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Agosto de 2012 ÍNDICE PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS - ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA ....................................................................................................................................................... 4 - INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS CEGOS E BAIXA VISÃO ................................................................................................................... 5 - O FRACASSO ESCOLAR DE MENINOS E MENINAS: ARTICULAÇÕES ENTRE GÊNERO E COR/RAÇA .............................................. 10 - REFERENCIAL SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (RAADI) ................................ 15 - REFERENCIAL DE EXPECTATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA LEITORA E ESCRITORA NO CICLO II DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................... 19 - ORIENTAÇÕES CURRICULARES: EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) ........ 37 - REFERENCIAL SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS ................................................................................................................................................................. 44 - ORIENTAÇÕES CURRICULARES: PROPOSIÇÃO DE EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) ......................................................................................................................................... 50 - ORIENTAÇÕES CURRICULARES: EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM PARA A EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL ............................... 52 - ORIENTAÇÕES CURRICULARES: TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM ............................................................................................................................................. 58 GESTÃO ESCOLAR - ENSINAR: AGIR NA URGÊNCIA, DECIDIR NA INCERTEZA (CAP. 5) - PERRENOUD, Phillippe .......................................................... 65 - INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA - THURLER, Mônica Gather ....................................................................................................... 67 - FORMANDO PROFESSORES PROFISSIONAIS: QUAIS ESTRATÉGIAS? QUAIS COMPETÊNCIAS? PERRENOUD, Philippe; PAQUAY, Léopold; ALTET, Marguerite e CHARLIER, Évelyne ...................................................................... 71 - PROFESSOR REFLEXIVO NO BRASIL: GÊNESE E CRÍTICA DE UM CONCEITO - PIMENTA, Selma G. .............................................. 72 - AVALIAÇÃO DESMISTIFICADA - HADJI, Charles. ............................................................................................................................... 74 - AVALIAR: RESPEITAR PRIMEIRO, EDUCAR DEPOIS - HOFFMANN, Jussara ....................................................................................83 - AVALIAÇÕES EXTERNAS PODEM AUXILIAR O TRABALHO PEDAGÓGICO DA ESCOLA? - OLIVEIRA, Romualdo ........................... 92 - PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO VIRTUAL - COLL, César e MONEREO, Carles ...................................................................................... 93 - CIBERCULTURA - LÉVY, Pierre ........................................................................................................................................................ 103 - QUANDO A ESCOLA É DEMOCRÁRICA - TOGNETTA, L.RP. e VINHA, TP. ...................................................................................... 108 CURRÍCULOS E PROGRAMAS - PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA - FREIRE, Paulo ............................................. 116 - ENSINAR A LER, ENSINAR A COMPREENDER - COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna ...................................................................... 123 - LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO - LERNER, Délia ............................................................ 126 - APRENDIZAGEM ESCOLAR E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO- COLL, César ......................................................................... 129 - JOVENS E ADULTOS COMO SUJEITOS DE CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM - OLIVEIRA, Marta Kohl ................................... 