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Aspectos gerais das neoplasias

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As neoplasias podem ser malignas ou benignas. Até hoje, nenhum 
tratamento é eficaz e é por isso que é tão temida. O HPV é um agente que 
induz a transformação da célula, principalmente em colo de útero, inclusive já 
descrito em neoplasias de origem epitelial da cavidade oral como contribuinte 
para transformação da célula normal em uma célula neoplásica. Ele atua como 
um fator que é chamado de fator carcinogênico, ele transforma a célula. 
Neoplasia quer dizer “nova célula que vai surgir no organismo”, é uma 
célula que vai ter uma informação genética diferente de todas as outras, porque 
muitas vezes ela tem alterações em sequências de pares de bases, ou seja, 
bases alteradas, ligações alteradas que acaba sendo uma molécula diferente. 
Característica da neoplasia, ou seja, o que vai acontecer em todo 
processo neoplásico, como a célula vai se comportar em relação à isso: 
multiplicação; a célula neoplásica é uma célula nova que sofre modificações 
em genes que regulam crescimento, proliferação e diferenciação celular. Logo, 
sempre existe essa alteração, ou seja, as células proliferam em uma taxa muito 
maior do que sua contra-parte normal, a contra-parte normal veio de uma 
célula normal. As células neoplásicas estão sempre em proliferação, seja essa 
neoplasia maligna ou benigna. 
O que vai alterar nessas células, que grupos de genes vão estar 
modificados nessas células neoplásicas? São os genes que controlam esse 
crescimento celular. As células proliferam quando elas recebem estímulos para 
proliferarem, então liga um receptor na superfície dela e vem uma cadeia de 
sinalização intracelular que informa para o núcleo que a célula deve multiplicar, 
ou o inverso, quando a informação de que ela não deve multiplicar. 
Grupos de genes: 
 que controlam a entrada da célula no ciclo celular; 
 que freiam o ciclo celular; 
 que encaminham a célula para a apoptose. 
Quando tem um erro em uma base que foi ligada de maneira errada, o 
DNA – polimerase chega e faz a leitura de prova e quando não consegue 
reparar, encaminha a célula para a via de morte, induz a célula para apoptose 
celular, porque ela entendeu que a célula tem um defeito no DNA, ou seja, a 
fita de DNA não é idêntica à original e essa célula não deve sobreviver, essa 
célula deve ser encaminhada para via de morte. 
Quando as células começam a se proliferar de forma exagerada, aumenta 
a apoptose para que se tenha uma manutenção da quantidade de células em 
um número normal. As células neoplásicas vão apresentar várias modificações, 
o processo de carcinogênese não é um evento único, ou seja, acontece em 
múltiplas etapas e o que pode acontecer é que genes que fazem com que a 
célula prolifere estejam super-expressos, esse grupo de genes é chamado de 
oncogenes, genes que induzem proliferação celular. Além disso, tem outro 
grupo de genes que faz o inverso, que impede a entrada da célula no ciclo, os 
chamados genes supressores de tumor. 
 Oncogenes: manda a célula para o ciclo. Quando esses genes 
funcionam na célula normal chamamos de proto-oncogenes porque 
Universidade Federal de Pernambuco 
Deborah Maria Miranda do Nascimento 
4º Período – 2017.1 
Processos Patológicos Gerais – Aspectos gerais das Neoplasias 
naturalmente todas as células recebem fatores de crescimento. Produto 
dos proto-oncogenes= fatores de crescimento que induzem a célula a 
proliferar. Ciclinas, fator de crescimento epidérmico, fator de crescimento 
fibroblástico, fator de crescimento vascular endotelial são produzidas por 
oncogenes, ou seja, tudo isso induz multiplicação celular, logo são 
produtos dos oncogenes. Em condições normais, eles atuam, mas de 
forma coordenada que também vai sofrer alteração por outros grupos de 
genes. Funcionam normalmente no corpo, de forma natural e 
fisiologicamente. 
 Genes supressores de tumor: não deixa a célula entrar no ciclo celular. 
P-53 (exemplo desse gene) é uma das mais importantes moléculas, é 
uma proteína que é codificada pelo gene com o mesmo nome, gene P-
53, que faz com que a célula pare no ciclo celular, chamamos de 
proteína supressora de tumor que é produzida pelo gene supressor de 
tumor que também tem o mesmo nome. 
 
