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Tribunal
	Inform / Súm
	Tema
	Jurisprudência
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Boa-Fé Econômica
	A) A boa-fé econômica implica a aplicação do princípio da transparência e da publicidade nas relações de trocas comerciais dentro do ciclo econômico de cada mercado, não se traduzindo, no entanto, em instituto jurídico garantidor da simetria informativa, necessária para evitar falhas de mercado, pois tal papel é reservado ao princípio da defesa do consumidor.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	Questão TRF1
	Princípio da igualdade econômica
	B) O princípio da igualdade econômica é meramente formal e nivela os agentes detentores do poderio econômico com os que, apesar de não deterem parcela significativa do mercado, dele participam, sendo vitais para a sua salutar manutenção.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	Questão TRF1
	Princípio da liberdade econômica
	D) A liberdade econômica, que consiste na manifestação da liberdade no ciclo econômico (produção, circulação/distribuição e consumo), não pode ser limitada nem mitigada, regulando-se pelo interesse essencialmente privado.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-é possível a limitação da liberdade econômica. Os princípios do art. 170, CF representam uma forma de limitação.
	 
	Questão TRF1
	Princípio da Democracia econômica
	E) De acordo com o princípio da democracia econômica, as políticas públicas devem ampliar a oferta de oportunidades de iniciativa e de emprego, com chances iguais para todos os que se encontrem na mesma situação fática e jurídica, não tendo sido incorporada na ordem constitucional econômica brasileira em razão do tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-deve-se garantir chances iguais para todos.
	STJ 1aS
	Rec Rep
	CNPJ - Alteração do cadastro - Exigências da RFB - Regularização de pendências fiscais - Violação à livre iniciativa
	A inscrição e modificação dos dados no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ devem ser garantidas a todas as empresas legalmente constituídas, mediante o arquivamento de seus estatutos e suas alterações na Junta Comercial Estadual, sem a imposição de restrições infralegais, que obstaculizem o exercício da livre iniciativa e desenvolvimento pleno de suas atividades econômicas. A Lei nº 5.614/70, que versa sobre o cadastro federal de contribuintes, outorgou ao Ministro da Fazenda o dever de regular o instrumento de registro, para dotar o sistema de normas procedimentais para viabilizar a inscrição e atualização dos dados, sem permitir que imposições limitadoras da livre iniciativa restassem veiculadas sob o jugo da mencionada lei. As turmas da Primeira Seção desta Corte já assentaram que é ilegítima a criação de empecilhos, mediante norma infralegal, para a inscrição e alteração dos dados cadastrais no CNPJ. Conforme cediço, "o sócio de empresa que está inadimplente não pode servir de empecilho para a inscrição de nova empresa pelo só motivo de nele figurar o remisso como integrante”. (REsp 1103009)
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ATUAÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) O poder público atua subsidiariamente à iniciativa privada na ordem econômica, em um sistema constitucional em que o principal papel reservado ao Estado é o de agente regulador, devendo a intervenção estatal somente ocorrer nos casos expressamente autorizados em legislação infraconstitucional.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-as hipóteses de intervenção estatal não são aquelas expressamente autorizadas em legislação infraconstitucional.
	
	Oral TRF5
	
	02) Como se manifesta a intervenção do estado no domínio econômico?
Resposta:
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
	 
	 
	 
	 
	STF Pleno
	554
	Atividade Econômica - Serviço Postal
	O serviço postal constitui serviço público, portanto, não atividade econômica em sentido estrito. Tal classificação torna inócua a argumentação em torno da ofensa aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência em face da ECT. A prestação do serviço postal por empresa privada só seria possível se a CF afirmasse que o serviço postal é livre à iniciativa privada, tal como o fez em relação à saúde e à educação, que são serviços públicos, os quais podem ser prestados independentemente de concessão ou permissão por estarem excluídos da regra do art. 175, em razão do disposto nos artigos 199 e 209 (CF: “Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. ... Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. ... Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada.”).
	STF Pleno
	554
	Atividade Econômica - Privilégio x Monopólio
	Distinguindo o regime de privilégio de que se reveste a prestação dos serviços públicos do regime de monopólio, afirmou-se que os regimes jurídicos sob os quais são prestados os serviços públicos implicam que sua prestação seja desenvolvida sob privilégios, inclusive, em regra, o da exclusividade na exploração da atividade econômica em sentido amplo a que corresponde essa prestação, haja vista que exatamente a potencialidade desse privilégio incentiva a prestação do serviço público pelo setor privado quando este atua na condição de concessionário ou permissionário. 
	STF Pleno
	576
	Atividade Econômica - Privilégio - EBCT
	É imprescindível distinguirmos o regime de privilégio, que diz com a prestação dos serviços públicos, do regime de monopólio sob o qual, algumas vezes, a exploração de atividade econômica em sentido estrito é empreendida pelo Estado. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deve atuar em regime de exclusividade na prestação dos serviços que lhe incumbem em situação de privilégio, o privilégio postal (excluídos do conceito de serviço postal apenas a entrega de encomendas e impressos).
	STF - Pleno
	613
	SEM - Serviço Público - Saúde - Imunidade tributária recíproca
	Incidência da imunidade recíproca (CF, art. 150, VI, a) de impostos estaduais à sociedade de economia mista recorrente, a qual atua na área de prestação de serviços de saúde — v. Informativo 597. Inicialmente, ao salientar o que disposto no art. 197 da CF, consignou-se que o serviço público em questão estaria franqueado à iniciativa privada sob a forma de assistência à saúde, não constituindo atividade econômica. Portanto, a iniciativa privada seria convocada para subsidiar o Poder Público, para se emparceirar com ele, na prestação de serviço público que, ao mesmo tempo, seria direito fundamental e, pela ótica do art. 196 da CF, direito de todos e dever do Estado. Estado controlando 99,99% das ações. Hospital recorrente atenderia exclusivamente pelo SUS e que suas receitas seriam provenientes de repasses públicos federais e municipais. O serviço de saúde por ele prestado teria caráter de serviço público, não configurando um negócio privado. Aparência de SA mas se trataria, na verdade, de uma entidade pública por ser pública praticamente a totalidade do capital social, pública sua finalidade e pública, no sentido de potencialidade de exercício de poder, a direção do hospital, haja vista que a União poderia decidir o que quisesse, porque 0,01% não significaria nada em termos de votação. Por fim, registrou-se que o pronunciamento da questão posta em sede de repercussão geral somente aproveitará hipóteses idênticas, em que o ente público seja controlador majoritário do capital da sociedade de economia mista e que a atividade desta corresponda à própria atuação do Estado na prestação de serviços à população.
	 