130 - ENFOQUE GLOBALIZADOE E PENSAMENTO COMPLEXO: UMA PROPOSTA PARA O CURRÍCULO ESCOLAR - ZABALLA, Antoni. .................................................................................................................................. 131 - CICLOS, SERIAÇÃO E AVALIAÇÃO: CONFRONTO DE LÓGICAS - FREITAS, Luiz Carlos de ............................................................ 137 EDUCAÇÃO E SOCIEDADE - ESCOLA, REFLEXIVA E NOVA RECIONALIDADE - ALARCÃO, Isabel ............................................................................................... 140 - O ENSINO BA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: EDUCAÇÃO NA ERA DA INSEGURANÇA. HARGREVES, Andy .......................... 142 M SI N M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE EM S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S INP EE M S IN P EE M S IN P EE M S I P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N PE EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M S IN P EE M P EE M 4 APOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 – SINPEEM BRASIL. Ministério da Educação. SEESP. Atendimento educacional especializado: deficiência física. Brasília: MEC/Seesp, 2007 (p. 105 a 108). Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ aee_df.pdf Com base nos princípios do Desenho Univer- sal e da Lei nº 10.098/00, toda escola deve promo- ver ambiente acessível, eliminando as barreiras ar- quitetônicas e adequando os espaços que atendam à diversidade humana. O Decreto nº 5.296/04, tam- bém estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida e esti- pula um prazo de 30 meses (junho de 2007), para que os lugares públicos se tornem acessíveis. A fiscalização é da responsabilidade dos Mi- nistérios Públicos Estaduais. Para haver uma participação efetiva de alunos com deficiência nas atividades escolares, faz-se necessário um ambiente adequado, com acessibili- dade arquitetônica. É preciso analisar as condições do ambiente numa parceria entre profissionais da educação e profissionais da arquitetura e engenharia, dentro de uma perspectiva ampla de inclusão, atenden- do as especificidades oriundas de cada tipo de dificuldade: motora, sensorial, de comunicação, cognitiva ou múltipla. Para Dischinger e Machado (2006, p...), aces- sibilidade depende das condições ambientais de acesso à informação, das possibilidades de loco- moção e de uso de atividades que permitam aos indivíduos participar da sociedade e estabelecer relações com as demais pessoas. Ainda para Dis- chinger, os projetos arquitetônicos acessíveis po- dem se valer de cinco princípios do Desenho Uni- versal, para a inclusão escolar. São eles: 1 - Direito à equidade, participação: todos os ambientes devem ser desenhados de forma a não segregar ou excluir pessoas, promovendo a sociali- ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA zação e a integração entre indivíduos com diferen- tes condições físicas, mentais e sensoriais. 2 - Direito à independência: todos os espa- ços físicos – pátios, salas, etc... e seus componen- tes – brinquedos, rampas, carteiras etc. – devem permitir o desempenho de atividades de forma in- dependente por todos os usuários. Na impossibili- dade, o indivíduo tem direito a um acompanhante. (Ibid, pág. 158) 3 - Direito à tecnologia assistiva: todos os alunos portadores de necessidades especiais têm direito à utilização de equipamentos, instrumentos, recursos e material técnico-pedagógico, adaptados de uso individual ou coletivo, necessários para o desempenho das atividades escolares. Incluem-se nesta categoria as salas de recurso, computadores com programas especiais, material em braile, etc (Ibid, pag. 159) 4 - Direito ao conforto e segurança: “Todos os ambientes e equipamentos devem possibilitar seu uso e a realização de atividades com conforto e segurança, de acordo com as necessidades es- peciais de cada indivíduo. O desenho deve minimi- zar o cansaço, reduzir o esforço físico, evitar riscos à saúde e acidentes dos usuários.” (Ibid, pág. 160) 5 - Direito à informação espacial: deve estar prevista a possibilidade de acesso à informação espacial necessária para a compreensão, orienta- ção e uso dos espaços. Os princípios do Desenho Universal permitem a compreensão de conceitos de acessibilidade re- lacionados ao espaço físico. Assim sendo, para ir além da exigência das normas técnicas e atender às necessidades de alunos com diferentes tipos de deficiência, é imprescindível o estudo detalha- do das necessidades do ambiente escolar, uma vez que a acessibilidade arquitetônica é um direito ga- rantido por lei, absolutamente fundamental para que as crianças e jovens com deficiência possam acessar todos os espaços de sua escola e partici- par de todas as atividades escolares com segu- rança, conforto e maior independência possível, de acordo com suas habilidades e limitações. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EEM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S IN P EE M P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EM S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N PE EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P M SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I EM S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE MAPOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 – SINPEEM 5 BRASIL. Ministério da Educação. SEESP. Atendimento educacional especializado: deficiência visual. Brasília: MEC/Seesp, 2007 (p. 13 a 27). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ aee_dv.pdf Em um mundo repleto de símbolos gráfico, le- tras e números, que privilegia a visualização - inclu- sive na escola - não é conveniente negligenciar ou ignorar as necessidades decorrentes de limitações visuais. É preciso rever preconceitos e atitudes, co- nhecendo e reconhecendo as diferenças como as- pectos positivos. Cabe à escola criar, descobrir e reinventar estratégias e atividades pedagógicas adequadas às necessidades gerais e específicas dos alunos, visando sua inclusão. Para ajudar o educador, este documento abor- da os conteúdos: baixa visão; alfabetização e apren- dizagem de pessoas cegas e com baixa visão e uso de recursos didáticos para sua educação. Um rápido olhar da professora sobre sua sala de aula é suficiente para lhe trazer vários dados. A observação da posição dos móveis, do comportamen- to dos alunos, dos professores, já lhe traz um contro- le visual. O sistema visual detecta e integra de forma instantânea e imediata mais de 80% dos estímulos no ambiente. Se a professora entrasse na mesma sala com os olhos vendados não conseguiria locali- zar os móveis e portas, ficaria aturdida com o voze- rio, com dificuldade para se deslocar. Quando falta luz elétrica, ficamos também desorientados. Mas a privação real e definitiva da visão é bem diferente da perturbação artificial e momentânea. Os alunos cegos e com baixa visão não são diferentes dos demais nos desejos, curiosidades, motivações, necessidades, convívio e recreação. Devem ser tra- tados como qualquer educando no que se refere aos direitos, deveres e disciplina. Porém, em um am- biente carregado de estímulos visuais, são coloca- dos em situação de desvantagem. Necessitam de um ambiente estimulador, de mediadores e condi- ções favoráveis à exploração de seu referencial perceptivo particular. INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS CEGOS E BAIXA VISÃO1. Quando falta a visão A criança que enxerga bem estabelece uma comunicação visual com o mundo exterior desde os primeiros meses de vida. Acompanha movimentos das pessoas e dos objetos sem sair do lugar. A vi- são integra os outros sentidos, permite associar som e imagem, imitar um gesto ou comportamento e explorar o mundo. A cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perce- ber cor, tamanho, distância, forma, posição ou mo- vimento. Pode ser: - congênita – quando ocorre desde o nasci- mento - adventícia ou adquirida – em decorrência de causas orgânicas ou acidentais Também pode-se observar a surdocegueira, quando se associa à perda da audição ou a outras deficiências. Às vezes a perda da visão ocasiona a extirpa- ção do globo ocular e a consequente necessidade de uso de próteses oculares. Se a falta da visão afetar apenas um dos olhos (visão monocular), o outro assumirá as funções visuais sem causar trans- tornos significativos no que diz respeito ao uso sa- tisfatório e eficiente da visão. Os sentidos têm as mesmas características e potencialidades para todas as pessoas. O desen- volvimento aguçado da audição, do tato, do olfato e do paladar é resultante da ativação contínua des- ses sentidos por força da necessidade. Cada pes- soa desenvolve processos particulares de codifica- ção que formam imagens mentais. A habilidade para compreender, interpretar e assimilar a informação será ampliada de acordo com a pluralidade