivos encargos sociais;
b) Provisão para Décimo Terceiro Salário e respectivos encargos sociais;
c) Provisões Técnicas das Companhias de Seguro e de Capitalização;
d) Provisões das Entidades de Previdência Privada, cuja constituição é exigida por lei especial;
e) Provisões Técnicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde, cuja constituição é exigida
pela legislação a elas aplicável;
f) Provisão para Perda de Estoques das editoras e distribuidoras de livros, bem como das livrarias.
� Provisão para Perda de Estoques
De acordo com o disposto nos artigos 8º e 9º da Lei 10.753/2003, alterados pelo artigo 85 da
Lei 10.833/2003, a partir do ano-calendário de 2003, as pessoas que exerçam as atividades de editor,
distribuidor e de livreiro, poderão considerar como dedutível a Provisão para Perda de Estoques,
calculada no último dia de cada período de apuração, correspondente a 1/3 do valor do estoque existente
naquela data. Para esse efeito, considera-se:
a) editor: a pessoa jurídica que adquire o direito de reprodução de livros, dando a eles tratamento
adequado à leitura;
b) distribuidor: a pessoa jurídica que opera no ramo de compra e venda de livros por atacado;
c) livreiro: a pessoa jurídica que se dedica à venda de livros.
Conforme regulamentou a Instrução Normativa 412 SRF/2004, os registros contábeis relativos à
constituição da Provisão para Perda de Estoques, à reversão dessa provisão, à perda efetiva do estoque
e a sua recuperação serão efetuados do seguinte modo:
a) constituição: a débito da conta de resultado e a crédito da conta redutora do estoque;
b) reversão: a débito da conta redutora do estoque, a que se refere a letra “a”, e a crédito da conta de
resultado;
c) a perda efetiva será efetuada a débito da conta redutora do estoque, até o seu valor;
d) o excesso de perda deverá ser registrado a débito da conta de resultado (custo ou despesa) e a crédito
da conta de estoque;
e) a recuperação das perdas que tenham impactado o resultado tributável será contabilizada a débito da
conta patrimonial e a crédito da conta de resultado.
IRPJ/2009 – Nº 09 16
ATC COAD
CONTRIBUIÇÕES PARA A PREVIDÊNCIA PRIVADA E O FAPI
As pessoas jurídicas que contribuírem para a Previdência Privada e para o FAPI, com o fim de
assegurarem a seus empregados e dirigentes benefícios complementares assemelhados aos da
Previdência Social, podem considerar as respectivas despesas como dedutíveis.
� Condições e Limites de Dedutibilidade
Quando se tratar do FAPI, a dedutibilidade como despesa operacional está condicionada a que o Plano
atinja, no mínimo, 50%dos empregados.
A soma das duas contribuições não poderá exceder, em cada período de apuração, a 20% do total dos
salários e das remunerações dos dirigentes da empresa, vinculados ao respectivo Plano. Havendo
excesso, este deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real.
SEGUROS DE VIDA COM CLÁUSULA DE COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA
A partir de 1º de janeiro de 2005, de acordo com o artigo 4º da Lei 11.053/2004, a dedução das
contribuições da pessoa jurídica para seguro de vida com cláusula de sobrevivência fica condicionada
cumulativamente, a que o seguro seja oferecido indistintamente aos empregados e dirigentes, e a que
não exceda ao limite de 20% do total dos salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes
vinculados ao referido plano.
Exemplo: A seguir apresentamos as Fichas 04A e 05A devidamente preenchidas
IRPJ/2009 – Nº 09 17
COAD ATC
IRPJ/2009 – Nº 09 18
ATC COAD
10.3.2. Ficha 06
Ficha 06A – Demonstração do Resultado – PJ em Geral (LR)
Esta Ficha deve ser preenchida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, submetidas à
apuração trimestral ou anual do Imposto de Renda. A pessoa jurídica que explorar atividades em geral e
atividade rural deve observar os critérios de rateio das despesas e de dedutibilidade.
Exemplo: A seguir apresentamos a Ficha 06A devidamente preenchida
IRPJ/2009 – Nº 09 19
COAD ATC
Ficha 06B – Demonstração do Resultado – Instituições Financeiras (LR)
Esta ficha deve ser preenchida pelas instituições financeiras tributadas com base no lucro real,
submetidas à apuração trimestral ou anual do Imposto de Renda.
