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QUESTIONÁRIO DE SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA [COMPLETO E POR TÓPICOS]

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SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 
QUESTIONÁRIO COMPLETO E POR TÓPICOS- CIVIL- V2
01. DO TESTAMENTO
É um ato gratuito, personalíssimo, unilateral, solene, formal e revogável pelo qual alguém dispõe no todo ou em parte de seu patrimônio para depois de sua morte; O testamento serve também para a nomeação de tutores, reconhecimento de filhos, deserdação de herdeiros, revogação de testamentos anteriores e outras declarações de última vontade; O testamento é ato unilateral e individual, não podendo ser feito em conjunto com outra pessoa (é nulo o testamento conjuntivo); É ato personalíssimo, podendo ser revogado; Por ser um negócio jurídico, requer para a sua validade agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei; É um negócio jurídico que requer inúmeras solenidades/formalidades; Caso não sejam observadas, será considerado nulo; Também é necessária a análise da capacidade testamentária ativa e passiva- A capacidade testamentária ativa, é a capacidade para fazer o testamento. O Art. 1.860, CC., estabelece que estão impedidos/incapazes de testar: os menores de 16 anos; os desprovidos de discernimento (ex.: os que não estiverem em perfeito juízo, surdos-mudos, que não puderem manifestar a sua vontade, etc.) e a pessoa jurídica; Os capazes de testar são: o cego, o analfabeto, o pródigo, o falido, etc. Os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, apesar de relativamente incapazes, podem testar, mesmo sem a assistência de seu representante legal; A incapacidade posterior à elaboração do testamento não o invalida- A capacidade para testar deve existir no momento em que o testamento é feito, pois a incapacidade superveniente não invalida o testamento eficaz; O testamento do incapaz não pode ser convalidado com a superveniência da capacidade; A capacidade testamentária passiva é a capacidade para adquirir por testamento. Rege-se pela regra genérica de que são capazes todas as pessoas, físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, maiores ou menores, existentes ao tempo da morte do testador; (Não podem ser contemplados por testamento as coisas inanimadas, os animais e as entidades místicas. Se o beneficiário do testamento já morreu (pré-morto), a cláusula é considerada caduca.); São absolutamente incapazes de adquirir por testamento: Os indivíduos não concebidos (o nascituro possui capacidade, pois já foi concebido) até a morte do testador, salvo se a disposição deste se referir à prole eventual de pessoas por ele designadas e existentes ao abrir-se a sucessão; As pessoas jurídicas de direito público externo relativamente a imóveis situados no Brasil; São relativamente incapazes para adquirir por testamento, proibindo que se nomeiem herdeiros ou legatários; A pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, seu cônjuge, seus ascendentes, descendentes, e irmãos; As testemunhas do testamento; O concubinário (amante) do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 05 anos; O tabelião, civil ou militar, o comandante, ou escrivão, perante o qual se fizer, assim como o que fizer, ou aprovar o testamento. Quanto às Restrições do testamento: O testador não pode dispor de mais da metade dos bens havendo herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge sobrevivente), salvo, se estes forem deserdados. As disposições testamentárias que excederem +de 50%/à metade disponível para os herdeiros necessários serão reduzidas ao limite dela. (Reduzem-se também as doações feitas em vida, que atingiram a legítima dos herdeiros necessários (são chamadas doações inoficiosas.)); Ademais, há de se especificar, que um testamento pode ser revogado por outro, total ou parcialmente, salvo no caso do codicilo que por ser menos informal, não revoga um testamento.
