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TCC ALINE CELESTINO FINAL 27.07.2017

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC - UNISOCIESC 
 
 
 
 
ALINE CELESTINO 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE COMPOSTOS DE 
POLI (CLORETO DE VINILA) COM DIFERENTES PLASTIFICANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOINVILLE 
2017 
2 
 
ALINE CELESTINO 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE COMPOSTOS DE 
POLI (CLORETO DE VINILA) COM DIFERENTES PLASTIFICANTES 
 
 
 
 
 
O presente trabalho foi desenvolvido e 
apresentado como pré-requisito parcial 
para a conclusão do curso de Engenharia 
Química. 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profa. Drª. Palova S. Balzer 
 
 
 
 
 
Joinville 
2017 
3 
 
 
ALINE CELESTINO 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE COMPOSTOS DE 
POLI (CLORETO DE VINILA) COM DIFERENTES PLASTIFICANTES 
 
 
 
 
 
Este trabalho foi apresentado a Unisociesc 
como pré-requisito para a obtenção de 
grau de Bacharel em Engenharia Química. 
 
 
 
 
Joinville, 12 de julho de 2017. 
 
 
 
 
______________________________________ 
Prof.ª(Drª Palova S. Balzer) 
 
 
_____________________________________ 
Prof.ª (Drª Katiusca W. Miranda) 
 
 
______________________________________ 
Prof.ª (Drª Janaína L. L. Howarth) 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho: 
- Aos meus pais, pela compreensão, amor e carinho e apoio incondicional; 
- Aos meus amigos, pelas risadas e momentos de descontração; 
- Ao meu namorado Willian, pelo amor, carinho e paciência nos dias mais difíceis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A minha orientadora, Dr. Palova Balzer, pelo conhecimento compartilhado, 
paciência e tempo disponibilizado. 
A Unisociesc por disponibilizar o laboratório para efetuação dos 
procedimentos necessários. 
Ao Anderson Silva, aluno de Iniciação Cientifica da Dr. Palova, por me ajudar 
com os métodos de mistura para a obtenção dos filmes. 
A Patrícia Miranda da Cristal Master, pelos materiais fornecidos como Drapex 
e estabilizantes, pela obtenção dos filmes na calandra nas dependências da 
empresa e compartilhar seus conhecimentos sobre o assunto. 
Ao Robson Alves, Laboratorista da Unisociesc, pelos ensaios térmicos. 
Ao Augusto Cesar Tavares, Laboratorista da Unisociesc, pelos ensaios de 
tração. 
A Febratec- Tecjato pelo uso das dependências para realização do ensaio de 
resistência química. 
A Dr. Marcia Duarte por ter sido minha orientadora de Iniciação Cientifica com 
o tema de plastificantes e pela ajuda na analise dos resultados de TGA e DSC. 
Aos membros da banca por terem aceitado o convite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Que os vossos esforços desafiem as 
impossibilidades, lembrai-vos de que 
as grandes coisas do homem foram 
conquistadas do que parecia 
impossível.” 
(Charles Chaplin) 
 
7 
 
RESUMO 
 
O poli(cloreto de vinila) (PVC) é atualmente o polímero mais utilizado em diversas 
áreas tais como médica, alimentícia, construção civil, entre outras. O PVC é um 
material amorfo e rígido, sendo necessária a incorporação de alguns aditivos para a 
obtenção de algumas características conhecidas como flexibilidade, cor, 
cristalinidade. Dentre os aditivos mais utilizados, destaque-se o plastificante Dioctil 
Ftalato (DOP) por seu baixo custo e características interessantes, porém o mesmo 
vem sendo alvo de vários estudos, pois sobre algumas condições favoráveis pode 
migrar para superfície do material, podendo comprometer a saúde humana. Outros 
estudos relatam que o DOP pode causar danos testiculares e câncer. Assim visa-se 
substituir o plastificante por outros não tão nocivos a saúde humana, com 
características semelhantes, como a policaprolactona diol(PCL-diol) e óleo de soja 
epoxidado (OSE). Os filmes foram obtidos por calandragem, com formulações já 
sugeridas anteriormente pela literatura. Assim, foram avaliados os comportamentos 
térmicos com ensaios de DSC e TGA, mecânico com o ensaio de tração e químico 
com o ensaio de resistência química em três diferentes meios, água, n-heptano e 
óleo de oliva. No ensaio de TG contatou-se que houve duas temperaturas de 
degradação máxima em cada amostra, com valores muito similares entre eles 
viabilizando o processamento dos filmes. No ensaio de DSC detectaram-se as 
temperaturas de transição vítrea para O PVC, não foi possível detectar as 
temperaturas de Tg dos plastificantes e nenhuma temperatura do sistema PVC-OSE. 
No ensaio de resistência química constatou-se uma migração do plastificante OSE 
de 9% em meio aquoso e 6% em óleo de soja, já o DOP teve uma migração 
significativa de 10% em n-heptano. No ensaio de tração foram encontrados bons 
índices de deformação e resistência a tração do sistema PVC-PCL-diol. Em geral os 
resultados obtidos demonstram uma as propriedades dos filmes de PVC-PCL-diol 
foram similares aos PVC-DOP viabilizando uma possível substituição. 
 
Palavras chave: Poli(cloreto de vinila). Poli(caprolactona). Dioctil Ftalato. Óleo de 
Soja Epoxidado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
ABSTRACT 
 
Poly (vinyl chloride) (PVC) is currently the most widely used polymer in many areas 
such as medical, food, construction, among others. PVC is an amorphous and rigid 
material, incorporating some additives to obtain some characteristics known as 
flexibility, color, crystallinity. Among the most used additives, the plasticiser Dioctyl 
Phthalate (DOP) stands out for its low cost and interesting characteristics, but the 
same has been the target of several studies, because on some favorable conditions 
it can migrate to the surface of the material and can compromise health Human. 
Other studies report that PDO can cause testicular damage and cancer. The aim is to 
replace the plasticizer with others not so harmful to human health, with similar 
characteristics, such as polycaprolactone diol (PCL-diol) and epoxidized soybean oil 
(OSE). The films were obtained by calendering, with formulations previously 
suggested in the literature. Thus, the thermal behavior was evaluated with DSC and 
TGA tests, mechanical with the tensile test and chemical with the test of chemical 
resistance in three different media, water, n-heptane and olive oil. In the TG test it 
was found that there were two maximum degradation temperatures in each sample, 
with very similar values between them, allowing the processing of the films. In the 
DSC test the glass transition temperatures for PVC were detected, it was not 
possible to detect the Tg temperatures of the plasticizers and no temperature of the 
PVC-OSE system. In the chemical resistance test a migration of the OSE plasticizer 
of 9% in aqueous medium and 6% in soybean oil was observed, whereas the DOP 
had a significant migration of 10% in n-heptane. In the tensile test, good deformation 
and tensile strength values of the PVC-PCL-diol system were found. In general, the 
results show that the properties of PVC-PCL-diol films were similar to PVC-DOP, 
making possible a possible substitution. 
 
 
Keywords: Poly (vinyl chloride). Poly (caprolactone). Dioctyl Phthalate. Epoxidized 
Soybean Oil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Formação do PVC a Partir das Unidades Básicas .............................. 20 
Figura 2 – Micrografia obtida por MicroscopiaEletrônica de Varredura (MEV) de 
uma Amostra de PVC Polimerizado por Suspensão ............................................ 23 
Figura 3 – Mecanismo de plastificação do PVC segundo Doolittle ...................... 26 
Figura 4 – Estrutura Química DOP ....................................................................... 28 
Figura 5 – Estrutura Química OSE ....................................................................... 29 
Figura 6 – Estrutura Química PCL-diol ................................................................. 30 
Figura 7 – Fluxograma Processo Metodológico ................................................... 36 
Figura 8 – Amostras de PVC- Plastificantes Identificadas .................................... 37 
Figura 9 – Filmes de PVC Obtidos com Diferentes Plastificantes ........................ 38 
Figura 10 – Curva de TGA para as amostras de PVC-PCL-diol ........................... 41 
Figura 11 – Curva de TGA para as amostras de PVC-DOP ................................. 43 
Figura 12 – Curva de TGA para as amostras de PVC-OSE ................................. 43 
Figura 13 - Curvas de DSC para os Compostos PVC-PCL-diol, PVC-DOP e PVC-
OSE ...................................................................................................................... 44 
Figura 14 – Amostras de PVC-Plastificantes em Óleo de Oliva, Água e N-heptano
 ............................................................................................................................. 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Aplicação do PVC no Brasil em 2009 ................................................. 21 
Tabela 2 – Principais Produtores de PVC em 2013 .............................................. 22 
Tabela 3 – Materiais Utilizados ............................................................................. 35 
Tabela 4 – Formulação Utilizada para o Composto de PVC................................. 30 
Tabela 5 – Parâmetros de Solubilidade dos Solventes ........................................ 40 
Tabela 6 – Resultados da Temperatura de Degradação e da Perda de Massa Obtidos 
no Ensaio de TGA ................................................................................................ 43 
Tabela 7 – Resultados da Temperatura de Transição Vítrea ................................ 44 
Tabela 8 – Resistencia Química em Óleo de Oliva dos Compostos de PVC 
plastificados com DOP, PCL-diol e OSE .............................................................. 46 
Tabela 9 - Resistencia Química em N-Heptano dos Compostos de PVC plastificados 
com DOP, PCL-diol e OSE ................................................................................... 47 
Tabela 10 - Resistencia Química em Água dos Compostos de PVC plastificados com 
DOP, PCL-diol e OSE ........................................................................................... 47 
Tabela 11 – Resultados Obtidos do Ensaio de Tração para Os filmes de PVC puro e 
PVC com os Plastificantes ................................................................................... 48 
Tabela 12 – Resultados Obtidos no Ensaio de Tração com os Diferentes 
Plastificantes ........................................................................................................ 49 
 
