Buscar

CAIO Plalnilha ProcessoPenal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 97 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 97 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 97 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Tribunal
	Inform / Súm
	Tema
	Jurisprudência
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PRINCÍPIOS
	
	ORAL TRF2
	
	1) Discorra se há independência das esferas civil, administrativa e penal.
Resposta:
Regra geral, entende-se que há independência entre as esferas penal, cível e administrativa: 125 e 126 da Lei 8112/90; 935 do CC; 66 e 67, III do CPP. Mas há exceções, nas quais haverá vinculação entre as instâncias:
- quando condenado na esfera penal, as demais esferas estarão vinculadas, haja vista que se entende que a instrução no processo penal é mais abrangente;
- se tiver havido absolvição na esfera penal por inexistência do fato ou negativa de autoria, as demais esferas estarão vinculadas, devendo haver até a desconstituição de eventual condenação já aplicada. Para evitar essa situação, o juiz tinha a faculdade de suspender o feito.
Note-se que a absolvição no processo penal por inexistência de fato ou negativa de autoria não se confunde com a condenação por insuficiência de provas. E ainda, se o tipo penal exigir dolo na conduta e ela tiver sido praticada com culpa, poderá, haver condenação no âmbito civil, tendo em vista que neste é admitida a culpa levíssima.
Dispõe o CPP, no art. 65, que faz coisa julgada no cível a sentença que reconhecer ter sido o ato praticado mediante excludente de ilicitude. A excludente não pode mais ser discutida, mas não se proíbe que se discuta a reparação dos danos no processo civil.
	
	ORAL TRF2
	
	2) Apresente uma hipótese na qual ocorra ofensa à norma civil, administrativa e penal.
Resposta:
Na hipótese de um servidor público desviar dinheiro, valou ou bem móvel, de que tem a posse em razão do cargo, em proveito próprio ou alheio, haverá:
- ilícito penal: prática de peculato-desvio (art. 312, 2ª parte do CP);
- ilícito civil: responsabilidade civil com o conseqüente dever de reparar o dano (art. 186 c/c 927 do CC);
- ilícito administrativo: a prática de crime contra a administração pública é considerada infração punível com demissão (art. 132, I da Lei 8112/90).
	
	
	
	
	 
	 
	 
	 
	STF Pleno
	Rep Geral 14
	P. Publicidade
	O art. 8º, 5, da Convenção Americana de Direitos Humanos, internalizada pelo Decreto 678/92, estabelece que “o processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça”
	STJ – 6aT
	399
	P. Dialeticidade dos Recursos
	Info 399: Quando há ausência de razões no recurso em sentido estrito, no caso de omissão do defensor constituído, impõe-se a intimação do réu para a constituição de outro defensor; se não constituído, impõe-se a nomeação de defensor dativo. O julgamento sem que o recurso tenha sido arrazoado é nulo. Info 433: Mesmo que o advogado constituído pelo paciente tenha sido intimado para apresentar contrarrazões, tendo ele permanecido inerte, era imperiosa a intimação do paciente para que constituísse novo causídico. Persistindo a situação, era necessária a nomeação de defensor público para o ato. Inadmissível proceder ao julgamento da apelação sem a cristalização da dialética em segundo grau.
	STJ - 5aT
	423
	P. Indivisibilidade da APPriv
	Ação Penal Privada pelos crimes de injúria, calúnia e difamação onde se realizou emenda à inicial para incluir a segunda autora. O STJ concedeu HC libertando as duas com base na indivisibilidade da ação penal privada: o ofendido não pode limitar a acusação a este ou aquele autor da conduta tida como delituosa. Esclarece que não observar o princípio da indivisibilidade da ação penal, que torna obrigatória a formulação da queixa contra todos os autores, co-autores e partícipes do crime, além de acarretar a renúncia ao direito de queixa a todos, é causa da extinção da punibilidade (art. 107, V, do CP). 
	TRF2
	Ementário Temático 71
	P. Indivisibilidade
	O princípio da indivisibilidade não se aplica à ação penal pública, podendo o Ministério Público, como 'dominus litis', aditar a denúncia, até a sentença final, para inclusão de novos réus, ou ainda oferecer nova denúncia, a qualquer tempo. (STF HC 71.538) A inobservância deste princípio só acarreta a nulidade quando se tratar de ação penal privada.
	STF - 2aT
	581
	P. da Fungibilidade - ROC Intempestivo x HC
	Recebido Recurso Ordinário intempestivo como Habeas Corpus.
	STJ – 6aT
	431
	P. Reformatio in Pejus
	Mesmo que para simples correção de erro material no somatório da pena, não cabe a atuação por parte do Tribunal para prejudicar o réu em recurso exclusivo da defesa.
	TRF2
	InfoJur 131
	P. do Duplo Grau de Jurisdição
	STF HC 88420: Ainda que não se empreste dignidade constitucional ao duplo grau de jurisdição, trata-se de garantia prevista na Convenção Americana de DH (Pacto de S. José), cuja ratificação se deu pelo Brasil em 1992. 
	STF 2aT
	558
	T. Frutos Árvore Invenenada
	Se é razoável supor que a confissão não ocorreria caso não fosse obtida uma prova ilegal anteriormente (no caso, quebra do sigilo bancário), há ilicitude por derivação a comprometer o juízo sobre a materialidade e autoria do delito (trancada a ação penal por inexistência de justa causa).
	STF
	SV 14
	P. Ampla defesa
	SÚMULA VINCULANTE Nº 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
	STJ 5aT 
	495
	P. Ampla Defesa
	A provável simetria entre o fato pelo qual responde o réu e os fatos apurados em outro processo relacionado a outro acusado autoriza que o réu possa ter acesso à cópia da denúncia referente a este outro processo, a fim de comparar as acusações, especialmente em se tratando de processos de competência do Tribunal do Júri nos quais é assegurada a defesa plena.Quinta Turma. HC 137.422-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 10/4/2012.
	STF 1aT
	596
	P. Ampla Defesa
	A defesa técnica é um direito irrenunciável e irrevogável, salvo em situações excepcionalíssimas, como o caso do habeas corpus. Rejeitou-se a alegação de cerceamento de defesa do acusado, que alegava ter manifestado o desejo de fazer sua própria defesa no lugar do advogado.
	
	Oral TRF5
	P. da Oficialidade
	04) O que se entende pelo princípio da oficialidade do processo penal? Há exceções a sua aplicação no Direito brasileiro?
Resposta:
O princípio da oficialidade significa, nas palavras de Edilson Mougenot Bonfim, que “a ação penal pública somente poderá ser proposta por um órgão do Estado: o Ministério Público. (...) A prerrogativa do órgão do parquet vem consubstanciada nos ditames da Constituição Federal, que estabelece uma das funções institucionais do Ministério Público promover privativamente a ação penal pública, na forma da lei (art. 129, I)”. Como exceção, pode-se mencionar a ação penal privada subsidiária da pública.
	STF 2aT
	613
	TCU: independência das esferas administrativa e penal
	O fato do Tribunal de Contas da União, eventualmente, aprovar as contas a ele submetidas, não obstaria, em princípio, a persecução penal promovida pelo Ministério Público. Explicitou-se que a jurisprudência do STF seria no sentido da independência entre as esferas de contas e a judicial penal, (sustentava a impetração, com base em analogia com os crimes contra a ordem tributária, a necessidade de encerramento da via administrativa da constituição do débito tributário como condição de procedibilidade)
	STF 2aT
	632
	TC - Independência das instâncias - ônus argumentativo da acusação
	O tribunal de contas estadual teria julgado regular a inexigibilidade de licitação. Asseverou-se que, embora esse pronunciamento da Corte de Contas não impeça a propositura da ação penal em razão da independência das esferas penal e administrativa, exigir-se-ia do Ministério Público ônus argumentativo mais robusto capaz de infirmar a conclusão administrativa, o que não ocorrera na espécie.
	 
	STJ 5aT
	princípio da Identidade Física do Juiz - ECA
	O princípio da identidadefísica do juiz aplica-se no caso de ações socioeducativas (ECA)?
NÃO. De acordo com o entendimento consolidado no STJ, o regramento previsto no art. 399, § 2º, do CPP (princípio da identidade física do juiz) não se aplica ao rito do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece procedimento fracionado de apuração de ato infracional em várias audiências, sem fazer qualquer menção ao princípio da identidade física do juiz.
A aplicação das regras processuais penais às hipóteses regidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente se dá apenas de forma subsidiária, devendo-se respeitar as particularidades próprias deste microssistema, sob pena de tornar inócua as previsões nele contidas.(HC 165.059/DF, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, julgado em 20/10/2011)
	STJ 5aT 6aT
	461; 480; 483; 494
	Princípio da Identidade Física do Juiz
	reiterando que o princípio da identidade física do juiz, aplicável no processo penal com o advento do § 2º do art. 399 do CPP, incluído pela Lei n. 11.719/2008, pode ser excetuado nas hipóteses em que o magistrado que presidiu a instrução encontra-se afastado por um dos motivos dispostos no art. 132 do CPC – aplicado subsidiariamente, conforme permite o art. 3º do CPP, em razão da ausência de norma que regulamente o referido preceito em matéria penal. 5aT Info 480; 6aT Info 483: mesmo fundamento para afastar a aplicação do princípio no caso de férias do magistrado.
	 