02. DA CAPACIDADE DE TESTAR- 1860 a 1861
A capacidade testamentária ativa, é a capacidade para fazer o testamento. O Art. 1.860, CC., estabelece que estão impedidos/incapazes de testar: os menores de 16 anos; os desprovidos de discernimento (ex.: os que não estiverem em perfeito juízo, surdos-mudos, que não puderem manifestar a sua vontade, etc.) e a pessoa jurídica; Os capazes de testar são: o cego, o analfabeto, o pródigo, o falido, etc. Os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, apesar de relativamente incapazes, podem testar, mesmo sem a assistência de seu representante legal; A incapacidade posterior à elaboração do testamento não o invalida- A capacidade para testar deve existir no momento em que o testamento é feito, pois a incapacidade superveniente não invalida o testamento eficaz; O testamento do incapaz não pode ser convalidado com a superveniência da capacidade
03. DAS FORMAS/ESPÉCIES ORDINÁRIAS DE TESTAMENTO- 1862 e 2863
a) público; b) cerrado e c) particular + o codicilo
04. QUAIS AS FORMAS DE TESTAMENTO? (TODOS) 
1. ORDINÁRIO: público, cerrado e particular (1.862 a 1880); este pode ser usado pelas pessoas capazes em qualquer condição;
2. ESPECIAL: marítimo, militar e aeronáutico (1.886 a 1896); de caráter provisório, feitos em situações de emergência.
3. CODICILO (1881 a 1885)- declaração de efeitos/objetos limitados; mais informal que o testamento- Escrito, datado e assinado por uma pessoa capaz de testar; É um “testamentozinho”/carta/ pequeno registro deixado pelo de cujus, com poucas formalidades; feito por ato de última vontade por quem tem capacidade para testar; Não precisa de testemunhas; Pode ser aberto ou fechado; Pode versar sobre bens patrimoniais e extrapatrimoniais; Trata de bens de pequeno valor (1.881) da nomeação de testamenteiro (que vai cumprir o testamento), do reconhecimento de um filho, da deserdação de outro filho, do perdão do indigno ou da encomenda de missas (1.998). Um novo codicilo revoga o anterior (de forma expressa ou tácita) Um testamento pode revogar um codicilo, mas um codicilo não pode revogar um testamento. 
05. Test. PÚBLICO- 1864 a 1867
O mais utilizado da classe dos ordinários; Feito pelo tabelião, em seu livro de notas, de acordo com a vontade manifestada do testador e lido pelo mesmo tabelião ao testador e duas testemunhas, sendo por todos assinado; Pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, ou pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma; Vantagens: mais seguro contra destruição/extravio/ modificação e possui menos chances de ser anulado por não cumprir requisitos legais, pois é registrado em cartório pelo tabelião; Precisa de duas testemunhas para ser validado; Não precisa ser confirmado pelo juiz, pois o tabelião possui autoridade para confirmá-lo; pode ser feito por qualquer pessoa capaz de testar. Desvantagens: é pago (o cartório cobra para redigir o testamento); é aberto/ público (todos podem ficar sabendo seu conteúdo); somente pode ser feito em língua nacional; Deve ser lido em voz alta, por isso é recomendado para os analfabetos, surdos-mudos e cegos; Se o testador não souber, ou não puder assinar (analfabeto), o tabelião ou seu substituto legal assim o declarará, assinando, neste caso, pelo testador, junto com uma das testemunhas instrumentárias; O inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, se não souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas; Ao cego só se permite o testamento público, que será lido em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas designadas pelo testador; REQUISITOS ESSENCIAIS PARA A REALIZAÇÃO-1864: a) Ser escrito pelo tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas; b) A escrituração é feita de acordo com as declarações do testador; c) O testador deve estar acompanhado de 2 (duas) testemunhas, presentes do inicio ao fim.
06. Test. CERRADO/SECRETO/ MÍSTICO - 1868 a 1875
Menos procurado; escrito pelo próprio testador ou por alguém a seu mando, e que somente ele conhece o seu conteúdo; será válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto legal; A escrita pode ser mecânica, desde que todas as folhassejam numeradas e assinadas; Pode ser escrito em língua nacional ou estrangeira, desde que todos entendam; Vantagens: Seu conteúdo não é de conhecimento público, somente ele saberá o que consta nele, e as outras após ser aberto; Pode ser feito pelo surdo-mudo, desde que o escreva todo (não se admite meio mecânico para ele), e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede.; Desvantagens: analfabeto e cego não pode fazer test. cerrado; risco de erros legais na sua redação; risco de ser anulado caso seja aberto por alguém antes da morte do testador; somente será aberto pelo juiz, após a morte do testador, sendo necessário busca e apreensão do documento, pois no cartório de notas consta apenas o auto de aprovação; Se for rompido o lacre por algo/alguém, antes da morte do testador, será declarado nulo; SUAS FORMALIDADES: I - que o testador o entregue ao tabelião em presença de duas testemunhas; II - que o testador declare que aquele é o seu testamento e quer que seja aprovado; III - que o tabelião lavre, desde logo, o auto de aprovação, na presença de duas testemunhas, e o leia, em seguida, ao testador e testemunhas; IV - que o auto de aprovação seja assinado pelo tabelião, pelas testemunhas e pelo testador; Falecido o testador, ele será apresentado ao juiz, que o abrirá e o fará registrar, ordenando que seja cumprido, se não achar vício externo que o torne eivado de nulidade ou suspeito de falsidade.