das ex- periências e vivências. O sistema háptico é o tato ativo, constituído por componentes cutâneos e sinestésicos, através dos quais impressões, sensações e vibrações detecta- das pelo indivíduo são interpretadas pelo cérebro e constituem fontes valiosas de informação. As pes- soas surdocegas se comunicam pelo tadoma, uma comunicação tátil que permite entender a fala de uma pessoa, ao perceber as vibrações e os movi- M SI N M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE EM S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N PE EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EM SI N P EE M SI NP EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M S IN P EE M P EE M 6 APOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 – SINPEEM mentos articulatórios dos lábios e maxilares com a mão sobre a face do interlocutor. 2. Baixa visão A definição de baixa visão (ambliopia, visão subnormal ou visão residual) é complexa. Pode en- volver desde a simples percepção de luz até a re- dução da acuidade e do campo visual que interfe- rem ou limitam a execução de tarefas e o desem- penho geral. O nistagmo, movimento rápido e in- voluntário dos olhos, causa uma redução da acui- dade visual e fadiga durante a leitura, o que se ve- rifica também no albinismo (falta de pigmentação congênita que afeta os olhos e limita a capacidade visual). Uma pessoa com baixa visão e os que lidam com ela normalmente ficam em uma situação mui- to angustiante. A aprendizagem visual depende não apenas do olho, mas também da capacidade do cérebro de realizar as suas funções, de capturar, codificar, selecionar e organizar imagens fotogra- fadas pelos olhos e guardá-las na memória. Das crianças identificadas como legalmente cegas, mais de 70% possuem alguma visão útil e é importante estabelecer uma relação entre essa mensuração e o uso prático da visão. Condições para o desenvolvimento da eficiên- cia visual: 1) o amadurecimento ou desenvolvimento dos fatores anatômicos e fisiológicos do olho, vias óti- cas e córtex cerebral. 2) o uso dessas funções, o exercício de ver. 2.1. Avaliação funcional da visão Na avaliação funcional da visão considera-se a acuidade visual (distância de um ponto ao outro em uma linha reta por meio da qual um objeto é visto), o campo visual (amplitude e a abrangência do ângulo da visão em que os objetos são focaliza- dos) e o uso eficiente do potencial da visão (quali- dade e do aproveitamento do potencial visual de acordo com as condições de estimulação e de ati- vação das funções visuais). Isso explica a discrepância no que se refere à desenvoltura e segurança na realização de tarefas, na mobilidade e percepção de estímulos ou obstá- culos. A evidência das alterações orgânicas que reduzem significativamente a acuidade e o campo visual deve ser contextualizada, considerando-se a interferência de fatores emocionais, as condições ambientais e as contingências de vida do indiví- duo. A avaliação funcional da visão revela dados sobre o nível da consciência visual, a recepção, assimilação, integração e elaboração dos estímu- los visuais, desempenho e uso funcional do poten- cial da visão. 2.2. O desempenho visual na escola Alunos com baixa visão ou que oscilam entre o ver e o não ver possuem dificuldades de per- cepção em ambientes mal iluminados, muito cla- ros ou ensolarados, sem contraste, tridimensio- nais ou em movimento costumam causar erros de interpretação nos professores. O trabalho com alunos com baixa visão precisa estimular a utili- zação plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes para como superar dificuldades e conflitos emocionais. Os principais sintomas de baixa visão na esco- la são: tentar remover manchas, esfregar excessi- vamente os olhos, franzir a testa, fechar e cobrir um dos olhos, balançar a cabeça ou movê-la para fren- te ao olhar para um objeto próximo ou distante, le- vantar para ler, copiar faltando letras, trocar pala- vras e sílabas, piscar muito, chorar, irritar-se, trope- çar diante de pequenos objetos, aproximar livros ou objetos para bem perto dos olhos, desconforto ou intolerância à claridade, trocar a posição do livro, desinteresse ou dificuldade em participar de jogos que exijam visão de distância. Para que o aluno com baixa visão desenvolva a capacidade de enxergar, o professor deve, atra- vés de atividades prazerosas e motivadoras, des- pertar o interesse em utilizar a visão