	Questão CESPE (descisão STJ)
	P. Nemo Tenetur Se Detegere
	Nos termos do art. 5.º, inciso LXIII, da Carta Magna "o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado". Tal regra, conforme jurisprudência dos Tribunais pátrios, deve ser interpretada de forma extensiva, e engloba cláusulas a serem expressamente comunicadas a quaisquer investigados ou acusados, quais sejam: o direito ao silêncio, o direito de não confessar, o direito de não produzir provas materiais ou de ceder seu corpo para produção de prova etc.
	STJ 6aT
	493
	P. In dubio pro societate
	Princípio in dubio pro societate: 6aT STJ decidiu que não existe esse princípio no ordenamento jurídico.
1ª corrente: afirma que o CPP não exige prova de autoria, mas apenas indícios. Desse modo, ter-se-ia adotado o princípio do in dubio pro societate. Era a posição clássica, mas hoje tende a ser superada. 
 
2ª corrente: defende que tal princípio não possui amparo legal, nem decorre da lógica do sistema processual penal brasileiro, pois a sujeição ao juízo penal, por si só, já representa um gravame. Assim, é imperioso que haja razoável grau de convicção para a submissão do indivíduo aos rigores persecutórios, não devendo se iniciar uma ação penal carente de justa causa. Foi a posição sustentada no julgado noticiado neste informativo (HC 175.639-AC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 20/3/2012). 
	
	Oral TRF1
	P. da Correlação entre denúncia e sentença
	1) O que consiste o princípio da correlação entre e a denúncia e a sentença?
Resposta:
A correlação é o liame conectivo entre os termos da acusação e aquilo que será enfrentado pelo juiz na prolação da sentença penal. Em processo penal, o limite objetivo da lide para o magistrado está na apreciação daquilo que a acusação mencionou, quando da provocação da instância penal. A sentença deverá decidir sobre os fatos descritos na denúncia ou queixa, que estabelecem a lide penal, vinculando-se as narrativas ali inseridas. No processo penal, o réu se defende dos fatos que pesam contra ele e não da imputação realizada ao término do libelo acusatório. Enfim, a sentença não pode ser extra, ultra e nem citra petita. Esse princípio, com a parcial reforma do CPP, aplica-se até no caso de mutatio libelli, pois que nos termos da parte final do § 4º do art. 384 do CPP fica o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento promovido pelo MP. Há quem defenda que a melhor interpretação dessa parte final consiste na proibição da denúncia alternativa, tendo o juiz que julgar apenas o fato contido no aditamento. Outra corrente entende que uma interpretação conforme desse dispositivo tem o sentido e o alcance de que, se ao acusado foram garantidos os princípios do contraditório e da ampla defesa, tanto na denúncia originária como na denúncia aditada, é cabível o instituto da denúncia alternativa, podendo o julgador decidir com base nos fatos narrados em qualquer uma delas.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	APLICAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SUJEITOS PROCESSUAIS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	JUIZ
	
	
	
	
	
	TRF2
	Poder Regulatório do Juiz
	10) O juiz tem poder regulatório dentro do CPP?
Resposta:
Sim, poder regulatório do juiz no processo penal diz respeito à sua função de prover à regularidade do processo, manter a ordem no curso dos respectivos atos. Tal poder engloba tanto os poderes de polícia (administrativos), exercidos no curso do processo com o fim de garantir a disciplina e o decoro, como os poderes jurisdicionais, que se referem à condução do processo, tal como a colheita de provas e tomada de decisões no processo criminal.
11) O juiz que apressa os atos processuais para evitar a prescrição, é um desses atos ou estaria vedado?
Resposta:
A depender de como o apressamento dos atos processuais ocorra, ele pode estar entre os atos regulatórios do juiz. Tais adiantamentos são lícitos, afinal cabe aos agentes estatais velar pela conservação do direito de punir do estado, desde que não atropelem o curso regular da instrução, bem como não impliquem em violação dos princípios da ampla defesa, do devido processo legal, ou qualquer outro direito fundamental do acusado, já que, em ponderação de princípios, ganham maior relevância que o jus puniendi estatal. 
	 STJ
	 HC 117758 / MT
	 
	Não viola o princípio do juiz natural o julgamento proferido na pendência de exceção de suspeição de magistrado que, nos termos do Código de Processo Penal não é causa obrigatória da suspensão do curso do processo principal. Precedente do Superior Tribunal de Justiça. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	MINISTÉRIO PÚBLICO
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 234
	MP - Impedimento / Suspeição - Participação na fase investigatória 
	Súmula 234 STJ
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
	STF
	
	MP - Diligências investigatórias 
	POSSIBILIDADE
2aT do STF: o HC 89837 - reconheceu poderes investigatórios por parte do MP (o caso concreto tratava de tortura praticada por policiais - o que não permite afirmar ser hipótese contrária à posição do Peluso indicado no RE 593727 em julgamento).
IMPOSSIBILIDADE
Está em julgamento o RE 593727 em que dois foram os votos (Peluso e Lewandowski - junho de 2012) contrários ao reconhecimento de poderes investigatórios por parte do MP (o caso concreto trata de crime praticado por Prefeito - Decreto 201). Segundo o ministro-relator (Peluso), o MP apenas pode realizar investigações criminais quando a investigação tiver por objeto fatos teoricamente criminosos praticados por membros ou servidores do próprio MP, por autoridades ou agentes policiais e, ainda, por terceiros, quando a autoridade policial, notificada sobre o caso, não tiver instaurado o devido inquérito policial. Esse procedimento investigatório deverá obedecer, por analogia, as normas que regem o inquérito policial, que deve ser, em regra, público e sempre supervisionado pelo Poder Judiciário. (obs.: esse é o posicionamento do Dr. Cláudio, examinador do TRF2).
	STJ 5aT
	483
	MP - Diligências investigatórias 
	o Parquet, conforme entendimento da 5aT do STJ, possui prerrogativa de instaurar procedimento administrativo de investigação e conduzir diligências investigatórias (art. 129, VI, VII, VIII e IX, da CF; art. 8º, § 2º, I, II, IV, V e VII, da LC n. 75/1993 e art. 26 da Lei n. 8.625/1993).Aduziu ainda que, hodiernamente, adotou-se o entendimento de que o MP possui legitimidade para proceder, diretamente, à colheita de elementos de convicção para subsidiar a propositura de ação penal, só lhe sendo vedada a presidência do inquérito, que compete à autoridade policial. (questionamento quanto ao início de investigações decorrentes de denúncia anônima)
	STJ 5aT
	482
	MP - quebra do sigilo fiscal e bancário
	o Ministério Público, no uso de suas prerrogativas institucionais, não está autorizado a requisitar documentos fiscais e bancários sigilosos diretamente ao Fisco e às instituições financeiras, sob pena de violar os direitos e garantias constitucionais de intimidade da vida privada dos cidadãos. Somente quando precedida da devida autorização judicial, tal medida é válida.
	
	Oral TRF5
	MP - Diligências Investigatórias
	02) Qual seu entendimento sobre o poder de investigação do Ministério Público? O MP pode dirigir o inquérito policial? E medidas cautelares, como busca e apreensão, quebra de sigilo bancário, fiscal etc., como medidas necessárias à investigação, podem ser feitas diretamente pelo MP?
Resposta:
Em 27/06/12, o Ministro Luiz Fux pediu vista dos autos do RE nº 593.727/MG, onde a questão está sendo reexaminada, agora em sede de repercussão geral. Porém, tudo indica que o Supremo Tribunal Federal manterá seu entendimento anterior, segundo o qual, com base na teoria dos poderes implícitos, o Ministério Público pode realizar atividade investigativa, sem, contudo, presidir o inquérito policial. Medidas cautelares que exigem autorização judicial no bojo do inquérito policial, continuam sujeitas a tal autorização quando a investigação é levada a cabo pelo Ministério Público.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ACUSADO E SEU DEFENSOR
	 
	 
	 
	  
	STF
	SV 14
	Ampla defesa
	SÚMULA VINCULANTE Nº 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ASSISTENTE
	
	
	
	
	
	Oral TRF2
	Assistente - Coletivo
	1) É possível assistente coletivo na acusação ou somente individual?
2) Nos crimes praticados contra interesse metaindividual, pode haver o assistente coletivo?
3) Existe lei expressa que dispõe sobre essa possibilidade de assistente coletivo?
Resposta:
Existe, sim, a figura do assistente coletivo na persecução penal de crimes praticados contra interesses metaindividuais. Exemplo: Lei nº 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor – Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste Código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como assistente do Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III [as entidades e órgãos da Adminnistraçao Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código] e IV [as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear], aos quais também é facultado propor açao penal subsidiária, se a denúncia nao for oferecida no prazo legal.
Não obstante a existência de diversos requisitos à assistência do direito processual penal brasileiro, de fato, encontra-se prevista, em alguns dispositivos de leis esparças, a figura do assistente coletivo de acusação, qual sejam: a) Decreto-lei nº 201/67 (faculta aos órgãos federais, estaduais ou municipais a intervenção como assistente nos processos relativos aos crimes de responsabilidade dos Prefeitos – art. 2º, § 1º); b) Lei nº 7.492/86 (autoriza a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a habilitar-se como assistente nos casos de crimes contra o sistema financeiro nacional – art. 26, parágrafo único); c) Lei nº 8.078/90 (autoriza as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano a habilitar-se como assistente nas hipóteses de crimes ou contravenções que envolvam relações de consumo – art. 80); e Lei nº 8.906/94 (faculta a atuação dos Presidentes dos Conselhos e das Subseções da OAB nos inquéritos e processos em que sejam indiciados, acusados ou ofendidos os inscritos na OAB – art. 49, parágrafo único). Tal previsão dá uma natureza de custos legis à assistência, como forma de garantir o a proteção aos direitos coletivos tutelados pelos diplomas legais mencionados. 
	 STJ 5aT
	 HC 137.339/RS
	Legitimidade - assistente
	A legitimidade do assistente de acusação para apelar, quando inexistente recurso do Ministério Público, é ampla, podendo impugnar tanto a sentença absolutória quanto a condenatória, visando ao aumento da pena imposta, já que a sua atuação justifica-se pelo desejo legítimo de buscar justiça, e não apenas eventual reparação cível. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
	