07. TESTAMENTO PARTICULAR HOLÓGRAFO/PRIVADO- 1876 a 1880
Chamado por alguns doutrinadores de test. Hológrafo; Dispensa a presença de um tabelião, pode ser feito e guardado em casa, em um papel, desde que seja redigido de próprio punho pelo testador (ou por processo mecânico- datilografado ou digitado e impresso), e que não tenha rasuras ou espaços em branco, devendo todas as folhas serem assinadas pelo testador, depois de o ter lido na presença de 3 testemunhas, que em seguida o assinarão; Vantagens: Pode ser escrito em língua estrangeira, contanto que as testemunhas a compreendam; Qualquer pessoa capaz (capacidade testamentária), acima de 16 anos, que não seja absolutamente incapaz e não esteja sob influência de substância ou situação que coloque em dúvida sua capacidade pode fazer um; Desvantagem: alguém pode descobrir onde o documento está guardado e destruí-lo; Falecido o testador, publicar-se-á em juízo o testamento, com citação dos herdeiros beneficiados.
08. DO CODICILO- 1881 A 1885
“Testamentozinho”; Ato particular de última vontade; Menos solene (a lei não exige muita solenidade); Informal; Dispõe sobre assuntos de menor importância (ex: doações a pessoas certas e determinadas, despesas pequenas, nomear ou substituir testamenteiro, perdoar o indigno, etc.); Pode ser feito manualmente ou por processo eletrônico; Não há exigência de testemunhas; Pode ser revogado por um novo codicilo feito posteriormente/depois (“Um testamento pode revogar um codicilo, mas um codicilo não revoga um testamento”); O prazo para impugnar a validade do testamento ou do codicilo é de 5 anos contados da data do seu registro; Produz efeito com a morte.
09. DO TESTAMENTO ESPECIAL- 1.886 a 1896
Provisório(feito em situação de emergência); Solene; Feito perante 2 testemunhas e o escrivão de bordo; Mesmas regras/formalidades do testamento público; Testamento Marítimo e Aeronáutico- consiste na declaração de vontade feita a bordo de navios ou aeronaves de guerra ou mercantes, em viagem de alto mar. Deve ser lavrado pelo comandante ou escrivão de bordo perante duas testemunhas idôneas; Testamento Militar- é a declaração de última vontade feita por militares e demais pessoas a serviço do exército em campanha, dentro ou fora do país. Deve ser escrito por autoridade militar, na presença de duas testemunhas. Admite a forma nuncupativa, isto é, feita por pessoa ferida; neste caso, pode ser feito de viva voz na presença de duas testemunhas; Observação: se o testador não morrer na viagem ou na guerra, ele tem 90 dias, após o desembarque/em lugar onde possa testar na forma ordinária, o testamento perde a validade/caducará; Registro, Arquivamento e Cumprimento- Após a morte do testador, o testamento deve ser apresentado ao Juiz que o mandará registrar, arquivar e cumprir, se não houver vício externo que o torne suspeito de nulidade ou falsidade. Depois de efetuado o registro, o mérito das disposições testamentárias será examinado no inventário ou em ação ordinária própria.
09. DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS- 1897 a 1911
O testamento possui um negócio jurídico diferenciado, sui generis e especial, com preceitos específicos do CC/02; No direito brasileiro predomina o Princípio da Autonomia da vontade- que a maneira que o testador dispor será absoluta quanto aos bens- desde que não estejam contra a lei ou os princípios morais; O testamento podem conter disposições patrimoniais ou extrapatrimoniais (pessoais)- patrimoniais versam sobre os bens/patrimônio e as extrapatrimoniais/pessoais- nomear herdeiro ou legatário, reconhecer um filho, nomear um tutor, etc; POSSÍVEL ao testador- deixar um legado em favor de pessoa incerta que deve ser determinada por terceiro dentre 2 ou mais; deixar bens para um terceiro em troca dos serviços prestados a este pela doença de que faleceu; dispor em relação aos pobres/entidades, além de impor condições sobre os bens, de que enquanto não forem atendidas, o bem não se transmitirá ao respectivo herdeiro (ex: um herdeiro testamentário receberá o bem quando colar grau em curso superior.); opor um encargo, em favor de terceira pessoa, ou da sociedade em geral, etc.; opor ônus sobre os bens que serão herdados, como uma cláusula de incomunicabilidade, inalienabilidade e impenhorabilidade, desde que mencione um motivo para a aposição dessas cláusulas no testamento; NULA- NÃO É POSSÍVEL AO TESTADOR: a)deixar uma disposição para pessoa incerta/que não dá para averiguar quem é, b)que atribua a determinação de uma identidade a terceiro (a pessoa deve ser determinada/determinável) ou c)que deixe a arbítrio de outrem o valor do legado (essa atribuição cabe ao testador).
10. DO LEGADO- 1912 a 1922
É a disposição testamentária a título singular; “a atribuição de certo ou certos bens a outrem por meio de testamento e à título singular.”; Se assemelha a doação inter vivos; Nele o testador deixa a uma pessoa estranha/terceiro ou a um herdeiro legítimo, certo ou certos bens individualizados ou uma certa quantia em dinheiro. (ex: deixo a casa na rua tal para Maria); O objeto do legado dele ser lícito, possível determinado, economicamente apreciável e suscetível de alienação, pode ser presente ou futuro, determinado ou determinável, corpóreo ou incorpóreo, e nada obsta que incida sobre prestação de fazer ou de não fazer; As figuras do legado são: legante/testador, legatário/honrado- aquele que recebe por meio de testamento à título singular; Onerado- pessoa indicada pelo testador para transmitir a posse do legado ao legatário; Sublegatário (Sublegado)- Testador ordena que um herdeiro ou legatário entregue coisa de sua propriedade a outrem/um terceiro (não cumprindo, entender-se-á que este renunciou à herança ou ao legado). Prelegatário (Legado precípuo/Prelegado)- herdeiro legítimo (dis. test. universal) que também é beneficiado pelo legado (dis. test. singular); Pode ser das espécies: puro e simples, condicional, a termo, com encargo, etc.; Pode ser de: coisa comum, coisa singularizada, coisa localizada, quitação de dívida, alimento, usufruto, imóvel, et; Seus efeitos são: quanto à transmissão da propriedade e da posse, quanto à aceitação e renúncia do legado, entre outro; Caduca o legado por: alienação voluntária da coisa legada, perecimento ou evicção da coisa legada, indignidade do legatário, etc; Quanto à sucessão/substituição do legatário: Morrendo o legatário antes do testador, o legado será transferido aos herdeiros legítimos (1.788). Admite-se todavia o substitutodo legatário (1.947), embora testar seja raro, mais raro ainda é haver seu substituto; Como primeiro fundamental efeito do legado (1.923), desde a abertura da sucessão, com a morte do autor da herança, pertence ao legatário a coisa certa, existente no acervo. SALVO, se o legado estiver sob condição suspensiva. Como RESTRIÇÃO A TAL DIREITO, enuncia o 1923, §1º que, não se defere de imediato a posse direta da coisa ao legatário, nem ele pode entrar por autoridade própria. A posse imediata/corpórea sobre o bem deve ser atribuída em momento posterior, por decisão judicial no inventário, por ação reivindicatória ou por atribuição de um herdeiro. Ex: “Deixo meu apartamento na Vila Mariana para meu sobrinho João”- Então, com a minha morte receberá ele a propriedade do bem, mas não a sua posse direta/imediata; Aplica-se ao legado o princípio de saisine – por este princípio, a lei considera que, no momento da morte, o autor da herança transmite seu patrimônio, de forma íntegra, a seus herdeiros. Ou seja, o herdeiro obtém a aquisição e a posse dos bens no momento da morte do testador, a saisine (CC, art. 1.784), mas o legatário deve pedir o seu legado aos herdeiros, direito que surge na abertura da sucessão, pois não tem de imediato a posse da coisa legada. 