potencial, de- senvolver a eficiência visual, estabelecer o concei- to de permanência do objeto, e facilitar a explora- ção dirigida e organizada. O desempenho visual está relacionado com a aprendizagem e o ambiente deve ser de calma, encorajamento e confiança. Além dis- so, o professor deve proporcionar ao aluno condi- ções para uma boa higiene ocular de acordo com recomendações médicas. O planejamento de atividades e a organização do trabalho pedagógico ficam mais fáceis através do conhecimento do desenvolvimento global do alu- no, diagnóstico, avaliação funcional da visão, o con- texto familiar e social, bem como as alternativas e os recursos disponíveis. SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S IN P EE M P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN PEE M S IN P EE M S IN P EE M EM S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N PE EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P M SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I EM S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE MAPOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 – SINPEEM 7 2.3. Recursos ópticos e não-ópticos Recursos ou auxílios ópticos são lentes de uso especial ou dispositivo formado por um conjunto de lentes, geralmente de alto poder, utilizados por al- guns indivíduos mediante prescrição e orientação oftalmológica, dependendo de cada caso ou pa- tologia. É um trabalho da pedagogia, psicologia, orientação e mobilidade. As escolhas e os níveis de adaptação desses recursos em cada caso devem ser definidos a partir da conciliação das necessida- des específicas, diferenças individuais, faixa etária, preferências, interesses e habilidades adequadas. 2.3.1. Recursos ópticos Recursos ópticos para longe: telescópio, te- lessistemas, telelupas e lunetas. Recursos ópticos para perto: óculos espe- ciais com lentes de aumento (óculos bifocais, len- tes esferoprismáticas, lentes monofocais esféricas, sistemas telemicroscópicos). Lupas manuais ou lupas de mesa e de apoio: ampliam fontes para a leitura, dimensões de ma- pas, gráficos e figuras. Quanto maior a ampliação do tamanho, menor o campo de visão com diminui- ção da velocidade de leitura e maior fadiga visual. 2.3.2. Recursos não-ópticos Tipos ampliados: ampliação de fontes, sinais e símbolos em livros e outros. Acetato amarelo: diminui a incidência de cla- ridade sobre o papel. Plano inclinado: carteira adaptada, com a mesa inclinada para conforto visual e estabilidade da coluna vertebral. Acessórios: lápis 4B ou 6B, canetas de ponta porosa, suporte para livros, cadernos com pautas pretas espaçadas, tiposcópios (guia de leitura), gra- vadores. Softwares com magnificadores de tela e Pro- gramas com síntese de voz. Chapéus e bonés: ajudam a diminuir o reflexo da luz.. Circuito fechado de televisão — CCTV: apa- relho acoplado a um monitor de TV que amplia até 60 vezes as imagens e as transfere para o monitor. 2.4. Recomendações úteis É aconselhável posicionar a carteira em local onde não haja reflexo de iluminação no quadro ne- gro, a aproximadamente um metro do quadro negro na parte central da sala, sem incidência de clarida- de direta nos olhos e de maneira que o aluno não escreva na própria sombra. O trabalho deve ser adaptado de acordo com a condição visual do alu- no, em certos casos concedendo maior tempo para o término das atividades. Deve-se também evitar iluminação excessiva em sala de aula, colocando o aluno em lugar sombrio se ele tiver fotofobia (difi- culdade de ver bem em ambiente com muita luz). O material utilizado pelo aluno deve ser nítido, com espaçamento adequado, em papel fosco, para não refletir a claridade. As tarefas devem ser expli- cadas com palavras. 3. Alfabetização e aprendizagem Para um aprendizado completo e significativo é importante estimular todos os sentidos, incentivar o comportamento exploratório, a observação e a experimentação. A falta de conhecimento, de estí- mulos, de condições e de recursos adequados pode reforçar o comportamento passivo, inibir o interes- se e a motivação. A escassez de informação res- tringe o conhecimento em relação ao ambiente. A linguagem é um valioso instrumento de inte- ração com o meio físico e social; amplia o desen- volvimento cognitivo por favorecer os relacionamen- tos e proporciona os meios de controle do que está fora de alcance pela falta da visão. Trata-se de uma atividade complexa que engloba a comunicação