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Aceleração da Gravidade Rogério Rodrigo Diogo Proansi Tecnologia e Treinamento, Avenida Constituição, 1759 an 1. São José do Rio Preto. São Paulo, SP. EMAIL:rogerio.r.diogo@outlook.com Resumo Aceleração da gravidade é a intensidade do campo gravitacional em um determinado ponto. Geralmente, o ponto é perto da superfície de um corpo massivo. Um exemplo é a aceleração da gravidade na Terra ao nível do mar e à latitude de 45°,(g) é aproximadamente igual a 9,80665 m/s². A aceleração na Terra varia minimamente, devido à, principalmente, diferentes altitudes, variações na latitude e distribuição de massas do planeta. Para fins didáticos, a aceleração da gravidade é a variação da velocidade de um corpo em queda livre, sem a presença de atrito, ao ser atraído por um outro corpo por um campo gravitacional. Introdução Você vivencia a aceleração ao começar a correr para chegar a tempo a algum lugar, ou ao diminuir o passo para conversar com um amigo ou dobrar uma esquina. O que esses movimentos têm em comum? Eles são exemplos de mudanças na velocidade ou na direção. A aceleração são alterações na velocidade ou na direção de um objeto em movimento. Ela pode ser positiva (resultando em aumento da velocidade) ou negativa (diminuindo a velocidade). Quando um objeto cai pelo ar, duas forças agem sobre ele. A força da gravidade puxa o objeto para baixo, fazendo com que sua velocidade aumente durante a queda e, ao mesmo tempo, a resistência do ar tende a retardá-la, opondo-se ao movimento. Quando você coloca a mão para fora da janela de um carro em movimento, você consegue sentir a resistência do ar contra sua mão. A resistência do ar aumenta quando o carro vai mais rápido. Durante a queda de um objeto, a resistência do ar aumenta até atingir o ponto em que ela se iguala à força da gravidade que puxa o objeto para baixo. Nesse ponto, o objeto atinge sua velocidade máxima, chamada de velocidade terminal. Procedimento 1) - Inicie o programa Virtual Physics e selecione Aceleração da Gravidade na lista de atividades. O programa vai abrir a bancada de mecânica (Mechanics). 2)- Na parte inferior da área de experimentos há uma bola de 0.25 kg (vista lateral). Um êmbolo está preso à parte de baixo da bola. Ela será atirada para cima pelo êmbolo, mas a gravidade a puxará de volta. Você deve observar a aceleração da bola enquanto ela é lançada para cima e enquanto cai de volta. Fazendo previsões Como você acha que a velocidade da bola muda à medida que ela se move para cima? E à medida que cai? Resp.Enquanto a bola sobe, a velocidade deve diminuir uniformemente até parar. Após chegar à sua altura máxima e parar, a bola começa a descer ganhando velocidade, ou seja, sua velocidade aumenta enquanto ela cai. 3)- Clique em Lab book para abri-lo. Clique no botão (Recording) para começar a registrar os dados. Lance a bola para o ar apertando o botão Force. Observe a trajetória da bola. O êmbolo está regulado para bater na bola com uma força de 75 N. Quando a bola atingir a borda inferior, o experimento vai parar e um link aparecerá no Lab book com a posição, velocidade e aceleração da bola versus tempo. Na tabela abaixo, escreva quanto tempo a bola levou para cair e qual a velocidade final, imediatamente antes que ela pare. 4) - Repita o experimento, mas altere a força do êmbolo: clique no botão Reset para reiniciar e altere a força do êmbolo na seção Forces no dispositivo para alteração de parâmetros (Parameters). Repita o passo 3. 5) - Clique no botão Reset novamente para reiniciar o experimento. Desta vez, adicione a resistência do ar, trazendo-a da bandeja para a área de experimentos. Repita o passo 3 para registrar a velocidade da bola durante a queda. 