11. DO DIREITO DE ACRESCER- 1941 a 1946
Jus accrescendi; Na sucessão legítima ocorre quando da renúncia da herança (1.810). Na testamentária, “quando o testador contempla vários beneficiários (coerdeiros ou colegatários), deixando-lhes a mesma herança, ou a mesma coisa determinada e certa, em porções não determinadas, e um deles não puder (ex.: pré-morte, indignidade, renúncia, etc.) ou não quiser aceitá-la, , acrescendo-se sua parte aos demais.”; Princípios fundamentais: É decorrência da vontade presumida do testador; Verifica-se entre coerdeiros e colegatários, etc.; Requisitos: Falta de especificação da cotas/bens a serem recolhidos por cada um, ausência de nomeação de substituto para cada um dos beneficiários; Não vai haver direito de acrescer quando houver: distribuição dos bens com a quota que a cada um cabe, nomeação de substituo ao herdeiro/legatário constituído ou declaração de nulidade/anulabilidade da cédula testamentária; ex: A deixa uma cada em legado para B e C, vindo um deles a renunciar ou ser pré morto, declarado indigno ou renunciar ao legado. A sua fração ideal sobre o bem ficará para o outro, que acrescerá a cota em seu favor; Obs. Não haverá direito de acrescer se a cédula testamentária for declarada nula ou anulada, caso em que subsistirá a sucessão legítima (art. 1.788 CC).
12. DAS SUBSTITUIÇÕES E FIDEICOMISSO- 1.947 a 1.960
Feita em testamento; Evita a herança vacante; É a disposição testamentária na qual o testador indica uma pessoa para receber, no todo ou em parte, a herança ou o legado, falta de um herdeiro ou legatário, indicado em primeiro lugar ou após este. O testador, prevendo a hipótese de um herdeiro ou legatário não aceitar ou não poder aceitar a herança, nomeia-lhe substitutos e a substituição é a substituição de uma pessoa para recolher herança ou legado, na falta de herdeiro ou legatário; Ocorre com: o falecimento do beneficiado antes do testador; com a declaração de indignidade do beneficiado, com a incapacidade para suceder em testamento ou com a deserdação deste; Figuras: substituto- nomeado pelo testador para suceder em 2º grau; e substituído- que não quis ou não pôde RECEBER A HERANÇA; Requisitos: o substituto deve ter capacidade para ser instituído em 1º grau, no tempo da abertura da sucessão; Espécies- Vulgar/ Ordinária; simples/singular (nomeia um só substituto para um ou vários herdeiros ou legatários); coletiva/plural (2 ou mais substitutos são nomeados), recíproca, geral e particular.
13. DA DESERDAÇÃO- 1.961 a 1.965
Ato pelo qual o de cujus exclui da sucessão, mediante testamento com expressa declaração da causa, herdeiro necessário, privando-o de sua legítima, por ter praticado alguma conduta prevista na lei como causa de deserdação; Requisitos de Eficácia: Testamento válido (só pode haver deserdação por testamento), Existência de herdeiros necessários; Expressa declaração da causa prevista em lei; Causas: Deserdação dos descendentes por seus ascendentes (1.962): ofensa física, injúria grave; relações ilícitas com a madrasta ou padrasto; desamparo do ascendente, em alienação mental ou grave enfermidade; Deserdação dos ascendentes pelos descendentes (1.963): ofensa física; injúria grave; relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto com o marido ou companheiro da filha ou o da neta; desamparo do filho ou do neto com deficiência mental ou grave enfermidade; Efeitos: são pessoais, atingem o herdeiro excluído, como se ele morto fosse. Mas os seus descendentes herdam por representação, ante o caráter personalíssimo da pena civil; Ademais, a mera reconciliação do testador com o deserdado não gera ineficácia da deserdação. Deve ser realizada a o perdão do deserdado por testamento; Distinção entre Indignidade e Deserdação: A indignidade funda-se nas causas do 1.814, já a deserdação na vontade exclusiva do testador da herança, desde que fundada em motivo legal; A indignidade é própria da suc. legítima, mas alcança o legatário e a deserdação só opera na suc. testamentária.
