Buscar

A pessoa com sindrome de down: caminhos da inclusão escolar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9 
 
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO 
FACULDADE DA SAÚDE 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
GLEICE FARIA DE ARAÚJO 
VANESSA DOS SANTOS FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A pessoa com Síndrome de Down: caminhos da inclusão 
escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO BERNARDO DO CAMPO 
2011 
10 
 
GLEICE FARIA DE ARAÚJO 
VANESSA DOS SANTOS FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A pessoa com Síndrome de Down: caminhos da inclusão 
escolar. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado no 
curso de graduação à Universidade Metodista de 
São Paulo, Faculdade da Saúde, curso de 
Psicologia, para conclusão do curso de 
Psicologia. 
 
Orientadora: Suzana de Mello Contieri 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO BERNARDO DO CAMPO 
2011 
11 
 
GLEICE FARIA DE ARAÚJO 
VANESSA DOS SANTOS FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A pessoa com Síndrome de Down: caminhos da inclusão escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC do 
Curso de Graduação de Psicologia á 
Universidade Metodista de São Paulo – 
Faculdade de Saúde. 
Orientadora: Prof ª. Dra. Hilda Rosa Capelão 
Avoglia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico aos meus pais e minha irmã pelo apoio irrestrito em 
todos os momentos de minha vida. 
Ao meu esposo que soube tão bem compreender os meus 
momentos de ausência em função deste trabalho. 
Gleice Faria de Araújo 
 
 
 
Dedico às minhas filhas, que compreenderam minha ausência 
em muitos momentos e que de forma especial e carinhosa me 
deram força e coragem, mas que embora não tivessem 
conhecimento disto, iluminaram de maneira especial os meus 
pensamentos me levando a buscar mais conhecimentos. 
E aos meus pais, a quem eu rogo todas as noites a minha 
existência. 
Vanessa dos Santos Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a princípio a Deus, que me permitiu a inteligência 
e a minha amiga e companheira deste trabalho, a qual se 
dedicou tanto quanto eu para realização do mesmo. 
 Gleice Faria de Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu 
caminho durante esta jornada e que me fez forte o suficiente 
para cair e levantar a cada tombo. 
Agradeço a minha amiga e companheira pela dedicação e 
pelos momentos que passamos juntas, trabalhando para a 
realização deste sonho. 
 
 
Vanessa dos Santos Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
AGRADECIMENTO ESPECIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A maravilhosa orientadora Suzana de Mello Contieri, o mais 
profundo agradecimento pela sensibilidade demonstrada no 
decorrer da orientação e por permitir que fosse possível a 
realização deste sonho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eu sou Down 
 
Sou um ser especial tenho muito a te ensinar sobre o 
verdadeiro amar aqui nesta esfera mortal 
Sou diferente da maioria não sei mentir ou fingir o 
que sei mesmo é sorrir e espalhar minha alegria 
Vim ao mundo pra ensinar mais do que para 
aprender ensinar a você como amar 
Os seus preconceitos vencer e as diferenças aceitar. 
 (Jorge Linhaça) 
 
 
 
 
Nossa pequena homenagem a essas pessoas tão 
especiais, que nos ajudaram ser mais humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
O presente estudo tem por objetivo compreender a pessoa com Síndrome de Down e 
seus aspectos psicossociais, sobre o processo de inclusão escolar deste grupo e entender o 
papel do psicólogo escolar neste processo. O trabalho está alicerçado na metodologia da 
pesquisa bibliográfica para o levantamento das informações sobre a inclusão da criança com 
Síndrome de Down, tendo como fontes de consulta o Scielo, Biblioteca Virtual da Saúde, 
Birene, livros, artigos periódicos, teses e dissertações. Depois de realizadas as consultas, 
foram selecionadas as obras relevantes para a elaboração do estudo subsidiando a discussão a 
respeito do tema. Primeiramente tratou-se da caracterização e definição da Síndrome de 
Down, contextualizando os aspectos psicossociais desta deficiência intelectual, com o papel 
da família na relação com a pessoa com a Síndrome, a vivência dos cuidadores, em especial, 
os pais. Buscou-se compreender as dificuldades do processo de inclusão escolar da pessoa 
com Down, e as relações entre o desenvolvimento, trazendo a educação e o papel do 
psicólogo frente a esta demanda de atuação profissional. Uma vez que o trabalho do 
psicólogo nas instituições de ensino deve ser ampliado, enriquecendo os processos evolutivos 
do individuo. Os resultados deste trabalho ainda apontam a necessidade de melhora no 
processo de inclusão, onde existem os desafios e os preconceitos a serem superados. 
 
 
Palavras-chave: Síndrome de Down, Educação Inclusiva, Família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 18 
 
2. A SÍNDROME DE DOWN 12 
2.1 DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME DE DOWN 12 
2.2 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SÍNDROME DE DOWN 14 
 
3. RELACIONAMENTO FAMILIAR E SOCIAL DA CRIANÇA COM 
SÍNDROME DE DOWN 16 
3.1 A FAMÍLIA DA CRIANÇA COM DOWN 16 
3.2 A ESCOLA, A CRIANÇA COM DOWN E A FAMÍLIA 20 
 
4. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA A PESSOA COM SÍNDROME DE 
DOWN 24 
4.1 RETRATOS DE PRÁTICAS INCLUSIVAS E ALGUMAS 
REFLEXÕES 26 
 
5. O PAPEL DO PSICÓLOGO NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL 28 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 32 
 
 REFERÊNCIAS 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 A mídia tem explorado a temática das deficiências em diversos contextos e de 
alguma forma tem contribuído para a divulgação de informações para que a população 
aprenda sobre o convívio e necessidades especializadas sobre as pessoas com deficiência. 
O termo deficiência significa falta, carência ou insuficiência. Assim podemos 
entender por deficiência mental a insuficiência funcional das funções neurológicas. O 
cérebro da criança com Down não atinge seu pleno desenvolvimento e assim todas suas 
funções estão alteradas (FERREIRA, 2001). Com isso, faz-se cada vez mais necessário e 
fundamental que a academia também publique atualizações e conceitos fundamentais para 
a disseminação do conhecimento sobre as deficiências e essencialmente sobre os aspectos 
psicossociais que promovem o convívio entre as pessoas com e sem deficiência. 
 A Síndrome de Down é uma alteração genética que causa má formação no bebê, 
podendo resultar no atraso do desenvolvimento, nas funções motoras e mentais. É 
possuidor de 47 cromossomos, atraso em todas as áreas de desenvolvimento e dificuldade 
na aquisição de aprendizagem, não existindo um padrão nessas crianças afetadas, pois não 
depende apenas da alteração cromossômica, mas do potencial genético e influências do 
meio (SCHWARTZMAN, 1999). 
A família é a mediadora entre a criança e a sociedade, sendo que nas interações na 
família existem hábitos, atitudes e linguagens, usose valores (SIGOLO, 2004). 
Segundo Bowlby (1993), o momento de nascimento de uma criança gera grandes 
expectativas, sonhos e esperanças. A notícia de que a criança tem algum tipo de 
deficiência, pode causar alterações no desenvolvimento das relações dentro deste grupo 
familiar, principalmente na relação mãe e bebê, essa alteração traz uma quebra dos sonhos 
e esperanças para os pais, diminuindo suas expectativas em torno do filho ideal, esses 
sentimentos podem se tornar insustentáveis. 
Cada família tem uma forma de se adaptar a essa nova realidade e um tempo de 
reorganização, é preciso que seja repensada a questão da família e as possíveis alterações 
que terão de ser feitas para o recebimento deste bebê, essa fase de readequação poderá 
contribuir para o desenvolvimento da criança, a aceitação deve começar dentro do 
ambiente familiar, sendo que a mesma pode iniciar o preconceito, com medo do que os 
vizinhos possam falar, os pais acabam deixando a criança presa em casa, privada da 
socialização com familiares, colegas e instituições de ensino, esse tipo de atitude pode 
 