 
 
 
 
11 
 
LISTA DE EQUAÇÕES 
 
Equação 1 – Equação de Índice de Intumescimento ........................................... ....39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Estudo Recentes Sobre Plastificantes Alternativos ao PVC .............. 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
12 – Parâmetro de interação da mistura 
ATBC – Acetil Tributil Citrato 
Cal/cm³ - Caloria por Centímetros cúbicos
CIS – Comunidade dos Estados Independentes 
DINP – Diisononil Ftalato 
DOA – Dioctil Adipato 
DOP – Dioctil Ftalato 
DSC – Calorimetria Exploratória Diferencial 
FTIR- Espectroscopia de Infravermelho 
IARC – International Agency for Research on Cancer 
MEV – Microscópio Eletrônico de Varredura 
MPa – Mega Pascal 
NaCl - Cloreto de Sódio 
ºC/min – Graus Celsius por Minutos 
OMS- Organização Mundial da Saúde 
OP – Óleo de Pequi 
OSE – Óleo de Soja Epoxidado 
PCL diol – Poli(caprolactona) diol 
PCR – Partes por Cem de Resina 
PVAI – Poli(álcool vinilico) 
PVC – Poli(cloreto de vinila) 
SAXS – Espalhamento de Raio X e Baixo Ângulo. 
Tg – Transição Vítrea 
TGA – Análise Termogravimétrica 
μm – Micrômetro 
14 
 
SUMÁRIO
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 16 
1.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 17 
1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS .......................................................................... 17 
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 17 
1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA .............................................................................. 18 
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................... 18 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 19 
2.1 PVC ................................................................................................................ 19 
2.2 OBTENÇÃO DO PVC..................................................................................... 20 
2.3 APLICAÇÃO DO PVC .................................................................................... 21 
2.4 ASPECTOS MORFOLÓGICOS DO PVC ....................................................... 22 
2.5 ADITIVOS ....................................................................................................... 23 
2.5.1 Plastificantes Ftálicos ............................................................................... 26 
2.5.1.1 Dioctil Ftalato (DOP)................................................................................. 27 
2.5.1.2 Óleo de Soja Epoxidado (OSE) ............................................................... 29 
2.5.1.3 Policaprolactona diol (PCL-diol) .............................................................. 30 
2.4 ESTADO DA ARTE ......................................................................................... 30 
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 35 
3.1 MATERIAIS UTILIZADOS ............................................................................. 35 
3.2 PREPARAÇÕES DAS AMOSTRAS ............................................................... 35 
3.2.1 Obtenção dos Filmes ................................................................................ 37 
3.2.2 Caraterização dos Filmes ......................................................................... 38 
3.2.2.1 Analise Termogravimétrica (TG) ............................................................... 38 
3.2.2.2 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) ............................................. 38 
3.2.2.3 Ensaio de Tração ..................................................................................... 39 
3.2.2.4 Resistência Química................................................................................. 39 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................... 41 
4.1 ANALISE TERMOGRAVIMÉTRICA(TG) ....................................................... 41 
4.2 CALORIMETRIA EXPLORATORIA DIFERENCIAL (DSC) ............................ 43 
4.3 RESISTÊNCIA QUÍMICA ............................................................................... 45 
4.4 ENSAIO DE TRAÇÃO .................................................................................... 48 
15 
 
5. CONCLUSÃO ....................................................... ......................................... 50 
5.1 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS .... ......................................... 51 
REFERÊNCIAS .......................................................... ......................................... 52 
ANEXOS .................................................................... ......................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O poli (cloreto de vinila) (PVC) é o terceiro material termoplástico mais 
comercializado no mundo, destacando-se por sua versatilidade de aplicação nas 
mais diversas áreas da indústria e sociedade. Em sua forma bruta é um material 
rígido e para a obtenção de algumas caraterísticas habituais como a flexibilidade 
são utilizados aditivos junto à formulação. Os plastificantes são conhecidos por 
darem flexibilidade ao composto de PVC para sua aplicação, na área medica, 
alimentícia, construção civil, entre outras. Os plastificantes mais utilizados 
atualmente são os a base de ftalatos, destacando- se o dioctil fltalato (DOP) pelo 
seu baixo custo e melhor desempenho quando anexado ao PVC (BRISCO, 
2016). 
Como já citado por Balzer (2009), o DOP é alvo de estudos sobre sua 
toxidade, pois sobre algumas condições favoráveis, o plastificante pode migra 
para a superfície do material causando sérios danos ao usuário, pois esta 
substância é nociva à saúde humana. Outros estudos apontam uma também 
toxidade ao sistema reprodutivo masculino, argumentando que o DOP causou 
danos testiculares em ratos e o aumento do peso do fígado dos mesmos 
(WILKSON e LAMB, 1999). Alguns fabricantes de produtos médicos já advertiram 
sobre a exposição ao DOP de bebês que recebem oxigenação por membranas, já 
que foi detectado DOP no sangue e nos pulmões de alguns bebês (GANGI, 
1999). 
De acordo com o relatório da Comissão das Comunidades Européias, em 
evento ocorrido em Bruxelas no ano de 2000, os ftalatos, podem causar efeitos 
nocivos na saúde humana, sendo um dos principais foco os testículos. Observações 
feitas em ratos machos jovens mostraram alguns efeitos no desenvolvimento 
reprodutivo (WILKINSON e LAMB, 1999). 
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classifica os 
plastificantes à base de ftalatos como possivelmente carcinogênicos para humanos. 
(Ecycle, 2016). 
Sendo assim, tem-se a necessidade de busca de novos plastificantes que 
possam ser substitutos a estes, como plastificantes originários de fontes naturais 
como os óleos epoxidados, ou plastificantes não ftálicos que já estão sendo 
largamente avaliados pela indústria nos últimos anos. 
17 
 
1.1 OBJETIVOS GERAIS DO TRABALHO 
 
Avaliar as propriedades físico-químicas de compostos de poli (cloreto de 
vinila) com diferentes plastificantes. 
 
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
a) Obter filmes de PVC com diferentes plastificantes mencionados; 
b) Verificar as propriedades físicas e químicas dos filmes; 
c) Comparar com os possíveis resultados apresentados na literatura; 
d) Avaliar a eficácia destes plastificantes substitutos ao DOP; 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
O DOP é alvo de muitos estudos já que sobre algumas condições favoráveis, 
o plastificante pode migrar da superfície do material para o meio (Balzer, 2009). 
Assim busca-se novas alternativas de plastificantes não nocivos a saúde humana 
como plastificantes biodegradáveis e oriundos de fontes naturais. 
Assim, o óleo de soja epoxidado (OSE) 
que é o plastificante mais conhecido oriundo de fontes naturais para com uso 
em conjunto o PVC (RODOLFO JR, 2006), as vantagens deste plastificante podem 
ser destacadas pela procedência de fontes renováveis e baixa toxidade, quando 
comparados com outros óleos de fontes minerais (OTERO, 2014). 
O poli (ε-caprolactona) diol (PCL-diol) é um poliéster alifático semi-cristalino, 
biodegradável, hidrofóbico, obtido através da abertura do anel de polimerização do 
ε- caprolactona. Este polímero destaca-se por não ser tóxico ao organismo humano 
(BALZER, 2009). 
Assim, a problemática está em selecionar um plastificante eficiente para o 
PVC que seja atóxico e com propriedades térmicas e mecânicas semelhantes à 
mistura PVC-DOP. Neste contexto o objetivo do trabalho será apresentado a seguir. 
 
 
 
 
18 
 
1.4 DELIMITAÇÃO DO TEMA 
 
Neste trabalho propõe-se a análise dos resultados obtidos por caracterização 
térmica, química e mecânica dos filmes de PVC plastificados com DOP, PCL-diol e 
OSE. 
 
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO. 
 