14. DA REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS- 1966 a 1968
O CC consagra a tutela da suc. legítima com quota de 50% do patrimônio do testador/de cujus em favor de seus herdeiros necessários, e a outra metade disponível (os outros 50%) para quem ele quiser; O 1845 reconhece os descendentes, ascendentes e o cônjuge; Aquela que exceda os 50% da legítima/necessária, pode ser necessária a redução das disposições testamentárias, afim de não prejudicar a legítima; Como regra: se o testador dispor de um valor que exceda a quota parte necessária, somente será eficaz a sua metade, o remanescente permanecerá aos herdeiros legítimos, respeitada a ordem de vocação hereditária. Ou seja, se alguém dispor de 70% de seus bens em testamento, a disposição é eficaz apenas em 50%, em relação aos outros 20%, devem ser destinados aos herdeiros legítimos/necessários, o que pode ser efetivado por meio de uma Ação de Redução; Ademais, o fato do testador ter testado além do limite legal, não anula o testamento, bastando tão somente sua redução; O de cujus de maneira alguma pode, por arbítrio próprio, se furtar a transferir ao herdeiro necessário a Legítima a que este possui direito. Contudo, nada impede que o herdeiro necessário renunciar a herança, na conformidade da Lei.
15. DA REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO- 1969 a 1972
Funda-se no princípio da autonomia da vontade; constitui um ato unilateral de vontade, visando à extinção de um determinado ato ou negócio jurídico; O 1.969 assinala que o testamento pode ser revogado expressamente pelo mesmo modo e forma com que foi feito. Um testamento público ou cerrado pode ser revogado por um particular e vice-versa. Não é necessário que se utilize a mesma forma de anterior; A revogação pode ser: expressa- quando o testador fizer declarações de parte que já constava no testamento anterior e tácita- quando o testador fizer novas disposições que não correspondem às antigas; E ocorrer e: o testamento cerrado aparecer aberto e dilacerado; a coisa legada seja alienada 
16. DO ROMPIMENTO DO TESTAMENTO- 1973 a 1975
Dá-se em razão da ignorância de existência do herdeiro necessário ou de superveniência de herdeiro sucessível do testador; O testamento se rompe se o testador distribuiu os seus bens e não sabia que tinha tal herdeiro, pois não o conhecia e a solução é a de reduzir o testamento à parte disponível (1974 e 1975).
CAUSAS DE INEFICÁCIA DO TESTAMENTO:
Rompimento: (...)- quando aparecer descendente do testador e que este não conhecia no momento da feitura do testamento.
Caducidade do testamento: “quando embora válido o testamento, não puder produzir efeitos em razão de fato superveniente, alheio à vontade do testador.”- se o herdeiro nomeado falecer antes do testador ou de uma condiçãoimposta por este; se renuncia a herança ou o legado, etc.
Nulidade do testamento: “quando o testamento, em virtude de vício de origem, não satisfazer as condições que a lei declara indispensáveis à sua validade.”- incapacidade do testador; inobservância da lei, etc. 
Revogação do testamento: (...)- total- se forem feitas ovas disposições/novo testamento, parcial- se for revogado em parte; se o test. cerrado for aberto antes da morte do testador, etc.