	Questão TRF1
	Empresa estatal - Prestadora de Serviço Público - Benefício Fiscal
	B) De acordo com previsão constitucional, as empresas públicas prestadoras de serviços públicos não podem gozar de privilégios fiscais não extensivos às empresas que operem no setor privado, sob pena de violação do princípio da livre concorrência.
(E) – GABARITOPRELIMINAR 
-empresas públicas prestadoras de serviço público podem gozar de benefícios, as exploradoras de atividade econômica não.
	 
	Questão TRF1
	Responsabilidade - SEM e EP prestadora de serviço público
	A) Segundo o STF, é subjetiva a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público quando os danos são causados a terceiros não usuários do serviço.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
RE 591874 – STF Pleno - I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	INTERVENÇÃO POR PARTICIPAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	E) O Estado brasileiro não pode assumir a iniciativa de exploração da atividade econômica, devendo avocá-la, em caráter excepcional, nos casos de necessidade para a segurança nacional ou de relevância para o interesse da coletividade, conforme critérios a serem estabelecidos em lei complementar.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-art. 173, CF não exige lei complementar.
	STF
	638
	Entidades paraestatais - Privilégios processuais - Execução de pagamento em dinheiro
	É incompatível com a Constituição o reconhecimento às entidades paraestatais dos privilégios processuais concedidos à Fazenda Pública em execução de pagamento de quantia em dinheiro. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	INTERVENÇÃO POR ABSORÇÃO - MONOPÓLIO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) A existência ou o desenvolvimento de atividade econômica em regime de monopólio sem que a propriedade do bem empregado no processo produtivo ou comercial seja concomitantemente detida pelo agente daquela atividade ofende o texto constitucional.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	
	Oral TRF1
	
	2) Dê dois exemplos de monopólio da União.
Resposta:
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	INTERVENÇÃO POR DIREÇÃO
	 
	 
	 
	 
	
	Oral TRF1
	
	1) Que funções exerce o Estado como agente normativo e regulador na ordem econômica? Determinantes para o setor público e indicativos do setor privado?
Resposta:
	
	Oral TRF5
	
	01) A expressão regulação, qual o seu entendimento?
Resposta:
	
	Oral TRF5
	
	03) É ilimitada a intervenção por direção?
Resposta:
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	INTERVENÇÃO POR INDUÇÃO
	 
	 
	 
	 
	
	Oral TRF5
	
	04) A intervenção indutiva pode gerar responsabilização do estado? Em quais situações?
Resposta:
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PLANEJAMENTO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIREITO DA CONCORRÊNCIA
	 
	 
	 
	 
	STF Pleno
	520
	Competência
	O interesse da União, para que ocorra a competência da Justiça Federal prevista no art. 109, IV, da CF, tem de ser direto e específico. A comercialização de combustível fora dos padrões fixados pela Agência Nacional de Petróleo não atraia competência da Justiça Federal.
	STJ 2aT
	414
	Tutela Concorrencial
	Ilegitimidade do CADE para figurar no pólo pasivo de ACP que visa impor ao Conselho o dever de agir diante da ocorrência de cartel e dumping. Sucede que é da Secretaria de Direito Econômico (SDE) a competência para a apuração de infrações contra a ordem econômica. O Cade ficaria com o dever legal de apreciar e julgar processos administrativos que lhe são remetidos em razão, justamente, do exercício da competência da SDE. 
	STJ 2aT
	421
	Tutela Concorrencial - Poder Judiciário
	(análise de dumping) O Judiciário não pode substituir um órgão técnico como a Secex na análise de mercados e médias de preços ao longo de períodos distintos. Cabe ao Judiciário apenas examinar a observância das disposições legais que tratam do processo administrativo da Secex e seus desdobramentos.
	STJ 2aT
	438
	Tutela Concorrencial - Atos submetidos ao controle do CADE
	Só o Cade pode dizer concretamente se o ato deve ou não ser submetido ao seu controle. Os interessados devem sempre observar os prazos pontuados na lei e nas resoluções respectivas, sem que eles próprios façam esse juízo de adequação entre a lei e os atos por ela ajustados, sob pena de incidir a multa do art. 54, § 5°, da Lei n. 8.884/1994.
	STJ 1aT
	428
	Tutela Concorrencial - Licença de importação - Dumping
	A evidente prática de dumping tal qual aferida pelo Decex (órgão responsável por acompanhar os preços praticados em importações) impõe a negativa da licença de importação requerida quanto às mercadorias sujeitas ao regime de licenciamento. A Lei n. 9.019/1995, que trata da aplicação dos direitos previstos no acordo antidumping, não prevê a instauração de prévio processo administrativo para a apuração da prática de dumpimg prima facie evidente, isso porque a situação consolidar-se-ia caso se aguardasse o trâmite do processo.
	STJ 2aT
	425
	Tutela Concorrencial - Cláusula de exclusividade - Médico x Cooperativa
	No STJ, há acórdãos de turma de direito privado que consideram válida a cláusula de exclusividade entre a cooperativa e os médicos cooperados e outros arestos de turma de direito público que a reputam inválida. Explica daí haver a necessidade de esclarecimento acerca da causa de pedir. O fato gerador da relação jurídica contratual entre o médico cooperado e a cooperativa (onde se percebe a proteção de direito privado ou interesse individual) é completamente diferente do fato gerador da relação concorrencial travada entre a cooperativa e a sociedade (onde se guarda interesse difuso em direito público). No caso concreto, o Cade defendeu que a cláusula de exclusividade impedia a entrada de outros concorrentes no mercado geográfico, visto que outros agentes econômicos não conseguem manter um número aceitável de médicos conveniados. No julgamento, observou-se que os interesses privados não podem sobrepor-se ao interesse público.
	
	Oral TRF2
	
	9) Quais são os valores que permeiam o controle da concentração da atividade econômica?
Resposta:
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	INFRAÇÕES
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Responsabilidade Solidária - Dirigentes e Administratdores
	B) As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a responsabilidade da empresa e a individual de seus dirigentes ou administradores, solidariamente.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
- Lei 8.884/94 - Art. 16. As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a responsabilidade da empresa e a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores, solidariamente.
	 
