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Aula 3 Nutrição em bovinocultura de corte

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 FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E AGRONOMIA
PRINCIPAIS FORRAGEIRAS E PASTAGENS PARA GADO DE CORTE
 
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Introdução
-A principal fonte de alimento de animais,
que fornecem a maior parte da produção
de carne, leite, couro, lã, além de outros é
baseada principalmente na utilização de
pastagens (PEDREIRA & MELLO, 2000).
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Espécies Forrageiras
 A escolha de boas forrageiras: 
potencial produtivo e qualitativo,
persistência e adaptação a fatores ambientais, climáticos e de solos,
hábitos de crescimentos,
 
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Diferenciação entre gramíneas e leguminosas:
 Diferenciação entre gramíneas e leguminosas
Gramíneas:
 estão incluídas capins e gramas. De porte rasteiro (gramas) passando pelos de porte médio (capins), até as de porte alto (milho, sorgo, cana, etc.). São utilizadas na forma de pastagens, fenos, silagens e capineiras.
Leguminosas:
 são de porte variável, muito ricas em proteínas. São também utilizadas como adubação verde, devido ao seu nível de nitrogênio(nódulos de bactérias em suas raízes).
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MANEJO DE BOVINOS DE CORTE
 A) Colonião
 No plantio por mudas o sulco deve apresentar profundidade de 15 a 20cm, espaçados de 1 a 2m no máximo, gastando-se 4 Ton de mudas por ha.
 No plantio por sementes recomenda-se 15 a 20 Kg de sementes/ha. No caso de plantio a lanço o gasto será de 30% a mais em sementes. Deve ser manejado com entrada dos animais com 60 a 80cm e retirá-los quando rebaixado a 30-40cm, para não comprometer a rebrota futura.
 Deve ter período de ocupação de 7 a 10 dias, com período de descanso de 35 a 40 dias nas águas, com capacidade de suporte nas águas de 2 a 3 UA/ha.
 Rende cerca de 40 a 50 Ton /MV/ha/ano, em 3 a 4 cortes, produz cerca de 150 a 200 Kg de sementes/ha e 8 a 13 Ton/MS/ha/ano.
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MANEJO DE BOVINOS DE CORTE
Tanzânia
 Produção:
 MV/ha/ano = 60 Ton
 MS/ha/ano = 26 Ton
 Mombaça
 Produção
 MV/ha/ano = 60 Ton
 MS/ha/ano = 33 Ton
 Tobiatã (+ difícil manejo)
 MV/ha/ano = 60 Ton
 MS/ha/ano = 30 Ton
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Forrageiras mais utilizadas em pastagens de gado de corte no Brasil
 B) Jaraguá
Vegeta bem em solos pobres, possui grande resistência ao fogo, pisoteio e cortes rentes, porém não é muito tolerante à seca e temperaturas baixas.
 Possui habito invasor.
O plantio é feito na primavera, a lanço ou com máquinas,
empregando-se de 15 a 20 Kg sementes/ha.
Consorcia-se soja perene.
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Jaraguá
Deve ser pastejado no máximo de 30 a 40 cm de altura e retirar com 10 a 15cm do solo.
Tem capacidade de suporte médio para as águas de2 UA/ha.
O rendimento de matéria verde é cerca de 40 a 50 Ton/ha/ano com 4 a 5 cortes. 
O corte para a fenação deverá ser feito quando o capim estiver com 40 a 45 dias de idade.
Produz 150 a 200 Kg de sementes/ha.
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C) Capim Elefante (Camerom, Mineiro, Napier, Porto Rico e Taiwan)
Proliferação é feita por mudas e sementes, sendo a melhor por muda e aquelas com 100 dias de idades (maduras). A profundidade dos sulcos é de 15cm e espaçados em 50cm, gastando-se em média 2 a 4 Ton/ha.
Como pastagem deve-se dividir as parcelas de no máximo 5 ha cada (rodízio), ocupadas por 3 a 7 dias e descanso de 35 a 45 dias. Os animais entram com 60 a 80cm de altura e saem quando é rebaixado a 30 a 40cm.
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Capim Elefante
Uma boa pastagem de capim elefante suporta de 3 a 4 UA/ha nas águas. As capineiras devem ser cortadas com 1,30m a 1,50m de altura, à 30 a 40 cm do solo, proporcionando 20 a 25 Ton MV/ha/corte. Acima de 1,5m seu valor nutricional será bem inferior e o teor de fibra elevado.
Normalmente com 3 a 4 cortes por ano pode produzir 75 a 100 Ton MV/ha/ano. Essa gramínea responde bem a adubação nitrogenada.
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D) Brachiaria decumbens
Adapta-se a ampla faixa climática, precipitações de 800 a 1.500 mm anuais.
Resistência à seca, fogo, pisoteio, e não é exigente em fertilidade. Seu maior problema são as cigarrinhas.
 O plantio da decumbens pode ser feito através de mudas e sementes. A sementes da decumbens tem dormência de 6 meses. A quantidade de sementes: 240-320-480/VC, máquina-lanço-avião,respectivamente
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Brachiaria decumbens
 Pelo motivo de ser uma gramínea muito agressiva sua consorciação com leguminosas é bem difícil, mais pode se
