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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Vamos dar início a nossa aula de ho- je! Aula 6: Das férias: do direito a férias e da sua duração; da concessão e da época das férias; da remuneração e do abono de férias. Do salário mínimo: irredutibilidade e garantia. Do salário e da remuneração: conceito e distinções; composição do salário; modalidades de salário; formas e meios de pagamento do salário; 13.º salário. Da equiparação salarial; do princípio da igualdade de salário; do desvio de função. 6.1. Férias: O direito às férias anuais remuneradas, com o acréscimo de pelo menos 1/3 a mais do que o salário normal é assegurado, constitucionalmente, aos trabalhadores urbanos e rurais. Art. 7º. CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; ¾ Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Trata-se do denominado período concessivo de férias que estudaremos, mais adiante. É importante destacar: ¾ As férias, em regra, deverão ser concedidas de uma só vez. Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. ¾ Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 2 ¾ Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. ¾ A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. ¾ O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados. O empregador será quem decidirá a época da concessão das férias a seu empregado. Há apenas a ressalva, quanto ao empregado menor de 18 anos e estudante, que terá o direito de gozar as suas férias no mesmo período de suas férias escolares. Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Art. 133 da CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 3 IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. § 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. § 3º Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. Art. 131 da CLT Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 4 VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. Art. 132 da CLT O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa. Período Aquisitivo e Período Concessivo de Férias: Período Concessivo de férias é aquele período de até doze meses, que após os doze meses anteriores completos de aquisição do direito às férias, o empregador deverá conceder o gozo das mesmas. Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. § 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. Período aquisitivo de férias são os doze meses de vigência do contrato de trabalho, no qual o empregado adquirirá o direito às férias. As férias poderão ser integrais quando o empregado trabalhar os doze meses ou proporcionais, que ocorrerá a cada período incompleto de férias na proporção 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias, conforme estabelece o art. 146 da CLT. Quando as férias não forem concedidas nos doze meses a contar do término do período aquisitivo elas deverão ser concedidas em dobro. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 5 Art. 137 da CLT Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. § 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. § 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgãolocal do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo. É importante destacar a Súmula 81 do TST estabelece que quando os dias de férias forem gozados após o período legal de concessão, o empregador deverá remunerar em dobro apenas o tempo que ultrapassar o período concessivo. Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. Exemplificando: Aníbal começou a trabalhar para a empresa XX em 10/02/2004, sendo assim em 10/02/2005 ele teria adquirido o direito ao gozo de 30 dias de férias que deverão ser gozadas até 10/02/2006 (Período Concessivo). Suponhamos que ele tenha iniciado o gozo de suas férias em 01/02/2006, neste caso ele teria direito a receber em dobro o período de 11/02/2006 em diante. Os artigos 130 e 130-A da CLT são muito cobrados em concursos públicos, o primeiro trata do período e da gradação das férias dos empregados que trabalhem no regime normal de contrato de trabalho. Já o segundo refere-se às férias do empregado que possua um contrato de trabalho a tempo parcial. O contrato de trabalho a tempo parcial é aquele cuja duração não exceda a 25 horas semanais, conforme estabelece o art. 58-A da CLT. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 6 O empregado que for contratado pelo regime a tempo parcial, que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do seu período aquisitivo de férias, terá o seu período de férias reduzido à metade. Quando o empregado faltar injustificadamente durante o período aquisitivo haverá uma gradação no seu período de férias, uma vez que é vedado descontar das férias do empregado as suas faltas durante o período aquisitivo. Assim, elaborei um quadro esquemático com os dois artigos para facilitar a memorização da gradação das férias em ambos os casos. Observem a seguir o teor dos mesmos e logo abaixo, o quadro esquemático: Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. Art. 130-A da CLT - Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 7 II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas; III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas; IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas; V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas; VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Parágrafo único - O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. Dica: Observem que na tabela cinza do quadro abaixo os dias de férias vão abatendo o número 6 e na tabela verde vão abatendo o número 2. Regime Normal Art. 130 da CLT Tempo Parcial Art. 130- A da CLT Até 5 faltas 30 dias de férias 22 à 25 h. semanais 18 dias de férias 6 a 14 faltas 24 dias de férias 20 à 22 h. semanais 16 dias de férias 15 a 23 faltas 18 dias de férias 15 à 20 h. semanais 14 dias de férias 24 a 32 faltas 12 dias de férias 10 à 15 h. semanais 12 dias de férias Mais de 32 faltas Não terá férias 5 à 10 h. semanais 10 dias de férias Igual ou inferior à 5 h. semanais 8 dias de férias Mais de 7 faltas Reduz à metade CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 8 Atenção: Das Férias Coletivas: Art. 139 da CLT Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. § 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. § 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho. Art. 140 da CLT Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. Art. 141 da CLT Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, mediante carimbo, anotações de que trata o art. 135, § 1º. § 1º - O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem, para cada empregado, as férias concedidas. § 2º - Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à quitação mencionada no parágrafo único do art. 145. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 9 § 3º - Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo empregado. Remuneração, Abono e efeitos na rescisão contratual: O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. ¾ É importante destacar: ⇒ Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias. ⇒ Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias. ⇒ Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. ⇒ A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. ⇒ Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias. ⇒ Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme,será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 10 Art. 143 da CLT É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono. § 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. (NR). O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de 20 (vinte) dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. A data para o pagamento da remuneração e do abono de férias será até depois dias antes do início do período de férias do empregado, observem o art. 145 da CLT. Art. 145 da CLT O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias. As normas que dispõe sobre férias estão contidas nos artigos 129/153 da CLT. É importante lembrar que a Súmula 7 do TST estabelece como base de cálculo para as férias indenizadas a remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou quando ocorrer a extinção do contrato. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 11 Súmula 7 do TST A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato. Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449. Abaixo transcrevo outras importantes Súmulas referentes ao tema férias: Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. Súmula 171 do Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT). A anotação na CTPS do empregado do contrato de trabalho é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, ainda que de caráter temporário. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 12 Portanto, não podemos falar em prescrição do direito de ação para reclamar contra a não anotação da CTPS, pois as normas que estabelecem apenas anotações sem repercussão nas verbas trabalhistas são imprescritíveis, sendo declaratória a ação intentada para a anotação da CTPS, podendo a demanda ser ajuizada a qualquer tempo. Já quanto a pretensão de receber os créditos resultantes da relação de trabalho, há que se respeitar o prazo prescricional estabelecido no art. 7º da CF/88. O prazo prescricional das férias está regulamentado no art. 149 da CLT. Art. 149 da CLT A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. Outras Súmulas importantes: Súmula 253 do TST A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina. Súmula 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Súmula 10 do TST É assegurado aos professores o pagamento dos salários no período de férias escolares. Se despedido sem justa causa ao terminar o ano letivo ou no curso dessas férias, faz jus aos referidos salários. Súmula 328 do TST O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 13 6.2. Do Salário: A doutrina traz algumas denominações para o salário e para facilitar o estudo de vocês elaborei um quadro esquemático, observem abaixo: Tipos de Salário: Salário Básico: É a contraprestação paga pelo empregador ao empregado poderá ser em dinheiro somente ou parte em dinheiro e parte em utilidades. Pelo menos 30% deverá ser pago em dinheiro. Salário In Natura: É a parte do salário que é paga em utilidades, com habitualidade Habitualidade + Gratuidade Para o trabalho × Pelo trabalho Sobre-salários: É a prestação que integra o complexo salarial como complementos do salário básico. Arts. 457, parágrafos 1º e 2º da CLT. Salário Complessivo: É o pagamento englobado sem discriminação das verbas quitadas ao empregado. È Vedado (Súmula 91 do TST) Súmula 46 do TST As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina. Súmula 89 do TST Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para o cálculo do período de férias. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 14 Súmula 91 do TST SALÁRIO COMPLESSIVO Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Forma de Pagamento: O salário deve ser pago em dinheiro. A CLT exige o pagamento em moeda corrente do País (art. 463) e considera não efetuado o pagamento em moeda estrangeira (art. 463, parágrafo único). Art. 463 da CLT A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. A portaria 3.281,de 1984, do Ministério do Trabalho, autoriza as empresas situadas em perímetro urbano, com o consentimento do empregado ,o pagamento dos salário e remunerações das férias através de conta bancária aberta para esse fim em nome de cada empregado, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho, ou em cheque emitido diretamente pelo empregador. O salário poderá ser pago em utilidades que é a forma de pagamento na qual o empregado recebe em bens econômicos. Nem todo o salário pode ser pago em utilidades, uma vez que 30% necessariamente do seu valor terão que ser em dinheiro. A lei (CLT, art. 458) dispõe que “além de pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. drogas. Essa é figura denominada salário em utilidades ou in natura. Dispositivos da CLT referentes ao salário: Art. 459 da CLT O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. § 1º - Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 15 Art. 460 da CLT Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito. Art. 463 da CLT A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. Art. 464 da CLT O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo Parágrafo único - Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. Art. 465 da CLT O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior. Súmula 381 do TST O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º. Art. 466 da CLT - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 16 § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação. § 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. Parcelas Salariais: Conforme estabelece o art. 457 da CLT, as parcelas que são consideradas salariais incluem-se no salário do empregado, já as parcelas não salariais não se incluem no salário do empregado, observem abaixo: Art. 457 da CLT Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. Segundo