Adiante está relacionada, de maneira ordenada, a temática de cada capitulo 
que abrange esta monografia: 
O capítulo 1 será a introdução do trabalho, assim como a delimitação do 
tema, os objetivos gerais e os objetivos específicos do mesmo. 
O capítulo 2 relaciona o referencial teórico, descrevendo um breve histórico 
sobre o PVC, sua obtenção e aplicação, e assim apresentando e contextualizando a 
aplicação e obtenção dos plastificantes escolhidos. 
O capítulo 3 descreve as etapas metodológicas para a elaboração do 
trabalho, bem como a metodologia de preparação e obtenção dos filmes com os 
plastificantes, além dos materiais e produtos utilizados. 
O capítulo 4 mostra os resultados esperados, bem como a introdução dos 
princípios de funcionamento e descrição de cada analise feita. 
Por fim, no capítulo 5 é apresentado o cronograma de cada etapa desta 
monografia. Este capítulo é seguindo de referências e anexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 POLI (CLORETO DE VINILA) 
 
A descoberta do poli (cloreto de vinila) - PVC, ocorreu somente em 1872, pelo 
cientista chamado Baumann, que observou a formação de um pó branco ao expor 
um gás, o cloreto de vinila, à ação dos raios solares durante vários meses em um 
recipiente fechado (INSTITUTO DO PVC,2016). Mas foi somente depois de 1931, na 
Alemanha, que surgiu o interesse comercial por este composto. 
Em 1912, Fritz Klatte descobriu a rota para a produção do PVC. Descobriu 
por intermédio da rota do acetileno, reagindo esse gás com o cloreto de hidrogênio. 
Já 1915, foi descoberta também a polimerização do cloreto de vinila via radicais 
livres por meio de iniciadores como os peróxidos orgânicos. Porém encontrou-se 
muita dificuldade em construir equipamentos para processar o PVC, devido à sua 
instabilidade térmica. Assim congelou-se a produção das patentes já existentes no 
mercado, tendo aberto caminho para que outras empresas passassem a tentar 
produzir o PVC (ZAINOCZ, 2004). 
Foi apenas em 1926 que W. Semon descobriu nos Estados Unidos que, 
misturando o PVC com fosfato de tricresila ou ftalato de dibutila, que era possível 
processá-lo e torná-lo altamente flexível. O problema da baixa estabilidade ao calor 
foi resolvido com desenvolvimento de uma série de compostos organometálicos e 
sais baseados como o chumbo, cádmio, bário, zinco, cálcio e estanho. Assim 
começou-se a produzir o PVC comercialmente. Os alemães foram os primeiros a 
produzir nos anos 30, enquanto a produção britânica teve início nos anos 40. No 
Brasil, a produção comercial do PVC teveinício em 1954 em uma planta construída 
pelas empresas B. F. Goodrich (EUA) e das Indústrias Químicas Matarazzo. 
(Zaionck, S. 2004). Em termos de comercialização, o PVC é a terceira resina de 
maior volume de produção entre os inúmeros polímeros e copolímeros vinílicos.. 
O PVC em seu estado primário é um pó branco, em estado sólido à 
temperatura ambiente. E também quimicamente instável, não ocorrendo 
decomposição ou reação com outros produtos nessas condições. Assim podemos 
classificar ele como não-corrosivo, não-explosivo e não- inflamável (Instituto do PVC, 
2016). A sua solubilidade em água é nula, sendo considerado um produto atóxico e 
20 
 
inofensivo em contato com a pele como por exemplo. A seguir será apresentado o 
método de obtenção do PVC. 
 
2.2 OBTENÇÃO 
 
A obtenção do PVC pode ser resumida em duas principais etapas, eletrólise e 
cloração direta. Estes produtos químicos têm sua origem em duas matérias-primas 
de origem natural, o cloreto de sódio (NaCl), e o petróleo. O cloro é obtido por 
eletrólise de uma solução de NaCl, a salmora. O processo envolve uma reação 
química resultante da passagem de corrente elétrica pelo NaCl produz cloro, soda 
cáustica e hidrogênio. O eteno pode ser obtido pelo processo de pirólise da fração 
nafta obtida no refino do petróleo, ou de frações líquidas do gás natural (Instituto do 
PVC, 2016). A formação do PVC a partir das unidades básicas pode ser observada 
na Figura 1. 
Figura 1 – Formação do PVC a partir das unidades básicas 
 
Fonte: Instituto do PVC (2016) 
 
Aproximadamente 80% do PVC consumido no mundo é produzido por meio 
da polimerização do monômero cloreto de vinila, em suspensão (NUNES, 2002). À 
mistura adiciona-se um agente de suspensão, normalmente poli (álcool vinílico) - 
PVAl, o qual forma uma fina membrana pericelular com espessura na faixa de 0,01 a 
0,02 µm (ZAIONCZ, 2004). 
O PVC é considerado um polímero amorfo, de baixa cristalinidade, sendo que 
essa propriedade pode variar conforme as condições de polimerização. Polímeros 
comerciais possuem cristalinidade por volta de 8 a 10%, mas, em condições 
especiais, é possível aumentar este valor. Os cristalitos do PVC são em geral, 
pequenos, em média com 0,7 nm (3 unidades repetitivas) na direção da cadeia, e 
21 
 
são empacotados lateralmente em dimensões relativamente maiores, da ordem de 
4,1 nm (RODOLFO, 2006). 
Sua formulação é feita pela incorporação de aditivos como estabilizantes 
térmicos, espessantes, antiespumantes, plastificantes, pigmentos entre outros 
aditivos. O composto resultante pode ser utilizado como agente promotor de adesão 
para fibras, base de carpetes, impermeabilização de tecidos diversos e revestimento 
de papéis especiais, aplicações medicas, entre outras (ZAIONCK, 2004). 
Logo, o que torna o PVC flexível é a adição dos plastificantes em sua 
estrutura, promovendo maior mobilidade em suas cadeias, ainda é possível variar a 
quantidade e o tipo de plastificante a ser utilizada no composto de acordo com as 
características que se pretende obter no produto final (PITA; MONTEIRO, 1996; 
ROSA et al., 2013). A seguir será apresentado um breve histórico da aplicação do 
PVC mundial. 
 
2.3 APLICAÇÃO DO PVC 
 
A Tabela 1 demonstra que a maior aplicação do PVC no Brasil é na área de 
tubos e conexões sendo a porcentagem mais representativa da tabela, seguidos 
apenas 16,1 % para construção civil, e assim sucessivamente. 
As resinas poli (cloreto de vinila) (PVC), polietileno (PE) e o polipropileno (PP) 
são os termoplásticos mais consumidos no mundo, cujo potencial de crescimento no 
consumo pode ser observado comparando o consumo dessas resinas por habitante 
no Brasil e em um país desenvolvido como os Estados Unidos, por exemplo, nos 
quais os consumos foram respectivamente 25kg e 68kg por habitante em 2013, 
enquanto em 2008 o consumo era de apenas 5kg por habitante no Brasil 
(BRASKEM, 2014; RODOLFO JR., 2009). Os principais países produtores da resina 
em 2013 podem ser observados na Tabela 2 apresentada abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Tabela 1 – Aplicação do PVC no Brasil em 2009 
Aplicação do PVC Porcentagem do Consumo do 
PVC 
Tubos e Conexões 45,5 % 
Perfis Para Construção Civil 16,1% 
Laminados e Espalmados 13% 
Embalagens 5,1% 
Fios e Cabos 6,7% 
Calçados 6,7% 
Outras Aplicações Especificas 4,9% 
Mangueiras 2,0% 
Fonte: Adaptado: Instituto do PVC (2016) 
 
Conforme a Tabela 2, a China foi a que mais produziu a resina em 2013, com 
24,8%. O Brasil está inserido na América Latina, detentora de 4,8%. Os países 
compostos pelo CIS (comunidade dos estados independentes) compostos por 
Arménia, Rússia Cazaquistão, Rússia, Ucrânia e Geórgia. 
 
Tabela 2 – Principais Produtores de PVC em 2013 
País Porcentagem 
China 24,8% 
Europa 20% 
Nafta 19.4% 
Restante Ásia 16,4% 
Oriente Médio e África 7,3% 
América Latina 4,8% 
Japão 4,4% 
CIS 2,9 % 
Fonte: Abiplast (2014) 
 
2.4 ASPECTOS MORFOLOGICOS DO PVC 
 
O termo morfologia pode se referir ao a forma em que todas as partículas de 
um material estão organizadas. A morfologia de partícula, definida durante a 
23 
 
polimerização, influencia a processabilidade e as propriedades físicas do produto 
final. 
As resinas de PVC obtidas pelos processos de polimerização em suspensão 
e em massa, que consiste em partículas com diâmetro normalmente na faixa de 50 a 
200 μm. Se essa partícula é cortada de modo a revelar sua estrutura interna, seu 
interior é formado de aglomerados de pequenas partículas com diâmetro de 1 μm, 
chamadas de partículas primárias (ZAINOCZ, 2004) como observado na Figura 2. 
 