19 
 
ocasionar maior atraso no desenvolvimento das mesmas, já que é necessário que toda 
criança cresça em um ambiente familiar saudável. 
A escola também é responsável pela transmissão do conhecimento sistematizado 
necessário para a vida intelectual, social e cultural do ser humano. A escola nada mais é 
do que a segunda instituição social de maior importância para as crianças na fase escolar, 
principalmente para as que têm algum tipo de necessidade ou deficiência. 
É durante o período da pré-escola, que são transmitidos os conhecimentos às 
crianças, sempre ensinando e repassando as crenças atuais, os valores da sociedade, 
desenvolvendo os comportamentos e ajudando nos conflitos, é por isso que a família deve 
desenvolver um trabalho juntamente com a escola e sempre precisa participar da vida 
escolar. 
Tanto a família como a escola são instituições sociais que mais repercutem na 
criança, tem obrigação de prepará-las para o mundo, com a finalidade de inseri-las na 
sociedade, na tentativa de ajudar no crescimento pessoal, auxiliando na aquisição valores, 
de hábitos, sentimentos, proporcionando situações que as levem a ter experiências 
positivas e negativas, sendo reforçada a todo o tempo, mesmo com a criança com 
Síndrome de Down. 
Ao considerar a escola como instituição favorável a transformação social a partir 
da inclusão, oportunidades educativas surgiram, é necessário promover amplas discussões 
visando oferecer oportunidades de mudanças na escola, de modo que ela atenda de fato as 
necessidades de acesso ao mundo do saber pelas pessoas com deficiência, em particular a 
criança com Síndrome de Down. 
A Inclusão surgiu de movimentos anteriores à década de 1960, defendendo eixos 
que se formaram a partir de quatro vertentes. Segundo Mrech (1999) apud Voivodic 
(2008) a emergência da psicanálise, a luta pelos direitos humanos, a pedagogia 
institucional e o movimento de desinstitucionalização manicomial abriram o foco para a 
inclusão e para debates sobre concepções dos seres humanos. 
No intuito de esclarecer algumas questões abordaremos no segundo capítulo 
intitulado como “Síndrome de Down”, a definição e caracterização desta Síndrome, bem 
como a relação com a deficiência intelectual. Referindo-se aos aspectos psicossociais da 
deficiência intelectual, uma vez que é entendida em psicologia como uma condição social 
em que se destaca a pessoa por sua singularidade e não pelo déficit em si. 
No terceiro capítulo intitulado de “Relacionamento familiar e social da criança 
20 
 
com Síndrome de Down”, serão elencadas com os subtítulos A família da criança com 
Down e A escola, a criança com Down e a família. Abordaremos o papel da família na 
relação com a criança, a vivência dos cuidadores, em especial, os pais, ao se depararem 
com sentimentos de angústia, medo, ansiedade entre outros frente à deficiência do filho/a, 
bem como a importância desta relação para o desenvolvimento das potencialidades da 
criança. 
No quarto capítulo intitulado como ”A educação inclusiva para as crianças com 
Síndrome de Down” com o subtítulo, Retratos de práticas inclusivas e algumas reflexões, 
abordaremos o processo de inclusão escolar da criança com Síndrome de Down, 
entendendo-se os diversos atores do contexto escolar, seus papéis no oferecimento de 
oportunidades para o desenvolvimento e aprendizagem desta criança. 
O quinto e último capítulo intitulado como “O papel do Psicólogo na atuação 
profissional” serão apresentados formas de atuar com as pessoas com Síndrome de Down. 
Estabelecendo as relações entre o desenvolvimento da criança, a educação e o papel do 
psicólogo frente a demanda de atuação profissional. 
Para discutir sobre a inclusão escolar para as pessoas com Síndrome de Down, 
notou-se a importância da pesquisa bibliográfica para o levantamento das informações 
sobre a inclusão da criança com Síndrome de Down, tendo como fontes de consulta o 
Scielo, Biblioteca Virtual da Saúde, Birene, livros, artigos periódicos, teses e dissertações. 
Depois de realizadas as consultas, foram selecionadas as obras relevantes para a 
elaboração do estudo subsidiando a discussão a respeito do tema. O objetivo do estudo é 
compreender a pessoa com Síndrome de Down e seus aspectos psicossociais, sobre o 
processo de inclusão escolar deste grupo e entender o papel do psicólogo escolar neste 
processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
2 - A SÍNDROME DE DOWN 
 
 
2.1 - DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME DE DOWN 
 
A Síndrome de Down foi identificada a partir de um achado antropológico muito 
antigo
1
, foi reconhecida no mundo a partir do inicio do século XIX, no qual as pessoas com a 
deficiência recebiam tratamento médico homogêneo, não levando em conta as diversidades e 
as necessidades clínicas de cada paciente, pois os mesmos eram tratados igualmente, 
recebendo a mesma medicação, não medindo assim o nível acometido da doença (CINTRA, 
2002). 
A Síndrome de Down ocorre no início da gravidez, é uma alteração genética que “provoca” uma 
má formação no bebê, o que pode resultar em atraso no desenvolvimento, tanto das funções motoras 
quanto das funções mentais. 
O nome dado a síndrome foi uma homenagem ao Dr. Langdon Down, médico inglês 
cujo trabalho de pesquisa foi o pioneiro na identificação das características das pessoas com a 
síndrome. Ele descreveu que, um indivíduo possui 46 cromossomos e, o nascido com 
Síndrome de Down é possuidor de 47 cromossomos. 
Os cromossomos são minúsculas estruturas em forma de barras que portam os genes; 
estão contidos no núcleo de cada célula e só podem ser identificados durante certa fase de 
divisão celular utilizando-se um exame microscópico (PUESCHEL, 1998, p. 54 apud 
BUKOWITZ; SLIBERNAGEL, 2007). 
De acordo com Cintra (2002), no século XX, inúmeros avanços no estudo de 
cromossomos humanos possibilitaram ao cientista Francês Jerome Lejeune descobrir, em 
1958, a verdadeira causa da Síndrome de Down. Estudando os cromossomos dessas pessoas, 
percebeu que ao invés de terem 46 cromossomos por células, agrupados em 23 pares, eles 
tinham 47, ou seja, um a mais. Alguns anos depois, dando continuidade as suas pesquisas, 
Lejeune identificou o cromossomo extra justamente no par 21, que em vez de dois, passava a 
ter três cromossomos. Por esta razão, a Síndrome é também chamada de Trissomia do 
Cromossomo 21, tratando-se de resultado de um acidente genético que pode acontecer com 
qualquer casal, em qualquer idade. 
 
1
 
 
um crânio do século VII22 
 
Fisicamente, as pessoas com Síndrome de Down costumam nascer menores e mais 
leves do que os outros bebês, apresentam hipotonia e têm olhos amendoados relativamente 
distantes um do outro. Alguns têm a prega epicântica, ou seja, um excesso de pele no canto 
interno dos olhos (características comuns nos orientais). Os braços e as pernas são curtos. As 
orelhas implantadas um pouco abaixo do normal e o nariz é pequeno. O dedo mínimo se 
mostra ligeiramente curvo. As mãos são menores e gordas, com a palma atravessada por única 
prega transversa. Nos pés, é comum encontrarmos uma distância anormalmente grande entre 
o primeiro e o segundo dedo (CINTRA, 2002, p. 32-33). 
Existem outros problemas de saúde que provavelmente podem existir, além do atraso 
no desenvolvimento na pessoa com Síndrome de Down, são elas: 
 
cardiopatia congênita (40%); hipotonia (100%); problemas de audição (50 a 70%); 
de visão (15 a 50%); alterações na coluna cervical (1 a 10%); distúrbios da tireóide 
(15%); problemas neurológicos (5 a 10%); obesidade e envelhecimento precoce. Em 
termos de desenvolvimento, a Síndrome de Down, embora seja de natureza subletal, 
pode ser considerada geneticamente letal quando se considera que 70–80% dos 
casos são eliminados prematuramente (MOREIRA; EL-HANI; GUSMÃO, 2000, p. 
97). 
 
As crianças com Down necessitam do mesmo tipo de cuidado que qualquer outra 
criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial. Algumas delas 
apresentam deficiência auditiva, problemas cardíacos, anormalidades intestinais, oculares, de 
aspecto nutricional, desenvolvendo doença cardíaca severa, dificuldade em ganhar peso, 
deficiências hormonais, problemas ortopédicos e imunológicos. Mesmo assim, nenhum destes 
agravos impede o convívio em sociedade (GOUVÊA; FÉLIX, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
2.2 - DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SÍNDROME DE DOWN 
 