17. DO TESTAMENTEIRO- 1976 a 1990
É a pessoa que o testador escolhe em testamento, para fazer cumprir suas disposições de última vontade; Tem um conjunto de funções, como direitos e deveres; É mero agente da execução da vontade do testador; a testamentaria constitui um múnus de ordem privada; Se nomeado pelo testador por testamento ou codicilo- será testamenteiro instituído, se pelo juiz, caso não haja testamenteiro instituído e testamenteiro necessário, ter-se-á o testamenteiro dativo, que pode ser herdeiro, legatário ou um terceiro; Espécies de testamenteiro: Universal- se tiver a posse e adm. da herança; particular- se não tem a posse e adm. da herança; o dativo- nomeado pelo juiz se não há herdeiro instituído; e o instituído- por meio de testamento ou codicilo; O falido poderá ser nomeado testamenteiro apenas quanto aos interesses, direitos e deveres da massa; Capacidade civil para ser: para ser nomeado testamenteiro é preciso ter capacidade civil para contrair obrigações; logo, não poderão sê-lo: os menores de 18 não emancipado, os interditos, os ausentes, os silvícolas e as pessoas jurídicas; e não pode ser testador: o devedor do testador, seus inimigos ou que tiver litígio com os herdeiros; Tem direitos: à posse e adm. da herança, se não houver cônjuge ou herdeiro necessário; defender a posse dos bens da herança; de ser citado para o inventário, de demitir-se do cargo; à vintena; Obrigações: prestar compromisso de bem servir, assinando o termo em cartório; executar as disposições testamentárias dentro do prazo; fazer as despesas funerárias; requerer inventários dos bens da herança; defender o testamento dos herdeiros e legatários; zelar pela conservação e adm. dos bens da herança; prestar contas do que recebeu e despendeu; responder pelos prejuízos que causar culposamente, cumprir as obrigações contidas em testamento, etc.; Será destituído: se não cumprir o testamento em 180 dias; se promover interesses contrários ao espólio, entre outros; Ademais, a cessação/extinção da testamentaria, se dá quando o testamenteiro cumpre sua função, promovendo a execução das disposições contidas no testamento e prestando contas de sua administração, mas, é possível que se dê de forma antecipada, quando decorre da vontade do testamenteiro ou, ainda, por remoção requerida pelos herdeiros ou interessados.
18. DO INVENTÁRIO- 1991
Processo de formalização da transmissão dos bens do de cujus aos sucessores; diz respeito aos bens que compõem o acervo hereditário, por meio de identificação de bens e apuração de valores para dar o quinhão ao sucessor; Via de regra, a administração da herança será exercida pelo inventariante nomeado pelo de cujus ou pelo juiz, do dia assinatura do compromisso até a homologação da partilha; Os prazos legais: Para requerer o Inventário, 1 mês após o falecimento do autor da herança; Para concluir, 6 meses(180 dias) após o deferimento, prorrogáveis, a pedido do inventariante, com motivo justo; Pode ser extrajudicial e judicial; Em se tratando de menores e incapazes será judicial, maiores e capazes, extrajudicial, mas se houver litígio, é sempre judicial, com participação do Estado-juiz; Ademais, o herdeiro que sonegar bens à herança perderá os direitos que a ele cabe sobre os bens sonegados. Se o sonegador for o próprio inventariante, será movido, se provada a sonegação, ou se negar a existência dos bens indicados. 
19. DOS SONEGADOS- 1992 a 1996
Sonegação, com relação ao inventário, é a ocultação dolosa dos bens que devem ser inventariados ou levados à colação; consiste na omissão ou ocultação intencional da existência de bens da herança, seja por não indicar o herdeiro bens em seu poder ou em posse de terceiros, seja por não descrevê-los adequadamente, ou ainda, se o herdeiro se nega a conferi-los, em obediência às disposições legais, de forma a desfalcar o ativo da herança; A Ação de Sonegados visa obrigar o inventariante ou herdeiro a apresentar os bens que dolosamente ocultar e pode ser proposta em 10 anos; Podem propor os herdeiros ou credores da herança, não podem: o cônjuge ou companheiro do herdeiro ou seu filho, diante do caráter personalíssimo; Da sonegação praticada por inventariante, a alegação só pode ser feita após a descrição dos bens e a alegação de não mais existirem bens por inventariar- Da sonegação praticada por herdeiro, somente quando ele declarar no inventário que não possui tais bens; A pena de sonegados é de caráter civil e consiste na perda do direito sobre os bens sonegados que cabia ao herdeiro sonegador, se for inventariante, também a remoção; Ademais, a sentença aproveita a todos e os bens voltam ao monte para sobrepartilha.