entendimento sumulado do TST, as gorjetas integrarão a remuneração do empregado quando cobradas na nota de serviço ou espontaneamente ofertada pelos clientes, porém não servirão de base de cálculo para as parcelas do aviso prévio, do adicional noturno, das horas extras e do repouso semanal remunerado. Súmula 354 TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 17 § 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados. Há duas importantes Súmulas a respeito da matéria, a 101 e a 318 do TST: Súmula 101 do TST Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinqüenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens. Súmula 318 do TST Tratando-se de empregado mensalista, a integração das diárias no salário deve ser feita tomando-se por base o salário mensal por ele percebido e não o valor do dia de salário, somente sendo devida a referida integração quando o valor das diárias, no mês, for superior à metade do salário mensal. Observem atentamente as parcelas que integram e as que não integram o salário do empregado: ¾ Integram o salário do empregado: a) a importância fixa estipulada; b) as comissões; c) as percentagens; d) as gratificações ajustadas; e) as diárias para viagem que excedam a 50% do salário do empregado. f) os abonos pagos pelo empregador. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 18 ¾ Não se incluem nos salários: a) as ajudas de custo; b) as diárias para viagem que não excedam a 50% do salário recebido pelo empregado. Conceito das formas especiais de salário: ¾ ABONOS: Abono significa adiantamento em din- heiro, antecipação salarial. ¾ ADICIONAIS: Adicional, significa algo que se acrescenta, sendo um acréscimo salarial que tem como causa o trabalho em condições mais gravosas para quem o presta. Como exemplo de adicionais podemos citar os adicionais por horas extraordinárias (art. 59, CLT), por serviços noturnos (art. 73, CLT), insalubres (art. 192, CLT), perigosos (art. 193, parágrafo 1o. CLT) e por transferência de local de serviço (art. 469 da CLT). ¾ COMISSÕES: É a retribuição com base em percentuais sobre os negócios que o vendedor efetua, ou seja, salário por comissão. ¾ GRATIFICAÇÕES: Por gratificações devemos entender tudo o que for fornecido ao empregado por liberalidade do empregador, ou seja, sem que haja imposição legal neste sentido. As gratificações integram a remuneração base dos empregados para todos os efeitos dela emanados e, assim, são computadas para o cálculo da remuneração do repouso, das férias, da indenização, dos depósitos do FGTS, conforme poderemos observar na Súmula 253 do TST, muito abordada em provas de concursos públicos. Súmula 253 do TST A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias edo aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 19 O salário não poderá sofrer desconto, salvo adiantamento, dispositivo de lei ou norma coletiva, conforme estabelece o art. 462 da CLT. Trata-se do denominado princípio da intangibilidade salarial. Art. 462 da CLT Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. Quando ocorrer dolo do empregado, ou seja, a intenção de causar o dano ao empregador o desconto salarial será lícito independentemente de ter sido acordado entre o empregado e o seu empregador tal possibilidade. Já quando ocorrer culpa do empregado que acarrete o dano ao seu empregador o desconto somente será lícito quando esta possibilidade haja sido acordada entre o empregado e o seu empregador. São modalidades de culpa a imprudência, a imperícia e a negligência. Exemplificando: Quando o empregado que for motorista dirigir em alta velocidade acarretando um acidente de trânsito ele foi imprudente. Quando um médico empregado realizar uma cirurgia de alto risco sem deter os conhecimentos necessários para tal ele foi imperito. Ao passo que quando o empregado que porteiro abandonar por períodos ainda que pequenos a portaria para bater papo com amigos, ele estará sendo negligente. § 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 20 § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos empregados. § 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. É importante citar a lei 10.820/2003 que em seu artigo 1º estabelece a possibilidade de os empregados autorizarem de forma irrevogável e irretratável o desconto em folha de pagamento dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos e operações financeiras. É importante lembrar, também e citar a Súmula 342 do TST e a OJ 251 da SDI-1 do TST: Súmula 342 do TST Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. OJ 251 da SDI - 1 do TST É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. A doutrina considera como modalidades de salário o salário por tempo, por tarefa e por produção, observem os conceitos abaixo: ¾ Salário por tempo: é aquele pago em função do tempo no qual o trabalho foi prestado ou o empregado permaneceu à disposição do empregador. Sendo assim, será considerada a hora, o dia, a semana, a quinzena e o mês em que o trabalho foi prestado. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 21 ¾ Salário por produção: Esse tipo de salário é aquele calculado com base no número de unidades produzidas pelo empregado. O pagamento semanal, quinzenal ou mensal é efetuado calculando-se o total das unidades multiplicado pela tarifa unitária. ¾ Salário por tarefa: É aquele pago com base na produção do empregado em determinado período de tempo. 6.3. 13º Salário: A gratificação de Natal é conhecida como 13º salário, sendo um direito constitucionalmente assegurado a todos os trabalhadores urbanos e rurais a partir da CF/88. Art. 7 º, VIII da CF/88 Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; A gratificação de Natal, conhecida como 13 o. salário,foi instituída pela Lei 4090, de 13/07/1962, regulamentada pelo Decreto 57.155, de 03/11/1965, e alterações posteriores. Será devida a todo empregado, inclusive o rural, safrista, o doméstico, o avulso. Corresponderá a uma gratificação de 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês trabalhado. A base de cálculo da remuneração é a devida no mês de dezembro do ano em curso ou a do mês do acerto rescisório, se ocorrido antes desta data. Observem as seguintes informações que são muito abordadas em provas e concursos: ¾ O Décimo Terceiro é devido por mês trabalhado, ou fração do mês igual ou superior a 15 dias. ¾ O empregado tem o direito de receber o adiantamento da primeira parcela junto com suas férias, desde que o requeira no mês de janeiro do ano correspondente. ¾ O empregador não está obrigado a pagar o adiantamento do Décimo Terceiro a todos os empregados no mesmo mês. ¾ A gratificação de Natal será ainda devida na extinção do contrato por prazo determinado, na cessação da relação de emprego por motivo de aposentadoria, e no pedido de dispensa pelo empregado. ¾ Não terá direito ao Décimo Terceiro o empregado que for dispensado por justa causa. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 22 Observem o que diz a Lei 4.090/62: Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. § 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. § 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior. § 3º - A gratificação será proporcional: I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. Art. 2º - As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins previstos no § 1º do art. 1º desta Lei. Art. 3º - Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida nos termos dos paragrafos 1º e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a remuneração do mês da rescisão. 6.4. Da remuneração: Salário é a contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades (salário in natura). É importante ressaltar que pelo menos 30% do salário terão que ser pagos em dinheiro. A remuneração é a soma da contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades, com a quantia recebida pelo empregado de terceiros, a título de gorjetas. É importante ao conceituarmos o salário, falar do Princípio dairredutibilidade salarial que estabelece que o salário não possa ser reduzido, salvo por acordo ou convenção coletiva. Este princípio está previsto no art. 7º, VI da Constituição Federal. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 23 Art. 7º VI da CF/88 - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; b) Distinções: Conforme estudamos no conceito acima descrito, vocês puderam observar que a remuneração é o salário acrescido das gorjetas pagas ao empregado. Observem abaixo as distinções entre a remuneração e o salário: Remuneração (salário + gorjeta) → Conceito de salário: É a contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades (in natura). → Gorjetas: Gorjeta é o pagamento indireto realizado em dinheiro e por terceiros. O parágrafo 3º do art. 457 da CLT estabelece que serão consideradas gorjetas além da importância fixa estipulada na nota de serviço, a importância espontaneamente dada pelos clientes ao empregado. → Remuneração: É a soma da contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades, com a quantia recebida pelo empregado de terceiros, a título de terceiros. Art. 457, caput da CLT Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Segundo entendimento sumulado do TST, as gorjetas integrarão a remuneração do empregado quando cobradas na nota de serviço ou espontaneamente ofertada pelos clientes. Súmula 354 TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 24 Do Salário In natura: É a forma de pagamento na qual o empregado recebe em bens econômicos. A CLT permite o pagamento em utilidades, como alimentação, habitação etc. Porém, nem todo o salário pode ser pago em utilidades, uma vez que 30% necessariamente do seu valor terão que ser em dinheiro. Art. 458 da CLT Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º - Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo (arts. 81 e 82). Súmula 258 do TST Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. § 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 25 V - seguros de vida e de acidentes pessoais; VI - previdência privada; VII - (VETADO). § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário- utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. Súmula 241 do TST O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. § 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário- utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. 6.5. Equiparação Salarial: A igualdade salarial para trabalho de igual valor é um princípio constitucional que está expresso no art. 7º, XXX da CF/88, e esta igualdade deverá existir em razão dos salários e também em razão das funções exercidas. Os incisos XXX e XXXI do art. 7º da CF/88 decorrem do Princípio da Isonomia, preconizado no art. 5º da Constituição Federal, que determina que todos deverão ser tratados de forma igual perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 26 Na verdade devemos interpretar esta igualdade salarial preconizada no art. 5º como uma igualdade real ou substancial, ou seja, dar tratamento igual aos iguais. Assim, entre empregados que exerçam as mesmas funções, com as mesmas condições técnicas há que prevalecer a igualdade salarial. Assim, o gerente de uma empresa poderá receber mais do que o empregado que não exerça tal função, uma vez que a igualdade que prevalece é a igualdade real ou substancial. O gerente tem atribuições distintas do empregado, o que não irá impedir que o empregado receba o mesmo salário do que o gerente caso comprove que exerce as mesmas funções e preenche todos os requisitos previstos no art. 461 da CLT para ter direito à equiparação salarial. A Equiparação Salarial é um tema muito abordado, nas provas, e os seus requisitos estão elencados nas Súmulas 6 e 127 do TST e no art. 461 da CLT. Há, também, algumas orientações jurisprudenciais, que estudaremos mais adiante. O importante é saber que a equiparação salarial será devida entre dois empregados, que tenham cargos diferentes, desde que eles desempenhem as mesmas funções na empresa e que estejam presentes, todos os outros requisitos da equiparação salarial. Os principais requisitos da equiparação salarial são: ¾ Identidade de funções (não importa a denominação do cargo); ¾ Trabalho de igual valor (mesma produtividade e igual perfeição técnica); ¾ Mesmo empregador; ¾ Mesma localidade (município ou região metropolitana); ¾ Simultaneidade na prestação de serviços; ¾ Inexistência de quadro organizado em carreira; ¾ Contemporaneidade na prestação de serviços; ¾ Diferença de tempo de serviço na função não superior a dois anos entre o paradigma e o paragonado; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 27 Assim, preenchidos os requisitos do art. 461 da CLT e da Súmula 6 do TST a equiparação salarial será possível entre o paragonado e o paradigma. É importante esclarecer que oparagonado é aquele que está requerendo a equiparação salarial e o paradigma é o modelo por ele apontado. O paradigma não poderá ser empregado readaptado (art. 461 da CLT). O inciso III da Súmula 6 do TST estabelece que não importará se os cargos têm ou não a mesma denominação, para efeito de equiparação salarial, desde que o empregado