 A palavra Síndrome quer dizer conjunto de sinais e de sintomas que caracteriza um 
determinado quadro clínico. No caso da Síndrome de Down, uma das características é a 
deficiência intelectual. 
 Ferreira (2001) descreve que o termo deficiência significa alta, carência ou 
insuficiência. Assim podemos entender por deficiência intectual a insuficiência funcional das 
funções neurológicas. O cérebro da pessoa com Down não atinge seu pleno desenvolvimento 
e assim todas suas funções estão alteradas. 
Segundo Schwartzman (1999) apud Silva (2002), o fato de a criança não ter 
desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, 
comparativamente a outras com igual condição genética, não é impedimento para adquiri-la 
mais tarde, já que pode amadurecer lentamente. Contudo, a deficiência intelectual causa 
indisposição para atividades menos dinâmicas, que exigem maior atenção e concentração na 
sua realização. A prontidão para a aprendizagem depende da complexa integração dos 
processos neurológicos e da harmonia na evolução de funções especificas como linguagem, 
percepção, sensibilidade, orientação, equilíbrio e lateralidade. Na pessoa com Síndrome de 
Down, há alterações severas de internalizações de conceitos de linguagem. Estas pessoas não 
desenvolvem estratégias espontâneas e esse é um fato essencial para análise, devendo ser 
considerado para o desenvolvimento da aquisição de aprendizagem. 
Segundo Schwartzman (1999), a deficiência intelectual é uma das características mais 
encontradas em pessoas com Síndrome de Down, com um inevitável atraso em todas as áreas 
de desenvolvimento e um estado permanente de deficiência intelectual, mas não existe um 
padrão de desenvolvimento nas crianças afetadas, já que o desenvolvimento da inteligência 
não depende apenas desta alteração cromossômica, mas também do seu potencial genético e 
das influências do meio. 
 A pessoa com Síndrome de Down tem possibilidades de se desenvolver e executar 
atividades diárias e até mesmo adquirir formação profissional e no enfoque evolutivo, a 
linguagem e as atividades como leitura e escrita podem ser desenvolvidas a partir de 
experiências da própria pessoa. 
Entre outras deficiências que acarretam repercussão sobre o desenvolvimento 
neurológico da pessoa com Síndrome de Down, podemos determinar dificuldades na tomada 
de decisões e iniciação de uma ação; na elaboração do pensamento abstrato; na seleção e 
eliminação de determinadas fontes informativas; no bloqueio das funções perceptivas 
24 
 
(atenção e percepção); nas funções motoras e alterações da emoção e do afeto 
(SCHWARTZMAN, 1999, p. 247 apud SILVA, 2002). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
3 - RELACIONAMENTO FAMILIAR E SOCIAL DA PESSOA COM SÍNDROME DE 
DOWN. 
 
 
3.1 - A FAMÍLIA DA CRIANÇA COM DOWN 
 
Segundo Sigolo (2004), a família é entendida como o primeiro sistema no qual um 
padrão de atividades, papéis e relações interpessoais são vivenciados pela pessoa em 
desenvolvimento e essas trocas servem de base para o estudo do desenvolvimento do sujeito, 
assim é possível perceber que a criança consegue se relacionar não apenas com a mãe, mas 
também com outros agentes sociais, sendo eles pai, avós e irmãos. 
A família é descrita como “espaço de socialização infantil”, já que se constitui como 
“mediadora na relação entre a criança e a sociedade”, durante as interações na família, 
existem “padrões de comportamentos, hábitos, atitudes e linguagens, usos, valores e costumes 
são transmitidos” e “as bases da subjetividade, da personalidade e da identidade são 
desenvolvidas” (SIGOLO, 2004, p. 189) 
O nascimento de uma criança gera grande alegria em uma família, os pais projetam a 
criança ideal inconscientemente e desde o início tem expectativas sobre o sexo do bebê, a fase 
da escola, a carreira. Antes mesmo de nascer, ela já é esperada com uma série de expectativas, 
contrariar essas expectativas através da notícia de que terá alguma deficiência, pode 
representar uma ruptura para os pais, uma vez que é visto como uma projeção, representando 
a perca dos sonhos e esperanças. É através da culpa que essas expectativas em torno de um 
filho idealizado passam a ser insustentáveis (BOWLBY, 1993). 
Com o nascimento do primeiro filho, os pais podem sentir alterações no seu dia a dia e 
devem reestruturar sua vida para receber e cuidar do bebê, essas mudanças podem acontecer 
em toda a estrutura familiar, uma vez que “não existe nenhum estágio que provoque mudança 
mais profunda ou que signifique desafio maior para a família nuclear
2
 e ampliada do que a 
adição de uma criança ao sistema familiar" (BRADT, 1995, p. 206). 
Segundo Delmore-Ko et al. (2006) apud Fiamenghi; Messa (2007), existe uma 
transição para a parentalidade
3
, já que há mudanças das identidades individuais dos 
componentes da família, logo marido e mulher passam a ser pai e mãe, e o relacionamento do 
 
2 O modelo da família nuclear, constituído por pai, mãe e filhos(as). 
3
 “O termo parentalidade, foi proposto por Paul Claude Racamier em 1961 e foi utilizado por vários autores a 
partir da década de 80, para se referir aos papéis e funções parentais.” 
26 
 
casal é alterado para uma forma de unidade familiar. De uma forma mais ampla, quando há o 
nascimento de uma criança, as relações familiares são modificadas em seu “status”, pois, são 
utilizadas numa dialética distinta e os familiares passam a exercer novos “papéis” quando 
irmãos se tornam tios, sobrinhos também serão primos e sogros e pais tornam-se avós 
(BRADT, 1995). 
A parentalidadenada mais é que a união de singularidades, na qual o casal apresenta à 
sociedade o produto de sua união. A parentalidade sugere ainda que os conceitos de pai e mãe 
sejam alternados por condições prévias, responsabilidade e características, que poderiam 
provocar generalizações de como esse papel deveria ser exercido (BUSCAGLIA, 1997). 
Os primeiros anos de vida de uma criança contribuem no período crítico para seu 
desenvolvimento, as interações estabelecidas na família são as que servem de base para o 
desenvolvimento da criança sejam elas nas áreas cognitivas, linguísticas e sócios emocionais, 
embora ainda existam outros sistemas sociais (Ex.: escola, amigos, trabalho, clube) que 
também contribuam para o seu desenvolvimento. Estudos de famílias que têm uma pessoa 
com Síndrome de Down apontam que não existem evidências de mais dificuldades entre os 
pais do que em grupos semelhantes de famílias com crianças sem deficiência e essas famílias 
têm um número menor de separação do que seria esperado. A maioria dos pais afirma que a 
deficiência os aproximou mais e a família vive mais unida. (PEREIRA-SILVA; DESSEN; 
2000). 
Pensamentos e visões diferentes se misturam, podendo haver conflito, devido à falta 
de informações sobre uma possível deficiência, por isso é tão importante a postura dos 
profissionais de saúde, os quais não estão preparados a atender uma família que terá uma 
criança com Síndrome de Down, por simples desinformação. Os sentimentos gerados pela 
ocorrência de uma criança com deficiência oscilam entre polaridades muito fortes: amor e 
ódio, alegria e sofrimento; uma vez que as reações concomitantes oscilam entre aceitação e 
rejeição, euforia e depressão – para citar o que ocorre com mais freqüência. (AMARAL, 
2008, p. 50 apud VOIVODIC, 2008) 
Cunningham (2008) afirma que alguns pais revisaram seus valores se tornando mais 
compassivos fortalecendo seu casamento, passando a fazer mais amigos e ampliando sua 
visão do mundo, tirando o máximo proveito de cada dia. 
Porém, não se pode generalizar já que se os pais têm uma boa relação, o nascimento 
do bebê poderá aproximá-los ainda mais, mas se a relação está frágil, o nascimento irá separá-
los ou criar problemas consideráveis. Alguns casais continuam juntos por causa dos filhos, 
ainda mais se um deles apresentar uma deficiência. Existem sentimentos complexos que são 
27 
 
aflorados com o nascimento de um filho, como ressentimento ou proteção. “Contrariar estas 
expectativas pode ser ameaçador para algumas famílias” (POLITY, 2000, p. 138). 
Polity (2000) diz ainda que a família é o contexto natural, cumprindo o papel de 
garantir a pertença e promover a individualização do sujeito, já que aprender faz parte dessa 
individualização. 
Para Bowlby (1989), existe um complemento entre o comportamento do bebê e a 
mãe/cuidador, que consegue reconhecer as dependências deste e se adapta de acordo com as 
suas necessidades, oferecendo oportunidades para que possa assim progredir no sentido de 
integração, experiências e no desenvolvimento. 
São as primeiras experiências sejam elas emocionais e de aprendizagem vivenciadas 
nas relações com os pais, que serão responsáveis pela formação de identidade, a qualidade das 
interações familiares e entre pessoas mais próximas, particularmente nas práticas 
psicossociais implementadas nesta situação, que podem promover um desenvolvimento 
adequado e saudável da criança. 
As primeiras experiências podem ser comprometidas pelo impacto que a notícia causa 
na família, esse impacto, pode dificultar que a mãe ou o cuidador, tenha suas reações de 
acordo com sua sensibilidade natural, impedindo que a relação e as experiências ocorram 
satisfatoriamente, prejudicando assim o desenvolvimento da criança ( MELERO, 1999 apud 
VOIVODIC; STORER, 2002). 
As famílias têm reações diferentes diante do nascimento de seu bebê com Síndrome de 
Down, algumas passam por um período de crise aguda, mas logo se recuperam e essa fase fica 
no passado, porém outras famílias têm mais dificuldade e desenvolvem uma “tristeza 
crônica”. 
Casarin (1999) cita que existe um processo de luto: 
 
Existe um processo de luto adjacente, quando do nascimento de uma criança 
disfuncional, que envolve quatro fases. Na primeira fase, há um entorpecimento com 
o choque e descrença. Na segunda, aparece ansiedade e protesto, com manifestação 
de emoções fortes e desejo de recuperar a pessoa perdida. A terceira fase se 
caracteriza pela desesperança com o reconhecimento da imutabilidade da perda. E, 
finalmente, a quarta fase traz uma recuperação, com gradativa aceitação da 
mudança. A segunda fase, para Bowlby (1993), é diferente, pois a criança está viva; 
os pais protestam contra o diagnóstico e prognóstico. (CASARIN, 1999, p. 33 apud 
VOIVODIC; STORER, 2002). 
 
