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Súmula Vinculante

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Súmula Vinculante
Isabella dos Santos Fernandes
IED – Turma 27A
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Emenda Constitucional nº45/4 – Lei nº 11.417/06
 	Tendo-se no Direito brasileiro que súmula é um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos, com a dupla finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de promover a uniformidade entre as decisões, criou-se em 2004 com a EC 45, a Súmula Vinculante, que é um mecanismo que obriga juízes de todos os tribunais a seguirem o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre determinado assunto com jurisprudência consolidada. Com a decisão do STF, a súmula vinculante adquire força de lei e cria um vínculo jurídico, não podendo mais, portanto, ser contrariada.
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Ponto de Partida
 	A instituição da súmula vinculante corresponde à tentativa de adaptação do modelo da commom law (stare decisis) para no sistema romano-germânico (civil law), todavia, a EC nº 45/04 não adotou o clássico stare decisis, nem tampouco transformou nosso sistema, porém permitiu ao Supremo Tribunal Federal de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação
 aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida na 
 Lei n°11.417, de 19 de dezembro de 2006. 
 Desse modo, essa ideia já adotada no Império, 
 sem porém que tivesse sido utilizado até a
 proclamação da República, renasce a partir da
 necessidade de reforço à ideia de uma única 
 interpretação jurídica para o mesmo texto 
 constitucional ou legal, de maneira a assegurar
 - se a segurança jurídica e o princípio da
 igualdade.
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Lei nº11.417/06
Não houve edição de súmula vinculante até a publicação da Lei nº 11.417, de 19 de dezembro de 2006, que disciplinou a edição, revisão e cancelamento de enunciados das súmulas pelo Supremo Tribunal Federal, todos gerados pelos novos mecanismos: direto e incidental. 
 	O procedimento direto, nos termos do art 103-A da CF e da Lei nº11.417/06, cuja vacatio legis é de 3 meses, exige os seguintes requisitos e procedimentos, sem prejuízo da disciplina subsidiária do regimento interno do STF:
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Procedimento Direto
A Lei nº11.417/06 ampliou a colegitimação para a propositura de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante, estendendo essa faculdade ao Defensor Público da União, aos Tribunais Superiores, aos Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, aos Tribunais Regionais Federais, aos Tribunais Regionais do Trabalho, aos Tribunais Regionais Eleitorais e aos Tribunais Militares.
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Procedimento Incidental
Difere do procedimento direto no tocante à legitimidade e à existência de caso específico em julgamento no STF, para que possa ser iniciado.
Ressalta-se que, tanto no procedimento direto, quanto no procedimento incidental, não haverá suspensão de processos que tenham por objeto a matéria discutida no Plenário do STF.
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 	O procedimento Incidental para a edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante exige os seguintes requisitos:
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Vale lembrar! 
8
	
Súmula Vinculante é diferente de Jurisprudência!
	Súmula é um pequeno resumo de alguma questão jurídica, feita por um dos Tribunais Superiores. Quando decidem uma questão da mesma maneira, já das várias vezes que ela tenha ido a julgamento no tribunal, as turmas se reúnem e fazem a súmula, que já indica como aquela questão especifica é julgada. 
	Jurisprudência é todo o conjunto de decisões que põem fim
 a um processo, feito em qualquer instância, por qualquer juiz ou 
desembargador, incluindo as súmulas. A jurisprudência serve como 
precedente pra questão que o juiz deve julgar. Isto é, não vincula a 
decisão, mas dá uma base mostrando que aquela solução para a 
questão já foi usada.
 
Referências Bibliográficas 
9
Moraes, Alexandre de
Direito Constitucional/Alexandre de Moraes. – 26. ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
Sarlet, Ingo Wolfgang
Curso de direito constitucional/ Ingo Wolfgang Sarlet, Luiz Guilherme Marinoni, Daniel Mitidiero. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.
http://professorpaulocesar.blogspot.com.br/2013/09/qual-diferenca-entre-acordao-sumula-e.html
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2375
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumulaVinculante
http://www12.senado.gov.br/noticias/entenda-o-assunto/sumula-vinculante

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