Ficha 06C – Demonstração do Resultado – Seguradoras, Previdência e Capitalização (LR)
10.3.3. Ficha 07
Ficha 07 – Demonstração do Lucro Inflacionário Realizado (LR) – NÃO DISPONÍVEL PARA
PREENCHIMENTO
As empresas em geral estiveram obrigadas a realizar, a partir de 1º de janeiro de 1996, no mínimo, 10%
do lucro inflacionário existente em 31 de dezembro de 1995, no caso de apuração anual de Imposto de
Renda, ou 2,5%, no caso de apuração trimestral, quando o valor assim determinado resultasse superior
ao apurado com base na realização efetiva. Dessa forma, o prazo máximo para tributação total do saldo
remanescente do lucro inflacionário é de 10 anos. Esse prazo terminou em 31-12-2005.
Sociedades Civis de Profissões Regulamentadas
As pessoas jurídicas que diferiram lucro inflacionário em período de apuração submetido ao regime do
Decreto-Lei 2.397/87, que tinham saldo a tributar remanescente em 31-12-96, ficaram obrigadas, a partir
de 1º de janeiro de 1997, a controlá-lo paralelamente à contabilidade comercial, utilizando, para tanto,
folha específica da Parte “B” do LALUR.
A realização do saldo do lucro inflacionário ocorrerá à medida em que os bens do ativo existentes em
31-12-95 forem sendo efetivamente realizados a qualquer título ou quando o saldo for distribuído,
capitalizado ou utilizado para compensar prejuízos.
Ao lucro inflacionário diferido em período submetido ao regime do DL 2.397/87 não se aplica a realização
mínima obrigatória de 10% prevista para as demais pessoas jurídicas.
No entanto, de acordo com o § 2º do artigo 63 da IN 93 SRF/97, a sociedade civil estará obrigada a
reconhecer a depreciação dos bens do Ativo Imobilizado conforme as taxas usualmente admitidas.
Assim, ainda que a empresa não contabilize encargos de depreciação, deverá considerá-los para efeito
de realização do lucro inflacionário.
O valor realizado deverá ser adicionado na Parte “A” do LALUR, no respectivo período de apuração do
IRPJ, procedendo-se a correspondente baixa na Parte “B”.
10.3.4. Fichas 08 e 10
Ficha 08 – Demonstração do Lucro da Exploração – PJ em Geral (LR)
Ficha 10 – Cálculo da Isenção e Redução do Imposto sobre o Lucro Real – PJ em Geral (LR)
As empresas tributadas pelo lucro real que, autorizadas pela legislação tributária, usufruíram no
ano-calendário de 2008 de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do Imposto de Renda,
ficaram obrigadas ao cálculo do lucro da exploração, que deverá ser demonstrado na Ficha 08 da
Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ/2009 – Versão 2.0).
PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS
Estão incluídas nas disposições que obrigam ao cálculo do lucro da exploração as pessoas
jurídicas:
a) instaladas nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE)
e/ou da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), que tenham direito à isenção
ou redução do imposto, de acordo com as legislações respectivas;
b) que explorem empreendimentos hoteleiros e outros empreendimentos turísticos com projetos
aprovados pelo extinto Conselho Nacional de Turismo até 31 de dezembro de 1985, em gozo de
redução de até 70% do imposto pelo prazo de 10 anos a partir da conclusão das obras;
c) que instalaram, ampliaram ou modernizaram, até 31 de dezembro de 1990, na área do Programa
Grande Carajás, empreendimentos dele integrantes, beneficiados com isenção do imposto por ato do
Conselho Interministerial do Programa Grande Carajás;
d) que tenham empreendimentos industriais ou agroindustriais, inclusive de construção civil, em
operação nas áreas de atuação da SUDAM e da SUDENE, que optarem por depositar parte do
imposto devido para reinvestimento, conforme a legislação aplicável;
e) que tenha projeto aprovado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da
Indústria de Semicondutores (PADIS).
�Instituições de Ensino Superior
A instituição privada de ensino superior, com fins lucrativos ou sem fins lucrativos não beneficente, que
aderir ao Programa Universidade para Todos (PROUNI) nas condições da legislação pertinente, ficará
isenta da CSLL e do IRPJ, no período de vigência do termo de adesão.
Para usufruir o benefício a instituição deverá apurar o lucro da exploração, decorrente da realização de
atividades de ensino superior, proveniente de cursos de graduação ou cursos sequenciais de formação
específica, sobre o qual recairá a isenção do IRPJ e da CSLL.
IRPJ/2009 – Nº 09 20
ATC COAD
MOMENTO DO CÁLCULO
O lucro da exploração deve ser calculado:
a) no encerramento de cada trimestre-calendário, pelas empresas que adotarem a apuração trimestral
do Imposto de Renda;
b) no balanço anual de 31 de dezembro e/ou nos balanços intermediários utilizados para suspender/
reduzir o pagamento mensal do imposto, quando houver opção pelo regime de estimativa.