e as representações. É tarefa do educador observar como os alunos se relacionam e verificar a qualida- de da comunicação. As crianças cegas operam com dois tipos de conceitos: 1) aqueles que têm significado real para elas a partir de suas experiências; 2) aqueles que fazem referência a situações visuais, que embora sejam importantes meios de comunicação, podem não ser adequadamente com- preendidos ou decodificados e ficam desprovidos de sentido. Nesse caso, essas crianças podem uti- lizar palavras sem nexo ou significado, por não ba- searem-se em experiências diretas e concretas. Esse fenômeno é denominado verbalismo e sua preponderância pode ter efeitos negativos em rela- M SI N M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE MSI N P EE N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE EM S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N PE EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M S IN P EE M P EE M 8 APOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 – SINPEEM ção à aprendizagem e ao desenvolvimento. Algumas crianças cegas congênitas podem manifestar maneirismos, ecolalia e comportamen- tos estereotipados. Isso porque a falta da visão com- promete a imitação e deixa um vazio a ser preen- chido com outras modalidades de percepção. 3.1. Espaço físico e mobiliário A configuração do espaço físico não é percebi- da da mesma forma por alunos cegos e pelos que enxergam. Por isso todos os ambientes da escola devem ser explorados e assimilados. As portas de- vem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar imprevistos ou acidentes. O mobiliário deve ser estável e qualquer alteração deve ser avisada. Convém reservar um espaço na sala de aula com mobiliário adequado para a disposição dos instru- mentos utilizados por esses alunos que devem in- cumbir-se da ordem e organização do material. 3.2. Comunicação e relacionamento A falta da visão desperta curiosidade, interes- se, inquietações e impacto no ambiente escolar. Costuma ser abordada de forma pouco natural e pouco espontânea porque os professores não sa- bem como proceder em relação aos alunos cegos. Eles manifestam dificuldade de aproximação e de comunicação, não sabem o que e como fazer. É necessário explicitar o conflito e dialogar com a si- tuação, com novas atitudes, procedimentos e pos- turas, inclusive com a família dos alunos. Todos precisam criar o hábito de evitar a comunicação gestual e visual na interação com esses alunos. É recomendável também evitar a fragilização ou a su- perproteção e combater atitudes discriminatórias. 3.3. O Sistema Braille O código ou meio de leitura e escrita das pes- soas cegas baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros símbolos gráficos. A combinação dos pon- tos é obtida pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verti- cais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braille. Foi criado por Louis Braille, em 1825, na França.Alfabeto Braille (Leitura) Disposição universal dos 63 sinais simples do Sistema Braille A 1ª série utiliza os pontos superiores 1245. A 2º série é resultante da adição do ponto 3 a cada um dos sinais da 1º série. A 3º série é resultante da adição do pontos 3 e 6 aos sinais da 1º série, e assim sucessivamente. Alfabeto Braille A escrita braille é realizada por meio de uma reglete (régua de madeira, metal ou plástico com um conjunto de celas braille dispostas em linhas horizontais sobre uma base plana) e punção (ins- trumento em madeira ou plástico no formato de pêra ou anatômico, com ponta metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela Braille) ou de uma máquina de escrever braille. O movimento de perfuração é realizado da di- reita para a esquerda e a leitura da esquerda para a direita. É um processo lento devido à perfuração de cada ponto, exige boa coordenação motora e difi- culta a correção de erros. A máquina de escrever tem seis teclas básicas correspondentes aos pon- tos da cela braille. O toque simultâneo de uma com- binação de teclas produz os pontos que correspon- dem aos sinais e símbolo desejados. É um meca- nismo de escrita mais rápido, prático e eficiente. A escrita em relevo e a leitura tátil requerem o desenvolvimento de habilidades específicas, sensi- bilidade, destreza, coordenação bimanual, discrimi- nação, etc. Por isso, o aprendizado do sistema brai- lle deve ser realizado em condições adequadas, de forma simultânea e