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Histórico da saude na Russia

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Histórico da saúde na Rússia:
1988 - Reformas buscaram aumentar os recursos para o financiamento da saúde, reduzir a regulação estatal e modernizar a gestão para melhorar a qualidade de serviços médicos e utilizar os recursos de forma mais eficiente e resolutiva. Sob a inspiração do sistema inglês, buscou-se a descentralização na gestão dos gastos em saúde, distribuídos e alocados de forma per capita para regiões de saúde com autonomia gerencial. 
Falha: dificuldade de administrar crise do estado soviético no pós-comunismo, em função das resistências burocráticas e da organização de grupos de interesse no interior do Estado. 
1991 - Novo modelo de gestão de saúde visando substituir distribuição regional dos recursos públicos orçamentários em base per capita por um sistema de seguro-saúde, no qual as Regiões de Saúde contratariam em bases concorrenciais, seguradoras que organizariam redes de prestadores de serviços médicos para cuidar da saúde da população. Com objetivo de melhorar a qualidade dos serviços, aumentar a eficiência gerencial do sistema de saúde e aumentar os recursos disponíveis para a saúde, que deixariam de ser financiados apenas pelo setor público e passariam a receber contribuições de novos atores – as empresas e trabalhadores. Operadoras de seguros privados comprariam os serviços médicos e ofereceriam planos para trabalhadores formais e para o setor informal e suas família. Os prêmios cobrados pelos seguros seriam baseados na idade e sexo dos beneficiários. 
1993- foram organizados fundos regionais de saúde (FRS) para coletar os prêmios de seguro e organizar o financiamento público-privado a ser distribuído pelas asseguradoras de saúde nas regiões do país, de acordo com as preferências das empresas e dos usuários. 
1996 - 538 seguradoras de saúde estavam funcionando em 59 Regiões. Mas, em 48 Regiões, as FRS operavam como se fossem as antigas Regiões de Saúde. A escassez de provedores privados de serviços fazia com que parte dos recursos fosse distribuída entre hospitais e serviços públicos, o que eliminava todos os benefícios associados à concorrência previstos na concepção do novo sistema.
Os recursos disponíveis para o financiamento dos prêmios de seguro não era suficiente para garantir um conjunto de prestações de serviço de qualidade aos beneficiários. Por isso, a implementação da reforma foi parcial e somente algumas das Regiões alcançaram resultados positivos. Tanto os direitos dos usuários como as responsabilidades das autoridades federal, regionais e locais não estavam suficientemente estabelecidos. Os resultados foram a fragmentação e o refortalecimento das autoridades regionais e locais de saúde.
 1997- FRS controlavam somente 27% dos gastos públicos em saúde, sendo os demais recursos administrados pela administração direta descentralizada. A crise fiscal levou a uma queda dos gastos públicos em saúde. Assim, aumentaram os gastos diretos das famílias com pagamentos informais a médicos e compra clandestina de medicamentos nos hospitais públicos.
2000- Wladimir Putin no Governo: houve crescimento dos gastos em saúde, gerando aumento da expectativa de vida e queda da mortalidade infantil. 
2006- Putin aprovou um plano de para reformar o sistema, introduzindo incentivos como o pagamento de médicos por desempenho e aumentando o gasto público em saúde, por recomendação da OMS. A maior parte dos recursos se destinou a aumentar salários dos profissionais da saúde e à construção de serviços de saúde de média e alta complexidade. Nada foi feito para aumentar a eficiência do sistema, resolver os problemas de gestão existentes nas unidades de saúde, nem para melhorar as estratégias de promoção e prevenção para evitar doenças crônicas precoces pela exposição da população adulta a riscos como o alcoolismo, sedentarismo e tabagismo.
	
2010 – Putin anunciou que a partir de 2011 implementaria mudanças no sistema de saúde modernizando as instituições de saúde, fortalecendo a tecnologia, aumentando salários médicos e melhorando a eficiência dos hospitais para aumentar o acesso da população a saúde de qualidade. Parte dos recursos viria do aumento da contribuição das empresas aos seguros de saúde. 
2013 - Realinhamento de gastos a favor de itens como defesa e segurança em detrimento da saúde: desde 1º de janeiro de 2013, os russos têm de pagar por tudo o que não está incluído no programa básico do seguro de saúde obrigatório:
Procura por conta própria de médicos especialistas
Medicamentos não listados como essenciais. (Se tais drogas forem consideradas vitais, ou o paciente for intolerante a outras drogas, elas deverão ser fornecidas gratuitamente)
Prestação de serviços de ambulância, se na hora da chamada a pessoa não tiver a apólice do seguro de saúde obrigatório. Em casos extremos, no entanto, o paciente será atendido.
"Se forem necessários serviços de saúde adicionais para se evitar ameaças à vida do consumidor, estes serão fornecidos gratuitamente", diz a lei.
Nos moldes do programa básico do seguro de saúde obrigatório será assegurado o financiamento da tecnologia de reprodução assistida (FIV), com o objetivo aumentar os índices de nascimentos em Moscou.
Devido à possibilidade do aumento de venda de medicamentos sem qualidade, falsificados e adulterados, a venda de medicamentos isentos de prescrição medica, antes anunciada, não foi implantada no momento.
MEDICI,André Cezar. Monitor de saude, A Saúde nos BRIC’s - Progresso e Perspectivas. Disponível em : <http://monitordesaude.blogspot.com.br/2011/01/saude-nos-brics-progresso-e.html> Acesso em 09 de março de 2014
PETRENKO, Varvara. As mudanças no sistema de saúde russo em 2013. Gazeta Russa, 2013. Disponível em: <http://gazetarussa.com.br/articles/2013/01/11/as_mudancas_no_sistema_de_saude_russo_em_2013_17173.html> Acesso em 09 de março de 2014.

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