20. DO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS- 1997 a 2001
Verifica-se o que é cabível aos herdeiros, depois de satisfeitos os direitos de terceiros; Na primeira fase retira-se do inventário os bens e direitos alheios que estavam em mãos do falecido e na Segunda far-se-á o pagamento das dívidas da herança, anteriores ou posteriores à abertura da sucessão; Via de regra, a herança responde pelo pagamento das dívidas do de cujus e os herdeiros respondem depois de feita a partilha, proporcionalmente à parte que lhes cabe na herança; O legatário só pode manifestar-se à respeito dos débitos do espólio quando a herança for dividida em legados ou quando o reconhecimento das dívidas exigir redução dos legados, salvo se já houve partilha, nesse caso, só respondem os herdeiros; Dívidas póstumas: funeral; Dívidas anteriores: despesas com a doença de que faleceu, salário devido aos empregados, et; Ademais, por entendimento dos julgados do STF, o pagamento das dívidas do falecido dependerá de habilitação do credor do inventário, para incluir no passivo do espólio, deduzindo-lhe o quantum no cálculo do imposto de transmissão mortis causa.
21. DA COLAÇÃO- 2002 a 2012 c/c 639 a 641, CPC
É o ato pelo qual os descendentes sucessíveis, que concorrem à sucessão do ascendente comum declaram no inventário as doações e os dotes que dele receberam, sob pena de sonegados, para que sejam conferidas e igualadas as respectivas legítimas; A doutrina contemporânea considera que a ela tem por finalidade proceder à partilha justa do monte aos herdeiros, em igualdade de condições, impedindo eventuais favorecimentos pelo testador, em prol de descendentes preferidos; Pessoas sujeitas à colação- quem deve conferir? Os descendentes (2002 e 2009), os asc., colaterais e terceiros não está sujeitos à colação e os netos apenas quando representarem seus pais, no que a eles cabia; Quem não está sujeito à colação? Conta na própria escritura da doação ou em testamento; Salvo pequenas despesas, outras como, despesas com enxoval de casamento, despesas por defesa do filho em crime, etc., podem ser sujeitas à colação; Ademais, se no momento da doação não constar valor certo, os bens serão conferidos na partilha.
22. DA PARTILHA- 2013 a 2022
É a divisão oficial do monte/ patrimônio deixado pelo de cujus, apurado durante o inventário, entre os herdeiros e legatários; Espécies- AMIGÁVEL somente quando todos os herdeiros forem capazes. Será nula a partilha amigável se existirem herdeiros incapazes ou interditos. Tipos de partilha amigável- a) por escritura pública; b) por termo nos autos do inventário; ou c) por escrito particular homologado pelo juiz; JUDICIAL- existindo incapazes ou interditos, será obrigatória a partilha judicial, exigindo intervenção do juiz e do representante do Ministério Público. Será também judicial sempre que houver divergência entre os herdeiros; Possível a partilha em vida feita pelo ascendente(pai) porato inter vivos ou causa mortis, desde que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários; Ademais, a partilha pode ser anulada por meio de ação de nulidade ou de ação rescisória. 
SOBREPARTILHA- é uma nova partilha de bens, que por algum motivo não pode ser dividido entre os titulares dos direitos hereditários no processo de inventário; Ficam sujeitos a sobrepartilha: os sonegados (bens ocultados dolosa ou culposa) que deveriam ser relacionados em inventário ou levados à colação (conferência); herança que se descobrirem depois da partilha; bens litigiosos ou de liquidação difícil; bens situados em lugar remoto da sede do juízo onde se processa o inventário.
23. DA GARANTIA DOS QUINHÕES HEREDITÁRIOS- 2023 a 2026
A herança se mantém indivisível até o julgamento da partilha. Após o julgamento o direito de cada herdeiro fica limitado a sua parte da herança.
24. DA ANULAÇÃO DA PARTILHA- 2027
O julgamento da partilha tem efeito declarativo de direitos de cada herdeiro delimitando-os aos bens dos respectivos quinhões; A partilha pode ser anulada por meio de ação de nulidade ou ação rescisória; Na ação de nulidade da partilha, poderão ser invocados os mesmos vícios defeitos que invalidam, em geral, os negócios jurídicos: dolo, erro, ignorância coação, estado de perigo e simulação. Na ação rescisória, que visa à desconstituição da decisão judicial sobre a partilha; Após feita e julgada a partilha, somente poderá ser anulada por vícios e defeitos em 1 ano;

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