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
Segundo a legislação vigente, o lucro da exploração, a ser calculado pelas empresas que desenvolvem
atividades incentivadas, corresponde ao lucro líquido do período de apuração, ajustado da seguinte
forma:
� VALOR DO AJUSTE POSITIVO OU NEGATIVO DO REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO (RTT),
conforme item 10.3.5 a seguir;
� ADIÇÕES AO LUCRO LÍQUIDO
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devida no respectivo período de apuração;
• Despesas não operacionais;
• Prejuízos na alienação de participações societárias não integrantes do Ativo Investimentos;
• Resultados negativos em participações societárias;
• Resultados negativos em Sociedades em Conta de Participação (SCP);
• Perdas em operações realizadas no exterior;
• Valor igual ao baixado na conta de Reserva de Reavaliação;
• Valor igual ao baixado na conta de Reserva Especial de CM (artigo 2º da Lei 8.200/91);
• Tributos e contribuições com exigibilidade suspensa, adicionados ao lucro líquido, para efeito de
determinação do lucro real;
• Parcela das receitas auferidas nas exportações, calculada de acordo com a sistemática de Preços
de Transferência (artigo 19 da Lei 9.430/96), que exceder ao valor já apropriado na escrituração da
pessoa jurídica domiciliada no Brasil;
• A empresa que optou por considerar, para efeitos fiscais, o valor correspondente às variações
monetárias das obrigações e direitos de crédito, em função da taxa de câmbio,quando da
liquidação da correspondente operação, adicionará ao lucro líquido as variações cambiais
passivas debitadas no resultado do período de apuração;
• A empresa que optou, a partir de 1º de janeiro de 2000, pelo reconhecimento fiscal das variações
monetárias, em função da taxa de câmbio, quando da liquidação da correspondente operação,
adicionará ao lucro líquido as variações cambiais ativas verificadas a partir daquela data, cujas
operações tenham sido liquidadas no período de apuração.
� EXCLUSÕES DO LUCRO LÍQUIDO
• Receitas não operacionais;
• Ganhos na alienação de participações societárias não integrantes do Ativo Investimentos;
• Resultados positivos em participações societárias;
• Resultados positivos em Sociedades em Conta de Participação (SCP);
• Rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior;
• A empresa que optou por considerar, para efeitos fiscais, o valor correspondente às variações
monetárias das obrigações e direitos de crédito, em função da taxa de câmbio, quando da
liquidação da correspondente operação, excluirá do lucro líquido as variações cambiais ativas
creditadas no resultado do período de apuração;
• A empresa que optou, a partir de 1º de janeiro de 2000, pelo reconhecimento, na determinação do
lucro real e do lucro da exploração, das variações monetárias, em função da taxa de câmbio,
quando da liquidação da correspondente operação, excluirá do lucro líquido as variações cambiais
passivas verificadas a partir daquela data, cujas operações tenham sido liquidadas no período de
apuração;
• A parte das receitas financeiras que exceder as despesas financeiras;
• Tributos e contribuições controlados na Parte “B” do LALUR, adicionados ao lucro real e ao lucro
da exploração em períodos de apuração dos anos de 1993 e 1994, pagos no ano-calendário de
2008;
• Tributos e contribuições com exigibilidade suspensa, adicionados ao lucro real e ao lucro da
exploração em períodos de apuração anteriores, pagos no ano-calendário de 2008.
ISENÇÃO E REDUÇÃO DO IMPOSTO
A legislação do Imposto de Renda, ao definir o lucro líquido como sendo base para o lucro da exploração,
condicionou o gozo dos benefícios à manutenção de escrita mercantil regular.
Assim, as empresas que gozam de isenção ou redução do imposto estão sujeitas a todas as demais
obrigações estabelecidas na legislação do Imposto de Renda para as empresas em geral, devendo,
inclusive:
IRPJ/2009 – Nº 09 21
COAD ATC
a) manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais;
b) elaborar demonstrações financeiras;
c) preparar demonstrativo do lucro real; e
d) apresentar a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) no prazo
fixado.
� Instituição Participante do PROUNI
Para usufruir a isenção, a instituição de ensino deverá demonstrar em sua contabilidade, com clareza
e exatidão, os elementos que compõem as receitas, custos, despesas e resultados do período de
apuração, referentes às atividades sobre as quais recaia a isenção, segregados das demais
atividades.
Caso o sistemade contabilidade adotado pela instituição de ensino não ofereça condições para apuração
do lucro líquido e do lucro da exploração por atividade, este poderá ser estabelecido combase na relação
entre as receitas líquidas das atividades isentas e a receita líquida total.