 
28 
 
 
Este luto que a família passa pode ser organizada em cinco estágios (CASARIN, 1999 
apud VOIVODICK; STORER (2002) apud DROTAR et al., 1975; GATH, 1985) 
 
1. Reação de choque. As primeiras imagens que os pais formam da criança são 
baseadas nos significados anteriormente atribuídos à deficiência; 
2. Negação da síndrome. Os pais tentam acreditar num possível erro de 
diagnóstico, associando traços da síndrome a traços familiares. Essa fase pode 
ajudar no primeiro momento, levando os pais a tratar a criança de forma mais 
natural, mas quando se prolonga, compromete o relacionamento com a criança real; 
3. Reação emocional intensa. Nessa fase, a certeza do diagnóstico gera emoções 
e sentimentos diversos: tristeza pela perda do bebê imaginado, raiva, ansiedade, 
insegurança pelo desconhecido, impotência diante de uma situação insustentável; 
4. Redução da ansiedade e da insegurança. As reações do bebê ajudam a 
compreender melhor a situação, já que ele não é tão estranho e diferente quanto os 
pais pensavam no início. Começa a existir uma possibilidade de ligação afetiva; 
5. Reorganização da família com a inclusão da criança portadora de SD. Para 
conseguirem reorganizarem-se, os pais devem ressignificar à deficiência e encontrar 
algumas respostas para suas dúvidas. 
 
O auxílio de um profissional qualificado, durante os primeiros anos de vida do bebê 
com Síndrome de Down, é de grande importância para ajudá-los a desenvolver as relações 
afetivas e compreensivas que quase todos os pais desejam e as crianças necessitam 
(BOWLBY, 1997). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
3.2 - A ESCOLA, A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN E A FAMÍLIA 
 
O início da criança na escola marca uma fase importante no seu desenvolvimento, pois 
para ela os problemas educacionais e de aprendizagem fazem parte do seu cotidiano. A escola 
passa a ser continuidade do ambiente familiar, já que é possível iniciar uma nova socialização, 
ampliar seu mundo, compartilhar conhecimentos e desenvolver novos relacionamentos, 
proporcionando novas experiências e novas responsabilidades, essa nova fase implica na 
expectativa da criança em aprender a ler e a escrever. É a instituição que pode explorar as 
formas de motivar e orientar a criança na formação da sua personalidade (ORSI, 2003). 
A inicialização da criança na escola com qualquer tipo de deficiência é direito 
institucional conforme o E.C.A. (Estatuto da Criança e do Adolescente), LEI Nº 8.069, de 13 
de julho de 1990, descrito no Capítulo IV, Art. 54: “É dever do Estado assegurar à criança e 
ao adolescente: “Item III - atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. 
A Lei cita ainda os deveres dos pais no Art. 55: “Os pais ou responsável têm a 
obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regularde ensino”. 
E os responsáveis pela instituição de ensino devem seguir o artigo 56: 
 
Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho 
Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas 
injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados 
níveis de repetência. 
 
Contudo, existem outros artigos que contemplam a questão da “inclusão” do 
deficiente são eles: 11, 54, 66 e 112. 
Segundo Mantoan (2008), as escolas não estão preparadas para receber os alunos com 
deficiência, pois: 
 O princípio democrático da educação para todos, só se evidencia nos sistemas 
educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles, 
os alunos com deficiência. A inclusão, como consequência de um ensino de 
qualidade para todos os alunos provoca e exige da escola brasileira novos 
posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os 
professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma inovação que implica num esforço 
de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas de 
nível básico. Priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que precisa 
30 
 
ser assumido por todos os educadores. É um compromisso inadiável das escolas, 
pois a educação básica é um dos fatores do desenvolvimento econômico e social. 
Trata-se de uma tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por 
meio dos modelos tradicionais de organização do sistema escolar ( p. 1). 
Para que a escola seja um ambiente adequado, é necessário que os envolvidos que 
participam do processo de escolarização dessas crianças tenham disponibilidade para o 
acolhimento, já que as falhas durante o ato de educar pode criar maiores dificuldades. Quando 
a pessoa tem deficiência intelectual, independentemente de ser criança, adolescente ou adulto, 
terá certo nível de dificuldade de aprendizagem. O educador precisa ter a disponibilidade, o 
comprometimento e a compreensão durante o desenvolvimento do educando, respeitando a 
subjetividade de cada indivíduo. 
Com a realidade das salas de aulas sempre lotadas, é preciso também saber do 
educador qual a visão que ele tem da escola e a ligação que possui com o seu trabalho. Essas 
relações que ocorrem dentro das instituições de ensino aluno e professor e entre os próprios 
alunos, são consideradas relações entre subjetividade, constituídas por pré-conceitos e 
conceitos e pelas e ideias sobre o que é e quanto se pode aprender e se desenvolver e pelas 
ideias que os alunos tem do seu papel na escola. Cabe ao educador atribuir à prática 
pedagógica, na inclusão do momento histórico, político, econômico e social. (PAULA, 2008) 
Para atender as necessidades de seus alunos, é preciso que a escola se reestruture 
respeitando e acolhendo toda a diversidade humana. É um desafio, já que requer uma nova 
situação pedagógica diante da relação do desenvolvimento e da aprendizagem. Dando início a 
uma visão sócio-histórica que perceba as diferenças como construções culturais, observando 
como ter contato com o indivíduo que se relaciona e expressa o movimento em que está 
inserido na sociedade (VIGOTSKY, 1989). 
Segundo Góes apud Vygotsky (1987), devemos considerar que a vida social, está 
organizada para que possa favorecer o desenvolvimento humano típico: 
 
A imersão da criança na cultura depende de funções e aparatos, que são pressupostos 
em termos de existência de órgãos intactos ou de certa condição do intelecto. Assim, 
o desenvolvimento atípico não favorece o enraizamento na cultura de modo direto. 
Por essa razão, diante da condição de deficiência é preciso criar formas culturais 
singulares, que permitam mobilizar as forças compensatórias e explorar caminhos 
alternativos de desenvolvimento, que implicam o uso de recursos especiais 
(VYGOTSKY, 1987 p. 100 apud GÓES, 2002). 
 
31 
 
A relação família e professor, ambos sempre estão na expectativa do outro, mas para 
que isso seja possível é preciso uma relação com muito diálogo, sempre existindo uma troca 
de informações e saberes. Para que essa relação aconteça, é necessário que haja uma 
capacidade de entendimento das mensagens vou transmitidas, escuta, compreensão e 
comunicação, juntamente com a flexibilidade de aprender novas idéias e valores que podem 
ser diferentes de quem passa a mensagem no momento (DI SANTO, 2008). 
 Segundo Orsi (2003), a família de classe média está em constante transformação, em 
seus vínculos afetivos, já que “ocorre o processo de humanização, construção da subjetividade 
e de formação básica para a aprendizagem”. Cita ainda que: 
 
O adulto é considerado por Vigotsky (1988) como um mediador no processo de 
desenvolvimento da criança e oferece instrumentos para a apropriação do 
conhecimento. Porém, a internalização dos recursos disponíveis no ambiente, ocorre 
de forma individual, variando de uma criança para outra. Ao considerar a 
aprendizagem como profundamente social, afirma que quando os pais ajudam e 
orientam a criança desde o início de sua vida, dão a ela uma atenção social mediada, 
e assim desenvolvem um tipo de atenção voluntária e mais independente, que ela 
utilizará na classificação e organização de seu ambiente. Tal consideração se baseia 
no fundamento de que o homem torna-se humano, apropriando se da humanidade 
produzida historicamente. O ensino tem, nesse contexto, a função de transmitir as 
experiências histórico-sociais que se modificam no decorrer dos tempos 
(VIGOTSKY, 2003, p. 67 apud ORSI, 2003). 
 