Figura 2 – Micrografia obtida por microscopia eletrônica de varredura (MEV) de uma 
amostra de PVC polimerizado por suspensão 
 
Fonte: NASS (1976) 
 
2.5 ADITIVOS 
 
Existem diversos aditivos que podem ser utilizados no preparo de um 
composto de PVC, tais como: estabilizantes, lubrificantes, plastificantes, auxiliares 
de processamento, cargas, pigmentos e outras substâncias com finalidades 
específicas como os agentes de expansão e os anti-estáticos (INSTITUTO DO PVC, 
2016). 
Lubrificantes podem ser incorporados á formulação para atuar como um 
auxiliar do processo, visando o melhoramento do fluxo do composto, ou seja, seu 
24 
 
deslizamento durante a fusão. Isto acontece por que o atrito gerado entre a massa 
do composto PVC e a extrusora, aumenta a temperatura da massa, assim 
provocando um aumento da fricção entre as moléculas, levando a sua degradação 
(INSTITITO DO PVC, 2016). 
Existem lubrificantes externos e internos, os externos agem criando uma 
interface entre o ângulo do polímero e a superfície metálica do equipamento 
reduzindo a fricção, estes geralmente não se misturam ao polímero final, atrasam a 
fusão e controlam a fluidez da massa. Os principais lubrificantes externos são: 
ceras, álcoois graxos, ésteres e estearatos metálicos. Já os lubrificantes internos 
são quimicamente compatíveis com o polímero e agem a nível molecular, reduzindo 
a fricção entre as moléculas e forças de Van der Waals. Vale ressaltar que alguns 
plastificantes podem agir como ambos dependendo da fase do processo. Alguns 
exemplos de lubrificantes internos são amidas graxas e álcoois graxos (RODA, 
2013). 
Os estabilizantes são de fundamental incorporação ao PVC, pois ajudam a 
evitar a degradação e a deterioração por erosão superficial, como perda de 
transparência, fraturas e enrugamentos. O estabilizante reduz ou bloqueia as 
estruturas de cadeias instáveis e torna lenta a velocidade do processo de 
decomposição possivelmente iniciadas noprocesso. Os principais estabilizantes 
utilizados são a base de cálcio, zinco, bário e cadmio e ou complexos orgânicos 
(INSTITUTO DO PVC, 2016). 
Pode-se adicionar também cargas os compostos de PVC, a fim de reduzir o 
valor final dos compostos, e conferir algumas propriedades interessantes ao produto 
final, como condutividade elétrica por exemplo. Exemplos de cargas são: carbonato 
de cálcio e caulim (TECNOPOLÍMEROS, 2009). 
Os pigmentos são responsáveis pela coloração final do PVC como podemos 
observar em alguns produtos finais, existem alguns pigmentos orgânicos que 
fornecem cor com alto brilho e boa transparência, mas não são resistentes a luz e 
calor, já os inorgânicos fornecem cores opacas e são resistências à luz e calor 
(RODA, 2013). 
De modo geral, plastificante é uma substância que quando adicionada a um 
material polimérico, modifica importantes propriedades do mesmo, tais como: 
processabilidade, flexibilidade, módulo de elasticidade, dureza, viscosidade e 
transição vítrea (Tg). Os plastificantes comerciais são geralmente, líquidos de alto 
25 
 
ponto de ebulição, inodoros, incolores, insolúveis em água e de baixa volatilidade, 
sendo, em sua grande maioria, ésteres ou poliésteres (ZAWADZKI, 1989). 
A plastificação de um polímero é resumidamente adicionar plastificantes para 
alterar a viscosidade do sistema, aumentando a mobilidade das macromoléculas. O 
plastificante quando adicionado atua como “solvente” provocando a separação entre 
as macromoléculas. Assim o efeito final é a diminuição da energia necessária para 
os movimentos moleculares, caracterizando a flexibilidade (RABELLO, 2000). 
Os plastificantes primários podem ser descritos como aqueles que 
apresentam alta compatibilidade com a resina, gelificam o polímero e não exsudam 
durante o uso, enquanto os plastificantes secundários são aqueles que apresentam 
baixa compatibilidade com a mesma e uma menor capacidade de gelificação. 
(ZAINOCZ, 2004). 
Na maioria das aplicações, os secundários são utilizados junto com os 
primários, de modo a obter um melhor efeito plastificante. A distinção entre essas 
duas classes de plastificantes é muito vaga, sendo que a compatibilidade varia de 
acordo com a resina utilizada, concentração do plastificante, uso final e condições 
ambientes. 
A variação da Tg tem sido amplamente utilizada para a caracterização destes 
plastificantes, já um sistema compatível exibirá uma única Tg, cuja localização 
dependerá da composição da mistura. Tal valor situa-se intermediariamente entre as 
Tg’s dos vários componentes. Por outro lado, sistemas incompatíveis mostram duas 
(ou mais) Tg’s, correspondentes às dos componentes envolvidos (ZAWADZKI, 
1989). 
 Existem duas teorias mais aceitas como teoria geral da plastificação. A teoria 
da Lubrificação que foi desenvolvida por Krikipatrick et al (1940), propõe que a 
resistência do polímero a deformação, considerando o plastificante de um 
lubrificante à fricção intermolecular. O plastificante age como lubrificante e facilita o 
movimento das macromoléculas uma sobre as outras, facilitando assim a 
deformação devido à redução de atrito intermolecular (VECERZE, 1996). 
Já segundo Doolite (1956), propõe que a rigidez e a resistência à flexão, por 
parte desses polímeros é causada por um gel ou estrutura interna tridimensional em 
forma de favo de mel. As dimensões espaciais da célula em uma resina quebradiça, 
em geral são pequenas porque seus centros de atração estão muito próximos e a 
deformação não pode ser acomodada por movimentos internos na massa bloqueada 
26 
 
por células. Assim, o limite de elasticidade é muito baixo. Como pode ser observada 
pela Figura 3 a seguir. 
 
 
Figura 3 - Mecanismo de plastificação do PVC segundo Doolittle 
 
Fonte: Zainocz (2004) 
 
O PVC apresenta pontos de interação dipolar em sua cadeia. A introdução de 
um plastificante separa as macromoléculas, provocando um afastamento que quebra 
os pontos de interação responsáveis pela atração intermolecular, produzindo um 
efeito muito semelhante ao que existe em um polímero com menos pontos de 
ligação (VERCEZE, 1996). 
Também muito citada na literatura, a teoria do volume livre baseia-se em 
fundamentos matemáticos e termodinâmicos, como apresentado por Titow (1948), 
onde a adição de pequenas moléculas proporciona o aumento do volume livre entre 
e ao redor das macromoléculas, possibilitando seu movimento e favorecendo deste 
modo a plastificação do Polímero (OLIVEIRA, 1991). Então a proporção do total de 
centros de força mascarados dessa maneira depende de fatores como 
concentração, temperatura e pressão. 
Em geral, o plastificante afeta as regiões amorfas de uma cadeia polimérica, 
entre os pontos de ocorrência de cristais ou onde há imperfeições do cristal. A teoria 
do volume livre oferece uma perspectiva matemática para a plastificação. 
 
 
27 
 
2.5.1 PLASTIFICANTES FTÁLICOS 
 
Os plastificantes pertencentes à classe dos ftalatos são os mais utilizados na 
indústria do PVC (RODOLFO, 2006). O ftalato mais utilizado para plastificação do 
PVC é o dioctil-ftalato (DOP) devido seu baixo custo, alta eficiência, estabilidade 
térmica, baixa volatilidade, resistência ao calor e pouca solubilidade em água. O 
PVC plastificado com DOP é muito utilizado na área médica (bolsas de sangue, 
cateteres, etc.), assim estudos foram realizados para avaliar o comportamento 
destes materiais quanto à migração, e foi observado que em casos em que a 
migração do plastificante ocorre em concentrações elevadas, pode acarretar danos 
a saúde humana tornando-se necessária a redução da migração ou substituição 
desses plastificantes a base de ftalatos (RODOLFO JR.; NUNES; HESS, 2012). 
De acordo com o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas (2015), o uso de 
plastificantes pertencentes à classe dos ftalatos está ainda sendo regulamentada, 
pois alguns plastificantes dessa classe, DOP, por exemplo, pode ser prejudicial à 
saúde (BALZER, 2009). Desta forma, como citado por Gomes (2012), destaca-se 
importância da utilização de plastificantes alternativos aos ftalatos. 
 