	ORAL TRF2
	
	3) Na hipótese de um índio comete um crime de homicídio dentro de sua aldeia, mas na defesa de sua Terra e de sua cultura. Ele estaria abrangido pela Justiça Federal ou Justiça comum? Opine.
Resposta:
De acordo com a S. 140 do STJ, “compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que indígena figure como autor ou vítima”. Por outro lado, o art. 109, da CRF estabalece que compete aos juízes federais processar e julgar “a disputa sobre direitos indígenas”.
Interpretando conjuntamente os dois preceitos, tem-se que se houver disputa sobre interesses indígenas (ex.: suas terras e cultura), seja o indígena autor ou vítima do delito, a competência será da Justiça Federal. Só será da Justiça Estadual em caso de crime que não envolva essas questões, sequer indiretamente.
Neste sentido: STJ: 35.489 – RS, 39.389 – MT, 43.155 – RO e STF: HC nº 71835-3.
	
	ORAL TRF5
	
	3) Qual a justiça competente para apurar a prática de homicídio contra indígena?
Resposta:De acordo com a S. 140 do STJ, “compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que indígena figure como autor ou vítima”. Por outro lado, o art. 109, da CRF estabalece que compete aos juízes federais processar e julgar “a disputa sobre direitos indígenas”.
Interpretando conjuntamente os dois preceitos, tem-se que se houver disputa sobre interesses indígenas (ex.: suas terras e cultura), seja o indígena autor ou vítima do delito, a competência será da Justiça Federal. Só será da Justiça Estadual em caso de crime que não envolva essas questões, sequer indiretamente.
ORAL TRF 5:
4) Trate da competência para julgamento dos crimes ambientais.
Resposta:
A preservação do meio ambiente é competência comum de todos os entes federativos (23, VI e VII da CRF). Como a Lei 9605 não condicionou o processo e julgamento dessas infrações à competência da JF, a regra é que a competência é da JE. Tanto que o STJ cancelou o enunciado da S. nº 91.
A competência só será da JF se o crime ambiental:
- vulnerar bem ou interesse da União (art. 20). Ex.: (a) crime praticado em acrescidos de terreno de marinha, bem da União (AgRg no REsp 942957/RJ, Julgamento 19/04/2012); (b) praticado no Rio Amazonas, rio interestadual e internacional de propriedade da União (RMS 26721/DF, Julgamento 12/04/2012); (c) praticado em reserva ecológica criada por Decreto Federal e nas proximidades de ilha oceânica, bem da União (RHC 24338/AP, Julgamento 18/10/2011).
- burlar a fiscalização do IBAMA, segundo o STJ. Ex.: (a) caça de animal em extinção; (b) criação irregular em cativeiro de animal ameaçado de extinção (CC 37137, Julgamento 12/03/2003); (c) ingresso de animal exótico no pais.
	
	ORAL TRF5 
	
	5) Qual a competência para apreciar HC contra ato de Juiz do Juizado? E contra ato da Turma Recursal?
Resposta:
A competênciapara julgamento de HC é definida levando-se em consideração os envolvidos: paciente e coator. Se o coator é o juiz singular de Juizado Especial Criminal, o HC será apreciado pela própria TR.
De acordo com a S. 690 do STF: “compete originariamente ao STF o julgamento de HC contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais”. Apesar deste enunciado não ter sido cancelado, ele está sem efeito, haja vista mudança de entendimento do STF, a partir de 2006 (HC 86834).
Passou a entender o STF que o competente para o julgamento de HC contra ato de Turma Recursal é o TJ ou TRF ao qual vinculada, sob o argumento de que “estando os integrantes das turmas recursais dos juizados especiais submetidos, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, à jurisdição do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal, incumbe a cada qual, conforme o caso, julgar os habeas impetrados contra ato que tenham praticado”.
	 
	 
	 
	 
	STF
	Súm 611
	Competência - Superveniência de norma benéfica 
	SÚMULA 611 STF
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.
	STF 1aT
	521
	Competência - Varas Espec
	Não há afronta ao princípio do juiz natural na especialização de varas e na conseqüente redistribuição dos processos, ainda que já tenha havido decisões do juízo originalmente competente. Não obstante o Plenário ter considerado que a Resolução que especializara varas haveria exorbitado a competência do Conselho da Justiça Federal - CJF, esse juízo não afetaria a validade das Resoluções emanadas dos Tribunais Regionais Federais que regulamentaram a matéria, quando não fundamentadas apenas nessa Resolução do CJF.
	STJ 3aS
	440
	RFFSA - Interesse da União - Remessa dos autos não sentenciados (alteração da competência em decorrência da matéria)
	A MP n. 353/2007, convertida na Lei n. 11.483/2007, transferiu para a União os bens imóveis e para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT) os bens móveis e imóveis operacionais da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). Assim, a União passou a ter interesse nos feitos criminais em que se apura a prática de furto de bens operacionais antes pertencentes à RFFSA. Incide o art. 87 do CPC, que determina a remessa dos autos não sentenciados ao juízo superveniente competente quando a competência for alterada em razão da matéria, por não se aplicar a perpetuatio jurisdictionis em caso de competência absoluta. 
	STJ – 6aT
	431
	Competência - Execuções
	Quando a hipótese for de entrada em vigor da lei após o trânsito em julgado, a competência para apreciar a matéria será do juiz da execução.
	STJ - 3aS
	496
	Competência - MPDFT
	Os crimes praticados contra Promotor de Justiça do Distrito Federal, no exercício de suas funções, são julgados pela Justiça Comum do Distrito Federal. 
Cuidado! A jurisprudência é bastante confusa e sem coerência:
Crime praticado contra membro do MPDFT no exercício de suas funções. Justiça do Distrito Federal (STJ. CC 119.484-DF) 
Crime praticado por Promotor de Justiça do MPDFT. Justiça Federal (TRF da 1ª Região) (STJ. REsp 336857-DF) 
HC contra ato de membro do MPDFT. Justiça Federal (TRF da 1ª Região) (STJ. HC 67416-DF e STF. RE 418852-DF) 
MS contra ato do Procurador-Geral de Justiça do MPDFT. Justiça do Distrito Federal (TJDFT) (STJ. REsp 1236801-DF) (obs: neste julgado o Relator afirma que o PGJ-MPDFT é autoridade federal, mas que, por força de lei, será competente o TJDFT) 
	STF Pleno
	668
	Competência - criação de vara especializada de julgamento colegiado
	1º) Vara especializada em crimes praticados por organizações criminosas: CONSTITUCIONAL 
2º) Vara com titularidade coletiva, ou seja, a decisão é tomada por 5 juízes: CONSTITUCIONAL 
- Existem outros exemplos de órgão jurisdicional colegiado em 1º grau, como é o caso do Tribunal do Júri, da Junta Eleitoral e da Turma Recursal. 
- O Min. Relator entendeu que o Estado-membro pode legislar sobre esse assunto porque a composição de orgão jurisdicional pode ser enquadrada como “procedimento em matéria processual”, o que é de competência legislativa concorrente (art. 24, XI, da CF). 
3º) Juízes que integram a vara são nomeados pelo Presidente do TJ para período de 2 anos: INCONSTITUCIONAL 
- Trata-se de previsão inconstitucional porque viola o sistema de promoções e remoções para os magistrados previsto no art. 93, II e VIII-A, da CF, além da garantia de inamovibilidade dos magistrados (art. 95, II). 
- O magistrado inamovível não pode ser dispensado ou transferido segundo o poder discricionário da autoridade administrativa (Presidente do Tribunal). 
- Ademais, a fixação de mandato para a titularidade de vara criminal vai de encontro à identidade física do juiz (CPP, art. 399, § 2º), uma vez que, provavelmente, o juiz que instruiu os processos (ouviu testemunhas etc.), no momento de prolação da sentença já não seria mais o mesmo porque a tramitação do processo, nessas causas que envolvem o crime organizado, normalmente demora bastante tempo. 
4º) Todos os inquéritos e processos em tramitação nessa Vara correm, obrigatoriamente, em sigilo de justiça: INCONSTITUCIONAL 
5º) Qualquer ato de instrução ou execução da 17ª Vara poderia ser delegado a outro juízo. Qualquer juiz de direito de Alagoas poderia solicitar, nos casos em que estivesse sendo ameaçado, o apoio da 17ª Vara, cujos membros assinariam em conjunto com o juiz ameaçado, os atos processuais que possuíssem relação com a ameaça: INCONSTITUCIONAL 
- O STF considerou que essas duas previsões violam os princípios do juiz natural e da identidade física do juiz. 
6º) Definição do que seria crime organizado: INCONSTITUCIONAL 
- Entendeu-se que a definição de “organização criminosa” e de “crime organizado” só poderia ser fixada por lei federal, à luz do princípio da reserva legal. 
- O Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas sobre o Crime Organizado Transnacional (Convenção de Palermo), incorporada ao ordenamento pátrio desde 2004.
- A Lei alagoana fazia remissão à Convenção de Palermo; no entanto, mesmo assim, o STF considerou que somente uma lei federal poderia definir crime organizado ou organização criminosa, ainda que por remissão à Convenção de Palermo. 
- Conclui-se, então, que a competência dessa 17ª Vara deve ser estabelecida de acordo com a interpretação do art. 1º, da Lei Federal 9.034/95, que é o único referencial, previsto em lei federal, sobre o que seja crime organizado. 
7º) Quando a Lei entrou em vigor, ela previu que os inquéritos policiais que fossem de competência da 17ª Vara deveriam ser imediatamente distribuídos para esse novo juízo. Em sentido contrário, as ações penais já em andamento não poderiam ser redistribuídas à 17ª Vara e deveriam continuar onde estavam tramitando: CONSTITUCIONAL 
	STF
	Súm 721
	Competência - Júri
	SÚMULA 721 STF
A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.
➔PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
-jÚri [competência com previsão constitucional] x competência por prerrogativa prevista na CF ➔ prevalece o competência por prerrogativa (regra especial)
-júri [competência com previsão constitucional] x competência por prerrogativa prevista na CE ➔ prevalece a competência do júri.
	