e paradigma exerçam a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas. Art. 461 da CLT Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento. § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antigüidade, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 28 ............................................................................................................. Vou mencionar a seguir, um Bizu de prova que coloquei no curso de Súmulas e OJs! BIZU DE PROVA: A OJ 379 publicada recentemente,é a minha dica para a prova, por isso peço atenção especial com esta nova OJ. ............................................................................................................... Súmulas e Orientações Jurisprudenciais que tratam da equiparação salarial: Súmula 127 do TST Quadro de pessoal organizado em carreira, aprovado pelo órgão competente excluída a hipótese de equiparação salarial, não obsta reclamação fundada em preterição, enquadramento ou reclassificação. Súmula 6 do TST I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da ad- ministração direta, autárquica e fundacional, aprovado por ato adminis- trativo da autoridade competente. II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. OJ-SDI1-379 EMPREGADO DE COOPERATIVA DE CRÉDITO. BANCÁRIO. EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE (22.04.2010). Os empregados de cooperativas de crédito não se equiparam a bancário, para efeito de aplicação do art. 224 da CLT, em razão da inexistência de expressa previsão legal, considerando, ainda, as diferenças estruturais e operacionais entre as instituições financeiras e as cooperativas de crédito. Inteligência das Leis nº 4.594, de 29.12.1964, e 5.764, de 16.12.1971. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 29 IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior. VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificat- ivo ou extintivo da equiparação salarial. IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovada-mente, pertençam à mesma região metropolitana. OJ 353 da SDI-1 do TST À sociedade de economia mista não se aplica a vedação à equiparação prevista no art. 37, XIII, da CF/1988, pois, ao contratar empregados sob o regime da CLT, equipara-se a empregador privado, conforme disposto no art. 173, § 1º, II, da CF/1988. OJ 297 da SDI-1 do TST O art. 37, inciso XIII, da CF/1988, veda a equiparação de qualquer natureza para o efeito de remuneração do pessoal do serviço público, sendo juridicamente impossível a aplicação da norma infraconstitucional prevista no art. 461 da CLT quando se pleiteia equiparação salarial entre servidores públicos, independentemente, de terem sido contratados pela CLT. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 30 OJ 296 da SDI -1 do TST Sendo regulamentada a profissão de auxiliar de enfermagem, cujo exercício pressupõe habilitação técnica, realizada pelo Conselho Regional de Enfermagem, impossível a equiparação salarial do simples atendente com o auxiliar de enfermagem. Desvio de função: Quando o empregador adota o plano de cargos e salários ou institui o quadro de carreira, ele deverá cumpri-lo. Sendo assim, quando o empregado for admitido em determinada função deverá, ao preencher os requisitos descritos no plano ou no quadro de carreira para a promoção, ser reenquadrado para outra função. Há situações na qual o empregado exerce na empresa atribuições de nível superior hierárquico, descritas no quadro de carreira e está enquadrado em funções de nível inferior. Neste caso ocorrerá o desvio de função e o empregado terá direito a receber as diferenças salariais, conforme orientação jurisprudencial do TST (OJ 125 da SDI- 1 do TST). OJ 125 da SDI- 1 do TST O simples desvio funcional do empregado não gera direito a novo enquadra-mento, mas apenas às diferenças salariais respectivas, mesmo que o desvio de função haja iniciado antes da vigência da CF/1988. 6.6. Questões de Prova: 1. (FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região) Quando o empregador fornecer in natura uma ou mais das parcelas do salário mínimo, o salário em dinheiro será determinado pela fórmula Sd= Sm – P, em que Sd representa o salário em dinheiro, SM o salário mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na região. De acordo com o Decreto-lei n 5.452/43, o salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a a) 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região. b) 35% (trinta e cinco por cento) do salário mínimo fixado para a região. c) 40% (quarenta por cento) do salário mínimo fixado para a região. d) 45% (quarenta e cinco por cento)do salário mínimo fixado para a região. e) 50% (cinqüenta por cento) do salário mínimo fixado para a região. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVAwww.pontodosconcursos.com.br 31 2. (UnB/CESPE –-Analista Judiciário – TRT 17.ª Região - 2009) Julgue os itens a seguir, a respeito do direito do trabalho. 71 O salário-família é um direito assegurado na CF aos trabalhadores, inclusive à categoria dos empregados domésticos. 3. (FCC Técnico Judiciário/ TRT-PI/ 2004) Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto salarial: a) Não será lícito, nem mesmo com a concordância do empregado, posto que o salário é irredutível. b) Será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo por parte do empregado. c) Será lícito apenas na ocorrência de dolo por parte do empregado. d) Será lícito, desde que exista autorização do sindicato representante da categoria profissional. e) Será lícito desde que exista autorização do Sindicato representante da categoria econômica. 4. (UnB/CESPE – Juiz do Trabalho – TRT 5ª Região/2006) Cláudio trabalhava para a pessoa jurídica Delta, na função de auxiliar de cargas, com jornada de trabalho de 8 horas e 48 horas semanais, com intervalo para repouso e refeição de uma hora, e remuneração de R$ 1.200,00. Em virtude de acordo coletivo de trabalho, celebrado com o Sindicato da categoria a que Cláudio pertence, foi adotado em Delta o regime de compensação de horas extraordinárias. Após seis meses de trabalho na função, Cláudio acumulou 27 horas suplementares não compensadas, momento em que passou a desempenhar as funções de auxiliar de cargas em regime de tempo parcial, com jornada de 4 horas e 22 horas semanais e remuneração de R$ 500,00. Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta. a) A remuneração de Cláudio no período em que desempenhou suas funções em regime de tempo parcial, está em valor superior ao mínimo legal permitido. b) Se Cláudio for demitido sem Justa causa e, no ato da rescisão ainda não houverem sido compensadas as 27 horas suplementares acumuladas, Cláudio terá direito ao pagamento das horas extras, CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 32 calculadas com base no valor da remuneração que ele recebia à época em que tais horas foram efetivamente prestadas. c) Delta poderá requerer a redução do intervalo de uma hora para descanso e refeição, concedido a seus empregados, que será deferido por ato do Ministro do Trabalho, quando ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os empregados não estiverem sob o regime de horas extraordinárias. d) A validade da mudança de Cláudio do regime integral para o regime parcial de jornada de trabalho independe de acordo ou convenção coletiva. e) Se Cláudio, no período em que passou a desempenhar as suas funções em regime de tempo parcial tiver cinco faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. 5. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/ 2006) Constituiu descon- to salarial ilícito: a) o ressarcimento de dano decorrente de dolo do empregado. b) o adiantamento salarial. c) o pagamento de empréstimo concedido por instituição financeira, previsto em contrato. d) o ressarcimento de dano decorrente de culpa do empregado, previsto em contrato. e) o uniforme de trabalho. 6. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/ 2006) No que diz respeito à disciplina normativa e ao entendimento jurisprudencial sobre a remuneração, é correto afirmar: a) A mora salarial contumaz pode dar ensejo à rescisão indireta do contrato de trabalho, mas pode ser elidida com o pagamento dos atrasados realizado na primeira audiência designada em processo trabalhista. b) O chamado salário complessivo é admissível no caso em que haja consentimento inequívoco do empregado. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 33 c) O salário-família tem natureza previdenciária e é devido aos trabalhadores rurais desde que haja previsão contratual ou convencional a esse respeito. d) O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno. e) O vale-refeição fornecido para o trabalho, tem caráter salarial e integra a remuneração do trabalhador, gerando reflexos, entre outras parcelas, em repousos semanais remunerados, horas extras, férias, aviso prévio, FGTS e gratificação natalina. 7. (UnB/CESPE – SERPRO/ 2010) Com relação à equiparação salarial, julgue. 100 Considere a seguinte situação hipotética. Em uma empresa que não possui quadro de carreira, Mirian e Jaqueline trabalham na função de secretária sênior. Mirian está há dez anos na empresa, sendo que há um ano exerce a função atual e recebe salário correspondente a R$ 3.200,00. Jaqueline, por sua vez está na empresa há cinco anos e, desde o início da prestação de serviços, trabalha como secretária sênior, recebendo o salário de R$ 4.200,00. Nessa situação hipotética, Mirian tem o direito à equiparação salarial, podendo indicar Jaqueline como paradigma. 8. (PGE/PI – Procurador/2008) Ana e Clara foram contratadas pela empresa Tudo Limpo Ltda. na mesma época. Ana, auxiliar de serviços de escritório recebia remuneração de R$ 1.000,00 por mês e Clara, supervisora de escritório, recebia salário de R$ 1.500,00. Ambas possuíam níveis de escolaridade e qualificação profissional semelhantes. Após um ano, Clara foi demitida sem justa causa e Ana foi designada para substituí-la na função de supervisora, mas continuou a receber salário de R$ 1.000,00, razão pela qual moveu reclamação trabalhista contra a empresa, pleiteando equiparação salarial com Clara. A respeito da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta. a) É devida a equiparação salarial, já que Ana possuía a mesma qualificação técnica de Clara. b) É devida a equiparação salarial, pois não havia diferença de tempo de serviço superior a dois anos entre Ana e Clara. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 34 c) Não é devida a equiparação salarial, já que um dos requisitos da equiparação, a simultaneidade na prestação dos serviços entre o paradigma e o trabalhador que requer a equiparação não foi preenchido. d) Não é devida a equiparação, pois a empresa pode estabelecer, dentro do seu poder de mando, condições diferenciadas entre empregados. e) Não é devida a equiparação, mas sim o pagamento de diferenças salariais. 9. (FCC - Analista Judiciário/TRT- GO/2008) Samanta, João e Diego são empregados da empresa GGG na modalidade de regime de tempo parcial com jornada semanal, respectivamente, de vinte horas, oito horas e vinte e cinco horas. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o gozo de dezoito dias de férias caberá legalmente apenas a (A) Diego e Samanta. (B) Samanta. (C) João. (D) Diego. (E) Diego e João. 10. (FCC- Técnico Judiciário/TRT – Campinas/2009) Maria iniciou o gozo de suas férias ainda no período concessivo, mas terminou após o referido período. Neste caso, (A) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu último salário, em razão da infração administrativa cometida pela empresa. (B) como Marta iniciou o gozo de suas férias no período concessivo, todos os dias serão remunerados de forma simples. (C) como Marta terminou o gozo de suas férias após o período concessivo, todos os dias serão remunerados em dobro. (D) os dias de férias gozadas após o período concessivo deverão ser remunerados em dobro. (E) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu último salário, em razão da infraçãolegal cometida pela empresa. 11. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) A propósito do direito às férias, aponte a opção incorreta. a) O trabalhador estudante com idade inferior a 18 anos terá direito a gozar suas férias juntamente com as férias escolares. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 35 b) Desde que esteja devidamente assistido por seu sindicato, pode o trabalhador negociar o direito às férias com seu empregador. c) Denomina-se período aquisitivo o compreendido entre o instante da admissão no emprego e os doze meses subseqüentes, quando são computadas as faltas injustificadas para a definição da duração das férias. d) A falta de concessão das férias no período adequado gera ao empregador a obrigação de indenizá-las em dobro. e) Os empregados integrantes de uma mesma família, vinculados ao mesmo empregador, terão direito ao gozo de férias em período coincidente, se assim desejarem se disso não resultar prejuízo ao normal desenvolvimento da atividade empresarial. 12. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) Sobre as férias, aponte a opção incorreta. a) O período de duração das férias anuais é definido em função do número de faltas injustificadas ao trabalho, computadas ao longo do período aquisitivo. b) O período em que o trabalhador está em gozo de férias é considerado como tempo de serviço para todos os efeitos legais. c) As faltas resultantes de acidente do trabalho sofrido pelo trabalhador, com duração igual ou inferior a seis meses, não são consideradas para a fixação do período de duração das férias. d) Ao empregador é facultado descontar das férias as faltas injustificadas ao trabalho, observado o limite de sete dias por ano. e) Não são consideradas faltas ao trabalho as ausências geradas em razão de prisão preventiva do trabalhador, desde que não seja denunciado pelo Ministério Público ou que seja absolvido pelo Judiciário. 13. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2010) Acerca do instituto das férias, é correto afirmar: a) a depender da livre conveniência do empregador e da necessidade do trabalho, serão as férias concedidas sem dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. b) o abono de férias concedido na forma da lei, bem como o decorrente de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento empresarial, de convenção ou acordo coletivo de trabalho integrarão a remuneração do empregado, independentemente do valor e para todos os fins. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 36 c) independentemente do tempo de serviço, havendo cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja sua causa, será devido ao empregado a remuneração em dobro correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. d) a concessão das férias suspende o contrato de trabalho, de forma que o período respectivo não é computado como tempo de serviço. e) poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores, e os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. 14. (CESPE/Analista Administrativo/TRT/16ª Região/2005) Em cada um dos itens que se sucedem, é apresentada uma situação hipotética acerca do direito a férias e do FGTS, seguida de uma assertiva a ser julgada. 74 Um ano depois de ter sido contratada, Flávia recebeu notícia de seu empregador de que suas férias teriam duração de 26 dias, em razão de 4 ausências injustificadas ao trabalho ao longo do ano anterior. Nessa situação, incorrem equívoco o empregador, pois as férias deverão ser concedidas integralmente. 15. (FCC- Analista Judiciário – Área Administrativa/TRT/SP/2004) Durante o período aquisitivo do direito a férias, um empregado faltou cinco vezes ao serviço. Nesse caso terá direito a férias de: a) 30 dias corridos, recebendo também, o abono de 1/3. b) 30 dias corridos, mas não receberá o abono de 1/3. c) 25 dias corridos, recebendo também o abono de 1/3. d) 25 dias corridos sem o abono de 1/3. e) 24 dias corridos sem o abono de 1/3. 16. (FCC – Analista Judiciário – Biblioteconomia – TRT 18ª região/2008) Considere as assertivas abaixo a respeito da gratificação de natal. I. São destinatários da gratificação natalina, dentre outros, os empregados urbanos, rurais, os trabalhadores avulsos e os domésticos. II. O cálculo da gratificação de natal é efetuado com base na remuneração do mês de dezembro e observará o tempo de serviço do empregado, sofrendo descontos de contribuições sociais. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 37 III. A gratificação de natal corresponderá a 1/12 da remuneração para cada mês de serviço do ano correspondente. IV. O adicional noturno e a gorjeta não são componentes da remuneração, não sendo computados no cálculo da gratificação de natal. Está correto o que consta APENAS em (A) I e II. (B) II, III e IV. (C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II e IV. 17. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2010) Assinale a opção correta. a) Para o cálculo das férias, deve ser considerada a média dos salários fixos apurada durante o período aquisitivo, com integração, também, pela média duodecimal, de outras parcelas de caráter salarial recebi- das habitualmente. b) Pode-se considerar “salário normativo” tanto o menor parâmetro (valor) definido para certa categoria profissional, por meio de sentença normativa ou de convenção ou de acordo coletivo de trabalho, como a equivalência de remuneração entre o trabalhador temporário e os empregados da mesma categoria da empresa tomadora dos serviços temporários. c) São características do salário: o caráter alimentar e forfetário, a disponibilidade relativa, a irrenunciabilidade, a periodicidade, a inter- mitência, a tendência à determinação autônoma e a pósnumeração. d) Tanto no cálculo das férias como da gratificação natalina, deve ser considerada a integração, pela média, das gorjetas, porquanto, embora pagas por terceiros, compõem a remuneração do trabalhador. e) O décimo terceiro salário é direito de todo empregado, incluindo os trabalhadores domésticos e os rurícolas, mas não é devido no caso dos safristas informalmente contratados e na hipótese de rescisão con- tratual por culpa recíproca. ............................................................................................................. Gabarito: 1. 6. 11. 16. 2. 7. 12. 17. 3. 8. 13. 4. 9. 14. 5. 10. 15. .............................................................................................................. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 38 6.7. Questões de Prova comentadas: 1. (FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região) Quando o empregador fornecer in natura uma ou mais das parcelas do salário mínimo, o salário em dinheiro será determinado pela fórmula Sd= Sm – P, em que Sd representa o salário em dinheiro, SM o salário mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na região. De acordo com o Decreto-lei n 5.452/43, o salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a a) 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região. b) 35% (trinta e cinco por cento) do salário mínimo fixado para a região. c) 40% (quarenta por cento) do salário mínimo fixado para a região. d) 45% (quarenta e cinco por cento)do salário mínimo fixado para a região. e) 50% (cinqüenta por cento) do salário mínimo fixado para a região. Comentários: (art. 82, parágrafoúnico da CLT) Art. 82 da CLT Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salário mínimo, o salário em dinheiro será determinado pela fórmula Sd = Sm - P, em que Sd representa o salário em dinheiro, Sm o salário mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na região. Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região. 