2.5.1.1 Dioctil Ftalato (DOP) 
 
O dioctil Ftalato (DOP) é o plastificante geralmente é reconhecido como um 
dos melhores para a plastificação do poli (cloreto de vinila). Tem uso em quase todos 
os processos de transformação, calandragem, espalmagem, extrusão injeção, 
moldagem rotacional, graças ás suas propriedades, alta eficiência e estabilidade. É 
compatível com as resinas sintéticas, inclusive polímeros e copolímeros vinílicos, 
ésteres celulósicos, naturais e sintéticas (BRISCO, 2016). 
Os plastificantes a base de ftalato nas formulações de PVC vem se tornando 
grande foco de pesquisa, já que estes plastificantes podem, sob algumas condições 
favoráveis como temperatura e contato com outras substâncias, migrar para a 
superfície do material polimérico e pode comprometer a saúde humana (BALZER, 
2009 e GANGI, 2001). A OMS (Organização Mundial da Saúde) resume a situação 
como: “Os relatos de casos de efeitos adversos ligados à hemodiálise e ventilação 
artificial salientam a necessidade de reduzir a exposição originária do uso de 
28 
 
tubulação plástica contendo DOP em procedimentos clínicos como transfusões, 
hemodiálise e respiração artificial” (GANGI, 1999). 
 O DOP é o ftalato mais utilizado como plastificante e especialmente na 
área medica. É utilizado em bolsas de sangue, simuladores de tecidos humano, 
embalagens, calçados, tubos e perfis, entre outras áreas. O DOP representa mais de 
50% do total de plastificantes produzidos no mundo (BRASKEM, 2012). A Figura 4 
mostra a estrutura química do DOP simplificado.Figura 4 – Estrutura Química DOP 
 
Fonte: Syntex (2016) 
 A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classifica os 
ftalatos como possivelmente carcinogênicos para humanos. (ECYCLE, 2016). 
Uma das maiores preocupações relacionadas a esses estudos são os 
pacientes que são submetidos a longos tratamentos médicos e podem ser muito 
mais expostos as interações, como os pacientes problemas renais, estudos 
comprovam que em uma única sessão de 4 horas de hemodiálise, o paciente recebe 
quase 150 mg de DOP. Sendo este acumulativo no organismo, causando danos na 
saúde humana (HARM, 2011). 
O uso do DOP é proibido em brinquedos e materiais escolares no Brasil. Na 
área alimentícia é restrito a apenas 3% em relação à quantidade de plástico para os 
filmes (BRASIL, 1999). Nos Estados Unidos e Europa há também legislações 
restritivas para os ftalatos de cadeia curta, que é a classificação aplicada aos ftalatos 
similares ao DOP. 
 De acordo com o relatório da Comissão das Comunidades Européias, 
em evento ocorrido em Bruxelas no ano de 2000, os ftalatos, podem causar efeitos 
nocivos na saúde humana, sendo um dos principais foco os testículos. Observações 
feitas em ratos machos jovens mostraram alguns efeitos no desenvolvimento 
reprodutivo (WILKINSON e LAMB, 1999). 
29 
 
Estudos realizados por Shanna Swan (Faculdade de Rochester), observou a 
medidas dos níveis de ftalatos na urina das mães e da dos bebês quando eles 
completaram 12 meses de vida e verificou que os filhos das mães que possuíam 
maior nível de ftalatos estavam propensos a terem pênis menores (HEALTH CARE 
WITHOUT HARM, 2011). Complementando esta pesquisa Latini et al (2003) 
confirmou a presença significante do DOP no sangue de recém-nascidos em um 
hospital na Itália. 
Já existem muitos estudos sobre esse problema, alguns artigos considerando 
os estudos sobre toxicidade do sistema reprodutivo argumentando que o DOP 
causou sérios danos testiculares em ratos e um aumento no peso do fígado dos 
mesmos (TANAKA, 2002). 
Dessa maneira, surge nesses a necessidade da substituição desses ftalatos 
de cadeia curta, algo bem comentado e visado na Europa e Estados Unidos, a 
utilização de ftalatos de cadeia longa, que apresentam maior dificuldade de 
migração para alimentos devido ao maior tamanho da molécula (ECPI, 2014). No 
Brasil, tem uma maior tendência à substituição pelo óleo de soja epoxidado, que 
chegou a 30% do mercado nacional de plastificantes em 2011 (PR, 2013). 
 
2.5.1.2 Oléo de Soja Epoxidado (OSE) 
 
O plastificante óleo de soja epoxiddado (OSE) é o mais conhecido de fontes 
naturais para o uso com o PVC é produzido pela epoxidação de óleos vegetais ou 
de ésteres insaturados, obtém-se geralmente utilizando um perácido orgânico 
(RODOLFO JR, 2006). 
O óleo de soja epoxidado (OSE) é: “É um plastificante secundário para PVC. 
Este tipo de produto é adicionado aos polímeros de alto peso molecular para torná-
los plásticos e flexíveis no curso do processamento, ou ainda, para lhes adicionar 
uma flexibilidade e extensibilidade semelhante à borracha” (IBRA, 2016). 
É um dos mais utilizados junto com o Acetil Tributil Citrato (ATBC) como 
plastificante secundário e também atua como auxiliar na estabilização térmica do 
PVC em conjunto com estabilizantes à base de sais de bário, cádmio e zinco 
(BRASKEN,2012). A Figura 5 a seguir mostra a estrutura química do OSE. 
 
Figura 5 – Estrutura Química OSE 
30 
 
 
Fonte: Jennings (2005) 
 
2.5.1.3 Policaprolactona- diol (PCL-Diol) 
 
O poli (ε-caprolactona) é um poliéster alifático semicristalino, biodegradável, 
hidrofóbico, obtido através da abertura do anel de polimerização do ε- caprolactona. 
Este polímero destaca-se por não ser tóxico ao organismo humano. Desta forma, o 
PCL tem sido estudo para utilização como matriz para liberação de fármacos e como 
substrato para biodegradação (BALZER, 2009). A poli(caprolactona) pode ser 
classificada como diol e triol, sendo que a diol é produzida a partir do dietileno glicol, 
1,4 butano diol, neopentil glicol ou 1,6 hexano diol. A estrutura da policaprolactona 
diol esta demonstrada na Figura 6. 
 
Figura 6 – Estrutura Química da Policaprolactona diol. 
 
Fonte: Balzer (2009) 
 
Rusu (2006), Balzer (2009) e Cardoso (2012) estudaram a substituição de 
DOP por PCL’s em compostos de PVC e assim observaram o bom comportamento 
dos PCL’s como plastificante macromolecular, tendo afinidade entre estes polímeros 
e características físicas e químicas simulares aos plastificantes já usados 
comercialmente. 
 
 
 
31 
 
2.6 ESTADO DA ARTE 
 
A seguir serão apresentadas as tendências mundiais de estudo para novos 
plastificantes para filmes de PVC no Quadro 1. 
 
 
 
Quadro 1 – Estudos Recentes sobre Plastificantes Alternativos ao PVC 
Autor Titulo Metodologia Considerações 
Principais 
 
 
 
Vargas, (2016) 
Estudo 
Comparativo das 
Propriedades do 
Policloreto de 
Vinila Utilizando 
Plastificantes 
Alternativos ao 
Dioctil Ftalato. 
Os filmes foram 
obtidos por prensa, e 
analisados por TGA, 
Analise Dinamico 
Mecanica (DMA), 
Envelhecimento, 
Tração e Dureza. 
 
Os plastificantes 
conferem propriedades 
distintas aos compostos, 
mas o DOA apresenta 
tempo de absorção 
menor e maior 
alongamento na ruptura. 
Já em propriedades de 
fogging gravimétrica e 
perda de massa o DINP 
apresentou melhores 
resultados que o DOP. 
 
 
 
Carvalhais, 
(2013) 
Estudo do 
Comportamento 
de Absorção de 
Resinas de PVC 
com Diferentes 
Plastificantes. 
Os filmes foram 
analisados pela 
absorção de 
plastificante a quente, 
TGA e Reologia. 
Os termogramas 
demonstraram que o 
comportamento as 
resinas de PVC e PVC-
DINP, assim podendo ser 
diferenciado 
espacialmente. O 
plastificante V-VYZCLUS 
apesar da alta 
viscosidade, aumenta a 
resistência do composto 
do PVC para altas 
temperaturas. 
32 
 
 
 
 
 Banega, (2011) 
Estudo em Filmes 
em Filmes 
Formados por 
Agentes 
Plastificantes, 
Estabilidade, 
Morfologia e 
Propriedades 
Térmicas e 
Mecânicas. 
 
Metodo de Casting e 
extrução para 
obtenção dos filmes. 
A caracterização foi 
feita por 
Espectroscopia de 
Infravermelho (FTIR), 
MEV, TGA e ensaio 
de controle e 
liberação de 
plastificantes. 
 
Os resultados obtidos 
sugerem que OLVEX 51 
(óleo de origem natural) 
pode tanto substituir os 
adipatos, como ftalatos 
no processo de 
plastificação do PVC. 
 
 
 
 
 
Perito, (2011) 
Estudo de 
Plastificantes 
Alternativos Ao 
Dioctil Ftalato 
(DOP) Para Um 
Composto de 
Poli(cloreto de 
vinila) (PVC). 
 