	Questão TRF1
	Responsabilidade Objetiva
	D) Para ser caracterizada como infração da ordem econômica, a ação de limitar, falsear ou prejudicar, de qualquer forma, a livre concorrência ou a livre iniciativa depende da comprovação de dolo ou culpa.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- Lei 8.884/94 - Art. 20. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:
	 
	Questão TRF1
	Desconto em pagamento a vista x pagamento no cartão
	E) Conforme a jurisprudência do STJ, a simples oferta de desconto nas vendas feitas com dinheiro ou cheque, em relação às efetuadas por meio de cartão de crédito, caracteriza abuso de poder econômico.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
a simples oferta de desconto nas vendas feitas com dinheiro ou cheque, em relação às efetuadas por meio de cartão de crédito, não encontra óbice legal, pela inexistência de lei que proíba essa diferenciação, e por não caracterizar abuso de poder econômico.
AgRg no REsp 1178360 / SP – STJ 2aT
A orientação das Turmas que integram a Primeira Seção desta Corte, firmou-se no sentido de que a simples oferta de desconto nas vendas feitas com dinheiro ou cheque, em relação às efetuadas por meio de cartão de crédito, não encontra óbice legal, pela inexistência de lei que proíba essa diferenciação, e por não caracterizar abuso de poder econômico.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CADEQuestão TRF1
	Conselheiro - Perda do Mandato
	A) A perda de mandato dos conselheiros do CADE só pode ocorrer em virtude de decisão do presidente da República, por provocação de qualquer cidadão, ou em razão de condenação penal irrecorrível por crime doloso.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- Lei 8.884/94 - Art. 5º A perda de mandato do Presidente ou dos Conselheiros do Cade só poderá ocorrer em virtude de decisão do Senado Federal, por provocação do Presidente da República, ou em razão de condenação penal irrecorrível por crime doloso, ou de processo disciplinar de conformidade com o que prevê a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e por infringência de quaisquer das vedações previstas no art. 6º.
	STJ
	Resp 650.892
	Legitimidade - CADE - ACP
	MPF propôs ACP em face da União, ANP, e CADE, para que exerçam o que nomina de mister institucional e coíbam abusos praticados no segmento de comércio de combustíveis, tais como a formação de cartel ou a prática do dumping. O STJ entendeu que o CADE não poderia ser réu na referida ACP. A competência para apurar as infrações é da SDE, ao CADE haveria o dever legal de apreciar e julgar processos administrativos que lhe são remetidos em razão, justamente, do exercício da competência da SDE.
	 
	Questão TRF1
	Conselheiro - Vedações
	C) Ao presidente e aos conselheiros do CADE é vedado emitir parecer sobre matéria de sua especialização, ainda que em tese, podendo eles, no entanto, atuar como consultores de empresa privada.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- Lei 8.884/94 - Art. 6º Ao Presidente e aos Conselheiros é vedado: IV - emitir parecer sobre matéria de sua especialização, ainda que em tese, ou funcionar como consultor de qualquer tipo de empresa;.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DUMPING
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Dumping
	A) Para a determinação do dano pela prática de dumping, não é necessária a demonstração de nexo causal entre as importações objeto de dumping e o dano à indústria doméstica.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-há necessidade de demonstração do nexo causal.
	 
	Questão TRF1
	Dumping
	D) Considera-se prática de dumping a introdução de um bem no mercado doméstico, exceto sob as modalidades de drawback, a preço de exportação inferior ao valor normal praticado no mercado de origem.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	Questão TRF1
	Dumping
	E) Para se aferir a prática de dumping, o preço de exportação será o efetivamente pago pelo produto exportado ao Brasil, incluindo-se impostos e considerando descontos efetivamente concedidos.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	Questão TRF1
	Medidas de salvaguarda - Investigação prévia
	B) As medidas de salvaguarda visam à defesa da indústria e da produção doméstica em face do avanço de exportações de mercadorias em patamar de valores inferiores aos do produtor nacional, não sendo necessária a investigação prévia para a aplicação de tais medidas.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-há necessidade de investigação prévia.
	 
	Questão TRF1
	Medidas de salvaguarda - Investigação prévia
	C) Em determinadas circunstâncias críticas, é possível a aplicação de medida de salvaguarda provisória, com duração máxima de duzentos dias, podendo ser suspensa por decisão interministerial antes do prazo final estabelecido.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 283
	Administradoras de cartão de crédito - Instituições Financeira - Juros
	Súmula: 283
As empresas administradoras de cartão de crédito são instituições financeiras e, por isso, os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem as limitações da Lei de Usura.
	STJ 1aS
	444
	Tutela Concorrencial - SFN - Competência - BACEN x CADE
	No tocante à regulamentação da concorrência, não há como afastar a prevalência da Lei 4.595/64 em relação aos dispositivos da Lei Antitruste, pois ela é lei especial em relação à Lei n. 8.884/1994. Anotou-se que a Lei n. 4.595/1964 destina-se a regular a concorrência no âmbito do SFN, enquanto a Lei n. 8.884/1994 trata da questão em relação aos demais mercados relevantes. Assim, fixa-se a competência do BACEN e não do CADE para decidir atos de concentração (aquisições, fusões etc.), envolvendo instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN), conforme já ventilado no Parecer Normativo GM-20 emitido pela AGU, com a eficácia vinculante a que se refere o art. 40, § 1º, da LC n. 73/1993.
	STF
	SV 7
	Instituição Financeira - Juros
	SÚMULA VINCULANTE Nº 7
A norma do parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade condicionada à edição de lei complementar. 
	STF
	Súm 648
	Instituição financeira - juros
	SÚMULA 648 STF
A norma do § 3º do art. 192 da constituição, revogada pela emenda constitucional 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade condicionada à edição de lei complementar.
	STF
	Súm 596
	Instituição financeira - Lei de Usura
	SÚMULA 596 STF
As disposições do DECRETO 22626/1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o Sistema Financeiro Nacional.
	STJ
	Súm 288
	Contratos bancários - Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - Correção monetária
	Súmula: 288
A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pode ser utilizada como indexador de correção monetária nos contratos bancários.
	STJ
	Súm 287
	Contratos Bancários - Taxa Básica Financeira (TBF) - Correção monetária
	Súmula: 287
A Taxa Básica Financeira (TBF) não pode ser utilizada como indexador de correção monetária nos contratos bancários.
	STJ
	Súm 382
	Instituição financeira - Juros remuneratórios acima de 12%
	SÚMULA 382 STJ
A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade.
	STF
	Súm 379
	Instituição financeira - Contrato Bancário não regidos por legislação específica
	SÚMULA 379 STJ
Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros moratórios poderão ser fixados em até 1% ao mês.
	STJ
	Notícias
	Instituição financeira - Juros Abusivos 
	Estão suspensos todos os processos em trâmite nos Juizados Especiais Cíveis do país em que se discute a aplicação da taxa média de mercado nos casos de constatação de abusividade na cobrança de juros pactuados entres as partes. O banco quer que a questão seja analisada pela Segunda Seção e confrontada com entendimento firmado pelo STJ no julgamento do REsp 1.061.530.
	 
	Questão TRF1
	 
	E) As taxas de juros reais, de acordo com as comissões nelas incluídas e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a 12% ao ano, sendo conceituada como crime de usura a cobrança acima desse limite.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-não há limitação de 12% para os juros aplicados no sistema financeiro, devendo ser considerado, para aferição do caráter abusivo, a taxa média do mercado.
	 