Além disso, pode ter modificações em um grupo de genes que faz reparo 
do DNA, ou seja, grupo de genes mutáveis. Uma célula tem uma mutação em 
um gene que é responsável por detectar as mutações, então como ele não 
detecta, a mutação passa despercebida. 
Uma neoplasia no estágio inicial, pode muitas vezes não ser tão 
agressiva quando espera um período de tempo prolongado porque à medida 
que a célula entra em mitose ela pode acumular mais mutação, e ela continua 
proliferando numa taxa cada vez maior, diminui a apoptose, diminui esse freio 
do ciclo celular e o gene de reparo do DNA não funciona e a tendência é que 
tenhamos um clone de células e dentro desse clone de células neoplásicas 
tenhamos vários sub-clones porque vão se formando mutações. 
Até aqui vimos reações que eram reversíveis, ou seja, se removermos os 
agentes que estão provocando aquela displasia, as células voltam ao estado 
normal, assim como a metaplasia, desde que haja a remoção desses agentes. 
Na neoplasia, mesmo que haja essa remoção, as células continuam 
proliferando e essas células perdem a sua capacidade de se diferenciar, ou 
seja, elas se proliferam em uma taxa tão elevada que ela não consegue 
adquirir sua função especializada. Por isso que muitas vezes em neoplasias 
malignas extremamente agressivas, osteoblasto maligno sem nenhuma 
formação de tecido ósseo; melanoma tem deposição de melanina, mas existem 
casos em que não tem, ou seja amelanóticos. A célula perde sua referência de 
diferenciação e casos como esse são de difíceis diagnósticos. 
Não existe cura para neoplasias, o que se vem pesquisando hoje são 
formas mais específicas de controle. Por que não consegue controlar a 
proliferação das células malignas? Porque são oncogenes que estão em todas 
as células, ou seja, existe uma destruição de todas as células que estão em 
proliferação, é algo inespecífico até então. Por isso que a cada dia tenta – se 
caracterizar mais as células neoplásicas com algum tipo de via que só tenha 
nela. Todas as vias que funcionam na célula neoplásica, funcionam também 
nas suas contraparte normais. 
Tratamento de hoje da neoplasia: remoção cirúrgica, para poder remover 
todas as células. Além do mais, pode ser adicionado a quimioterapia e uma 
radioterapia dependendo o tipo de tumor, a escolha de um das depende das 
características das células neoplásicas. Radioterapia é muita vezes suficiente 
nos tumores de cavidade oral. Bioma é uma neoplasia benigna. As neoplasias 
podem passar de benigna (caso não haja tratamento e exposição aos fatores 
carcinógicos) para maligna. O tipo de crescimento de uma benigna é diferente 
da maligna. Na neoplasia pode – se observar um aumento de uma quantidade 
de células que perderam esse controle da diferenciação, logo essas células 
vão crescer em uma proporção maior que as células vizinhas, e mesmo que 
haja remoção do agente causador, elas vão continuar proliferando. 
Um exemplo é o osteoma, uma neoplasia benigna de origem do tecido 
ósseo, as células estão crescendo em uma proporção muito maior do que as 
células vizinhas, um crescimento relativamente localizado, circunscrito, 
conseguindo delimitar a área das células que estão sofrendo essa proliferação; 
uma massa de células que proliferam em uma proporção maior e formam um 
aumento de volume, por isso que pode usar o termo tanto neoplasia, como 
tumor. 
Tumor é todo aumento de volume tecidual, mas um tumor de processo 
inflamatório ocorre por conta do edema, e o tumor da neoplasia ocorre por 
conta da proliferação celular, ou seja, uma massa de células crescendo em 
uma taxa maior do que suas contrapartes vizinhas e o estímulo pode não estarmais existindo e esse processo vai continuar acontecendo. O que pode ser 
feito em relação ao tratamento é remover cirurgicamente esses clones 
neoplásicos. Microscopicamente o exame histológico mostra a proliferação 
dessas células formadoras do tecido ósseo, ou seja, grande quantidade de 
osteoblastos e uma grande reposição dessa matriz óssea (aumento do tecido 
duro e mole). 
Aumento de volume localizado, circunscrito; aspecto histo-patológico das 
células (biópsia): proliferação de tecido conjuntivo fibroso, empurrando as 
papilas epiteliais, proliferação de fibroblastos. Essa proliferação é benigna 
porque as células têm fibroblastos jovens, deposição de colágeno, grande 
atividade de proliferação e metabólica, deposição grande de tecido conjuntivo= 
tudo isso é uma neoplasia benigna de origem do tecido conjuntivo que é um 
fibroma. Diferenciar fibroblastos jovens (núcleo mais ovóide) dos adultos, os 
chamados fibrócitos (núcleo fino) pela forma. 
Porque uma neoplasia é benigna e outra é maligna? Por causa da 
quantidade de mutações que a célula vai acumular e por conta do 
comportamento clínico. Câncer é uma neoplasia maligna. As neoplasias são 
mais frequentes em pessoas de terceira idade, acúmulo de mutações durante 
uma vida. Um aumento na proliferação celular e uma modificação na 
diferenciação, então as células adquirem o que chamamos de autonomia de 
crescimento, ou seja, as células não precisa mais receber fatores de 
crescimento, a célula prolifera de qualquer jeito, mesmo na ausência de fator 
de crescimento, ela secreta esse fator e se liga nele mesmo, estimulação 
autócrina. 
A célula neoplásica é aquela que detecta morte ao sistema, ou seja, ela 
prolifera mesmo que ela receba vários estímulos que impeçam sua proliferação 
e ainda secreta seu fator de crescimento para proliferar. Neoplasia é 
proliferação anormal, descontrolada, proliferação autônoma; essas alterações 
dependem de modificações em genes e proteínas que regulem a proliferação e 
a diferenciação celular. A célula neoplásica é aquela que vai multiplicar e muita 
vezes leva à morte. As células consomem toda a nutrição do hospedeiro e o 
paciente fica muito magro, é um perfil de desnutrição. 
Em relação ao comportamento clínico, podemos classificar as neoplasias 
em benigna ou maligna: 
 Neoplasias benignas vão ter um crescimento lento e vai 
formando uma estrutura aglomerada de células, empurrando o que tem do 
lado, crescendo para o lado, é crescimento expansivo, aspecto clínico de um 
nódulo, esférica e ovóide, formato regular. Só nódulo pulpar não é uma 
neoplasia, o restante é. Esse crescimento lento permite a cápsula fibrosa ao 
redor da neoplasia. Guarda um padrão de diferenciação. Bem delimitado. 
 