6) - A bola não subiu tanto porque a resistência do ar diminuiu sua velocidade. Agora você pode ajustar a força do êmbolo para que ele arremesse a bola mais alto. Observe a velocidade da bola enquanto ela cai. Clique no botão Reset para reiniciar o experimento e ajuste a força do êmbolo no dispositivo de parâmetros. Lembre-se de colocar a resistência do ar na área de experimentos novamente. Repita o passo 3. Tabela 1 Tabela de Dados Força (N) Resistência do ar (Com ou Sem) Tempo até atingir o chão(s) Velocidade ao atingir o chão(m/s) 75 Sem 3,255 14,90 90 Sem 3,826 17,87 75 Com 1,517 3,15 90 Com 1,552 3,16 7) – Observando: Nos experimentos anteriores, em quais partes da trajetória da bola houve aceleração? Resp.Durante toda a trajetória houve aceleração da Bola. Já nos casos sem a resistência do ar, a aceleração foi a gravitacional, e nos casos com a resistência do ar, houve uma aceleração variada. Em ambos dos casos, as acelerações resultantes atuaram freando a bola na subida e acelerando na descida. Desenhando gráficos Use os dados de cada link de seu Lab book para traçar, no espaço abaixo, três linhas em um gráfico espaço versus tempo. Identifique o eixo horizontal como Tempo (s) e o eixo vertical como Posição (m). Lembre-se de utilizar uma escala adequada. Utilize, aproximadamente, dez pontos de cada link de dados para traçar a trajetória das bolas. O primeiro ponto de cada gráfico deve ser (0 s, 0 m), que corresponde ao instante e à posição espaço em que a bola foi golpeada. Indique então a altura da bola (no eixo y) no decorrer de todo o movimento de subida e de queda. Conecte os pontos usando uma cor para cada experimento e identifique as linhas com a força que arremessou a bola e a presença ou não de resistência do ar. Gráfico 1 Desenhando gráficos Após ter construído o gráfico de posição versus tempo, construa os gráficos de velocidade (v_y) versus tempo, no espaço abaixo. Identifique o eixo horizontal como Tempo (s) e o eixo vertical como velocidade (m/s). Utilize, aproximadamente, 10 pontos de cada link de dados para traçar a trajetória das bolas. Conecte os pontos utilizando as mesmas cores do gráfico anterior e identifique as linhas novamente. Reconheça os trechos em que aceleração foi positiva ou negativa e em que momento houve mudança de direção na trajetória das bolas. -0.2239 2.7761 5.7761 8.7761 11.7761 14.7761 17.7761 0 .0 0 0 0 0 .3 2 8 0 0 .5 5 4 0 0 .9 0 8 0 1 ,1 1 3 1 ,3 2 8 1 ,5 5 6 1 ,7 8 6 2 ,0 1 3 2 ,2 4 2 2 ,4 7 2 ,6 9 6 2 ,9 2 5 3 ,1 5 3 ,3 7 7 3 ,6 0 1 3 ,8 2 6 0 P o si çã o ( m ) Tempo(sec) Gráfico da posição x o tempo para diversas forças e resistências 75(N)sem res do ar 75(N)com a res do ar 90(N)com a res do ar 90(N)sem a res do ar Gráfico 2 Interpretando dados 3) - Descreva as diferenças que você percebe entre os gráficos e explique por que elas ocorrem. Existe diferença no movimento dos objetos com e sem a resistência do ar? Resp. Os gráficos de espaço versus tempo são curvas, que indicando que houve aceleração. Já nas situações com atrito, a bola atingiu uma altura menor. Nos gráficos de velocidade versus tempo, nos casos sem atrito, a velocidade variou de maneira linear, e a velocidade inicial teve seu valor praticamente igual ao da final. Já nas situações com atrito, a velocidade variou de maneira não uniforme, e a velocidade final atingida foi menor que a velocidade inicial. A diferença no movimento dos objetos é nítida: nos casos com atrito, as esferas atingem uma altura menor, e seu movimento tem menor duração. 4) - Interpretando dados:Como os gráficos velocidade versus tempo mostram que as bolas estão acelerando? Resp. A aceleração indica uma variação na velocidade. Já no gráfico de velocidade com caso de um movimento sem aceleração deve ser uma reta na horizontal com valor constante. 