	ORAL TRF5
	
	1) Trate da concorrência entre o foro por prerrogativa de função e a competência do Júri. Qual foro prevalece? E o co-réu como fica?
Resposta:
De acordo com a S. 721 do STF: “a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual”.
Isso porque a competência do Tribunal do Júri para julgar crimes dolosos contra a vida é estabelecido pela Constituição Federal, de maneira que só por ela pode ser excepcionada (ex.: Prefeitos são julgados pelo TJ quando cometem tais delitos). Como o poder constituintedecorrente é limitado e subordinado, não pode contrariar regra expressa da CRF (ex.: vereadores que possuem foro por prerrogativa de função prevista na CE são julgados pelo TJ apenas quando cometem crimes de outras ordens; em caso de crimes dolosos contra a vida, serão julgados pelo Tribunal do Júri).
No caso de co-réu, destaque-se a S. 704 do STF: “não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”.
Tal entendimento, todavia, não pode ser aplicado para o caso de crimes dolosos contra a vida. Nesta hipótese, deverá ser separado o processo, devendo o co-réu que não possui foro por prerrogativa de função ser julgado perante o Tribunal de Júri, sob pena de ofensa a determinação constitucional.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
	 
	 
	 
	 
	
	
	Prerrogativa de função - Promotor praticando crime federal 
	Competência será do TJ correspondente ao Estado de atuação do promotor (art. 96, III, CF). O TRF teria competência para julgar Procurador da República.
PROCESSUAL PENAL. CRIME PRATICADO CONTRA BEM DA UNIÃO. CONDUTA ATRIBUÍDA A MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL (PROMOTOR DE JUSTIÇA). COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1. O Tribunal de Justiça do Estado é competente para processar e julgar, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, os membros do Ministério Público Estadual, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (Constituição Federal, artigo 96, inciso III). 2. Ainda que se trate de crime praticado contra bem pertencente à União, se o agente é membro do Ministério Público Estadual, a competência para processá-lo e julgá-lo é do respectivo Tribunal de Justiça. 3. Incompetência da Justiça Federal proclamada de ofício, com remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. (RSE - 4358 - TRF3)
	
	
	Prerrogativa de função - Juiz Estadual praticando crime federal 
	Competência do TJ correspondente ao Estado de atuação do juiz.
HC 68846 / RJ (STF - Pleno)
HABEAS CORPUS. CRIMES DE QUADRILHA, PECULATO E APROPRIAÇÃO INDEBITA PRATICADOS CONTRA O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS) E SEGURADOS POR ACIDENTE DE TRABALHO, IMPUTADOS A JUIZ DE DIREITO, SERVENTUARIOS DA JUSTIÇA, SERVIDORES DE AUTARQUIA FEDERAL E ADVOGADOS. DENUNCIA OFERECIDA PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE, DO ROL DOS ADVOGADOS DENUNCIADOS, DECRETADA PELO RELATOR E CONFIRMADA PELA CORTE. ALEGADA AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PARA A MEDIDA. DENUNCIA ACERTADAMENTE OFERECIDA PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA, CONTRA TODOS OS ACUSADOS E POR TODOS OS CRIMES, FEDERAIS E ESTADUAIS, EM FACE DOS PRINCÍPIOS DA CONEXAO E CONTINENCIA, E TENDO EM VISTA, AINDA, A JURISDIÇÃO DE MAIOR GRADUAÇÃO (ART. 78, III, DO CPP), RECONHECIDA AQUELA CORTE POR FORÇA DA NORMA DO ART. 96, III, DA CF/88, DADA A PRESENCA, ENTRE OS ACUSADOS, DE UM JUIZ DE DIREITO. CUSTODIA PROVISORIA PLENAMENTE JUSTIFICADA POR CONVENIENCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E PARA ASSEGURAR-SE A APLICAÇÃO DA LEI PENAL. . ORDEM DENEGADA.
	STF
	Súm 704
	Prerrogativa de função - Conexão
	SÚMULA 704 STF
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.
	STF
	Súm 394
	Prerrogativa de Função - término do mandato
	SÚMULA 394 STF Cancelada
Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício.
[ADI 2797] STF reconheceu a inconstitucionalidade do art. 84 do p. 1o do CPP -> Art. 84. § 1o A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. (Incluído pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002) 
-hoje: cessado o cargo:	⇨remetem-se os autos à primeira instância
			⇨aproveitam-se todos os atos praticados
	STF
	Sum 451
	Prerrogativa de Função - Crime cometido após cessão do exercício
	SÚMULA Nº 451 STF
A COMPETÊNCIA ESPECIAL POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO NÃO SE ESTENDE AO CRIME COMETIDO APÓS A CESSAÇÃO DEFINITIVA DO EXERCÍCIO FUNCIONAL.
⇒ mais do que apenas isso: cessado o mandato, cessa a competência por prerrogativa de função.
	STF - Pleno
	AP 396
	Renúncia e modificação de competência
	QUESTÃO DE ORDEM NA AÇÃO PENAL. DEPUTADO FEDERAL. RENÚNCIA AO MANDATO. ABUSO DE DIREITO: RECONHECIMENTO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA CONTINUIDADE DO JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO PENAL. DENÚNCIA. CRIMES DE PECULATO E DE QUADRILHA. ALEGAÇÕES DE NULIDADE DA AÇÃO PENAL, DE INVESTIGAÇÃO PROMOVIDA POR ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO GRAU, DE OFENSA AO PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL, DE CRIME POLÍTICO, DE INÉPCIA DA DENÚNCIA, DE CONEXÃO E DE CONTINÊNCIA: VÍCIOS NÃO CARACTERIZADOS. PRELIMINARES REJEITADAS. PRECEDENTES. CONFIGURAÇÃO DOS CRIMES DE PECULATO E DE QUADRILHA. AÇÃO PENAL JULGADA PROCEDENTE. 1. Renúncia de mandato: ato legítimo. Não se presta, porém, a ser utilizada como subterfúgio para deslocamento de competências constitucionalmente definidas, que não podem ser objeto de escolha pessoal. Impossibilidade de ser aproveitada como expediente para impedir o julgamento em tempo à absolvição ou à condenação e, neste caso, à definição de penas. 2. No caso, a renúncia do mandato foi apresentada à Casa Legislativa em 27 de outubro de 2010, véspera do julgamento da presente ação penal pelo Plenário do Supremo Tribunal: pretensões nitidamente incompatíveis com os princípios e as regras constitucionais porque exclui a aplicação da regra de competência deste Supremo Tribunal. 9. Questão de ordem resolvida no sentido de reconhecer a subsistência da competência deste Supremo Tribunal Federal para continuidade do julgamento. 10. Preliminares rejeitadas. 11. Ação penal julgada procedente.
	STJ 6aT
	478
	Foro prerrogativa função - CE - Procurador do Estado
	Tal como apregoado pelo STF, é possível a fixação da competência do TJ para processar e julgar originariamente procurador de Estado nos crimes comuns e de responsabilidade, como o fez o art. 161, IV, d, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
	STF
	A CF e o STF
	Foro prerrogativa função
	"Aplicação da Súmula 704. Não viola as garantias do juiz natural e da ampla defesa, elementares do devido processo legal, a atração, por conexão ou continência, do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados, a qual é irrenunciável." (Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 26-11-2008, Plenário, DJE de 26-3-2010.) No mesmo sentido: HC 91.224, Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15-10-2007, Plenário, DJE de 16-5-2008.
	STJ
	457
	Competência - Prerrog Função - Trib do Júri x hipótese prevista apenas na CE em situação de simetria
	Súmula 721 STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual. Atenção: A competência por prerrogativa da função fixada pela Constituição Estadual não prevalece sobre o Tribunal do Júri tão somente quando não guardar simetria com a Constituição da República - se guardar simetria, ainda que prevista somente na CE, a competência do Tribunal do Júri será afastada (ex.: Vice-governador; Deputado Estadual, Secretário de Estado - não há previsão de foro por prerrogativa na CF, mesmo assim, havendo previsão somente na CE, a competência do TJ/TRF prevalecerá sobre a competência do Tribunal do Júri).
	STJ 3aS
	457
	COMPETÊNCIA. CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA. DEPUTADO ESTADUAL.
	conflito de competência cuja essência é saber a quem cabe julgar os crimes dolosos contra a vida quando praticados por deputado estadual, isto é, se a prerrogativa de função desses parlamentaresestá inserida na própria Constituição Federal ou apenas na Constituição do estado. A Seção, por maioria, entendeu que as constituições locais, ao estabelecer para os deputados estaduais idêntica garantia prevista para os congressistas, refletem a própria Constituição Federal, não se podendo, portanto, afirmar que a referida prerrogativa encontra-se prevista, exclusivamente, na Constituição estadual. Assim, deve prevalecer a teoria do paralelismo constitucional, referente à integração de várias categorias de princípios que atuam de forma conjunta, sem hierarquia, irradiando as diretrizes constitucionais para os demais diplomas legais do estado.
	STJ - CE
	379
	Concurso de agentes - Prerrogativa x Tribunal do Júri - Cisão
	Não há aplicação da conexão para união dos feitos no caso em que concorrem a prerrogativa de foro com o Tribunal do Júri, pois ambos têm competência estabelecida pela Constituição e, na hipótese de crime contra a vida, seria difícil haver critérios válidos em desfavor do Tribunal do Júri em razão de extensão do foro privilegiado, sem desvirtuar sua natureza e finalidade.
	STF Pleno
	 