� Constituição de Reserva
Se a pessoa jurídica deixar de pagar o imposto em virtude de isenção ou redução, não poderá distribuir o
valor correspondente aos sócios ou acionistas, devendo constituir uma reserva de capital, que somente
poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou aumento do Capital Social.
No caso de pessoa jurídica titular de empreendimento integrante doProgramaGrandeCarajás, a reserva
de capital ora citada deverá ser utilizada para investimento no mesmo ou em outro empreendimento
integrante do Programa.
FICHAS A SEREM UTILIZADAS
As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real trimestral ou anual, que gozem de benefícios fiscais
calculados com base no lucro da exploração, deverão preencher, dentre outras, as seguintes Fichas da
DIPJ 2009:
PASTA IRPJ
FICHA 08 – Demonstração do Lucro da Exploração
FICHA 10 – Cálculo da Isenção e Redução do Imposto sobre o Lucro Real
Os contribuintes enquadrados no lucro real trimestral deverão preencher a Ficha 08 quatro vezes, ou
seja, uma para cada trimestre do ano-calendário.
PASTA INFORMAÇÕES
FICHA 28 – Atividades Incentivadas
Exemplo:
A seguir, examinamos a determinação do lucro da exploração, do Imposto de Renda a pagar, e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de uma empresa com tratamentos fiscais distintos, que
não efetua lançamentos contábeis específicos para separar os resultados de cada atividade.
No ano-calendário de 2008, a empresa enquadrou-se no regime de estimativa, efetuando os
recolhimentos mensais do IRPJ e da CSLL com base na receita bruta e acréscimos.
Sabe-se, ainda, que a empresa não está habilitada a utilizar o bônus da CSLL.
SITUAÇÃO DA EMPRESA EM 31-12-2008
Admitamos quenoencerramento do ano-calendário de 2008 aempresa apresente a seguinte situação:
– Atividade: Indústria
Empreendimentos instalados em área de atuação da SUDENE, incentivados do seguinte modo:
I – Isenção
II – Redução: 75%
Período de vigência dos incentivos:
Isenção: de 1999 a 2008
Redução: de 2000 a 2009
– Receita líquida: As receitas auferidas no ano-calendário de 2008, relativas às vendas incentivadas e
não incentivadas, são as seguintes:
VENDAS
(Receita Líquida)
TOTAL
R$
Atividade Isenta 8.712.000,00
Atividade c/Redução de 75% 6.969.600,00
Atividade não Incentivada 1.742.400,00
TOTAL DA RECEITA LÍQUIDA 17.424.000,00
IRPJ/2009 – Nº 09 22
ATC COAD
– Lucro líquido do período ANTES das Provisões para o IRPJ e a CSLL .................R$ 3.049.200,00
– Despesas não operacionais: ...................................................................................R$ 784.080,00
– Receitas financeiras (*) .....................................................R$ 165.528,00
– Despesas financeiras (*)..............................................(–) R$ 130.680,00 R$ 34.848,00
– Receitas não operacionais: .....................................................................................R$ 348.480,00
– Gratificações a dirigentes: .......................................................................................R$ 418.176,00
– Lucro de investimento avaliado pelo custo de aquisição: .......................................R$ 78.408,00
– CSLL estimada dos meses de janeiro a dezembro/2008:.......................................R$ 234.439,92
– IRPJ estimado dos meses de janeiro a dezembro/2008: ........................................R$ 142.876,80
(*) Incluídas variações cambiais consideradas, para efeito fiscal, pelo regime de Competência.
RECEITA LÍQUIDA POR ATIVIDADE
A empresa determinou, primeiramente, os percentuais que a receita líquida de cada atividade representa
em relação à receita líquida total, utilizando as seguintes fórmulas:
RP = RLI x 100; RP = RLR x 100; e RP = RLS x 100; onde:
RLT RLT RLT
RP = Percentual de cada receita líquida em relação à receita líquida total da empresa;
RLI = Receita Líquida de Atividades Isentas;
RLR = Receita Líquida de Atividades com Redução de 75%;
RLS = Receita Líquida de Atividades Não Incentivadas;
RLT = Receita Líquida Total da Empresa.
Assim, foi apurado:
a) atividade isenta:
R$ 8.712.000,00 x 100 = 50%
R$ 17.424.000,00
b) atividade com redução de 75%:
R$ 6.969.600,00 x 100 = 40%
R$ 17.424.000,00
c) atividade não-incentivada:
R$ 1.742.400,00 x 100 = 10%
R$ 17.424.000,00
CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
Para calcular a Contribuição Social incidente sobre o lucro líquido do período a empresa procedeu do
seguinte modo:
Lucro líquido do período:............................................................................................R$ 3.049.200,00

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