	Questão TRF1
	 
	C) Na estrutura do SFN não se incluem as cooperativas de crédito.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- CF Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por LEIS COMPLEMENTARES que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
	 
	Questão TRF1
	 
	D) No tratamento tributário, a instituição a ser incorporada, participante do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do SFN, deverá contabilizar como perdas os valores dos créditos de difícil recuperação, observadas, para esse fim, as normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.
(C) – GABARITOPRELIMINAR 
Lei 9.710/98 - Art. 1o O Programa de Estímulo à Restruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional, instituído pelo Conselho Monetário Nacional com vistas a assegurar liquidez e solvência ao referido Sistema e a resguardar os interesses de depositantes e investidores, será implementado por meio de reorganizações administrativas, operacionais e societárias, previamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Art. 2o Na hipótese de incorporação, aplica-se às instituições participantes do Programa a que se refere o artigo anterior o seguinte tratamento tributário: I - a instituição a ser incorporada deverá contabilizar como perdas os valores dos créditos de difícil recuperação, observadas, para esse fim, normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional;
	STJ
	Súm 30
	Instituição Financeira - Comissão de permanência e juros
	Súmula 30 STJ
A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis.
	STJ
	Súm 294
	Instituição financeira - Comissão de permanência
	Súmula 294 STJ
Não é potestativa a cláusula contratual que prevê a comissão de permanência, calculada pela taxa média de mercado apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato.
	STJ
	Súm 296
	Instituição financeira - Comissão de permanência - Taxa média de mercado
	Súmula 296 STJ
Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de permanência, são devidos no período de inadimplência, à taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil, limitada ao percentual contratado.
	STJ
	Súm 472
	Instituição financeira - Comissão de permanência
	Súmula 472, STJ:
A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CRIMES CONTRA O SFN
	 
	 
	 
	 
	STF 2aT
	525
	Crimes contra o Sistema Financeiro
	Não houve revogação do art. 16 da Lei 7.492/86 pelo art. 27-E da Lei 10.303/2001, uma vez que a objetividade jurídica dos tipos penais seria distinta e haveria elementos da estrutura dos dois tipos que também não se confundiriam. O bem jurídico tutelado pela Lei 7.492/86 é a higidez do Sistema Financeiro Nacional, enquanto a Lei 10.303/2001 protege a integridade do mercado de valores mobiliários. Lei 7.492/86: "Art. 16. Fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração (Vetado) falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio: Pena - Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa." Lei 10.303/2001: "Art. 27-E. Atuar, ainda que a título gratuito, no mercado de valores mobiliários, como instituição integrante do sistema de distribuição, administrador de carteira coletiva ou individual, agente autônomo de investimento, auditor independente, analista de valores mobiliários, agente fiduciário ou exercer qualquer cargo, profissão, atividade ou função, sem estar, para esse fim, autorizado ou registrado junto à autoridade administrativa competente, quando exigido por lei ou regulamento: Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa."
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 327
	SFH - Legitimidade da CEF
	Súmula: 327
Nas ações referentes ao Sistema Financeiro da Habitação, a Caixa Econômica Federal tem legitimidade como sucessora do Banco Nacional da Habitação.
	STJ
	Súm 199
	SFH - Execução hipotecária - aviso de cobrança
	Súmula 199 STJ
Na execução hipotecária de crédito vinculado ao Sistema Financeiro da Habitação, nos termos da Lei n. 5.741/71, a petição inicial deve ser instruída com, pelo menos, dois avisos de cobrança.
	STJ
	Súm 31
	SFH - Seguro - Segurado com mais de um imóvel
	Súmula 31 STJ
A aquisição, pelo segurado, de mais de um imóvel financiado pelo sistema financeiro da habitação, situados na mesma localidade, não exime a seguradora da obrigação de pagamento dos seguros.
	STJ
	Súm 422
	SFH - Juros Remuneratórios
	SÚMULA 422 STJ
Os juros remuneratórios não estão limitados nos contratos vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação
	STJ
	Súm 450
	SFH - Atualização do saldo devedor
	Súmula 450 STJ
Nos contratos vinculados ao SFH, a atualização do saldo devedor antecede sua amortização pelo pagamento da prestação.
	STJ -Corte especial
	468
	SFH - Execução Extrajudicial - Escolha do Agente fiduciário 
	a Corte Especial, em recurso repetitivo, decidiu que a exigência de que haja comum acordo entre o credor e o devedor na escolha do agente fiduciário que promoverá a execução extrajudicial do imóvel aplica-se apenas aos contratos de mútuo habitacional não vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH) nos termos do art. 30, I e II, §§ 1º e 2º, do DL n. 70/1966. Ressaltou-se, ademais, que o descumprimento do prazo de dez dias estabelecido pelo art. 31, § 1º, do citado DL para que o agente fiduciário notifique o devedor não resulta em perempção da execução, tratando-se de prazo impróprio.
	STJ - 1aT
	449
	SFH - FCVS
	Segundo a jurisprudência deste Superior Tribunal, o saldo devedor ao encargo do FCVS necessita do pagamento de todas as parcelas do débito para cumprir sua finalidade de quitação das obrigações. As benesses da Lei n. 10.150/2000, no tocante à novação do montante de 100%, referem-se ao saldo devedor, não incluídas as parcelas inadimplidas. Ademais, a liquidação antecipada com desconto integral do saldo devedor é cabível nos contratos de financiamentos imobiliários regidos pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que contenham cláusula de cobertura pelo FCVS e tenham sido firmados até 31/12/1987, ex vi do art. 2º, § 3º, da referida lei. Desse modo, é inequívoco que o mutuário não cumpriu os requisitos para a liquidação antecipada do seu contrato, que reclama o pagamento de todas as parcelas do débito (obrigações do mutuário). 
	 