	Competência - Prerrog Função - Início do julgamento - Perpetuação da competência
	O Pleno do STF entende que desde a designação da data da sessão de julgamento da ação (ou seja, antes do prolação do 1o voto), não é possível cogitar declínio da competência por insubsistência da função política que justificava tal foro, perpetuando-se a competência, já que iniciado o julgamento, que é uno e indivisível.
	STF Pleno
	525
	Renúncia ao cargo após iniciado o julgamento - Manutenção da competência do tribunal
	A circunstância de, após iniciado o julgamento (designação da data de audiência), ter-se alterado um estado de fato que implicaria a modificação da competência não atinge o julgamento, por ser ele ato unitário que se desdobra fisicamente. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, que reputavam cessada a competência da Corte, em razão de ter o detentor da prerrogativa de foro deixado o cargo que a motivou, não influenciando o fato de o julgamento já ter iniciado.
	STF Pleno
	606
	Ação penal: renúncia a mandato de parlamentar e competência do STF 
	o pleito de renúncia fora formulado em 27.10.2010 e publicado no Diário da Câmara no dia seguinte, data para a qual pautado o julgamento da presente ação penal. Aduziu-se que os motivos e fins desse ato demonstrariam o intento do parlamentar de se subtrair ao julgamento por esta Corte, em inaceitável fraude processual, que frustraria as regras constitucionais e não apenas as de competência. Destacou-se, desse modo, que os fins dessa renúncia — às vésperas da apreciação do feito e após a tramitação do processo por mais de 14 anos — não se incluiriam entre aqueles aptos a impedir o prosseguimento do julgamento, configurando, ao revés, abuso de direito ao qual o sistema constitucional vigente não daria guarida. Vencido o Min. Marco Aurélio que, ao salientar a competência de direito estrito do Supremo, assentava que, com a renúncia operada, o réu teria deixado de ser membro do Congresso Nacional, o que cessaria, em conseqüência, a competência desta Corte. 
	STF Pleno
	525
	Competência - Prerrog Função
	Oferecimento de denúncia autônoma contra co-réus, perante juízo competente em atuação no 1º grau, três anos após a denúncia feita na ação penal no STF (caso Mensalão), a fim de viabilizar o cumprimento dos termos do Acordo de Colaboração, no qual o parquet se comprometeu a solicitar o perdão judicial dos acusados, caso cumprissem a sua parte no acordo firmado (Lei 9.807/99, artigos 13 e 14) não ofende ao julgado do STF no sentido do não desmembramento da ação penal.
	STJ - CE
	418
	Governador 
	O julgamento de Governador é de competência do STJ no que se refere aos crimes comuns, e da Assembléia Legislativa quanto aos crimes de responsabilidade.
	STJ
	 
	Juiz e Promotor precariamente designados para oficiar em 2a instância
	Em se tratando de juiz ou promotor precariamente designados para oficiar em 2ª instância, a competência por prerrogativa da função é ditada pela posição que ocupam na carreira.
	 
	Questão CESPE (descisão STJ)
	Competência - STJ - Exceção da verdade.
	Crimes contra a honra. Querelante (jurisdição do STJ). Exceção da verdade (competência). 1. Quando oposta a exceção da verdade, compete, sem dúvida, ao Superior Tribunal julgá-la se o querelante for pessoa sujeita à sua jurisdição (CPP, art. 85). 2. Todavia, a competência do Superior Tribunal de Justiça diz respeito unicamente ao julgamento; deve, pois, a exceção, antes, submeter-se, na origem, à admissibilidade e à instrução.
	 
	Questão CESPE (descisão STF)
	Competência - TC Estadual
	Compete, originariamente, ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar os membros dos Tribunais de Contas estaduais nos crimes de responsabilidade e nos ilícitos penais comuns, assim definidos em legislação emanada da União Federal. Mostra-se incompatível com a Constituição da República - e com a regra de competência inscrita em seu art. 105, I, "a" - o deslocamento, para a esfera de atribuições da Assembléia Legislativa local, ainda que mediante emenda à Constituição do Estado, do processo e julgamento dos Conselheiros do Tribunal de Contas estadual nas infrações político-administrativas.
	STJ 3aS
	492
	Vereadores
	A CF/88 não previu foro por prerrogativa de função aos vereadores. Apesar disso, não há óbice de que as Constituições estaduais prevejam foro por prerrogativa de função aos vereadores. Assim, a Constituição do Estado pode estabelecer que os vereadores sejam julgados pelo TJ. 
	STF
	Súm 702
	Prefeito - Foro por prerrogativa - Matéria da Justiça Estadual - TJ
	SÚMULA 702 STF
A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
	STJ
	Súm 208
	Competência - Prefeito - TRF
	SÚMULA 208 STJ
Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita à prestação de contas perante órgão federal.
	STJ
	Súm 209
	Competência - Prefeito - TJ
	SÚMULA 209 STJ
Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
	STJ 3aS
	493
	Prefeito - TJ
	Prefeito deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado no qual se localiza o Município onde é Prefeito, ainda que o crime tenha sido praticado em outro Estado da Federação. 
	STF
	Súm 703
	Prefeito - Extinção do mandato
	SÚMULA Nº 703
A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração de processo pela prática dos crimes previstos no art. 1º DO DECRETO-LEI 201/1967.
	
	ORAL TRF5
	
	2) O MP oferece uma denuncia contra o prefeito municipal e a acusação decorre do fato de na condição de gestor municipal o acusado celebrou contrato administrativo dispensando de forma indevida a licitação. Na denúncia não há narrativa no sentido da ocorrência de desvio e a tomada de contas especial do TCU não faz referencia a desvios. Há interesse da União a justificar a competência da JF nessa ação penal?
Resposta:
Segundo a S. 208 do STJ: "compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita à prestação de contas perante órgão federal". A S. 209, por sua vez, estabelece: “compete à justica estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”.
Só haverá interesse da União e a competência, consequentemente, será da Justiça Federal se o crime envolver recursos repassados por órgãos federais e a utilização esteja subordinada a fiscalização perante órgão federal, desde que os recursos não tenham se incorporado ao patrimônio municipal.
Neste caso, portanto, não há interesse da União e a competência é da Justiça Estadual.
Já decidiu o STJ que é competente a justiça federal quando a fraude na licitaçãoenvolver recursos: do programa FUNDESCOLA, vinculado ao FNDE (HC 62998/RO); do Fundo de Participação de Municípios, eis que são geridos e repassados pelo Governo Federal (HC 109050/MG); repassados pelo Ministério da Saúde, destinados a programa mantido pela municipalidade (HC 110704/RJ); oriundos de convênios com órgãos e autarquias federais (HC 97457/PE)
	STF Pleno
	659
	Magistrado aposentado. Perda do foro
	O foro especial por prerrogativa de função não se estende a magistrados aposentados. Desse modo, após se aposentar, o magistrado (seja ele juiz, Desembargador, Ministro) perde o direito ao foro por prerrogativa de função, mesmo que o fato delituoso tenha ocorrido quando ele ainda era magistrado. Assim, deverá ser julgado pela 1ª instância. 
Argumentos mencionados pelo STF e que são importantes: 
a) o foro especial por prerrogativa de função tem por objetivo o resguardo da função pública; 
b) o magistrado, no exercício do ofício judicante, goza da prerrogativa de foro especial, garantia voltada não à pessoa do juiz, mas aos jurisdicionados; 
c) o foro especial, ante a inexistência do exercício da função, não deve perdurar, haja vista que a proteção dos jurisdicionados, nesse caso, não é mais necessária; 
d) o provimento vitalício é o ato que garante a permanência do servidor no cargo, aplicando-se apenas aos integrantes das fileiras ativas da carreira pública. 
	STF Pleno
	666
	Modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade dos §§ 1º e 2º do art. 84 do CPP
	Os §§ 1º e 2º do art. 84 do CPP foram declarados inconstitucionais pelo STF, em 15/09/2005, no julgamento da ADI 2797. 
O PGR apresentou embargos de declaração pedindo que o STF modulasse os efeitos dessa decisão, conferindo eficácia prospectiva. 
O STF deu provimento aos embargos de declaração e decidiu que a decisão que julgou inconstitucionais os §§ 1º e 2º do art. 84 do CPP somente tem eficácia a partir de 15/09/2005. Assim, são válidos os atos processuais praticados com base nos §§ 1º e 2º do art. 84 do CPP antes de 15/09/2005. 
	STF
	Súm 245
	
