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Aula 6 Doenças em bovinocultura de corte

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PRINCIPAIS DOENÇAS EM BOVINOS DE CORTE
FESURV – Universidade de Rio Verde
Faculdade de Medicina Veterinária
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CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA (CIB)
A Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina, também conhecida por "olho branco", é a doença ocular mais importante dos bovinos. 
É causada por uma bactéria denominada Moraxella bovis. Pode apresentar curso agudo, subagudo ou crônico, afetando apenas um ou ambos os olhos, caracterizada por conjuntivite, lacrimejamento e ceratite. 
 
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	SINTOMAS
Seus primeiros sinais são lacrimejamento intenso, com corrimento de líquido pela goteira lacrimal e fotofobia, seguidos de opacidade no centro da córnea (mancha esbranquiçada) um a dois dias após, que pode evoluir até ulceração, ocasionando cegueira temporária ou permanente e ruptura da córnea. 
Esta não é uma doença fatal, mas seu impacto econômico é enorme, decorrente da perda da visão, a qual é responsável pela perda de peso, redução na produção de leite, dificuldades de manejo e custo de tratamentos. 
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TRATAMENTO
O tratamento consiste na administração de antimicrobianos via parenteral ou em forma tópica no saco conjuntival. Para isso é necessário fazer um antibiograma para saber qual produto é mais efetivo. Esse tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível após o aparecimento dos sintomas, como forma de impedir as lesões irreparáveis da córnea.
No início da lesão é recomendável a aplicação de corticosteróides juntamente com antibióticos de aplicação tópica no saco conjuntival diariamente, até a cura do animal.
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PREVENÇÃO
O controle da doença deve ser realizado através de vacinas que contenham antígenos de fímbria e/ou impedimento da ação dos vetores (moscas).
A vacina deve ser aplicada antes do aparecimento dos casos clínicos, em todos os animais do rebanho a partir dos 4 meses de idade. Nos animais primovacinados deve-se repetir uma segunda dose 21 dias após a primeira.
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LAMINITE
É uma doença caracterizada por um processo inflamatório agudo ou crônico das partes sensíveis do casco, que afeta várias espécies de animais domésticos, sendo os equídeos os mais susceptíveis. Em equinos é conhecida também por “aguamento”. A sua ocorrência em bovinos é baixa, sendo maior em animais confinados devido às condições alimentares a que são submetidos. 
Normalmente está associada a distúrbios digestivos, um regime alimentar com altas proporções de concentrados e baixa qualidade e quantidade de fibras na dieta (ingestão excessiva de grãos, principalmente milho, aveia e trigo). 
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SINTOMAS
Os casos agudos são acompanhados de manifestação de dor e expressão de grande ansiedade com tremor muscular, sudorese e aumento da frequência cardíaca e respiratória; os cascos afetados estão quentes e com sinal visível de inflamação acima deles. 
O animal apresenta relutância em se mover, permanecendo deitado a maior parte do tempo e, se forçado a andar o faz com muita dificuldade. Nos casos crônicos os cascos crescem em comprimento, a sola desloca-se para trás em conseqüência da perda da elasticidade e densidade normais, tornando-se mais quebradiços. 
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TRATAMENTO
A primeira medida após a constatação da doença é colocar o animal em um local de superfície mole (piquete) com forragem e água de boa qualidade, sem oferta de concentrado. Drogas analgésicas e antiinflamatórias não hormonais serão de grande valia para alívio do problema.
A utilização de duchas de água fria, várias vezes ao dia, apresenta ação descongestionante, gerando bem-estar do animal. A aplicação da metionina para acelerar o processo de queratinização do casco também é indicada. 
Nos casos crônicos o tratamento é pouco eficaz. Para animais de alto valor, a recomendação é a realização de cirurgia.
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BRUCELOSE
É uma doença bacteriana infecciosa;
Causada pela Bactéria Brucella abortus;
Sobrevive a congelamento e descongelamento;
Sensível aos desinfetantes comuns;
Afeta o sistema reprodutivo dos animais (bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos e cães). 
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SINTOMAS
Fêmeas:
Aborto a partir do 6º mês de gestação;
Nascimentos de bezerros fracos ou mortos; 
Retenção de placenta;
Repetição de cio;
Machos: 
Epididimite;
Orquite;
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PREVENÇÃO
Não comprar animais sem certificado negativo;
Realizar quarentena (40-60 dias) e testar os animais;
Programa de vacinação de caráter obrigatório;
Vacinar fêmeas entre 3 e 8 meses de idade;
Vacina viva atenuada B19 de Brucella abortus;
Realizar testes sorológicos que levam ao diagnóstico da doença. 
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TRATAMENTO
Há possibilidade de cura (estreptomicina, tetraciclina) com tratamentos prolongado;
Não é recomendado;
A legislação brasileira proíbe o tratamento de animais positivos para brucelose.
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LEPTOSPIROSE
Doença infecto-contagiosa de caráter agudo;
Transmitida por bactérias da espécie Leptospira interrogans;
É uma zoonose, sendo transmitida ao homem através da penetração da bactéria pela pele lesada ou íntegra e pelas mucosas (olhos, nariz, boca) ou através da ingestão de água e alimentos contaminados.
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SINTOMAS
Aborto no terço final da gestação;
Retenção de placenta;
Nascimento de mortos ou fracos;
Mastite em todos os quartos;
Úbere flácido;
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PREVENÇÃO
Combater possíveis reservatórios silvestres;
Eliminar fontes (principalmente de água contaminada);
Tratar ou eliminar os portadores;
Vacinação.
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TRATAMENTO