	Questão TRF1
	 
	E) Segundo o STJ, nos contratos do Sistema Financeiro da Habitação com cobertura do fundo de compensação de variações salariais, não se aplicam as regras do CDC.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
- STJ entende pela inaplicabilidade do CDC aos CONTRATOS COM COBERTURA DO FCVS (REsp 489.701/SP).
	STJ - 3aT
	417
	SFH - Cessão - Anuência do agente financeiro
	A cessão do mútuo hipotecário não pode dar-se contra a vontade do agente financeiro. A concordância desse depende de requerimento instruído pela prova de que, efetivamente, o cessionário atende às exigências do SFH. A Lei n. 8.004/1990 foi editada justamente para disciplinar essas transferências e, assim, não se revela coerente a inexigibilidade da anuência do agente financeiro na relação negocial firmada entre as partes.
	STJ
	Súm 295
	SFH - Correção - TR
	Súmula: 295 STJ
A Taxa Referencial (TR) é indexador válido para contratos posteriores à Lei n. 8.177/91, desde que pactuada.
	STJ
	Súm 454
	SFH - Correção - TR
	Súmula 454 STJ
Pactuada a correção monetária nos contratos do SFH pelo mesmo índice aplicável à caderneta de poupança, incide a taxa referencial (TR) a partir da vigência da Lei n. 8.177/1991.
	STJ 2aS
	419 Rec Rep
	Contratos - SFH - Correção monetária - TR
	No âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, a partir da Lei n. 8.177/1991, é permitida a utilização da Taxa Referencial (TR) como índice de correção monetária do saldo devedor. Ainda que o contrato tenha sido firmado antes da mencionada lei, também é cabível a aplicação da TR, desde que haja previsão contratual de correção monetária pela taxa básica de remuneração dos depósitos em poupança, sem nenhum outro índice específico.
	STJ
	Súmula 473
	Contratos - SFH - Seguro Habitacional
	Súmula 473, STJ 
O mutuário do SFH não pode ser compelido a contratar o seguro habitacional obrigatório com a instituição financeira mutuante ou com a seguradora por ela indicada.
	STJ 2aS
	419 Rec Rep
	Contratos - SFH - Seguro Habitacional
	É necessária a contrataçãodo seguro habitacional no âmbito do SFH. Contudo, não há obrigatoriedade de que o mutuário contrate o referido seguro diretamente com o agente financeiro ou com seguradora indicada por este, exigência que configura "venda casada", vedada pelo art. 39, I, do CDC.
	STJ - 4aT
	433
	Contratos - SFH
	No caso de financiamento do imóvel pelo sistema hipotecário, é incabível a pretensão de vincular o reajuste do saldo devedor ao PES, que é aplicável apenas à indexação das prestações do mútuo.
	STJ 2aS
	493
	SFH - Capitalização de juros e imputação de pagamento
	Para os contratos celebrados no âmbito do SFH até a entrada em vigor da Lei 11.977/2009, admite-se a capitalização ANUAL de juros, regra geral que independe de pactuação expressa. 
· Antes da Lei 11.977/2009, portanto, não era permitida a capitalização MENSAL de juros nos contratos de SFH, somente a capitalização anual. 
· Após a Lei 11.977/2009 passou a ser permitida a capitalização MENSAL de juros nos contratos de SFH. 
	STJ 2aS
	493
	SFH - Imputação ao pagamento
	Salvo disposição contratual em sentido diferente, aplica-se aos contratos celebrados no âmbito do SFH a regra de imputação prevista no art. 354 do CC, ou seja, os pagamentos mensais devem ser imputados primeiramente aos juros e depois ao principal.
caso o pagamento mensal não for suficiente para a quitação sequer dos juros, há que se determinar o lançamento dos juros vencidos e não pagos em conta separada, sujeita apenas à correção monetária, com o fim exclusivo de evitar a prática de anatocismo 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIVERSOS
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Empresa Transnacionais
	A) As denominadas empresas transnacionais são entidades autônomas, de personalidade jurídica de direito privado, que estabelecem sua gestão negocial e organizam sua produção em bases internacionais, com vínculo direto e compromisso com as fronteiras ou com os interesses políticos de determinada nação.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-empresas transnacionais organizam sua produção em bases internacionais, SEM vínculo direto e compromisso com fronteiras.
	 