complementar ao processo de alfabetização dos alunos cegos. É recomendável que os educadores dominem o alfabeto braille e te- nham noções básicas do sistema. Uma das alter- nativas para os educadores é o Braille Virtual, um SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S IN P EE M P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EM S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N PE EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P M SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE MS IN P EE M S I EM S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE MAPOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 – SINPEEM 9 curso on-line, criado e desenvolvido por uma equi- pe de profissionais da Universidade de São Paulo (USP) – com o objetivo de possibilitar o aprendiza- do do sistema braille de forma simples, gratuita e lúdica. O programa para download está disponível em: http://www.braillevirtual.fe.usp.br. Os meios in- formáticos e as impressoras ampliam significativa- mente as possibilidades de produção e impressão braille. 3.4. Atividades Algumas atividades devem ser adaptadas com antecedência e outras durante a sua realização por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfa- tiva ou outra referência. Em filmes ou documentá- rios, excursões e exposições é recomendável a des- crição oral de imagens, cenas e leitura de legenda simultânea se não houver dublagem, a apresenta- ção de resumos e contextualização da atividade. Os desenhos, os gráficos e as ilustrações devem ser adaptados e representados em relevo. Nas disciplinas deve haver adaptações: na lín- gua estrangeira deve prevalecer a conversação; na biologia e ciências, os experimentos devem utilizar vários canais de coleta de informação; na educa- ção física podem-se utilizar barras, cordas, bolas com guiso etc. Atividades que envolvem expressão corporal, dramatização, arte, música podem ser desenvolvidas com pouca ou nenhuma adaptação. Em resumo, os alunos cegos podem e devem participar de praticamente todas as atividades com diferentes níveis e modalidades de adaptação que envolve criatividade, confecção de material e coo- peração entre os participantes. 3.5. Avaliação É necessário estender o tempo de avaliação. Alguns procedimentos e instrumentos de avaliação baseados em referências visuais devem ser altera- dos ou adaptados por meio de representações e relevo (desenhos, gráficos, diagramas, gravuras, uso de microscópios). É recomendável valer-se de exercícios orais. A adaptação e produção de mate- rial, a transcrição para o sistema braille podem ser realizadas em salas multimeios, núcleos, serviços ou centros de apoio pedagógico. Se não houver nin- guém na escola que domine o sistema braille, será igualmente necessário fazer a conversão da escrita braille para a escrita em tinta. 4. Recursos didáticos Os recursos destinados ao Atendimento Edu- cacional Especializado devem ser variados, adap- tados e de qualidade e explorar todos os sentidos, com estímulos visuais e táteis, com cores contras- tantes, texturas e tamanhos adequados para que se torne útil e significativo. Com bom senso e criati- vidade, é possível selecionar, confeccionar ou adap- tar recursos abrangentes ou de uso específico. Os sólidos geométricos, jogos de encaixe, ligue-ligues e similares podem ser compartilhados com todos os alunos sem necessidade de adaptação. Outros podem ser adaptados (jogos, instrumentos de me- dir, mapas de encaixe) ou produzidos com material de baixo custo e sucata. Os materiais confecciona- dos devem ser resistentes, simples e de fácil manu- seio, seguros, fiéis ao modelo original, atraentes e agradáveis ao tato, com diferentes texturas, perti- nentes à faixa etária e em tamanho adequado. Anotações M SI N M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE EM S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N PE EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EEM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S I M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M EM SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P E SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M SI N P EE M S IN P EE M P EE M 10 APOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 – SINPEEM Marília Pinto de Carvalho Ministério da Educação . In: Adriana Piscitelli, Hildete Pereira de Melo, Sonia W. Maluf e Vera Lúcia Puga (Org.). Olhares