As crianças com algum tipo de deficiência não se reduzem a um diagnóstico, nenhuma 
criança com Síndrome de Down é igual ou parecida nos seus sentimentos, desenvolvimentos e 
dificuldades. A socialização de crianças com deficiência deve acontecer primeiramente dentro 
de casa e na escola, pois ambas são responsáveis por sua socialização e pelo seu 
desenvolvimento cognitivo, social, intelectual, físico e moral. 
Existe um grande desafio para aqueles que estudam a Síndrome de Down, já que é 
preciso conscientizar os profissionais da área da saúde, da educação e toda a sociedade 
mostrando que essas crianças possuem potenciais, para que finalmente a verdadeira 
integração prevaleça. (WERNECK, 1995). 
32 
 
As tentativas de reconstruir os conceitos de necessidades educacionais
4
 para alunos 
com deficiência devem acontecer para que haja a possibilidade de interação e reconhecimento 
da sociedade, excluindo a importância dos diagnósticos de deficiências e sobre saindo as 
necessidades de aprendizagem. A inclusão de crianças com deficiências na escola deve ser 
feita levando-se em conta as possíveis formas de minimizar a atribuição de aluno-problema, e 
criando formas de inserção neste contexto, no qual se pode obter respostas educativas, 
recursos e apoio educacional, para que no fim alcance o sucesso escolar. Ao invés de esperar 
que o aluno se integre a condição da vida escolar, é a escola que deve se adequar e se 
organizar, reestruturar para poder receber a diversidade de alunos que pode vir a receber 
(BRASIL, 2001b, p. 14 apud FLEURI, 2009). 
 Já no Brasil, o termo popularizou-se quando houve a divulgação da Declaração da 
Salamanca (UNESCO, 1994) e foi incorporado na legislação vigente, e incluído no Parecer 
17/2001 como uma nova abordagem, o conceito de “necessidades educacionais especiais”, 
propondo a ampliação ao atendimento escolar, aos alunos que apresentassem necessidades 
educacionais especiais durante o processo de aprendizagem. Assim, o Parecer agrupa as 
pessoas com necessidades educativas em três grupos: 
 
1) As que apresentam dificuldades acentuadasde aprendizagem, tanto as não 
vinculadas a uma causa orgânica específica quanto às necessidades relacionadas a 
condições, disfunções, limitações ou deficiências; 
2) As que apresentam dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos 
demais estudantes, particularmente os portadores de surdez, cegueira, surdo-cegueira 
ou distúrbios acentuados de linguagem; 
3) as que apresentam altas habilidades/superdotação e que, recebendo apoio 
específico, podem concluir em menor tempo a série ou a etapa escolar (BRASIL, 
2001b, p. 19). 
 
 A declaração de Salamanca não considera apenas as crianças com deficiências e as 
superdotadas, mas compreende também as que vivem nas ruas e já trabalham crianças de 
populações distantes ou que não tenham onde morar, de minorias linguísticas, étnicas ou 
culturais ou ainda crianças que são marginalizadas de alguma forma ou desfavorecida 
(UNESCO, 1994). È possível perceber, que há certa preocupação abrangente muito além da 
deficiência, onde são levados em conta grupos que são tratados como minoria ou excluídos do 
 
4
 O conceito de “necessidades educacionais especiais”, sobre a educação especial inglesa, foi utilizado no 
Relatório de Warnock publicado em 1978. 
33 
 
convívio social. A definição de necessidades e deficiências amplia a concepção de diferenças 
e diversifica o trabalho educacional, fazendo alusão a categorias e dimensões lógicas como: 
fisiológicas, psicológicas, sociológicas (classe), antropológicas nos mais variados domínios de 
conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
4 - A EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA AS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE 
DOWN. 
 
Para entender o que é inclusão precisamos ter capacidade de compreender e 
reconhecer o outro, contudo ter privilégio de conviver e compartilhar com essas pessoas 
diferentes de nós. Todavia a educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. A 
inclusão é interagir com o outro, é o estar com (MANTOAN, 2008). 
A educação inclusiva, que foi originada como full inclusion (STAINBACK; 
STAINBACK, 1992 apud FLEURI, 2009), institui que todas as crianças devem ser incluídas 
na vida social e educacional da escola e também do seu bairro. Esse movimento ficou sólido 
nos Estados Unidos e Canadá, presente na maioria dos países da Europa. Entretanto no Brasil 
essa integração está ocorrendo desde 1970, visando finalizar com a limitação dos alunos com 
deficiência e alunos sem deficiência, favorecendo assim essa integração. 
Podemos considerar uma luta ideológica e de constituição de identidades 
socioculturais as lutas por conceituação e definição dessas diferentes categorias de cidadãos 
por seus direitos. A integração é justificada na medida em que se for referida aos valores 
democráticos de igualdade, respeito, participação ativa e dos deveres estabelecidos 
socialmente (FÁVERO et al., 2009 apud FLEURI, 2009). 
Para Mantoan (2006), a integração e a inclusão são colocadas para expor situações de 
inserção diferentes, posicionando-se no teórico-metodológicos divergentes. A integração, 
neste contexto é da inserção de alunos com deficiência nas escolas comuns, mas podendo ser 
empregado também para designar alunos agrupados em escolas especiais para pessoas com 
deficiência. Para empregar o acesso as escolas utilizam-se diversos caminhos educacionais, 
começando desde inserção as salas de aula do ensino regular ao ensino em escolas especiais. 
Dentro de uma estrutura educacional, o processo de integração oferece oportunidade 
ao aluno de estar no sistema escola, vindo da classe regular ao ensino especial, independente 
do tipo de atendimento, se são ou não de escolas especiais, ensino itinerante, classes especiais 
em escolas comuns, classes hospitalares e outros, pois o sistema prevê esses serviços 
educacionais segregados. Mas nem sempre na integração escolar todos os alunos com 
deficiência cabem nas turmas de ensino regular, pois é realizada uma prévia para os aptos à 
inserção. Entretanto podemos considerar que os alunos que se migram para serviços da 
educação especial, dificilmente se deslocam e raramente voltam às salas de aulas, e se 
realmente houver a migração, são indicados programas escolares individualizados, com 
35 
 
avaliações especiais, currículos adaptativos e para compensar as dificuldades de aprender 
reduzir os objetivos educacionais (MANTOAN, 2006). 
 Ao falarmos de inclusão podemos salientar que a mesma não questiona apenas as 
políticas e a organização da educação especial e regular, mas também do específico conceito 
de integração, pois a inclusão é inconciliável com a integração, pressupondo a inserção 
escolar de forma radical, completa e metódica. Onde todos os alunos, sem qualquer exceção, 
têm o dever de freqüentar as salas de aula. 
O objetivo na inclusão escolar é a construção de uma escola aceitadora, na qual não 
existam exigências e regras de nenhuma natureza, nem qualquer tipo de mecanismos de 
seleção ou discriminação para a iniciação e permanência dos alunos. Esse paradigma 
necessita de uma ressignificação dos conceitos e costumes, nas quais os professores possam 
perceber as diferenças humanas em suas dificuldades, não apenas com um caráter fixo, mas 
compreendendo que essas diferenças estão sempre sendo feitas e refeitas, presentes em cada 
indivíduo, mas também para compreender que esta realidade histórica de isolamento escolar e 
social das pessoas com qualquer tipo de deficiência, possa vir a se transformar 
definitivamente no direito de todos à educação (ALVES; BARBOSA, 2006). 
A integração tem como objetivo a inserção de um aluno ou até mesmo um grupo de 
alunos excluídos, e a inclusão, pelo contrário, não deixa ninguém no externo do ensino, desde 
o inicio da vida escolar. Podemos nomear as escolas inclusivas de uma organização do 
sistema educacional levando em conta, necessidades de todos os alunos, e mudanças em 
função dessas necessidades. 
Portanto podemos categorizar a inclusão como uma mudança de perspectiva 
educacional, que não se limita aos alunos com deficiência e nem com dificuldades de 
aprendizagem, mas sim a todos os demais, para que haja sucesso na educação em geral. Para 
finalizar sobre esse contexto podemos esboçar que a maioria dos alunos que fracassam na 
escola, não é do ensino especial, mas que provavelmente poderão acabar nele. (MANTOAN, 
1999 apud MANTOAN, 2006) 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
4.1 - RETRATOS DE PRÁTICAS INCLUSIVAS E ALGUMAS REFLEXÕES 
 
Durante estes anos que decorreram após Salamanca, tem-se verificado uma intensa 
atividade em muitos países, visando a modificação das políticas e das práticas educativas 
numa direção mais inclusiva. Não restam dúvidas de que tem havido um progresso, embora se 
mantenha parcial e muitas vezes limitado a pequenos projetos. 
O progresso tem sido dificultado pela confusão generalizada ainda existente sobre o 
que de fato significa “inclusão”. Hoje se sabe, sem margem de dúvida, que a reforma 
educativa é particularmente difícil em contextos em que não existe uma compreensão comum 
sobre aquilo que significa este conceito. 
Alguns artigos ilustram o leque variado de perspectivas sobre educação inclusiva, a 
sua definição e a sua implementação, porém só se referem a crianças com “deficiências” ou 
aquelas que foram identificadas como tendo necessidades educativas especiais – que foi 
objeto da Conferência de Salamanca. Outros adotam uma visão mais ampla sobre inclusão e 
foca todos os grupos de crianças vulneráveis – no contexto particular em que trabalham – oque representa a nova perspectiva que Salamanca procurou estimular. Os artigos fazem-nos 
refletir, em particular, sobre a importância de se considerar a inclusão como uma forma de 
atingir a Educação para Todos, tal como se recomenda na Declaração de Salamanca: 
 
As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, independentemente das suas 
condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito devem incluir-se 
crianças com deficiência ou superdotadas, crianças da rua ou crianças que 
trabalham crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias 
linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou 
marginais - Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994). 
 