	Questão TRF1
	 
	E) No plano internacional, os sujeitos econômicos não se limitam às entidades com personalidade jurídica, que atuam na formação e concretização das normas de direito internacional, razão pela qual qualquer empresa que atue no comércio exterior é classificada como sujeito econômico internacional.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-empresa não possui personalidade jurídica internacional.
.Questões discursivas
	Pergunta
	Gabarito
	Fonte
	O Estado do Rio de Janeiro editou lei prevendo que estudantes (ensino médio, fundamental e superior) que
comprovassem tal situação teriam direito a pagar 70% do valor do ingresso em estádios de futebol, cinemas e
estabelecimentos afins. No caso de descumprimento da norma, haveria a incidência de pesadas multas. Uma
empresa gerenciadora de cinemas resolveu entrar com um MS para afastar a obrigatoriedade da venda de
ingressos com desconto e determinar a abstenção de se aplicar multa. A partir de tal panorama, aborde: a) a
adequação do MS na situação; b) o Estado poderia legitimamente (competência) legislar sobre o assunto; d)
sob o aspecto material, se há indevida intervenção do Estado do RJ no domínio econômico; d) se a União
tivesse estabelecido o mesmo benefício, mas com percentual diverso, qual lei teria prevalência.
	Inicialmente, caberia analisar o enfoque processual.
No caso, poder-se-ia imaginar que se tratava de MS contra lei em tese. A questão é que se tratava de um
MS preventivo, plenamente aceito (art. 1º, caput, da Lei 12.016/09), que atacava lei de efeitos concretos.
Ora, ao negar a venda por valor inferior, a empresa estaria sujeita a multas. Assim sendo, não era
puramente o comando normativo que se atacava, mas, sim, as possíveis penalidades pelo
descumprimento da lei. Por isso, não há falar em aplicação da orientação já consolidada no seguinte
sentido: "Não cabe mandado de segurança contra lei em tese" (Súmula 266/STF). E mais, a declaração
incidental de inconstitucionalidade é plenamente admissível em MS.
Em casos semelhantes, o STJ assim decidiu:
“Na hipótese em exame, não se aplica a Súmula 266/STF, na medida em que, embora os recorrentes
pretendam a declaração incidenter tantum da inconstitucionalidade da Lei Estadual 11.699/2001, o
mandado de segurança não se limita a atacar a lei em tese. Isso, porque a referida lei possui efeitos
concretos em relação à concessionária prestadora do serviço de telefonia, consubstanciados na
exigência de que sejam discriminadas, nas faturas telefônicas, informações detalhadas referentes aos
pulsos utilizados pelo consumidor, bem como na aplicação de multa diária, caso não seja efetuada a
referida discriminação no prazo previsto na lei estadual” (RMS 17.112/SC, Rel. Ministra DENISE
ARRUDA, CORTE ESPECIAL, julgado em 03/06/2009, DJe 04/08/2009).
“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS.
REPARTIÇÃO DA COTA-PARTE COM O MUNICÍPIO DE MOSSORÓ. LEI ESTADUAL N. 9.277/2009
E PORTARIA N. 104/2009-SET. ATO NORMATIVO DE EFEITOS CONCRETOS.
....
2. Extrai-se da exordial do mandado de segurança que a pretensão relativa ao reconhecimento da
inconstitucionalidade da Lei Estadual n. 9.277/2009 foi deduzida não como pleito principal, mas como
fundamento (causa de pedir) a justificar a anulação da Portaria n.
104/2009-SET, a qual redefiniu, para o ano de 2010, os índices de participação dos Municípios do
Estado do Rio Grande do Norte, dentre eles o impetrante, na arrecadação do ICMS.
3. A jurisprudência desta Corte de Justiça entende que é possível a alegação de inconstitucionalidade de
norma em sede de mandado de segurança, desde que tal pedido seja deduzido como causa de pedir.
Precedentes: RMS 30.138/MS, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 8/3/2010; RMS
24.719/PR, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, DJe 6/8/2009; RMS 24.608/MG, Rel. Ministra
Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 21/11/2008; REsp 1.022.257/RS, Rel.
Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 17/03/2008.
4. Ultrapassado o óbice, de indeferimento da inicial (art. 6, § 5º, da Lei n. 12.016/09), os autos devem
retornar à origem para que o Tribunal do Estado do Rio Grande do Norte examine a tese em relação à
Portaria n. 104/2009-SET que deu execução à Lei Estadual n.
9.277/2009.
5. Recurso ordinário parcialmente provido” (RMS 33.866/RN, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/10/2011, DJe 11/10/2011).
Enfim, válido registrar que o tema não demanda dilação probatória, já que se trata de matéria
unicamente de direito.
Para fechar o tópico, entendemos que o MS seria adequado na situação.
Sobre os demais pontos, era pertinente analisar, em primeiro plano, que há competência concorrente
para legislar sobre direito econômico, nos termos do art. 24, I, da CF. Nessa perspectiva, é evidente que
não só a União como também os Estados e DF podem, de uma maneira ampla, intervir na economia, ou
seja, podem atuar no domínio econômico.
Se assim era, caberia passar à análise do aspecto material da inconstitucionalidade, já que o aspecto
formal ficou superado.
Nessa seara, seria o caso de se proceder a uma interpretar harmônica de vários dispositivos
constitucionais. Com efeito, a livre iniciativa não significa um “cheque em branco”, para o agente fazer
tudo o que entende. Pelo contrário, isso significa liberdade de atuação dentro dos limites normativos,
especialmente às normas constitucionais. Logo, não apenas os dispositivos que tratam especificamente
da liberdade de iniciativa (especialmente os arts. 1º, IV, e 170, todos da CF) devem ser ponderados.
Deve-se analisar todo o contexto constitucional, a fim de se verificar se uma dada intervenção estatal na
ordem econômica é legítima.
Não por outra razão, o Min. Eros Grau já chegou a afirmar que: “É certo que a ordem econômica na
Constituição de 1.988 define opção por um sistema,o sistema capitalista, no qual joga um papel
primordial a livre iniciativa. Essa circunstância não legitima, no entanto, a assertiva de que o Estado só
intervirá na economia em situações excepcionais. Muito ao contrário” (trecho do voto proferido na ADI
1.950/SP).
No caso da questão, entram em destaque os dispositivos relativos à educação, cultura e ao desporto se
apresentam como fundamentais no nosso sistema constitucional. Tanto que contam com ampla
regulamentação na Constituição (arts. 205, 208, 215 e 217, § 3º, da CF).
Por isso, a solução do problema passa por uma ponderação de interesses: choque entre a livre iniciativa
e o dever do estado de proporcionar acesso à cultura, lazer etc.
Analisando tal tensão, o STF, na ADI 1.950, de relatoria Min. Eros Grau, decidiu que pêndulo “cai”
para o lado do interesse da coletividade, no sentido de que o acesso à cultura, lazer e ao desporto
significaria um instrumento complementar à formação do estudante.
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 7.844/92, DO ESTADO DE SÃO PAULO.
MEIA ENTRADA ASSEGURADA AOS ESTUDANTES REGULARMENTE MATRICULADOS EM
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO. INGRESSO EM CASAS DE DIVERSÃO, ESPORTE, CULTURA E
LAZER. COMPETÊNCIA CONCORRENTE ENTRE A UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS E O DISTRITO
FEDERAL PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO ECONÔMICO. CONSTITUCIONALIDADE. LIVRE
INICIATIVA E ORDEM ECONÔMICA. MERCADO. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA.
ARTIGOS 1º, 3º, 170, 205, 208, 215 e 217, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
1. É certo que a ordem econômica na Constituição de 1.988 define opção por um sistema no qual joga
um papel primordial a livre iniciativa. Essa circunstância não legitima, no entanto, a assertiva de que o
Estado só intervirá na economia em situações excepcionais.
2. Mais do que simples instrumento de governo, a nossa Constituição enuncia diretrizes, programas e
fins a serem realizados pelo Estado e pela sociedade. Postula um plano de ação global normativo para o
Estado e para a sociedade, informado pelos preceitos veiculados pelos seus artigos 1º, 3º e 170.
3. A livre iniciativa é expressão de liberdade titulada não apenas pela empresa, mas também pelo