	SÚMULA 245 STF
A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa prerrogativa.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	JUSTIÇA MILITAR
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 78
	Competência Territorial - Justiça Militar - Crime praticado em outra unidade federada
	SÚMULA 78 STJ
Compete à Justiça Militar processar e julgar policial de corporação estadual, ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa.
	STJ
	Súm 47
	Competência - JE - Crime cometido por militar com arma da cooporação
	Súmula: 47 STJ (superada)
Compete à Justiça Militar processar e julgar crime cometido por militar contra civil, com emprego de arma pertencente à corporação, mesmo não estando em serviço.
Compete à "Justiça Comum" processar e julgar crime cometido por militar contra civil, com emprego de arma pertencente à corporação, "não estando em serviço".
-crime praticado com arma da corporação não é mais considerado crime militar.
	STJ
	Súm 53
	Competência - JE - Civil praticando crime contra instituição militar estadual
	Súmula 53 STJ
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de crime contra instituições militares estaduais.
	STJ
	Súm 90
	Competência - Justiça Militar Estadual - Militar x Civil
	SÚMULA 90 STJ
Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele.
	STF
	A CF e o STF
	Crimes penais militares
	“Crimes militares: possibilidade, em tese, quanto a eles, de ajuizamento de queixa subsidiária. Ausência, no caso, dos pressupostos autorizadores da utilização da ação penal privada subsidiária. (...) Ausência, no caso, de legitimação ativa ad causam da associação civil de direito privado que ajuizou a queixa subsidiária. Entidade civil que não se qualifica, no contexto em exame, como sujeito passivo das condutas delituosas que imputou aos querelados, achando-se excluída, por isso mesmo, do rol (que é taxativo) daqueles ativamente legitimados ao exercício da queixa subsidiária (CPP, art. 29, c/c os arts. 30 e 31, c/c o art. 3º, a, do CPPM). A questão do sujeito passivo nos crimes militares e o tema dos delitos castrenses de dupla subjetividade passiva. Inaplicabilidade, à espécie, de regras inscritas na Lei da Ação Civil Pública e no Código de Defesa do Consumidor, para efeito de reconhecer-se, quanto à Febracta, a sua qualidade para agir em sede de queixa subsidiária. Inexistência, no ordenamento positivo brasileiro, da ação penal popular subsidiária.” (Pet 4.281, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 10-8-2009, DJE de 17-8-2009.)
	STJ 3aS
	451
	Crime contra integrante das Forças Armadas - Justiça Militar da União
	Crime praticado por militar estadual contra militar integrante das Forças Armadas, nas dependências sujeitas à administração exclusiva das Forças Armadas, fica nítida a ofensa aos interesses das Forças Armadas, a justificar a competência da Justiça Militar da União, inclusive se o crime tiver sido doloso contra a vida.
	STF 2aT
	596
	Competência - Jutiça Militar
	O cometimento do delito militar por agente civil, em tempo de paz, dá-se em caráter excepcional. É incompetente a justiça castrense para o julgamento de civis suspeitos de realizar “pichações” em edifício residencial sob a administração militar, quando ausente vontade dos pacientes de se contraporem às Forças Armadas ou de impedir a continuidade de eventual operação militar ou atividade genuinamente castrense.
	STF Transcrição
	617
	Competência – Tribunal Militar – Julgamento de Civil
	Transcrição da decisão do Min. Celso de Mello reconhecendo a excepcionalidade da competência penal da Justiça Militar da União para julgar réu civis em tempo de paz. Caráter anômalo da submissão de civis, notadamente em tempo de paz. O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem entendido, em casos idênticos ao ora em análise, que não se tem por configurada a competência da Justiça Militar da União, em tempo de paz, tratando-se de réus civis, se a ação eventualmente delituosa, por eles praticada, não afetar, de modo real ou potencial, a integridade, a dignidade, o funcionamento e a respeitabilidade das instituições militares.
-relevante sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos (“CASO PALAMARA IRIBARNE VS. CHILE”, DE 2005): determinação para que a República do Chile, adequando a sua legislação interna aos padrões internacionais sobre jurisdição penal militar, adote medidas com o objetivo de impedir, quaisquer que sejam as circunstâncias, que “um civil seja submetido à jurisdição dos tribunais penais militares (...).” 
	STF 2aT
	630
	Competência - Falsidade - Justiça Federal
	incompetência da justiça militar para processar e julgar acusado pela suposta prática do crime de falsificação documental, relativo a condutas atentatórias à fiscalização exercida pelo Serviço Regional de Aviação Civil - Serac. Inicialmente, destacou-se a excepcionalidade da jurisdição militar para processamento de práticas delituosas cometidas por civil em tempo de paz, consubstanciada na interpretação restritiva do art. 9º do CPM. Entendeu-se, ademais, que não se vislumbraria, diante da conduta atribuída ao paciente, qualquer ofensa aos bens jurídicos associados àquela justiça especializada. Salientou-se que o Serac integraria a Administração Direta da União, o que determinaria a competência da justiça federal para apreciação do caso, consoante o art. 109, IV, da CF.
	STF 2aT
	630
	Competência - Justiça Federal
	competência da justiça federal para processar e julgar a ação penal na hipótese de agente que influenciou outro militar a formular representação por crime de abuso de autoridade, em Procuradoria da República, contra os oficiais responsáveis pela decretação do acautelamento daqueloutro.
	STJ 3aS
	483
	Competência - Jutiça Militar
	Oferecer vantagem indevida a servidor da JustiçaMilitar da União com intuito de que deixasse de praticar ato de ofício (citação) constitui crime militar para tornar a justiça castrense competente para o julgamento do respectivo processo.
	STF 1aT
	655
	Militar em folga
	Compete à JUSTIÇA COMUM processar e julgar crime praticado por militar contra militar quando ambos estiverem em momento de folga. 
	STJ 3aS
	496
	Competência - Jutiça Militar
	Análise de situações concretas - Juízo competente:
Militar, no exercício de sua função, pratica lesão corporal contra vítima civil - Justiça Militar. 
Militar, no exercício de sua função, pratica tentativa de homicídio contra vítima civil - Justiça Comum Estadual (salvo se foi praticado em ação militar de abate de aeronave – art. 303, CBA). 
Militar, no exercício de sua função, pratica tentativa de homicídio ou homicídio contra vítima civil ao abater aeronave hostil (Lei do Abate (art. 303 do CBA) - Justiça Militar. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	JUSTIÇA ESTADUAL
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 42
	Competência - JE - SEM
	SÚMULA 42 STJ
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.
➔literalidade do art. 109, I da CF menciona apenas autarquia e empresa pública, mas silencia quanto às sociedades de economia mista.
	STJ
	Súm 38
	Competência - JE - Contravenções
	SÚMULA 38 STJ
Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.
➔CONTRAVENÇÕES - justiça federal não julga contravenções. [mesmo que seja conexo]
-a única exceção seria no caso de foro por prerrogativa de função. [ex.: quando praticado por juiz federal]
	STJ
	Súm 91
	Competência - JE - Crime contra a fauna
	Súmula 91 STJ [Cancelada]
Compete a Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra a fauna.(*)
Obs.: atualmente, a competência para tais delitos, em regra, é da Justiça Estadual.
	STJ
	Súm 140
	Competência - JE - Índio
	SÚMULA 140 STJ
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vitima.
	STJ
	Súm 104
	Competência - JE - Falsificação e uso - Documento relativo a estabelecimento escolar
	SÚMULA 104 STJ
Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.
➔FALSIFICAÇÃO DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR
-STJ – diploma de estabelecimento particular de ensino ⇨ competência da JUSTIÇA ESTADUAL. [SÚMULA 104 STJ]
-STF - entende que, se for curso superior, a competência será da JUSTIÇA FEDERAL. Seria interesse do MEC na fiscalização.
	STJ
	Súm 172
	Competência - JE - Abuso de autoridade
	SÚMULA 172 STJ
Compete à Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço.
	STJ
	Súm 6
	Competência - JE - acidente de trânsito envolvendo viatura militar
	SÚMULA 6 STJ
Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar delito decorrente de acidente de trânsito envolvendo viatura de polícia militar, salvo se autor e vitima forem policiais militares em situação de atividade.
	STJ
	Súm 75
	Competência - JE - Policial militar - fuga de preso
	SÚMULA 75 STJ
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar o policial militar por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de estabelecimento penal.
	STJ - 3aS
	402
	Crime cometido no exterior - Justiça Estadual
	No caso de crime cometido no exterior, mas sujeito à aplicação da lei penal brasileira (art. 7 CP), não há de se falar em competência da Justiça Federal, visto que não há fase do iter criminis praticado no Brasil. Fixa-se a competência pelo domicílio do réu nesses casos.
	STJ
	Súm 107
	Competência - JE - Falsificação de guia de recolhimento de contribuição previdenciária
	Súmula 107 STJ
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato praticado mediante falsificação das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não ocorrente lesão à autarquia federal.
	STJ
	Súm 62
	Competência - JE - Falsa anotação na CTPS
	Súmula 62 STJ
Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na carteira de trabalho e previdência social, atribuído à empresa privada.
	STJ
	Súm 191
	Competência - Execução Penal - Condenado na JF cumprindo pena na JE
	Súmula 192 STJ
Compete ao juízo das execuções penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual.
	STJ - 3aS
	436
	Ausência de anotação na CTPS - JE
	Compete à Justiça estadual processar e julgar o crime de ausência de anotação na CTPS.
	STJ - 3aS
	455
	COMPETÊNCIA - ANOTAÇÃO - CTPS
	A Seção entendeu que não há qualquer prejuízo a bem, serviços ou interesses da União, senão por via indireta ou reflexa. Apenas ao trabalhador interessa o reconhecimento expresso em sua carteira de trabalho de determinada atualização contratual, para que, posteriormente, possa pleitear eventuais direitos. No caso, não houve suspensão de imposto ou de contribuição social, pois esses só são devidos quando há efetiva anotação na CTPS. Aplicou-se a Súm. n. 62-STJ, determinando a competência da Justiça estadual para processar e julgar o crime do art. 297, § 4º, do CP (falsificação de documento público).
	STJ - 3aS
	CC 40646
	Contravenção penal - Conexão - JE x JF
	A competência para o processo e julgamento de contravenções penais é sempre da Justiça Estadual, a teor da Súmula 38/STJ. Deve ser mantida perante o Juízo estadual a ação de busca e apreensão tendente à apuração de suposta contravenção penal e, perante o Juízo Federal, a medida relativa à investigação de eventual crime de contrabando.
É entendimento pacificado por esta Corte o de que as contravenções penais são julgadas pela Justiça Comum Estadual, mesmo se cometidas em detrimento de bens, serviços ou interesses da União ou de suas entidades. Súmula n.º 38 desta Corte. 2. Até mesmo no caso de conexão probatória entre contravenção penal e crime de competência da Justiça Comum Federal, aquela deverá ser julgada na Justiça Comum Estadual. Nessa hipótese, não incide o entendimento de que compete à Justiça Federal processar e julgar, unificadamente, os crimes conexos de competência federal e estadual (súmula n.º 122 desta Corte), pois tal determinação, de índole legal, não pode se sobrepor ao dispositivo de extração constitucional que veda o julgamento de contravenções por Juiz Federal (art. 109, inciso IV, da Constituição da República). Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido. Mantida a decisão em que declarada a competência do Juízo de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de Florianópolis/SC para o julgamento da contravenção penal prevista no art. 68, do Decreto-Lei n.º 3.688, de 3 de outubro de 1941. (AgRg no CC 118.914/SC, Rel. Ministra LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe 07/03/2012)
	STJ - 3aS
	402
	Roubo (art. 157, CP) - Casa Lotérica / Correio - JE
	O roubo ocorrido em casa lotérica, estabelecimento de pessoa jurídica de direito privado permissionária de serviço público, não caracteriza hipótese de competência da Justiça Federal, pois inexiste detrimento de bens, serviços ou interesses da União e suas entidades. O mesmo entendimento foi dado pela 6aT no Info 441 em relação a uma agência dos Correios onde apenas patrimônio do franqueado foi atingido.
	