5) - Comparando e diferenciando: Como se compara a aceleração nos experimentos em que não havia resistência do ar? Compare a declividade dasretas de velocidade. Como essa aceleração se compara à aceleração dos experimentos em que a resistência do ar atuou? Resp. A aceleração nos experimentos em que não havia a resistência do ar é constante e equivale à aceleração da gravidade terrestre (9,8 m/s2). Nesses casos, a declividade das retas de velocidade nos gráficos é a mesma. Nos casos em que a resistência do ar atuou, a aceleração foi inicialmente muitomaior e teve uma variação, terminando com uma intensidade muito pequena. 6) - Nos gráficos dos experimentos com a resistência do ar, há regiões que demonstram aceleração constante? Há trechos com velocidade constante ou aceleração nula? Por que as bolas talvez não acelerem, mesmo que a gravidade as puxe para baixo? O que estaria atuando sobre elas? 0 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 0 .0 0 0 0 0 .4 4 0 0 0 .9 0 8 0 1 ,2 1 3 1 ,5 5 6 1 ,8 9 9 2 ,2 4 2 2 ,5 8 3 2 ,9 2 5 3 ,2 6 2 3 ,6 0 1 V el o ci d ad e( m /s ) Tempo(sec) Gráfico velocidade x tempo.Os pontos indicam mudança no sentido do movimento 75(N) sem resistência do ar 90(N)sem a resistência do ar 75(N)com a resistência do ar 90(N)com a resistência do ar Resp.Nos gráficos dos experimentos com a resistência do ar, no final do movimento de queda há uma demonstração de aceleração muito pequena e quase constante, ou seja, o movimento foi praticamente uniforme e sua velocidade quase constante. Isso ocorre porque a resistência do ar se opõe à gravidade, desencadeando, assim, uma queda com velocidade quase constante. Essa grandeza é chamada de velocidade terminal. Assim, mesmo havendo a aceleração da gravidade, a força de resistência se equilibra com a força peso exercida pela gravidade. Esse fenômeno pode ser observado em saltos de paraquedas ou nas gotas de chuva. 7) - Aplicando conceitos: Há alguma relação entre a declividade das retas no gráfico e a força do êmbolo? (Dica: a intensidade da força usada para golpear a bola está relacionada com a velocidade da bola durante a queda? E durante a subida? Resp.Quanto maior a força do êmbolo, maior a velocidade inicial da bola, porém a declividade da reta no gráfico de velocidade versus o tempo nos casos sem atrito foi a mesma. Já nos casos com atrito, a declividade foi maior onde a força do êmbolo era maior. Conclusão Sabe-se que a gravidade é uma força que atua sobre um corpo atraindo-o para outro corpo de maior massa, normalmente essa força é mensurável quando a massa de um dos corpos é relativamente alta, como planetas, corpos celestes, etc. Com o planeta Terra não é diferente, sua enorme massa atrai todos os corpos que se aproximam do seu campo gravitacional com uma aceleração de 9, 80665 m/s². Esse valor foi achado com base nas fórmulas da Gravitação Universal, onde aceleração é dada com base na fórmula: 𝐴 = 𝐺𝑚 𝑟² (Fórmula5) Porém essa aceleração varia com base na distância do corpo ao centro da Terra, ou seja, a aceleração varia à medida com que se afasta do nível do mar, e quanto maior a altitude de uma cidade, menor será o valor da aceleração da gravidade naquele ponto, pois maior será o raio da Terra. Esse experimento serviu para nos mostrar isso. Pelo fato de Itajubá (a cidade em questão onde fora feito o experimento) estar a uma altura de 845 metros acima do nível do mar, fez-se o experimento para determinar a aceleração e utilizando as fórmulas do movimento uniformemente acelerado achamos um valor bem próximo do que deveria ser, e como descrito, uma aceleração menor do que a aceleração da gravidade ao nível do mar. Concluímos então que quanto mais alta a cidade menor será a aceleração da gravidade naquele ponto, e que mesmo utilizando meios não precisos para o cálculo da mesma, ainda é possível determinar valores bem próximos do que deveria ser. Referências Raymond A. Serway / John W. Jewett, Jr. Princípios de Física 1, Mecânica ClassicaVol°1 Editora Cengage Learnin. Prof. Me. Cristiano Cruz / Uninter
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