 Neoplasias malignas tem um crescimento infiltrativo e mais 
acelerado, a massa de células invade/destrói e às vezes possui uma cápsula 
fibrosa ao redor. A cirurgia requer uma margem de segurança. Os linfonodos 
axilares são a primeira via de metástase. Cada neoplasia tem uma 
característica própria. Comum ter necrose, úlceras, é tão rápido que não dá 
tempo dos vasos sanguíneos suprirem. Completa desorganização. 
Pleomorfismo celular, células com núcleos volumosos e algumas vezes células 
em mitose. “Ruídos de traça”-irregular (não tem como saber o limite da 
neoplasia). Se destacam e migram para formar metástase, perdem a 
adesividade entre eles. São consideradas imortais, continuam com a atividade 
telomerase, secretam fatores de crescimento e não respondem aos inibidores 
de crescimento, continuam sempre jovens. Tem metabolismo baixo e por isso 
conseguem viver com pouco. 
Em relação ao critério histo-morfológico é em relação às características: 
 Carcinoma baso-celular: câncer na pele 
Carcinoma= neoplasia epitelial maligna 
Baso= células da base do epitélio 
Se tem um aspecto cístico, tem que ter na nomenclatura esse aspecto. 
 Adenocarcinoma polimorfo de baixo grau de malignidade: 
neoplasia na cavidade oral 
Adenocarcinoma= neoplasia maligna 
Polimorfo= várias formas distintas de células presentes 
 