	
	Roubo (art. 157, CP) - Correios - Agência
	
	STJ
	Súm 73
	Estelionato (art. 171, CP) - Moeda grosseiramente falsificada - JE
	Súmula 73 STJ
A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da justiça estadual.
	↳FALSIFICAÇÃO GROSSEIRA [crime de estelionato]: competência da JUSTIÇA ESTADUAL.
	↳SECARACTERIZAR CRIME DE MOEDA FALSA: competência da JUSTIÇA FEDERAL.
Falsificação de moeda que não existe (ex.: nota de R$ 3,00) -> crime impossível.
	STJ - 6aT
	441
	Falsificação de Documento - Expedição por órgão federal - Prejuízo somente para particular - JE
	A falsificação de documento expedido por órgão federal quando cause prejuízo tão somente a particular não é capaz de atrair a competência da JF.
	STJ – 3aS
	400
	Documento falso (art. 304, CP) - Obtenção de Visto - JE
	O uso de documento falso e declaração de IR falsa para obtenção de Visto é crime sujeito à competência da Justiça Estadual, tendo em vista que não há prejuízo a bem, serviço ou interesse da União.
	STJ - 3aS
	402
	Violência Doméstica L 11.340/06 - Contravenção Penal - Justiça Comum e não Juizado
	Ainda que se trate de contravenção penal, é competente o juízo de Direito da Vara Criminal, e não o do Juizado Especial, pois inaplicável a Lei n. 9.099/1995 aos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.
	STJ 5aT
	457
	COMPETÊNCIA - CRIME - POLICIAL FEDERAL
	Compete à Justiça Federal o julgamento dos delitos cometidos por policiais federais que estejam fora do exercício de suas funções, mas utilizem farda, distintivo, identidade, arma e viatura da corporação.
	STJ - 3aS
	CC 99133
	Competência - Crime de divulgação de cenas pornográficas pela internet - JEstadual
	Nem todo crime do art. 241-A do ECA ("Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa) é da alçada da Justiça Federal. Por exemplo, se a divulgação se der entre duas pessoas residentes no Brasil (troca de emails pornográficos, por exemplo), o crime será da Justiça Estadual. Nesse sentido, confira-se o entendimento do STJ: “Comprovado que o crime de divulgação de cenas pornográficas envolvendo criança não ultrapassou as fronteiras nacionais, restringindo-se a uma comunicação eletrônica entre duas pessoas residentes no Brasil, a competência para julgar o processo é da Justiça Estadual”. 
Atenção: Despontará, no entanto, a competência federal em caso de publicação via internet, haja vista o acesso que se dá em qualquer parte do mundo, o que evidencia a transnacionalidade do delito (CF, art. 109, V).
	STF
	Súm 498
	Competência - Crime contra a economia popular
	SÚMULA 498 STF
Compete à justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular.
	 
	Questão TRF1
	Crime contra a ordem econômica
	B) A prática de crimes de abuso contra a ordem econômica e a relação de consumo, especificamente na prestação de serviços e na venda de produtos, mediante ajuste ou acordo entre as empresas para a formação de eventual monopólio, ofende bens jurídicos tutelados diretamente pela União, como a ordem econômica, de forma exclusiva, e ao consumidor, na modalidade concorrente, nos termos expressos da CF, e são, na forma da jurisprudência dos tribunais superiores, de competência da justiça federal.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-Crime contra a ordem econômica (art. 4º, I, a, Lei 8.137/90) – competência JE.
	 
	Questão TRF1
	Usurpação de função pública - Fiscal da Receita Federal
	C) À justiça federal compete conhecer, processar e julgar eventual infração penal de pessoa que se apresente ao gerente de banco privado, na condição de auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, e solicite ao funcionário informações acerca de movimentações bancárias de determinado cliente, dada a ocorrência de usurpação de função pública federal e de tentativa de lesar sigilo bancário, com dupla ofensa, portanto, aos bens jurídicos tutelados pela União federal.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-crime de usurpação de função pública federal (agente se passou por auditor fiscal da Receita Federal) – interesse genérico e reflexo da União – competência da JE
CC 101196 PR - STJ
PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME DE USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA. ACUSADO QUE SE PASSA POR FISCAL DA RECEITA FEDERAL PARA OBTER VANTAGEM DE TERCEIROS. INTERESSE GENÉRICO E REFLEXO DA UNIÃO. PREJUÍZO SUPORTADO PELOS PARTICULARES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DO EFETIVO PREJUÍZO PARA A UNIÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. CONFLITO REMANESCENTE ENTRE JUÍZO COMUM ESTADUAL E JUIZADO ESPECIAL. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRECEDENTE DO STF. CONFLITO NÃO-CONHECIDO E REMESSA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ.
	STJ 3aS
	495
	INJÚRIA - INTERNET
	O crime de INJÚRIA, praticado por meio da INTERNET, ainda que em páginas internacionais, como o Orkut e o Twitter, é de competência da JUSTIÇA ESTADUAL. O simples fato de o crime ser praticado pela internet não atrai a competência da Justiça Federal. O crime cometido pela internet só será de competência da Justiça Federal se estiver presente uma das hipóteses previstas nos incisos IV (bem, serviço ou interesse da União) ou V (tratados e convenções internacionais) do art. 109 da CF/88. 
Cuidado! Divulgação de imagens pornográficas de crianças e adolescentes em página da internet: 
STJ - competência da JUSTIÇA FEDERAL, ainda que não haja prova do acesso no exterior (CC 111.338-TO); 
STF - competência da JUSTIÇA FEDERAL caso seja comprovado o acesso no exterior; ou seja, o ato de apenas publicar, sem a comprovação cabal do acesso, não atrai a competência da JF (HC 86.289).
Contudo, simples troca, por e-mail, de imagens pornográficas de crianças entre duas pessoas residentes no Brasil: competência da JUSTIÇA ESTADUAL (não há transnacionalidade). 
	STJ 3aS
	499
	Crime ambiental - transportador - mercadorias da Marinha
	Em regra, cabe à Justiça Estadual processar e julgar os crimes contra o meio ambiente, excetuando-se apenas os casos em que se demonstre interesse jurídico direto e específico da União, suas autarquias e fundações. 
Se uma transportadora, contratada pela Marinha, faz o transporte irregular de carga tóxica e comete o crime do art. 56 da Lei n. 9.605/98, este delito será de competência da Justiça Estadual porque, embora a Marinha fosse a proprietária do material transportado, é de se reconhecer que eventual interesse do ente federal estaria restrito à existência de irregularidades no contrato de transporte pactuado. 
	STJ 3aS
	CC 120843
	