Fase aguda: 
Estreptomicina na dose de 12 mg/kg de peso, duas vezes ao dia, durante 3 dias. 
Porém, devido ao curso muito rápido da doença, principalmente em animais jovens, a eficiência do tratamento é limitada. 
Fase crônica:
Usa-se a mesma base, só que na dose 25 mg/kg em dose única. 
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TUBERCULOSE
Doença infecciosa bacteriana crônica não contagiosa;
Causada pelo Mycobacterium bovis;
Caracterizada pela forma pulmonar ou localizada (linfonodos) ou mesentérica; 
É uma zoonose.
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SINTOMAS
A maioria dos bovinos não apresentam sinais clínicos. 
Quando a prevalência é muito alta, em uma propriedade, alguns animais podem apresentar:
Perda de peso;
Falta de apetite;
Corrimento nasal seroso ou purulento, 
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PREVENÇÃO
Realizar educação sanitária para orientar os produtores sobre a adoção das medidas de profilaxia recomendadas pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Tuberculose;
É necessário realizar periodicamente exames de tuberculinização e sacrifício dos animais reagentes positivos. Deve-se fornecer o destino adequado de dejetos animais, fazer limpeza de instalações;
Realizar quarentena e exame de tuberculinização em animais adquiridos e somente introduzí-los no rebanho após constatação de exame negativo. 
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TRATAMENTO
Animais positivos para tuberculose devem ser sacrificados em estabelecimentos com inspeção federal de acordo com as recomendações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);
Através do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).
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FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
É uma doença de bovinos, ovinos, caprinos, e equinos que ocorre devido a uma sensibilização das camadas superficiais da pele quando expostas à radiação solar intensa, devido à ação de certas drogas, plantas ou outras substâncias;
A fotossensibilização hepatógena é a forma mais comum em ruminantes em que o fígado é lesado por toxinas, causando distúrbio hepático e impedindo-o de fazer a desintoxicação do organismo, causada por certas substâncias fotodinâmicas que vão se acumular na circulação periférica e com a incidência da luz solar causam na pele lesões características com aspectos de "Casca de árvore". 
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SINTOMAS
As partes brancas dos animais afetados começam a ficar avermelhadas, pele enrrugada e formação de crostas em grandes extensões da pele.
O processo evolui até a morte do tecido cutâneo que resseca e começa a "descascar“; 
A descrição mais próxima do quadro que se vê é o de uma árvore perdendo a casca; 
O animal apresenta inapetência, excitabilidade, prurido, lacrimejamento, edema de barbela, edema dos flancos e da prega caudal. Com a evolução da doença, ocorre o "quebramento de orelhas", poliúria, icterícia, enfraquecimento e desidratação;
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PREVENÇÃO
Como medicação, é indicada a utilização de protetores hepáticos, anti-histamínicos, hidratantes e vitaminas ADE;
Nas lesões de pele podem ser usadas pomadas antissépticas e cicatrizantes, além de óleo de peixe;
Estes tratamentos são comprovadamente eficientes na recuperação da doença, desde que a mesma seja diagnosticada de imediato; 
É importante a retirada dos animais da pastagem onde está ocorrendo o problema, colocando-os em um pasto com capim mais baixo e com sombreamento.
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PNEUMONIA
A broncopneumonia dos bezerros é uma doença que afeta os pulmões dos animais. 
É de ocorrência bastante comum, principalmente em animais de criações leiteiras.
 É o segundo problema de saúde mais comum de bezerros jovens, sendo a diarréia a mais importante.
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SINTOMAS
Fase inicial:
Febre;
Perda de apetite e bem apáticos; 
Tosse;
Diarréia;
Animais gravemente afetados:
Dificuldade para respirar;
Morte;
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PREVENÇÃO
A redução parcial ou eliminação de fatores predisponentes, e a melhoria nos procedimentos de manejo inadequados, reduzirão a ocorrência de pneumonia significativamente;
Higiene do ambiente, ingestão adequada de colostro, tratamento correto do umbigo dos recém-nascidos, alojamento seco e individual, boa ventilação natural e ausência de estresses nutricionais e de manipulações desnecessárias, manter em dia o calendário de vacinações e combate a parasitos; 
Um programa de vacinação relevante, que leve em consideração os agentes prevalentes na propriedade, deve ser feito com a ajuda de um veterinário.
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TRATAMENTO
O tratamento pode ser feito com antibióticos específicos;
 Outros medicamentos podem ser usados como coadjuvantes, tais como os mucolíticos e os expectorantes;
Em casos avançados, pode ser necessária a aplicação de broncodilatadores e mesmo a oxigenoterapia;
Entretanto, é fundamental determinar quais as condições ambientais que estão colaborando para o aparecimento da doença. O tratamento de animais mantidos em ambientes úmidos e sujos certamente não terá sucesso.
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AFTOSA
A Febre Aftosa (Aphtae epizooticae) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, cervídeos, suínos e outros animais.
Os seres humanos raramente são infectados pelo vírus.
Está presente na Europa, Ásia, América do Sul e África. América do Norte, América Central e Oceania estão livres da doença.
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SINTOMAS
O animal afetado apresenta febre alta que diminui após dois a três dias.
Em seguida aparecem pequenas vesículas na mucosa da boca, laringe, narinas e na pele que circunda os cascos.
O animal deixa de andar e de comer e emagrece rapidamente.
 
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PREVENÇÃO
Vacinar todo o rebanho(maio e novembro)
Quarentena
Sacrificar os animais
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TRATAMENTO
Não existe.

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