Em relação à origem da neoplasia: 
 Carcinoma: neoplasia maligna de origem do epitélio de 
revestimento 
 Sarcoma: neoplasia maligna de origem do tecido mesenquimal 
(sarcômero) 
 Adenocarcinoma: neoplasia maligna de origem do epitélio 
glandular 
 Liposarcoma: neoplasia maligna de origem do tecido adiposo 
 Condosarcoma: neoplasia maligna de origem do tecido 
cartilaginoso 
 Osteosarcoma: neoplasia maligna de origem do tecido ósseo. 
 
Só OMA: neoplasia benigna 
 FibrOMA: neoplasia benigna de origem do tecido conjuntivo 
fibroso; caso seja de origem maligna fica fibroSARCOMA, de 
origem mesenquimal. 
 AdenOMA: neoplasia benigna de origem do epitélio glandular. 
 BlastOMA: tumor benigna que remete características 
embrionárias. Ex: ameloblastos – ameloblastoma. Se for maligno, 
ameloblastoma maligno. 
Ameloblastoma folicular – forma folículos 
Neoblastoma multicístico – cisto dentro do tumor 
 TeratOMA: tumor benigno que apresenta mais de uma origem 
embrionária (mais de um folheto embrionário), forma conjuntivo, 
revestimento epitelial, pelo, dentes. Se for maligno, fica teratoma 
maligno. 
 Papiloma: neoplasia benigna de origem do epitélio de 
revestimento. 
 Adenoma: neoplasia benigna de origem do epitélio glandular. 
 Lipoma: neoplasia benigna de origem do tecido adiposo. 
 Condroma: neoplasia benigna de origem do tecido cartilaginoso. 
 Osteoma: neoplasia benigna de origem do tecido ósseo. 
 Mioma: neoplasia benigna de origem do músculo liso. 
 
Exceções: 
 Melanoma: neoplasia maligna. 
 Linfoma: neoplasia maligna. 
 
Hoje, felizmente, há uma incidência maior de neoplasias benignas que 
malignas. Quanto mais cedo descobrir, menor a taxa de morbidade, que é a 
consequência do tratamento e doença. Uma célula neoplásica que prolifera, 
parênquima neoplásico e o tecido que dá suporte à esse parênquima 
neoplásico é o estroma neoplásico, que é o tecido conjuntivo fibroso, vasos 
sanguíneos, células de defesa nutrindo o tecido que está crescendo. Úlceras e 
necroses porque o parênquima cresceu muito rápido e não deu tempo de 
formar estroma. No estroma neoplásico tem uma resposta inflamatória e 
algumas vezes o que acontece é que a neoplasia secreta citocinas e faz com 
que as células do hospedeiro aumentem a capacidade de invasão e metástase 
delas. As células neoplásicas emitem sinais para que as células do hospedeiro 
funcionem a favor delas. 
 
Aspectos morfológicos: 
Quando a neoplasia cresce formando cavidade dentro dela ela fica 
semelhante à um cisto, logo ela tem um crescimento cístico e pode crescer de 
forma sólida. Ou seja, uma neoplasia pode ser cística ou sólida. 
 Neoplasias sólidas: podem ser 
Nodular= quando ela forma um nódulo; 
Vegetante= a neoplasia se projeta até a superfície, seja mucosa, 
epitelial; ex: pólipo intestinal (projeção para o interior do lúmen); 
Crescimento popilamentoso= ex. verruga, hpv. 
Crescimento couve – flor= é um crescimento popilamentoso bem 
maior; 
Crescimento infiltrativo= quase não vê crescendo na superfície e 
ele já está crescendo para dentro; quando associado ao vegetante, 
as células podem crescer na periferia e infiltrando no centro. 
Crescimento ulcerado= 
 Neoplasias císticas:

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