	1. A conduta investigada nos presentes autos diz respeito à apreensão de medicamento sem registro no órgão de vigilância sanitária competente, que corresponde, em tese, ao crime tipificado no art. 273, § 1.º-B, inciso I, do Código Penal.
2. Segundo a orientação firmada neste Superior Tribunal de Justiça, não havendo indícios de internacionalidade do produto, como verificado na hipótese dos autos, compete à Justiça Comum Estadual o processamento e o julgamento do feito. Precedentes.
4. Conflito conhecido para declarar a competência da Justiça Comum Estadual. (STJ, Terceira Seção, CC 120843, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe de 27/03/2012)
	STJ 3aS
	CC 122195
	Extinção punibilidade crime comp. federal - remessa para o estadual
	entendeu o STJ que, em ação penal na qual o réu é acusado de praticar os crimes de apropriação indébita previdenciária (CP, art. 168-A, de competência da Justiça Federal - CF, art. 109, IV) e de estelionato (CP, art. 171, de regra da competência da Justiça Estadual - valendo notar, por oportuno, que o caso em nenhum momento dizia que efetivamente o estelionato tivesse sido cometido contra a União, suas autarquias ou empresas públicas, que pudesse indicar a competência da Justiça Federal para esse específico delito), a extinção da punibilidade quanto ao delito que atraía a competência da Justiça Federal (CP, art. 168-A) faz com que o Juiz Federal deva declinar da sua competência para a Justiça Estadual, competente para processar e julgar o crime de estelionato, particularmente quando, repita-se, não havia indicação alguma de quetal delito houvesse sido praticado contra o patrimônio, serviços ou interesses (diretos) da União, suas autarquias ou empresas públicas federais (CF, art. 109, IV). - 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	JUSTIÇA FEDERAL
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 112
	Competência - JF - Crime da JE conexo com crime da JR
	Súmula 122 STJ
Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, "a", do Código de Processo Penal.
	STJ
	Súm 147
	Competência - JF - Servidor público federal (vítima ou agente)
	SÚMULA 147 STJ
Compete à justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.
	STJ
	Súm 165
	Competência - JF - Falso testemunho perante a Justiça do trabalho
	SÚMULA 165 STJ
Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso testemunho cometido no processo trabalhista.
	STJ – 3aS
	400
	(art. 109, IV, CF) - Remoção de Tecidos - JF
	Conexão probatória ou instrumental entre os delitos de homicídio, de competência estadual, com os crimes de remoção de tecidos e órgãos, de competência federal, devido ao interesse da União, por ser ela gestora do Sistema Nacional de Transplante e organizadora da lista única nacional. Se a remoção dos órgãos foi consequência da ação de homicídio, que é a ação principal, estabelecer-se-á a competência do juízo estadual.
	STJ 5aT
	438
	(art. 109, IV, CF) - Crime praticado por servidor público Federal - JF
	Dá-se na Justiça Federal a apuração de crime praticado por funcionário público federal no exercício de suas atribuições funcionais.
	STF 2aT
	559
	(art. 109, IV, CF) - Irregularidade no repasse de verba pela União - SUS - JF
	Compete à Justiça Federal o processamento de ação penal em que se apure eventual irregularidade no repasse de verbas pela União a unidade federativa por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS. Tendo em conta o envolvimento de Secretário de Estado, a competência seria atraída para o TRF.
	STJ 5a T
	Info 464
	(art. 109, IX, CP) - Delito cometido em Aeronave - No solo - JF
	 A Turma decidiu que não há falar em qualidade da empresa lesada diante do entendimento jurisprudencial e do disposto no art. 109, IX, da CF/1988, que afirmam a competência dos juízes federais para processar e julgar os delitos cometidos a bordo de aeronaves, independentemente de elas se encontrarem no solo. 
	STJ 3aS
	451
	(art. 109, XI, CP) - Índio - Disputa de direitos de interesse da comunidade indígena - único índio como vitima - JF
	é irrelevante que tenhamos um índio apenas como vítima ou autor do fato, pois, desde que o mote do crime seja a disputa de direitos que interessam a toda a coletividade ou comunidade indígena, a competência será da Justiça Federal (Súmula nº 140 do STJ - Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima).
	STF 2aT
	524
	Redução à condição análoga de escravo (art. 149, CP) - JF
	É da competência da justiça federal o julgamento de condutas que violam bens jurídicos que extrapolam os limites da liberdade individual e da saúde dos trabalhadores reduzidos à condição análoga à de escravo, malferindo os princípios da dignidade da pessoa humana e da liberdade do trabalho.
	STJ
	436
	Uso de documento falso (art. 304, CP) - Passaporte falso -JF
	STJ reafirmou seu entendimento de que compete à JF (109, IV) julgar o crime de uso de passarporte falso (art. 304, CP).
	STJ 3aS
	457
	COMPETÊNCIA. DOCUMENTO FALSO. HABILITAÇÃO
	declarou competente para o julgamento do feito a Justiça Federal, ao entendimento de que, não obstante o objeto da falsificação seja carteira de habilitação de arrais amador, cuja emissão é realizada pela Marinha do Brasil, órgão integrante das Forças Armadas, a hipótese não atrai a competência da Justiça Militar. Observou-se que se trata de delito de falso cometido por sujeito ativo civil que apresentou a documentação quando instado para tanto no ato de fiscalização naval. Contudo, conforme dispõe o art. 21, XXII, da CF/1988, a execução de polícia marítima é da competência da União e exercida pela Polícia Federal (art. 144 do mesmo texto constitucional).
	STJ 5aT
	379
	Descaminho (art. 334, CP) - JF
	Introdução no país de CDS Piratas e CDS Virgens (esses últimos sem pagamento de tributos) caracteriza violação de direitos autorais (184 p.2 CP) e descaminho (334 CP) em concurso material, com a competência da Justiça Federal para o processamento.
	STJ 3aS
	436
	Tortura (L 9.455/97) - Praticado e Delegacia Federal - JF
	Se alguém é torturado em uma delegacia da Polícia Federal, a competência para julgamento é da Justiça Federal, ainda que os acusados sejam policiais militares. A Lei 9.455/97 tipifica também a conduta omissiva daqueles que possuem o dever de evitar a conduta criminosa (art. 1º, I, a, § 2º). (lembrando que a J. Militar só julga os crimes que estão no CPM, o que não é o caso)
	STJ 3aS
	476
	Crimes Ambientais - Unidade de conservação ambiental - JF
	pesca sem autorização mediante petrechos proibidos praticada em área adjacente à unidade de conservação federal. Assim, vislumbra-se prejuízo à União, autarquia ou empresa pública federais a ponto de determinar a competência da Justiça Federal para seu processo e julgamento.
	STJ 3aS
	474
	art. 55, L 9.605/98 - extração ilegal - Bem da União - JF
	observou não ser pacífica a jurisprudência quanto à fixação da competência para o julgamento do delito de extração de recursos minerais sem autorização. Assim, com esse julgamento, com base no voto da Min. Relatora, reafirmou-se o posicionamento de serem mais adequados perante a CF/1988 e a posição do STF os acórdãos do STJ segundo os quais, para definir a competência do julgamento, não basta analisar o local da prática dos crimes contra os recursos minerais (previstos no art. 55 da Lei n. 9.605/1998). Isso porque os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União, como, expressamente e sem ressalva, prevê o inciso IX do art. 20 da CF/1988. Por essa razão, assevera só se poder concluir que os delitos relativos aos recursos minerais, por estes serem bens da União, são da competência da Justiça Federal.
	 
	Questão TRF1
	Crime de Transporte de Recursos Minerais - JF
	E) Constitui crime da competência da justiça federal o transporte de recursos minerais, como de pedras preciosas e semipreciosas, tais como topázio, turmalina, quartzo, entre outras, sem a correspondente documentação e autorização legal, sendo o delito previsto na lei dos crimes contra a ordem econômica e o sistema de estoque de combustíveis, por ser patrimônio da União, conforme disposto na CF, não se exigindo condição específica ou de procedibilidade para a persecução penal em juízo.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-transporte de recursos minerais – competência da justiça federal, 
Lei 8.176/91 Art. 2° Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpacão, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo. Pena: detenção, de um a cinco anos e multa. 
§ 1° Incorre na mesma pena aquele que, sem autorização legal, adquirir, transportar, industrializar, tiver consigo, consumir ou comercializar produtos ou matéria-prima, obtidos na forma prevista no caput deste artigo.
- CC 116.220/DF – STJ 3aS - competência da JF
	 
	Questão TRF1
	Quebra do sigilo bancário
	quebra de sigilo bancário – competência da JF
CC 86558 / TO – STJ 3aS
2. A lei que define os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (Lei 7.492/86) previu expressamente, em seu art. 26, a competência da Justiça Federal para processar e julgar os crimes nela elencados.
3. A LC 105/2001, em seu art. 10, não estabeleceu nova conduta ilícita a exigir nova definição da competência, mas apenas regulamentou as hipóteses de quebra de sigilo bancário previstas no art. 18 da Lei

Outros materiais