Podemos citar o Projeto Roma, que foi desenvolvido em Málaga, na Espanha, 
coordenado pelo Professor Miguel Lopez Melero. Iniciou-se com a formação de uma equipe 
multidisciplinar para uma avaliação dos processos de ensino de aprendizagem das pessoas 
com Síndrome de Down. O Projeto Roma fundamentou-se no pensamento de Vygotsky, em 
que a criança se desenvolve com influências culturais. Referindo-se que existe uma interação 
entre o sujeito e o ambiente no processo de construção do conhecimento, e que se apreende a 
realidade diretamente, mas por reconstrução, e que ensinar é, então, muito mais do que 
transmitir informações. Implica em mobilizar nos educandos o prazer de aprender. Avaliar é 
37 
 
muito mais do simplesmente medir e comparar: implica em integrar, promover ações 
interativas e adaptativas a todas as crianças (VYGOTSKY, 1987) 
 Um grupo de Campinas “Espaço XXI” procurou informações sobre o Projeto Roma e 
em 1998 inicia na mesma linha do Projeto Roma, com apenas cinco crianças em idade pré-
escolar. 
Em 1999, a mãe de uma com Síndrome de Down e a diretora de uma escola em Belo 
Horizonte foram a Málaga participar de um congresso sobre o Projeto Roma e formaram um 
novo grupo na cidade. Em 2001, após saber das experiências de Campinas e Belo Horizonte, 
decidiu implantar também um projeto similar em São Paulo, chamando-o de “Educar Mais 1”. 
O Projeto “Educar Mais 1” tem como objetivo a inclusão escolar visando a inserção 
total das crianças a partir das condições físicas em classes comuns do ensino regular, para 
estabelecer ações de mediação de profissionais da Psicologia e da Pedagogia no contexto familiar e 
escolar, com participação em todas as atividades escolares e a parte social com aceitação da 
criança pela comunidade escolar e também pela sociedade, permitindo-se o desenvolvimento 
global e sua participação em seu meio social, e no contexto pedagógico afim de obter a 
possibilidade da criança realizar atividades pedagógicas iguais ou semelhantes das outras 
crianças, sem nenhuma mudança curricular. 
A idéia central era investigar pessoas com Síndrome de Down, para elaboração de uma 
nova teoria da inteligência, possibilitando o desenvolvimento cognitivo, aprendizagem e 
cultural para identificar intervenções em diferentes maneiras seguindo a caminho de 
estratégias mais adequadas, para averiguar o conhecimento cognitivo e como funciona, 
identificando resultados das estratégias desenvolvidas em contexto diversos como escola, 
sociedade, família (MELERO, 1997 apud VOIVODIC, 2008). Foi estabelecido um mediador, 
um pedagogo, que é o contato entre a família e os profissionais da escola, estando uma vez 
por semana observando a turma a qual será inserida, não interferindo nas aulas, e o professor 
sendo o condutor desse processo de aprendizagem. O mediador realiza reuniões com o 
professor e profissionais como (fonoaudiólogo e terapeuta) os quais acompanham a criança, e 
contatos semanais com os pais e com o coordenador do projeto (um psicólogo). Assim esse 
mediador auxilia a família, professor e indiretamente a criança. No entanto o coordenador 
auxilia o mediador. Esse projeto promove ações que facilitam o diálogo entre família, escola e 
os profissionais, tendo como objetivo a união de esforços a caminho da inclusão escolar de 
crianças com Síndrome de Down (VOLVODIC, 2008). 
Acredita-se que há uma confusão de papéis, já que as instituições não possuem 
profissionais especializados para diferentes funções que desenvolvam ações conjuntas com o 
38 
 
educando, como no caso do pedagogo como educador e com a inserção do psicólogo escolar 
como o mediador para realizar reuniões com o professor, pais e coordenadores, auxiliando 
indiretamente a criança. Facilitando a comunicação entre a escola, os responsáveis e a criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
5 - O PAPEL DO PSICÓLOGO NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
 
A psicologia estuda fenômenos psíquicos e o comportamento humano pela 
observação, análise e avaliação de emoções, necessidades interiores e capacidade motora e 
intelectual. 
O psicólogo pode atuar diversas formas com as pessoas com Síndrome de Down, 
avaliando, orientando nas mais diversas situações, e intervindo sempre que for necessário em 
diversos momentos. 
Podemos apontar que a principal influência para o desenvolvimento da personalidade 
da criança é a família, e uma vez que aconteça a relação-problema entre pais e filhos pode 
ocorrer um desajuste na mesma. Caso o fato aconteça é realizado uma prática ligado a 
atendimentos psicoterápicos com as crianças, adolescentes e famílias e que são constituídos 
em grupos e individualmente, para que valide as relações familiares, juntamente com o bem 
estar de cada aluno atendido, que tem como objetivos acompanhar o processo de 
aprendizagem para avaliação de qual é a intervenção necessária aos alunos, orientação aos 
professores em relação ao desenvolvimento dos alunos, e aos pais ou responsáveis 
orientação/aconselhamento sobre o desenvolvimento dos seus filhos, os incentivando também 
a participação desse processo. 
Os atendimentos clínicos, psicoterapia, psiquiatria e neurologia são para atendimentos 
complementares, realizar reuniões para orientações aos profissionais é de grande importância 
quanto às reavaliações dos alunos, fazer acompanhamento com alunos que foram 
encaminhados para o Ensino Regular, inserir grupo de pais e responsáveis, para a promoção 
do envolvimento desses com a escola, convívio social, trabalhando com a auto estima e 
havendo assim trocas de experiências. Já relacionando aos adolescentes e adultos com SD, 
realização de grupos com temas específicos as suas necessidades. A inserção da pessoa com 
SD no mercado de trabalho é de grande importância para seu desenvolvimento e inserir temas 
relacionados à inclusão nas escolas do Ensino Regular para promover capacitação dos 
mesmos. (APSDOWN, 2009) 
Psicologia Escolar é uma área da Psicologia que tem suscitado inúmeras reflexões a 
cerca da identidade dos profissionais que nela atuam havendo necessidade de uma redefinição 
do papel do psicólogo na escola e de reestruturação da formação acadêmica. 
A princípio o surgimento da área estava ligado à aplicação de testes num modelo 
clínico de atuação do psicólogo escolar. Para a Psicologia, a dinâmica institucional, vem 
40 
 
tornando-se um campo fundamental para se conhecer e estudar o impacto em suas vidas e 
seus efeitos psíquicos e psicossomáticos na vida do trabalhador (CONTINI, 2000). 
Há a necessidade de se refletir sobre esse profissional devido ao fato de existir vários 
papéis e funções dentro da escola, em que vários profissionais reivindicam o mesmo espaço. 
Dentro das escolas há uma mistura de papéis como psicólogo, o pedagogo e o psicólogo 
escolar e a atuação do psicólogo deve ser realizada de maneira crítica. As escolasainda 
solicitam de um trabalho clínico, terapêutico, individualizado e os psicólogos escolares sem 
essa consciência do seu papel enquanto profissionais ligados à educação, respondem a essa 
demanda clínica, deixando de lado o objetivo do psicólogo escolar. 
 A finalidade do trabalho do psicólogo em uma instituição de ensino pode acontecer 
desde o ensino fundamental até as universidades, deve ser de contribuição para que se possa 
construir um processo educacional capaz de socializar todo o conhecimento que fora 
acumulado historicamente e contribuir para a formação dos sujeitos tanto ética como política 
(TANAMACHI; MEIRA, 2003). Cabe então ao psicólogo retirar os obstáculos que estão 
bloqueando os sujeitos e o conhecimento de se encontrarem impedindo a formação de 
cidadãos. 
A educação gera e guia o desenvolvimento, o qual resulta da aprendizagem social por 
meio da internalização das atividades culturais e sociais. As experiências sociais são 
apresentadas as crianças sob a forma de ferramentas psicológicas especiais, tais como a 
linguagem, conceitos, símbolos, signos, dentre outros. (NEVES, 2005) 
Cabe ao psicólogo prestar apoio psicológico aos familiares dessas crianças com algum 
tipo de deficiência antes, durante e depois da inclusão delas no meio social e escolar; prestar 
auxílio psicológico aos professores e orientadores para conseguirem lidar com as diferentes 
formas de ensinar e de assistência a essas crianças; e principalmente acompanhar o 
desenvolver desta inclusão junto com a pessoa com deficiência. O profissional da psicologia 
tem embasamento para lidar com as dificuldades encontradas durante este processo e será no 
convívio das pessoas com e sem deficiência que a prática se construirá. 
Conforme BOCK, 2002, p. 158 apud ARTIGONAL, 2009: 
 