trabalho. Por isso a Constituição, ao contemplá-la, cogita também da ‘iniciativa do Estado’; não a
privilegia, portanto, como bem pertinente apenas à empresa.
4. Se de um lado a Constituição assegura a livre iniciativa, de outro determina ao Estado a adoção de
todas as providências tendentes a garantir o efetivo exercício do direito à educação, à cultura e ao
desporto [artigos 23, inciso V, 205, 208, 215 e 217 § 3º, da Constituição]. Na composição entre esses
princípios e regras há de ser preservado o interesse da coletividade, interesse público primário. 5. O
direito ao acesso à cultura, ao esporte e ao lazer, são meios de complementar a formação dos
estudantes.
6. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente” (ADI 1950, Relator(a): Min. EROS
GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 03/11/2005, DJ 02-06-2006 PP-00004 EMENT VOL-02235-01 PP-
00052 LEXSTF v. 28, n. 331, 2006, p. 56-72 RT v. 95, n. 852, 2006, p. 146-153).
Não obstante isso, sugerimos que os alunos analisem o inteiro teor do voto do Min. Eros, para
aprofundamento do tema, e as demais intervenções dos demais Ministros. Isso, para verem que o tema
não é tão simples. É que, de um modo ou outro, há repercussão contratual, de tal maneira que alguns
Ministros (a exemplo, do Min. Cézar Peluso) viram aí competência exclusiva da União a legislar sobre
direito civil (art. 22, I, da CF).
Cabe salientar, ainda, que tema semelhante foi reapreciado pelo próprio STF e prevaleceu raciocínio
similar:
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 7.737/2004, DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO. GARANTIA DE MEIA ENTRADA AOS DOADORES REGULARES DE SANGUE. ACESSO A
LOCAIS PÚBLICOS DE CULTURA ESPORTE E LAZER. COMPETÊNCIA CONCORRENTE ENTRE A
UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS E O DISTRITO FEDERAL PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO
ECONÔMICO. CONTROLE DAS DOAÇÕES DE SANGUE E COMPROVANTE DA REGULARIDADE.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. CONSTITUCIONALIDADE. LIVRE INICIATIVA E ORDEM
ECONÔMICA. MERCADO. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA. ARTIGOS 1º, 3º, 170 E
199, § 4º DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
1. É certo que a ordem econômica na Constituição de 1.988 define opção por um sistema no qual joga
um papel primordial a livre iniciativa. Essa circunstância não legitima, no entanto, a assertiva de que o
Estado só intervirá na economia em situações excepcionais. Muito ao contrário.
2. Mais do que simples instrumento de governo, a nossa Constituição enuncia diretrizes, programas e
fins a serem realizados pelo Estado e pela sociedade. Postula um plano de ação global normativo para o
Estado e para a sociedade, informado pelos preceitos veiculados pelos seus artigos 1º, 3º e 170.
3. A livre iniciativa é expressão de liberdade titulada não apenas pela empresa, mas também pelo
trabalho. Por isso a Constituição, ao contemplá-la, cogita também da ‘iniciativa do Estado’; não a
privilegia, portanto, como bem pertinente apenas à empresa.
4. A Constituição do Brasil em seu artigo 199, § 4º, veda todo tipo de comercialização de sangue,
entretanto estabelece que a lei infraconstitucional disporá sobre as condições e requisitos que facilitem a
coleta de sangue.
5. O ato normativo estadual não determina recompensa financeira à doação ou estimula a
comercialização de sangue.
6. Na composição entre o princípio da livre iniciativa e o direito à vida há de ser preservado o interesse
da coletividade, interesse público primário.
7. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente” (ADI 3512, Relator(a): Min. EROS
GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 15/02/2006, DJ 23-06-2006 PP-00003 EMENT VOL-02238-01 PP-
00091 RTJ VOL-00199-01 PP-00209 LEXSTF v. 28, n. 332, 2006, p. 69-82).
Sobre a questão do percentual, sabe-se que, no âmbito da legislação concorrente, a União detém
competência apenas para tratar de normas gerais (art. 24, § 1º). A dúvida é: o estabelecimento de
percentual é, ou não, norma geral?
Segundo nossa pesquisa, não há uma definição do assunto no STF, que não tratou especificamente deste
tema. Entretanto, não deixa de ser, no mínimo, inconveniente a regulamentação de percentuais
diferenciados para cada ente da Federação. Pensamos que o mais adequado é trato uniforme, de tal
maneira que todos os estudantes desfrutem de isonomia, já que em situação de absoluta igualdade. E
mais, como se trata de percentual, na verdade, o custo será proporcional às práticas de cada mercado
(haverá variação do preço nominal a depender do local: Brasília, por exemplo, tem ingressos mais caros
que a maioria dos locais, porque o custo de vida como um todo é mais alto) Logo, ao nosso ver, seria
conveniente o entendimento de que o percentual da União iria prevalecer.
De todo modo, deve ficar claro que, na ausência de regulamentação por parte da União, prevalece a
regra do art. 24, § 3º, da CF, segundo o qual os Estados têm competência plena, na ausência de norma
geral editada pela União.
Nesta última parte, apenas esperávamos que o aluno desenvolvesse algum raciocínio a respeito de tema
ainda não decidido, a fim de valorarmos a desenvoltura de cada um. A posição de todos foi respeitada,
desde que acompanhada dos devidos fundamentos.
	EMAGIS - Rodada 43
	Como se sabe, os atos que possam limitar ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência, ou resultar na dominação de mercados relevantes de bens ou serviços, deverão ser submetidos à apreciação do CADE. A dúvida que fica é: o ato de fusão de duas empresas que têm cada uma 1/3 do mercado relevante nacional de uma respectiva atividade econômica é capaz de produzir efeitos imediatos ou apenas após a aprovação do ato pelo CADE? Explique a lógica do assunto. Resposta em 15 linhas.
	A resposta não apresenta maiores problemas.
O aluno deveria apenas ler o art. 54 da Lei 8.884/94 para detectar que, na verdade, os atos de concentração submetidos à análise do CADE já produzemefeitos imediatos. Eles ficam apenas com sua ineficácia subordinada a efeito futuro e incerto, qual seja, a aprovação do CADE.
Diz-se isso apenas com base no § 7º do art. 54 da referida Lei, segundo o qual “A eficácia dos atos de que trata este artigo condiciona-se à sua aprovação, caso em que retroagirá à data de sua realização; não tendo sido apreciados pelo CADE no prazo estabelecido no parágrafo anterior, serão automaticamente considerados aprovados”.
Como ensina Paula Forgioni, em sua obra Os Fundamentos do Antitruste (São Paulo: RT, 2005. 2ª ed. rev. e atual. p. 224),
“O § 7º do art. 54 da Lei 8.884, de 1994, determina que todos os negócios restritivos da concorrência são celebrados com cláusula resolutiva tácita, tendo, portanto, sua eficácia condicionada a evento futuro e incerto (art. 121 do CC), qual seja, sua aprovação pelo CADE. Não obstante, por se tratar de condição resolutiva, nos termos do art. 127 do CC, enquanto a autorização do CADE não for concedida, o ato jurídico produzirá efeitos.
Uma vez que o ato produz efeitos desde sua celebração, o § 9º do art. 54 da Lei 8.884, de 1994, determina as providências que poderão ser tomadas pelo CADE nos casos de vir a não autorizar a prática, com o escopo de desconstituir ou neutralizar os efeitos nocivos à concorrência que se tenham feito sentir sobre determinado mercado relevante. O CADE está, assim, autorizado a impor aos agentes econômicos distratos, cisão de sociedades, venda de ativos, cessação parcial de atividade, entre outros”.
	EMAGIS - Rodada 30
	Qual seria a correlação entre o surgimento do direito econômico e a crise financeira que abala o mundo desde 2008?
	Nessa questão, muito mais que um viés ideológico, o aluno deveria buscar a origem do direito econômico, para, em seguida, verificar que a crise atualmente vivida reforça a percepção de que o direito econômico deve ter mesmo papel central nos estados modernos.
Sobre a origem em si do direito econômico, conforme nos ensina João Bosco Leopoldino da Fonseca, o direito econômico emerge após a constatação de que a concentração capitalista e o enorme poderio dos grupos econômicos passaram a desafiar o próprio poder estatal, de tal maneira que a necessidade de intervenção do Estado na economia passou a ser imperativa. Isso remonta ao final do século XIX e início de século XX. Eis as lições:
"O meado do século XIX viu transformar-se o capitalismo atomista num capitalismo de grupo. A chamada concentração capitalista acarretou profundas influências no Direito, fazendo surgir um novo ramo, direcionado justamente a reger o novo fato econômico. Não se tratava mais de indivíduos a serem protegidos contra o monarca absoluto, e que se relacionavam atomisticamente entre si.
As empresas, no intuito de liberar-se das incertezas do mercado, procuram maximizar seus ganhos, formando grupamentos destinados a fortalecer-se. Nessa luta, os mais hábeis e mais organizados levam vantagem sobre os mais fracos e desestruturados. Surge o poder econômico privado a rivalizar com o poder estatal.
Essa profunda alteração no contexto social, na tipologia das relações sociais, comprometidas com o fato econômico, leva a uma nova juridicização, a uma nova manifestação reguladora do Direito direcionada a um fato novo. O fato econômico se apresenta de forma diferente, e o direito se curva sobre ele para moldá-lo às novas intuições ideológicas" (in Leopoldino da Fonseca, da João Bosco. Direito Econômico. Rio de Janeiro: Forense, 2004. 5ª ed. p. 6).
Esses fatos (crescimento do poderio econômico das empresas) aliados à constatação de que o arcabouço jurídico até então existente não mais conseguiam resolver os problemas ocorrentes levaram o Estado a intervia mais veemente na economia. De novo, pertinentes as seguintes considerações de João Bosco Leopoldino da Fonseca:
"O início do século XX veio demarcar uma profunda alteração nos rumos do Direito. De um lado a transformação sofrida pelo Direito originado do movimento iluminista; por outro, os efeitos da primeira Guerra Mundial; e, por fim, o colapso sofrido pela crença no automatismo dos processos do liberalismo, trouxeram conjuntamente uma nova postura do Estado e do Direito. Os freios e contrapesos adotados pelo constitucionalismo, no âmbito político, se mostraram insuficientes para o direcionamento de um fenômeno que se evidenciou com estruturas e funcionamentos diferentes.
Os velhos instrumentos adotados pelo Direito, forjados na estrutura racionalista do pensamento iluminista, se mostravam insuficientes e inadequados para enfrentar os problemas postos pela revolução industrial geradora de profunda crise social. Os instrumentos jurídicos gerados pela crença numa ordem racional eterna, arraigada na ordem racional humana perene, não se mostravam adequados para a solução de problemas decorrentes da materialidade da ordem econômica.
....
As crises com que se deparou a crença na ordem natural do liberalismo levaram à convicção de que o Estado deveria conduzir o fenômeno econômico e social com novos instrumentos mais adaptados à nova realidade. Os Estados Unidos, em que se tinha o liberalismo como protótipo das relações jurídico-econômicas, e em que sempre se aceitara a crença no equilíbrio natural decorrente e consequente das próprias forças econômicas, foram levados a arrostar aquele ato de fé e a adotar medidas corretivas e incitativas para implantação de um novo modelo econômico" (obra citada, p. 8).
Trazendo esse panorama para o nosso período, fica fácil perceber que, se os problemas específicos de agora são diversos, na verdade tudo caminha para a mesma conclusão: o Estado tem que intervir na ordem econômica, a fim de evitar os desequilíbrios trazidos naturalmente à tona pelos agentes econômicos.
Dentro desse contexto, basta ver que a crise financeira mundial originada das questões do inadimplemento das hipotecas (subprime) nos Estados Unidos foram justamente forçar medidas imediatas e diretas de inúmeros países suas respectivas economias. Não apenas a injeção direta de capital em instituições financeiras (empréstimos), mas como a assunção direta de algumas instituições. Isso é o exemplo mais eloquente que se pode ter de intervenção do Estado na ordem econômica. Como já ocorrido aqui no Brasil (estatização ocorrida na época do PROER - Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), ao invés de apelar regular e fiscalizar, vários Estados foram obrigados a atuar como agente econômico direto.
Com efeito, não se tem dúvida, e isso fica claro na nova legislação americana do sistema bancário (que, em linhas gerais, melhor detalha os mecanismos de controle do sistema financeiro e aumenta o poder fiscalizatório do Federal Reserve, Banco Central Americano), de que a disfuncionalidade sistêmica que gerou a última crise ocorreu da falta de regulação e fiscalização do sistema financeiro como um todo nos EUA e na Europa. Aliás, não só a detecção de que havia a necessidade de uma maior regulamentação, como a própria postura de vários países, ao intervir diretamente nos respectivos sistemas bancários, demonstra que o Estado não tem se afastar da sua missão de intervir na ordem econômica.
Assim sendo, fica evidente que esta última grande crise financeira global só reforça a importância do direito econômico, este entendido como um "conjunto de normas que tem por finalidade conduzir, regrar, disciplinar o fenômeno econômico" (frase de João Bosco Leopoldino da Fonseca, extraída da obra citada, p. 11).
	EMAGIS - Rodada 24
	Seria correto afirmar que os princípios da livre iniciativa (art. 1º, IV, e art. 170, caput, todos da CF) e da livre concorrência (art. 170, IV, da CF) configuram verdadeira redundância no texto constitucional?
	A resposta é negativa. A doutrina do direito constitucional e econômico é vasta no sentido que ambos os princípios, embora interligados, representam coisas diversas. Segundo Celso Ribeiro de Bastos (in Curso de Direito Econômico. Celso Bastos Editor. 2004. pp. 144-145),"A livre concorrência é um dos alicerces da estrutura liberal da economia. Tem muito a ver com a livre iniciativa, é dizer, só pode existir livre concorrência, onde há livre iniciativa. No entretanto, o inverso não é verdadeiro, pode existir livre iniciativa sem livre concorrência. Portanto, a livre concorrência é algo que se agrega à livre iniciativa e que consiste na situação em que se encontram os diversos agentes produtores de estarem dispostos à concorrência dos seus rivais. Cumpre dizer que o princípio da livre concorrência contido no inc. IV do art. 170 da Constituição de 1988, foi uma inovação, pois nunca esteve ‘expressamente' presente nas Constituições anteriores.
A livre concorrência pode ser verificada em diversos aspectos: tanto no preço das mercadorias ou serviços como na qualidade dos mesmos. De tal sorte que é esta atividade concorrente e competitiva dos diversos agentes que expõem nos mercados produtos assemelhados que leva à otimização dos recursos econômicos e a preço justos, na medida em que, por intermédio da concorrência recíproca, evitam-se os lucros arbitrários e os abusos de poder econômico.
É por estas razões que a Constituição cuida de determinar que por meio de lei competente o Estado puna essas modalidades que distorcem a livre concorrência, como o monopólio, o oligopólio e todas as modalidades de cartelização, que são formas pelas quais o agentes econômicos procuram evadir-se da livre concorrência assegurando para si uma fatia e os abusos de poder econômico".
De outro modo, o mesmo doutrinador isto pontua sobre a livre iniciativa:
"A liberdade de iniciativa é uma expressão ou manifestação no campo econômico da doutrina favorável à liberdade. O liberalismo vem a ser um conjunto de ideais, ou concepções, com uma visão mais ampla, abrangendo o homem e os fundamentos da sociedade, tendo por objetivo o pleno desfrute da igualdade e das liberdades individuais frente ao Estado. A liberdade de iniciativa consagra tão-somente a liberdade de lançar-se à atividade econômica sem encontrar peias ou restrições do Estado. Este princípio conduz necessariamente à livre escolha do trabalho, que, por sua vez, constitui uma das expressões fundamentais da liberdade humana".
	EMAGIS - Rodada 4
.Principais pontos - resolução de sentenças

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