2. (UnB/CESPE –-Analista Judiciário – TRT 17.ª Região - 2009) Julgue os itens a seguir, a respeito do direito do trabalho. 71 O salário-família é um direito assegurado na CF aos trabalhadores, inclusive à categoria dos empregados domésticos. Comentários: Incorreta. O empregado doméstico não terá direito ao salário-família. É importante lembrar que o salário-família será devido ao empregado e ao trabalhador avulso que for de baixa renda e tiver filho de qualquer condição até 14 anos ou inválido. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 39 3. (FCC Técnico Judiciário/ TRT-PI/ 2004) Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto salarial: a) Não será lícito, nem mesmo com a concordância do empregado, posto que o salário é irredutível. b) Será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo por parte do empregado. c) Será lícito apenas na ocorrência de dolo por parte do empregado. d) Será lícito, desde que exista autorização do sindicato representante da categoria profissional. e) Será lícito desde que exista autorização do Sindicato representante da categoria econômica. Comentários: Letra B. Dano causado pelo empregado Dolo: desconta o dano do salário independente de acordo entre as partes Culpa: desconta desde que haja acordo entre as partes Vide art. 462 da CLT 4. (UnB/CESPE – Juiz do Trabalho – TRT 5ª Região/2006) Cláudio trabalhava para a pessoa jurídica Delta, na função de auxiliar de cargas, com jornada de trabalho de 8 horas e 48 horas semanais, com intervalo para repouso e refeição de uma hora, e remuneração de R$ 1.200,00. Em virtude de acordo coletivo de trabalho, celebrado com o Sindicato da categoria a que Cláudio pertence, foi adotado em Delta o regime de compensação de horas extraordinárias. Após seis meses de trabalho na função, Cláudio acumulou 27 horas suplementares não compensadas, momento em que passou a desempenhar as funções de auxiliar de cargas em regime de tempo parcial, com jornada de 4 horas e 22 horas semanais e remuneração de R$ 500,00. Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta. a) A remuneração de Cláudio no período em que desempenhou suas funções em regime de tempo parcial, está em valor superior ao mínimo legal permitido. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 40 b) Se Cláudio for demitido sem Justa causa e, no ato da rescisão ainda não houverem sido compensadas às 27 horas suplementares acumuladas, Cláudio terá direito ao pagamento das horas extras, calculadas com base no valor da remuneração que ele recebia à época em que tais horas foram efetivamente prestadas. c) Delta poderá requerer a redução do intervalo de uma hora para descanso e refeição concedido a seus empregados, que será deferido por ato do Ministro do Trabalho, quando ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os empregados não estiverem sob o regime de horas extraordinárias. d) A validade da mudança de Cláudio do regime integral para o regime parcial de jornada de trabalho independe de acordo ou convenção coletiva. e) Se Cláudio, no período em que passou a desempenhar as suas funções em regime de tempo parcial tiver cinco faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. Comentários: a) Esta assertiva está incorreta porque a remuneração de Cláudio está em valor inferior ao mínimo legal permitido (RS 600,00). O art. 58-A da CLT que estabelece o trabalho em regime a tempo parcial dispõe em seu parágrafo 1º que o salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada em relação aos empregados que cumprem, na mesma função tempo integral. b) O erro desta assertiva é que o valor das horas extraordinárias seria calculado com base na remuneração da data da rescisão, conforme o artigo 59, parágrafo 3º da CLT. c) (Correta – art. 71, parágrafo 3º da CLT) d) (Incorreta) A validade da mudança de Cláudio do regime integral para o regime a tempo parcial depende de acordo ou convenção coletiva de trabalho, conforme o parágrafo 2º do art. 58-A da CLT. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 41 e) (Incorreta) O art. 130 – A da CLT estabelece que o empregado submetido ao regime a tempo parcial terá as suas férias reduzida à metade quando tiver mais de 7 faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo. 5. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/ 2006) Constituiu descon- to salarial ilícito: a) o ressarcimento de dano decorrente de dolo do empregado. b) o adiantamento salarial. c) o pagamento de empréstimo concedido por instituição financeira, previsto em contrato. d) o ressarcimento de dano decorrente de culpa do empregado, previsto em contrato. e) o uniforme de trabalho. Comentários: Letra E. O uniforme de trabalho fornecido ao empregado para a prestação dos serviços não poderá ser descontado dos salários, não sendo também considerado salário-utilidade como estudamos anteriormente. O salário não poderá sofrer desconto, salvo adiantamento, dispositivo de lei ou norma coletiva, conforme estabelece o art. 462 da CLT. Os descontos referidos nas letras “A” e “D” são lícitos porque o art. 462, parágrafo 1º da CLT o permitem. Já o caput do art. 462 da CLT permite o desconto referido na letra “B”. 6. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/ 2006) No que diz respeito à disciplina normativa e ao entendimento jurisprudencial sobre a remuneração, é correto afirmar: a) A mora salarial contumaz pode dar ensejo à rescisão indireta do contrato de trabalho, mas pode ser elidida com o pagamento dos atrasados realizado na primeira audiência designada em processo trabalhista. b) O chamado salário complessivo é admissível no caso em que haja consentimento inequívoco do empregado. c) O salário-família tem natureza previdenciária e é devido aos trabalhadores rurais desde que haja previsão contratual ou convencional a esse respeito. d) O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 42 e) O vale-refeição fornecido para o trabalho, tem caráter salarial e integra a remuneração do trabalhador, gerando reflexos, entre outras parcelas, em repousos semanais remunerados, horas extras, férias, aviso prévio, FGTS e gratificação natalina. Comentários: Súmula 60 do TSTI - O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os efeitos. II- Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. a) Incorreta porque a Súmula 13 do TST estabelece que o só pagamento dos salários em audiência não elide a mora capaz e determinar a rescisão do contrato de trabalho. Súmula 13 do TST O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho. b) O salário
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