Na escola ou nas instituições educacionais, o processo pedagógico vai se colocar 
como realidade principal. Todo o trabalho do psicólogo estará em função deste 
processo e para ele direcionado. E isso irá obrigá-lo a escolher técnicas em 
Psicologia que se adaptem aos limites que sua intervenção terá, dada a realidade 
educacional. 
41 
 
 
O papel do psicólogo na inclusão social das pessoas com deficiência é praticar o 
enfrentamento e a lidar com a exclusão tentando introduzir principalmente a afetividade no 
cotidiano dessas pessoas. Tentar deixar de lado a visão individualista dos narcísicos 
(ARTIGONAL, 2009) 
 
 Segundo Machado (2010) a postura do profissional em uma atuação crítica pode gerar 
outros efeitos, já que: 
[...] ao agir nas relações estabelecidas na escola, trabalhar com as 
representações dos professores e somar, com os saberes da psicologia, 
no levantamento de hipóteses em relação à produção das dificuldades 
de leitura e escrita e das questões atitudinais pode-se ampliar o campo 
de análise e, portanto, as possibilidades de intervenção em relação aos 
problemas presentes no processo de escolarização (Machado, 2010, p. 
29). 
 
Tanamachi e Meira (2003) mencionam que o lugar do psicólogo, é o lugar possível, 
onde haja a sinalização de elementos psicológicos que compõem a escola e agir onde seja 
possível a articulação, assumindo um empenho teórico e prático com os possíveis elementos 
presentes neste contexto, levando em conta as experiências diárias na instituição, e onde seja 
possível elaborar uma atuação crítica, competente e criativa. É notória a necessidade de a 
Psicologia Escolar repensar em maneiras de intervenção junto aos profissionais das 
instituições escolares, incluindo sempre os docentes e coordenadores responsáveis pelas 
atividades curriculares, estratégias de ensino, aprendizagem, e criar novas formas de 
potencialização nas características multifatoriais desses indivíduos que estão em processo de 
desenvolvimento. 
Almeida (2003) afirma que a experiência de formação de professores vem se 
apresentando como uma das práticas mais produtivas da atuação do psicólogo, já que vem 
mostrando excelente desenvolvimento do professor, inclusive no que diz respeito aos níveis 
de motivação e reflexão sobre sua atuação. 
É nesse sentido que a prática do psicólogo visa privilegiar uma atuação mais 
preventiva, na qual seja possível ser compreendida e consolidada na escola, para que possa vir 
a reduzir, possíveis demandas e solicitações limitadas à dimensão do problema e da doença 
(REI, 2003 apud MITJÁNS-MARTÍNEZ, 2005). 
42 
 
Para Araújo e Almeida (2005), o trabalho do psicólogo é reforçado na formação de 
professores por meio do estímulo de questionamentos desses profissionais, fazendo também 
que entrem em contato com sua própria história profissional, a fim de relembrar seus 
objetivos, limites e dificuldades na implantação das suas práticas. O Psicólogo pode usar as 
histórias desses profissionais, para nortear suas pesquisas e intervenções, desenvolvendo 
novas possibilidades e estratégias de comunicação, reflexões sobre as idéias do professor em 
relação a sua compreensão ao contexto educativo, a flexibilização diante das mudanças no 
contexto escolar, as habilidades de negociação, planejamento pedagógico, curricular e 
avaliativo. É importante ressaltar a importância da atuação como mediador entre o sujeito e o 
objeto dentro da sala de aula, nesse sentido, torna-se relevante que o psicólogo invista no 
trabalho com a qualidade desta relação configurada em sala de aula. 
Tanamachi e Meira (2003), pautadas nos pressupostos do pensamento crítico 
expressos na Pedagogia Histórico-Crítica e na Psicologia Sócio-Histórica, defendem que o 
objeto do psicólogo em uma instituição de ensino é: 
[...] o encontro entre os sujeitos e a educação e a finalidade central de seu trabalho 
deve ser contribuir para a construção de um processo educacional que seja capaz de 
socializar o conhecimento historicamente acumulado e de contribuir para a formação 
ética e política dos sujeitos (TANAMACHI E MEIRA, 2003, pp. 42-43). 
 
Assim, ao delimitar a área de intervenção em que a Psicologia e a direção da escola 
possam contribuir, para que cumpram a meta de socialização dos conhecimentos já 
produzidos pelos homens, conforme defende Saviani (2003). Segundo as mesmas autoras, 
partindo de uma concepção vigotskiana, o psicólogo pode contribuir para desvelar a ideologia 
implícita nas concepções que cristalizam a defesa de que os problemas educacionais estão no 
interior dos próprios alunos, combatendo, assim, as explicações que “psicologizam” esses 
problemas educacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os pais da criança com Síndrome de Down precisam entender as necessidades 
educativas especiais dos filhos, a fim de explorar suas potencialidades, respeitar seus limites e 
preservar seu espaço. A realidade da família da criança com Síndrome de Down surgirá com o 
tempo, por isso é de extrema importância o entendimento da Síndrome e as potenciladades 
que cada individuo têm para desenvolver. 
A educação inclusiva é uma possibilidade de romper as barreiras que inviabilizam a 
aceitação das diferenças entre as pessoas, mas, trata-se de um processo complexo, que exige 
capacitação, exercício da tolerância, conhecimento e que também necessita de avaliação 
permanente. 
Espera-se que os professores sejam capazes de acolher a diversidade e estejam abertos 
às práticas inovadoras em sala de aula, que incluem conteúdos e práticas de diferentes áreas 
do conhecimento, que exercitem a avaliação direcionada para a adaptação e para a interação 
social entre diferentes estilos e aptidões para aprender. Há necessidade de adotar uma postura 
crítica sobre a avaliação diante das novas Políticas Públicas. 
Vigotski, cita a ideia que o professor é umimportante mediador, e precisa refletir, 
durante seus planejamentos de aulas, para contribuir no desenvolvimento real dos alunos, 
como também sobre a possibilidade de se aperfeiçoar e alcançar os mais variados facilitadores 
de aprendizado. Percebe-se então a necessidade do auxílio na capacitação do professor, para 
que assim possa desenvolver habilidades, quando tiver que se confrontar com situações de 
explosões emocionais por conta de um específico aluno, de um determinado grupo ou de 
familiares. 
O psicólogo escolar é responsável pelo auxílio, trabalhando e desenvolvendo o 
professor para que não fique tão vulnerável nas situações estressadoras de contágio 
emocional, se tornando incapaz de perceber as nuances dessas situações e perdendo o controle 
das possíveis ações que aliviariam tais circunstâncias. 
O foco para o trabalho do psicólogo nas instituições de ensino deve ser ampliado, 
enriquecendo assim os processos evolutivos do indivíduo, tanto na parte cognitiva quanto na 
afetiva, já que existem publicações, principalmente na área pedagógica, que por vezes tentam 
conceber a afetividade presente nas salas de aulas. Segundo o autor, o estudo e o 
aprofundamento das questões por parte do psicólogo escolar não se esgotaram, mas 
certamente contribuíram para alimentar as discussões sobre as possíveis ligações e 
associações entre a Psicologia e a Educação. 
44 
 
 Acreditamos que a inclusão das crianças com Síndrome de Down na escola regular, é 
de grande importância, visto que estimulam o processo de aprendizado e socialização, 
devemos também levar em conta os sonhos dos pais para o futuro do filho. 
 Quando a sociedade estiver comprometida com a situação das pessoas com Síndrome 
de Down e não com preconceitos, a socialização e a inclusão acontecerão de uma forma mais 
natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALMEIDA, S. Psicologia Escolar: ética e competências na formação e atuação 
profissional. São Paulo: Alínea, 2003. 
 
ALVES, S. D. O.; BARBOSA, K. A. M. Experiências educacionais inclusivas: refletindo 
sobre o cotidiano escolar. In: BRASIL. Experiências educacionais inclusivas: Programa 
educação inclusiva: direito à diversidade. Brasília: MEC, 2006. p. 15-23. Disponível em: 
http://www.saocarlos.sp.gov.br/images/stories/pme/diversidade/programa_ed_inclusiva_di
reito_diversidade.pdf>. Acesso em: 03 de jul de 2011. 
 