feministas. Brasília: Ministério da Educação (MEC) - Unesco, 2009 O objetivo desta pesquisa é conhecer os pro- cessos através dos quais se produz no ensino fun- damental, o fracasso escolar maior entre crianças negras do sexo masculino, de acordo com o que as estatísticas educacionais brasileiras vêm indicando há algumas décadas. Este estudo foca os proces- sos que têm conduzido um maior número de meni- nos do que meninas – e, dentre eles, um maior nú- mero de meninos negros que brancos – a obter no- tas baixas ou conceitos negativos, e a ser indicados para atividades de recuperação. Na década de 1960, os homens tinham 2,4 anos de escolaridade em média e as mulheres 1,9, refle- tindo um acesso em geral muito baixo à escola, e ainda pior para as mulheres. A ampliação do aces- so à escola nos últimos 40 anos elevou as médias nacionais, hoje em torno de seis anos de escolari- dade, ao mesmo tempo em que beneficiou as mu- lheres que, em 1999, apresentavam 5,9 anos de estudo em média, contra 5,6 para o sexo masculi- no. Essa diferença aparece de forma muito clara nos dados sobre níveis de analfabetismo, divididos por faixas etárias e sexo. As taxas de analfabetismo são menores en- tre os jovens, devido ao maior acesso à escola em comparação a adultos e idosos. Mas por sexo, nas faixas etárias acima de 45 anos encontramos mais mulheres que homens analfabetos, enquan- to na faixa de 15 a 19 anos temos quase o dobro de rapazes (5,3%) que moças analfabetas (2,7%). A grande maioria desses jovens analfabetos pas- sou pela escola e não conseguiu se apropriar da ferramenta da leitura e escrita, com uma trajetó- ria escolar marcada pela repetência e pela eva- são, que indica que a escola está fracassando frente a um grupo grande de jovens que concen- tra uma maioria do sexo masculino. Essa diferen- ça entre homens e mulheres se torna mais com- plexa ao se considerar também a variável “cor” ou “raça”, apontando os maiores problemas no O FRACASSO ESCOLAR DE MENINOS E MENINAS: ARTICULAÇÕES ENTRE GÊNERO E COR/RAÇA grupo de alunos negros do sexo masculino. Ao longo dos anos 90, as diversas políticas de melhoria do fluxo escolar conduziram à aceleração de estudos, à organização do ensino em ciclos e à aprovação automática de alunos. A grande diminui- ção nas taxas de repetência obtida não indica uma real melhoria no acesso ao conhecimento e nem mesmo uma efetiva diminuição dos problemas es- colares de disciplina e aprendizagem. Essas políti- cas, parecem ter resultado positivamente numa maior inclusão escolar, mas levaram a uma grande pressão sobre os professores para que aprovem o maior número possível de alunos nas séries em que ainda existe a reprovação (finais de ciclo). Em relação à diferença de desempenho es- colar entre os sexos, encontramos reconhecimen- to do tema como merecedor de reflexão, na medi- da em que havia certa concordância de que os me- ninos apresentariam maiores problemas, ao apre- sentar a proposta da pesquisa à equipe de orien- tação escolar e em reunião com o conjunto de pro- fessores e professoras. Na literatura, a discussão sobre as razões do fracasso escolar é antiga e saudável e tem oscila- do entre dois pólos: a culpabilização das famílias e a busca de causas intraescolares. A complexi- dade do debate vem indicando que múltiplas di- mensões interferem nesse processo e que é pre- ciso considerar as condições socioeconômicas e culturais de origem da criança e as condições de funcionamento das escolas, o preparo dos pro- fessores, os critérios de avaliação, etc. O que não se tem abordado com a devida profundidade é que no grupo daqueles que fracassam na escola, ou grupo do qual a escola fracassa em ensinar, os meninos são em número maior que as meninas e dentre os meninos, os negros em maior propor- ção que os brancos. A desigualdade racial impôs-se como catego- ria indispensável à análise à medida que se eviden- ciavam diferenças no interior do próprio grupo dos meninos e se buscava caracterizar aqueles com problemas escolares. Foi adotado o conceito de “raça social”, confor- me Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, como “cons- trutos sociais, formas de identidade baseadas numa SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE SI N P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P EE M S IN P S IN P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE M SI N P EE
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