Corpos de prova 
obtidos em forma de 
gravata. Foram 
analisados a 
viscosidade, 
exsudação, tração, 
envelhecimento, 
TGA, DSC e 
Espalhamento de 
Raios-X e baixo 
angulo (SAXS). 
 
O lestarflex apresentou 
uma viscosidade alta e 
uma boa resistência ao 
teste de envelhecimento. 
Nos ensaios de 
resistência mecânica 
após o envelhecimento o 
mesmo apresentou 
resultados similares ao 
DOP. O lestarflex tem 
potencial para substituir o 
DOP, mas há uma grande 
perda de tempo no 
preenchimento do molde. 
 
 
 
 
 
Schlemer, 
(2011) 
Estudo das 
Propriedades de 
Nano compósitos 
Amido-
Montmorilonita, 
Utilizando Óleos 
Vegetais Como 
Os filmes foram 
analisados por TGA, 
MEV, Difração de 
Raios (DRX), Analise 
da transparenciae 
abosrção de água. 
O OP (Óleo de Pequi) 
apresentou melhor efeito 
plastificante sobre o 
amido, pois foi o óleo que 
maior provocou a 
diminuição da TGA, Ou 
seja, o OP se comportou 
33 
 
Plastificante. com um plastificante mais 
eficaz, promovendo 
interação com o amido 
acetilado. 
 
 Martinez, 
(2010) 
Produção de 
Ésteres de 
Poliglicerol e 
Avaliação de 
Diferentes 
Formulações 
como 
Plastificantes de 
PVC 
Os filmes foram 
obtidos por prensa, e 
foram feitos testes de 
dureza, tensão e 
extração por agentes 
quimicos. 
A análise global mostrou 
que os ésteres de 
diglicerol tem um 
desempenho semelhante 
aos derivados comerciais 
de ácido cítrico em 
questões de flexibilidade 
e migração. Porém um 
desempenho menor que 
o do DEHP, mas que a 
formulação é viavel 
dependendo da finalidade 
da aplicação do produto. 
 
 Follmann, 
(2009) 
Utilização de 
Derivados de 
Glicerina na 
Produção de 
Plastificantes 
Os filmes foram 
obtidos por 
tratamento térmico 
para evaporação do 
solvente. Foram feitos 
testes de Calorimetria 
Exploratória 
Diferencial (DSC), 
Analise 
Termogravimétrica 
(TGA), Microscopia 
de Varredura 
Eletrônica (MEV), 
FTIR e estabilidade 
ao calor e resistência 
química ao solvente. 
Os compostos com 
plastificantes GLIAL e 
GLIALAC tiveram suas 
estruturas confirmadas 
por FTIR. Mas não 
apresentaram melhores 
propriedades mecânicas 
quando comparados as 
composições com DOP. 
Os filmes com GLIALAC 
apresentaram-se ser 
mais transparentes e 
flexíveis que o GLIAL. Os 
ensaios mecânicos 
comprovaram que o 
aumento da 
concentração de 
34 
 
plastificante aumenta 
linearmente a 
elasticidade dos filmes. 
 
 Pedrozo, 
(2009) 
Ésteres Etílicos 
Epoxidados do 
Óleo de Milho 
como Plastificante 
Alternativo para o 
PVC. 
As amostras foram 
obtidos por método 
casting. Os testes 
aplicados foram: 
testes de absorção, 
dureza shore A e teste 
de permanecia do 
plastificante por 
migração. 
A melhor condição para a 
epoxidação foi com a 
estequiometria de 1:1:4 
(mols de instauração: 
acido fórmico 85%: 
peroxido de hidrogênio 
30%). O composto atingiu 
uma estabilidade térmica 
superior ao do DOP e 
tempo de absorção 
menor. 
 
Fonte: A autora (2017) 
 
Considerando estes estudos apresentados acima, busca-se obter compostos 
com os plastificantes OSE, DOP e PCL - diol e caracteriza-los a fim de analisar a 
substituição dos plastificantes ftálicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
3 METODOLOGIA 
 
Neste capitulo será apresentado a abordagem metodológica desta pesquisa, 
tendo como principal objetivo alcançar a proposta e responder a problemática 
apresentada. 
O trabalho foi baseado em referências bibliográficas, pesquisa aplicada 
exploratória e experimental, para obter filmes de PVC com diferentes plastificantes. 
A caracterização dessa pesquisa apresentada é basicamente experimental com 
abordagem quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos. 
 
3.1 MATERIAIS 
 
Os materiais utilizados para confecção dos compostos de PVC com os 
diferentes plastificantes e PCR estão descritos na Tabela 3. 
 
Tabela 3 – Materiais utilizados para obtenção dos compostos 
Materiais Fabricante Função PCR 
PCL - diol PERSTORP Plastificante 40 
Dioctil Ftalato Eleikeroz S.A. Plastificante 40 
Drapex 6.8 (Óleo 
de Soja Epoxidado) 
Chemtura 
Plastificante e Co-
estabilizante 
0,2 
Naftosafe DXC 
1198 
Chemson 
Estabilizante térmico 
a base de Ca/Zn 
2,5 
PVC Composto BRASKEN PVC 100 
Fonte: A autora (2017) 
 
 Para cada composto foi utilizado à formulação descrita por Balzer 
(2009). Conforme a Tabela 3, em PCR alterando apenas o plastificante. 
 
3.2 PREPARAÇÕES DAS AMOSTRAS 
 
Os procedimentos metodológicos serão divididos em 4 etapas apresentadas 
conforme Figura 7 a seguir. 
 
 
36 
 
Figura 7 – Fluxograma do Processo de Obtenção dos filmes de PVC Plastificados com 
Diferentes Plastificantes 
 
Fonte: A autora (2017) 
37 
 
 
O fluxograma acima inicia com a obtenção dos compostos de PVC, sendo 
que o PVC com naftosafe foram misturados com o auxilio de um bastão de vidro 
num béquer de 200 mL, e posteriormente aquecido em banho Maria até que se 
atingisse temperatura atingir 90 ºC. Em seguida, foram adicionados os compostos 
líquidos, como os plastificantes e lubrificantes, com agitação constante. Logo após 
homogeneizar com o bastão, colocou-se o béquer num misturador intensivo até 
obter uma consistência homogênea de cada composto para a obtenção dos filmes 
posteriormente. Os compostos obtidos podem ser observados na Figura 8. 
 
Figura 8 – Amostras de PVC-Plastificantes identificadas 
 
Fonte: A autora (2017) 
 
3.2.1 OBTENÇÃO DOS FILMES 
 
Os filmes foram obtidos pelo processo de calandragem na máquina MH 
equipamentos Ltda. nas dependências da empresa Cristal Master em Joinville- SC. 
A temperatura empregada foi de aproximadamente 130ºC. Os filmes obtidos 
apresentaram translucides e 5 mm de espessura conforme conforme Figura 9. 
 
 
38 
 
 
Figura 9 – Filmes de PVC Obtidos com Diferentes Plastificante a) Plastificado com OSE b) 
Plastificado com DOP e c) Plastificado com PCL-diol. 
 
Fonte: A autora (2017) 
 
3.2.2 Caracterização dos Filmes 
 
A seguir serão demonstradas as metodologias que foram empregadas para a 
realização da caracterização das matérias-primas empregadas e nos filmes obtidos, 
PVC- DOP, PVC-OSE, PVC-PCL- diol. 
 
3.2.2.1 Análise Termogravimétrica (TG) 
 
A análise termogravimétrica (TG) foi realizada para determinar a estabilidade 
térmica dos filmes, em todos os compostos de PVC com os diferentes plastificantes. 
O equipamento utilizado foi da TA Instruments modelo Q20, com taxa de 
aquecimento de 10 oC/min, em atmosfera inerte de Nitrogênio, de 25 oC a 600 oC, no 
equipamento localizado no laboratório da UNISOCIESC. 
 
3.2.2.2 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) 
 
A análise por Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) foi realizada para 
determinar a temperatura de transição vítrea (Tg) dos filmes obtidos. O equipamento 
utilizado foi da TA Instruments modelo Q50, com taxa de aquecimento de 10 oC/min, 
em atmosfera inerte de Nitrogênio, e temperatura variando de -90 oC a 200 oC, no 
equipamento localizado no laboratório da UNISOCIESC. 
 
 
 
39 
 
 3.2.2.3 Ensaio de Tração 
 
Os ensaios de tração foram realizados em cada amostra a fim de verificar sua 
resistência e elasticidade da mistura PVC-Plastificante dos filmes obtidos. A máquina 
empregada será a Máquina Universal de Ensaios EMIC. Os ensaios serão 
realizados com base na norma ASTM D 882-02. 
 