APSDOWN. A Psicologia e a Síndrome de Down. 2009. Disponível em:http://www.aps 
down.com.br/?p=276. Acesso em: 13 de julho de 2011. 
 
ARAUJO, C. M. M.; ALMEIDA, S. F. C. (2005). Intervenção institucional: possibilidades de 
prevenção em Psicologia Escolar. Em C. M. M. Araújo & S. F. C. Almeida. Psicologia 
Escolar: construção e consolidação da identidade profissional (pp. 88-98). Campinas, SP: 
Alínea. 
 
ARTIGONAL. O papel do psicólogo na inclusão social dos portadores de necessidades 
especiais. 2009. Disponível em: <http://www.artigonal.com/psicologiaauto-ajuda-artigos/o-papel-do-
psicologo-na-inclusao-social-dos-portadores-de-necessidades-especiais-1532262.html>. Acesso em: 
10 de ago de 2011. 
 
BOWLBY, J. Apego e perda. São Paulo: Martins Fontes, 1993. 
 
BOWLBY, J. Formação e rompimento dos laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 
 
BOWLBY, J. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1989. 
 
BRADT, J.O. Tornando-se Pais: Famílias com Filhos Pequenos. In: CARTER, B; 
MCGOLDRICK, M. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar: uma Estrutura para a 
Terapia Familiar. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1995. 
 
BUKOWITZ, N. S. L.; SILBERNAGEL, F. M. F. A Ludicidade no ensino da matemática 
para sujeitos com Síndrome de Down. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
MATEMÁTICA (ENEM), 9., 2007, Belo Horizonte. Encontro... Belo Horizonte: Diálogos 
entre a pesquisa e a prática educativa, 2007. 
 
BUSCAGLIA, L. Os Deficientes e seus Pais. Trad. Raquel Mendes. 3ª ed. Rio de Janeiro: 
Record, 1997. 
 
CINTRA, R. C. G. G. Educação especial x dança: um diálogo possível. Campo Grande: 
UCDB, 2002. 
 
 CONTINI, M. L. J. Discutindo o conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo 
que atua na Educação. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 20, n. 2, p. 46-59, 2000. 
 
46 
 
CUNNINGHAM, C. Síndrome de Down: uma introdução para pais e cuidadores. 3. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2008. 
 
DI SANTO, J. M. R. Família e escola, uma relação de ajuda. 2008. Disponível em: 
<http://www.centrorefeducacional.pro.br/famiescola.htm>. Acesso em: 23 de setembro de 2011. 
 
FERREIRA, A. B. H. Miniaurélio século XXI escolar: o minidicionário da língua 
portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Novas Fronteiras, 2001. 
 
FIAMENGHI, G. A.; MESSA, A. A. et al. Pais, filhos e deficiência: estudos sobre as 
relações familiares. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 27, n. 2, p. 236-245, 2007. 
 Disponível em: < http://www.ned.ufsc.br/textos/Texto%208%20%20FIAMENGHI%20 
JR%20&%20MESSA.pdf>. Acesso em: 18 maio 2011. 
 
 
FLEURI, R. M. Complexidade e interculturalidade desafios emergentes para a formação de 
educadores em processos inclusivos. In: FÁVERO, O. et. al. Tornar a educação inclusiva. 
Brasília: UNESCO, 2009. 
 
GÓES, M.C.R. Relações entre desenvolvimento humano, deficiência e educação: 
contribuições da abordagem histórico-cultural. In: OLIVEIRA, M.K; SOUZA,D.T.R; REGO, 
T.C. (Orgs). Psicologia, educação e as temáticas da vida contemporânea. São Paulo: 
Moderna, 2002. 
 
 
GOUVÊA, H. D.; FÉLIX, A. M. Síndrome de Down: contextualização e a socialização 
como método facilitador na educação inclusiva. Centro integrado de Tecnologia e Pesquisa 
da Paraíba. 2009. Disponível 
em: <http://www.webartigos.com/articles/43149/1/SINDROME-DE-DOWN-
CONTEXTUALIZACAO-E-A-SOCIALIZACAO-COMO-METODO-FACILITADOR-NA-
EDUCACAO-INCLUSIVA /pagina1.html> Acesso em: 15 mar. 2011. 
 
MACHADO, A.M. 2010. Medicalização e escolarização: por que as crianças não aprendem a 
ler e escrever? Em Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (Org.), Dislexia: subsídios 
para políticas públicas (p. 24-29). São Paulo: CRPSP. Disponível em: 
http://www.crpsp.org.br/dislexia/seminarioDislexiaTranscicoes_05.aspx. Acesso em: 10 set. 
2011. 
 
MANTOAN, M. T. E. Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças. 2008. 
Disponível em: <http://www.inclusive.org.br/?p=50>. Acesso em: 30 abr. 2011. 
 
______. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer. São Paulo: Moderna, 2006. 
 
MITJÁNS-MARTINÉZ, A. Práticas emergentes em Psicologia Escolar. Em A. Mitjáns-
Martínez, Psicologia escolar e compromisso social: novos discursos, novas práticas. 
Campinas, SP: Alínea, 2005. 
 
47 
 
MOREIRA, L. M. A.; EL-HANI, C. N.; GUSMÃO, F. A. F. A Síndrome de Down e sua 
patogênese: considerações sobre o determinismo genético. 
 
Revista Brasileira de 
Psiquiatria, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 96-99, jun. 2000. 
 
NEVES, M. M. B. J. Por uma Psicologia Escolar inclusiva em: Educação Inclusiva – 
Direitos Humanos na Escola. São Paulo: Casa do Psicólogo, p. 107-123, 2005. 
 
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Declaração de 
Salamanca e enquadramento da ação: na área das necessidades educativas especiais. In: 
CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS: 
ACESSO E QUALIDADE, 1994, Salamanca. Anais... Salamanca: UNESCO/Ministério da 
Educação e Ciência de Espanha, 1994. 
 
 
ORSI, M. J. S. Família: reflexosda contemporaneidade na aprendizagem escolar. 
ABPppr, Encontro Paranaense de Psicopedagogia, 1., 2003, Maringá. Anais ...Maringá: 
ABPppr, 2003. Disponível em: <http://www.abpp.com.br/abppprnorte/pdf/a08Orsi03.pdf>. Acesso 
em: 10 de jul de 2011. 
 PAULA, A. A. S. Diversidade e inclusão escolar. Revista Mente e Cérebro. São Paulo, v. 
15, n. 182, p. 24-25, mar. 2008. 
 
PEREIRA-SILVA, N. L.; DESSEN, M. A. Deficiência mental e família: Implicações para o 
desenvolvimento da criança. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 17, n. 2, 133-141, maio/ago. 
2001. 
 
 
POLITY, E. Pensando as dificuldades de aprendizagem à luz das relações familiares. 
In:CONGRESSO BRASILEIRO PSICOPEDAGOGIA, 5, CONGRESSO LATINO-
AMERICANO DE PSICOPEDAGOGIA, 1, ENCONTRO BRASILEIRO DE 
PSICOPEDAGOGOS, 9., Anais ... São Paulo: [S.e.], 2000. P. 131-144. 
 
 
SCHWARTZAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie, 1999. 
 
SIGOLO, S. R. R. L. Favorecendo o desenvolvimento infantil: ênfase nas trocas interativas no 
contexto familiar. In: MENDES, E. G.; ALMEIDA, M. A.; WILLIAMS, L. C. A. 
(Orgs.). Temas em educação especial: avanços recentes. São Carlos: Edufscar, 2004. p. 189-
195. 
 
SILVA, R. N. A. A educação especial da criança com Síndrome de Down. Rio de Janeiro: 
Pedagogia em Foco, 2002. 
 
TANAMACHI, E. R.; MEIRA, M. E. M. A atuação do psicólogo como expressão do 
Pensamento Crítico em Psicologia e Educação. In: MEIRA, M. E. M. ; ANTUNES, M. A. M. 
(Org.). Psicologia Escolar: práticas críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. 
 
VIGOTSKY, L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Ícone, 
1989. 
 
48 
 
______. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos 
superiores 7ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 
 
 VOIVODIC, M. A. M. A. Inclusão escolar de crianças com Síndrome de Down. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Vozes, 2008. 
 
VOIVODIC, M. A. M. A.; STORER, M. R. S. O desenvolvimento cognitivo das crianças 
com Síndrome de Down à luz das relações familiares. Psicologia: Teoria e Prática, v. 4, n. 
2, p 31-40, 2002. Disponível em: <www3.mackenzie.br/editora/index.php/ptp/article/view/10 
57/773>. Acesso em: 18 de maio de 2011. 
 
WERNECK, C. Muito prazer eu existo: um livro sobre pessoas com Síndrome de Down. 
4ª ed. Rio de Janeiro: WVA, 1995.

Outros materiais