3.2.2.4 Resistência Química 
 
O ensaio de resistência química ou intumescimento teve por objetivo avaliar a 
perda de massa das amostras, ensaiadas em temperatura ambiente, assim 
verificando a migração do plastificante. 
Este ensaio foi realizado com cinco réplicas sendo que a área das amostras 
foi de 200 mm2. Para este estudo as amostras foram previamente pesadas em 
balança analítica e mergulhadas em água, n-heptano e óleo de oliva com acidez 
<0,5 á temperatura ambiente. A massa destas amostras foi determinada em tempos 
de 60 minutos nas primeiras 8 horas, seguido de intervalos maiores até chegar a 
aproximadamente 264 h de imersão. Para o cálculo do índice de intumescimento(Ii%) foi utilizada a Equação 3. Os solventes (água destilada, n-heptano e óleo) e os 
tempos de análise foram determinados com base na resolução 105/99 da ANVISA. 
Na Tabela 5 estão apresentados os parâmetros de solubilidade dos solventes. 
 
 (1) 
Onde: 
Pf = Peso final. 
Pi = Peso inicial. 
 
 
 
 
 
40 
 
Tabela 5: Parâmetros de solubilidade dos solventes 
Solvente 
Parâmetro de Solubilidade (J/cm³)
𝟏
𝟐 
Água *23,4 
n-heptano **7,4 
Óleo de Oliva ***8,2 
Fonte:. *COELHO FILHO, 2002; **CTB, 2015; ***CATALDO, 2002 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 ANÁLISE TERMOGRAVIMÉTRICA (TG) 
 
O estudo da degradação dos polímeros é importante para o entendimento de 
seus possíveis usos, de sua reciclagem e de seu descarte (AOYAGI et al., 2002). 
Neste trabalho, o ensaio de TG foi realizado para determinar a estabilidade térmica 
dos filmes, nas formulações PVC-PCL-diol e PVC-DOP e PVC-OSE. Através desta 
técnica foi possível obter as temperaturas de degradação (determinadas no ponto 
máximo da derivada) e a perda de massa das misturas. 
Na Figura 10 tem-se a curva de decomposição térmica (TG) e a sua derivada 
(DTG) para o filme com formulação PVC-PCL-diol. Na Tabela 6 encontram-se os 
valores das temperaturas de degradação onde a derivada da curva é máxima (Td) e 
o percentual de perda de massa. 
 
Figura 10 – Curva de TGA para amostra de PVC- PCL-diol: (
____
) TG e (-----) DTG 
 
Fonte: A autora (2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Tabela 6 – Resultados da Temperatura de Degradação e da Perda de Massa Obtidos no Ensaio 
de TGA. 
Formulação 
Temperatura de 
Degradação Máxima 
(ºC) 
Perda de massa (%) 
Td1 Td2 m1 M2 
PVC/PCL -diol 287 457 60,3 16,8 
PVC/DOP 285 460 62,8 18,8 
PVC/OSE 288 453 50,34 26,57 
Fonte: A autora (2017) 
 
Analisando a Figura 10 e a tabela 6, é possível identificar claramente a 
existência de dois picos aonde à derivada da curva é máxima, possivelmente o 
primeiro pico, 287ºC, esteja relacionado ao PVC, sendo relativo à 
dehidrohalogenação do PVC, geralmente com perda de massa máxima a 250ºC, 
formando um polieno. A degradação térmica do polieno, por sua vez, envolve 
reticulação, ciclização e cisão de cadeias (FELISBERTI, 1998). 
Já a segunda temperatura de degradação máxima (td2) está relacionada ao 
aditivo adicionado ao composto, já que o processo de decomposição térmica de um 
componente não afeta a decomposição térmica do outro (DE PAOLI, 2008). Assim o 
valor encontrado no presente trabalho foi de 457ºC. Cardoso (2009) verificou 
também uma segunda temperatura de 455ºC para tubos de PVC-PCL-triol. 
Figura 11 – Curva de TGA para amostra de PVC-DOP (
____
) TG e (-----) DTG 
 
Fonte: A autora (2017) 
43 
 
 
Através da Figura 11 e Tabela 6, é possível verificar que também há dois 
picos de temperatura de degradação máxima. A temperatura de degradação máxima 
obtida no primeiro pico (Td1) pode estar relacionada ao início de degradação do 
DOP, conforme constatado por Follman (2009), em que a temperatura observada 
para este plastificante foi de 285ºC. Balzer (2009) encontrou temperatura de 
degradação máxima para o DOP de aproximadamente 289ºC, valores muitos 
similares ao encontrado neste trabalho. 
Já a temperatura obtida no segundo pico (Td2) é referente à máxima 
degradação do polímero e apresentou o valor de 461ºC, sendo este muito próximo 
ao verificados por Balzer (2009) e também similar ao valor obtido pelo autor na 
temperatura de degradação máxima no segundo estágio para o PVC puro. O 
resultado também foi próximo dos resultados obtidos por Cardoso (2012) que foi de 
461ºC. Assim que pode evidenciar que a utilização do estabilizante térmico na 
mistura pode ter agido com o efeito de retardar a degradação do PVC (CARDOSO, 
2012; RODOLFO JR E MEI, 2007). 
 
 
Figura 12 – Curva de TGA para amostra de PVC- PCL-OSE: (
____
) TG e (-----) DTG 
 
Fonte: A autora (2017) 
 
As temperaturas Td1 e Td2 correspondem, respectivamente, às temperaturas 
do evento de dehidrocloração e de degradação térmica da cadeia carbônica 
(VALANDRO E RIEGEL, 2007). Observando a Figura 12, percebe-se novamente a 
degradação máxima em dois picos, nos valores de 288ºC e 453ºC, valores 
44 
 
significativos quando comparados aos encontrados por Valandro e Riegel (2007), 
que foram de 331ºC e 484ºC para td1 e td2, respectivamente. 
Em geral, analisando os resultados obtidos para os outros plastificantes 
quando comparados ao composto PVC-DOP, não há variação significativa nos 
valores encontrados para as temperaturas de degradação máxima, assim 
viabilizando o processamento dos compostos PVC-PCL-diol e PVC-OSE sem 
maiores problemas. 
 
4.2 CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) 
 
Foi realizado o ensaio de DSC para os compostos de PVC-PCL-diol, PVC-
DOP e PVC-OSE. Na Tabela 7 são apresentados os valores da temperatura de 
transição vítrea (Tg) para as análises dos compósitos realizadas. 
 
Figura 13 – Curvas de DSC para os compostos de PVC – PCL-diol (--), PVC-DOP (--) e PVC- 
OSE(--) 
 
 
Fonte: A autora (2017). 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
Tabela 7 – Resultados da Temperatura de Transição Vítrea (Tg) 
Amostras 
Tg PVC 
(ºC) 
Tg Plastificante (ºC) 
PVC/PCL-diol 71 - 
PVC/DOP 77 - 
PVC/OSE - - 
Fonte: A autora (2017) 
 
 
Conforme pode-se verificar na Figura 13, a Tg do PVC obtida para o 
composto PVC- PCL-diol foi de 71°C. Valores encontrados anteriormente por 
Pita e Monteiro (1996) foram de 79 a 82ºC somente para o PVC. O 
decréscimo do valor da Tg está diretamente ligado à adição de plastificante, o 
que já foi observado anteriormente por Pita e Monteiro (1996) e Cardoso 
(2012). Não foi possível verificar a Tg do plastificante em nenhum composto e 
nem a Tg do PVC para o composto PVC-OSE. Porém, isso não indica que não 
há plastificante na formulação, já que através da realização do ensaio de FTIR 
(Espectroscopia de Infravermelho) é detectar os grupos químicos referentes a este 
plastificante conforme detectado por Balzer (2009) e Cardoso (2012). 
Conforme estudos anteriores conduzidos por Balzer (2009), Bohn (2015) e 
Cardoso (2012), a Tg do PVC puro é de aproximadamente 85ºC. Na Tabela 7 a Tg 
principal do PVC com PCL-diol encontrada foi de 71ºC e 77ºC para o PVC com DOP, 
indicando uma interferência na estrutura do PCL-diol e do DOP no PVC. 
 
4.3 RESISTÊNCIA QUÍMICA 
 
O ensaio de determinação do índice de intumescimento, também denominado 
ensaio de migração total, foi realizado para avaliar a capacidade de o material 
absorver solvente ou eliminar plastificante, com amostras com área aproximada de 
20 mm2. As amostras foram previamente pesadas em balança analítica de precisão 
0,0001 gramas e mergulhadas em agua, n-heptano e óleo de oliva, sendo 
46 
 
determinada a massa destas amostras em tempos de 60 minutos, durante as 
primeiras 8 horas, seguido de uma medição diária até chegar a aproximadamente 
264 horas de imersão. Cumpridos os intervalos de tempo pré-estabelecidos, as 
amostras foram removidas dos meios com o auxílio de uma pinça, enxugadas entre 
duas folhas de papel e repesadas (BALZER, 2009). 
O solvente n-heptano, a temperatura e os tempos de análise foram 
determinados com base na resolução 105/99 da ANVISA (LEGISLAÇÃO DA 
ANVISA, 1999). Pode-se observar os recipientes como foi classificado cada 
amostra conformeFigura 14. 
 
Figura 14 – Amostras de PVC- Plastificantes em óleo de oliva, água e n-heptano 
 
Fonte: A autora (2017) 
 
Nas tabelas 8, 9 e 10 estão apresentados os resultados obtidos do ensaio de 
resistência química. Ao observar a Tabela 8, verifica-se uma migração do 
plastificante para o meio de 6% e 4% total dos filmes de PVC-DOP e PVC-PCL-diol 
em óleo de oliva, destacando-se as primeiras 168 horas em que houve uma 
migração de aproximadamente 4%. Essa migração para o meio pode ser justificada 
pela afinidade que os plastificantes e o óleo de oliva, já que ambos têm parâmetros 
de solubilidade muito próximos 7,9 cal/cm³ e 8,2 cal/cm³ respectivamente (BOHN, 
2015). 
 
 
 
 
 
47 
 
Tabela 8 – Resistencia Química em Óleo dos compostos de PVC plastificados com 
DOP, PCL-diol e OSE 
 RESISTÊNCIA QUÍMICA ÓLEO 
AMOSTRA 
Tempo (horas) 
8 24 168 264 TOTAL 
PVC/DOP -0,002 g -0,002 g -0,004 g 0 g -0,008 g 
PVC/PCL-
diol 
-0,001g -0,002 g -0,002 g -0,001g -0,006 g 
PVC/OSE 0 g -0,002 g 0,001g 0g -0,001 g 
Fonte: A autora (2017) 
 
Observando a Tabela 9, verifica-se que o filme de PVC-DOP tem a maior 
perda de massa (migração para o meio), total de 10%. Com destaque para as 
primeiras 8 horas, em que a perda para o meio foi em torno de 5% para todas as 
amostras. Isto se deve em parte por pela afinidade do DOP com o n-heptano, já que 
a solubilidade de ambos também é próxima, como acontece com o óleo de oliva. 
 
Tabela 9 – Resistencia Química em n-heptano dos compostos de PVC plastificados com DOP, 
PCL-diol e OSE 
 RESISTÊNCIA QUÍMICA N-HEPTANO 
AMOSTRA 
Tempo (horas) 
8 24 168 264 TOTAL 
PVC/DOP -0,006 g -0,004 g -0,003 g 0 g -0,013 g 
PVC/PCL-
diol 
0,002 g -0,003 g -0,002 g -0,001 g -0,004 g 
PVC/OSE -0,003 g 0 g 0,001 g -0,002 g -0,004 g 
Fonte: A autora (2017) 
 
 Como pode-se observar na Tabela 10, os plastificantes PCL-diol e OSE tem 
afinidade mais afinidade com a água do que com o meio, já que a perda de massa 
para o meio é cerca de 2% e 9%, respectivamente, tendo destaque as primeiras 168 
horas em que a migração do composto PVC-OSE foi de quase 6%. Já os 
plastificantes DOP é o que menos tem perca de massa para o meio, cerca de 1%, o 
que pode estar associado à solubilização do plastificante DOP (BHON, 2015; 
BALZER, 2009). 
 
 
48 
 
Tabela 10 – Resistencia Química em água dos compostos de PVC plastificados com DOP, PCL-
diol e OSE 
 RESISTÊNCIA QUÍMICA ÁGUA 
AMOSTRA 
Tempo (horas) 
8 24 168 264 TOTAL 
PVC/DOP -0,002 g 0,001 g 0,002 g 0 g 0,001 g 
PVC/PCL-
diol 
-0,004 g -0,001 g 0,002 g 0 g -0,003 g 
PVC/OSE -0,002 g -0,001 g -0,008 g -0,002 g -0,013 g 
Fonte: A autora (2017) 
 
Todos os valores encontrados neste ensaio são similares à valores 
encontrados anteriormente na literatura, tendo como base estudos conduzidos por 
Balzer (2009) e Bohn (2015) que avaliaram os parâmetros para resistência química 
em água e n-heptano, e água, n-heptano e óleo de oliva, respectivamente, para 
filmes PVC-DOP e PVC-PCL-diol. Nenhum valor foi encontrado para resistência 
química do plastificante OSE na literatura a fins de comparação. 
 
4.4 ENSAIO DE TRAÇÃO 
 
A caracterização mecânica foi feita nos três compostos de PVC para obtenção 
da tensão de ruptura e tensão máxima. Conforme estão mostrados na Tabela 12. 
Para base de comparação, foram utilizados os valores obtidos nas análises 
realizadas por Balzer (2009), Tabela 11. Observa-se que o tipo de plastificante 
utilizado no processamento dos filmes influência sobre os resultados, apresentado 
resultados distintos para cada plastificante. 
 
Tabela 11 - Resultados obtidos do ensaio de tração para os filmes de PVC puro e PVC 
com os plastificantes 
Compostos 
Resistência à Tração 
Máxima (MPa) 
Deformação 
(%) 
PVC/DOP 15,48 (±1,84) 123,84 (±6,55) 
PVC/PCLdiol 20,49 (±0,69) 100,82 (±0,84) 
PVC PURO 44, 19 (±3,41) 3,67 (±0,42) 
Fonte: Balzer (2009) 
 
Segundo estudos conduzidos por Balzer (2009) Tabela 11, o valor de 
resistência máxima do PVC-DOP foi de 44,19 MPa e deformação máxima de 3,67%, 
49 
 
assim comparando com os resultados aqui obtidos ,Tabela 12, o plastificante PCL-
diol foi o que aumentou significativamente o resistência a tensão máxima em cerca 
de 58,6% em relação ao DOP. O OSE também ocasionou um aumento considerável 
de 20,7%. 
Em relação ao valor de deformação, o plastificante que apresentou maior 
valor foi o DOP com 224% e o plastificante com o menor resultado foi o OSE cerca 
de 60,65%, sendo metade do valor obtido pelos outros plastificantes, o que pode 
significar que o plastificante tem uma força de atração muito fraca com o PVC, não 
sendo um bom plastificante primário. 
Quando comparados os resultados obtidos no ensaio de tração dos 
compostos de PVC-PCL com o PVC-DOP, constatou-se que este apresenta menor 
resistência à tração, demonstrando que o DOP tende a afastar mais as cadeias, 
diferente do PCL-diol. 
No geral, o compósito que apresentou resultados mais interessantes foi o 
PVC- PCL-D, com características muito similares e até superior ao DOP. 
 
Tabela 12 – Resultados obtidos no ensaio de tração com os diferentes plastificantes 
Material Tensão Máxima (MPa) Deformação (%) 
PVC-PCL-diol 21,32 (± 2,31) 113,9 (± 47,68) 
PVC- DOP 13,44 (± 2,43) 224 (± 45,87) 
PVC-OSE 16,23 (± 0,99) 60,25 (± 15,45) 
Fonte: A autora (2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Através dos ensaios realizados, foi possível obter informações importantes 
sobre os sistemas PVC-PCL-diol e PVC-OSE e sua aplicação nos filmes. 
Foi possível realizar a mistura das três formulações propostas, bem como o 
processamento dos filmes por calandragem, todas as formulações apresentaram 
boa processabilidade. 
Através da caracterização térmica, constatou-se que no ensaio de TGA, todas 
as formulações tiveram comportamentos semelhantes, com duas temperaturas de 
degradação máxima em dois estágios de perda de massa, com valores 
característicos do PVC e da adição de plastificantes ao composto. 
Através do ensaio de DSC constatou-se que os plastificantes diminuíram a 
temperatura de transição vítrea do PVC, o plastificante que obteve melhor resultado 
foi o PCL-diol. Não foi possível detectar nenhum valor para o composto PVC-OSE. 
No ensaio de resistência química foi observado valores significativos de 
migração no composto PVC-DOP de cerca de 10% em óleo de oliva. Já no ensaio 
de tração constatou-se que o plastificante PCL-diol aumentou a resistência à tensão 
do composto, e o quanto a resistência à deformação o plastificante OSE teve o 
menor valor, demonstrando uma força de atração muito fraca com o PVC. 
No geral, concluiu-se que as melhores propriedades obtidas foram pelo 
composto PVC-PCL-diol, que obteve valores muito similares ao PVC-DOP em todos 
os testes, mostrando um bom desempenho como plastificante, viabilizando sua 
possível aplicação comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
5.1 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS 
 
Abaixo são listadas algumas sugestões de temas para próximos trabalhos: 
a) Realizar novos ensaios com o composto PVC-OSE com diferentes 
porcentagens de formulações a fim de obter resultados para a análise de 
FTIR. 
b) Realizar pesquisas com novos plastificantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
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