 Consorciar com leguminosa de caules arbustivos e arbóreos.
 Suporta pastejo pesado com lotação de 2 a 3 UA/ha. O manejo de entrada é com 30 a 40 cm e saída com 10 a 15 cm e descanso de 25 a 35 dias.
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E) Brachiaria brizantha - Brachiarão
 É perene, não perfilha intensamente, forma touceiras com 1 a 1,2m de altura.
 Adapta-se a climas menos tropicais e úmidos, resiste a seca e tolera solos um pouco úmidos. Não é exigente em solos.
 O plantio é feito através de mudas e sementes. Máquina (240/VC), lanço (320/VC) e aéreo (480/VC)
 Altura de manejo: entrada dos animais com 70-80cm e retirada com 30-40cm
 Produção: MV/ha/ano: 50 Ton e MS/ha de 10 a 12 Ton
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Capim-mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça)
Características da planta: cresce em touceiras muito vigorosas e altas, podendo chegar até 2,5 m de altura. 
Atributos especiais: deve ser mantido continuamente sob tal pressão de pastejo que não permita seu crescimento excessivo e a produção talos lignificados, os quais não serão consumidos pelos animais, limitarão seu acesso às folhas produzidas no interior das touceiras e contribuirão à ocorrência do problema do ‘pastejo em mosaico’.
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 Leguminosas
Soja perene
 Planta perene, possui hastes finas, compridas, rasteiras, sistema radicular vigoroso e profundo, atingindo 3 m de profundidade.
 As sementes devem ser escarificadas e inoculadas (inoculante
do grupo Cowpea I), semeia-se em linhas distantes uma das
outras 50 cm com 40 a 50 sementes por metro linear. Consorcia-se
bem com o capim elefante.
 Gasto com sementes: 320/VC (consorciação) e 800/VC (banco de
proteínas)
 O manejo é feito colocando-se os animais quando estiver com 25
a 30cm e retirá-los quando rebaixados para 10 a 15cm.
 Produção: MV/ha/ano = 35Ton ; MS/ha/ano = 5 a 6 Ton
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 Leucena
 Perene, arbustiva, chegando atingir 10 a 12m de altura, raízes profundas.
 É resistente a seca e excelente capacidade e fixação do nitrogênio
 atmosférico.
 O plantio é na primavera com 4 a 6 Kg de sementes/ha em sulcos
 espaçados de 2 a 3m.
 Produção de 12,5 Ton/MS/ha/ano com teor protéico de 21 a 24%.
 Deve-se manejá-Ia com cerca de 1,5m com corte dos ponteiros,
 isso possibilitando um maior engalhamento lateral da planta.
 Possui um principio tóxico denominado mimosina, que pode
 ocasionar perda de pêlos na anca, cauda, cabeça e outras partes do corpo do animal.
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Feijão Guandú
Perene, forma arbusto de 2 a 3m de altura, muito ramificado,
 sistema radicular vigoroso e profundo, isso lhe confere grande
 resistência a seca, não tolera temperatura muito baixa, não é
 exigente em solos.
Plantio em sulcos com 30 a 40cm de espaçamento, gastando-se 10 a 15 Kg/sementes/ha.
Para o trato no cocho corta-se a 10cm do solo com altura máxima de 50cm. Fornece 12 Ton de MV/ha/corte, podendo efetuar de 3 a 4 cortes anuais. Produz bastante até os 4 anos e depois regride.
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Calopogônio
 Perene, ciclo curto, rasteira, colchão de forragem de 50 a 60 cm de altura. Seu aspecto é muito semelhante ao da soja perene.
 É uma leguminosa de clima tropical e úmido, com alta tolerância à seca e baixa tolerância a temperaturas baixas e mediana ao
 encharcamento.
 Não é exigente em solos, vegetando bem em solos pobres e arenosos.
 Altura de corte de 20 cm (retirar os animais)
 Produção de 35 Ton/MV/ha/ano com 16 a 18% PB. Indicada para pastoreio, banco de proteína e consorciação.
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Estilosantes Campo Grande
Alto valor protéico(18 a 22% PB)
Ideal para consorciação
Boa adaptabilidade e persistência
Baixa exigência em fertilidade do solo
Consegue competir bem com a Brachiaria Decumbens
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SISTEMAS DE PASTEJO
Objetivos:
 Proporcionar ao gado alimentação mais regular e nutritiva durante todo o ano.
 
Aumentar o rendimento forrageiro por unidade de área.
Reduzir a degradação da pastagem.
Conservar a fertilidade do solo
Os sistemas:
Contínuo
Rotacionado
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Pastejo extensivo
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Sistemas de piquetes rotacionados.
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Suplementação volumosa para bovinos.
 Estacionalidade das forrageiras.
 Alimentos de melhor qualidade durante o ano.
Métodos de conservação de forragens:
 Capineiras
 Silagens
 Fenos
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SUPLEMENTAÇÃO MINERAL E PROTÉICA:
Em muitas regiões, é um dos principais fatores relacionados
 com o baixo desempenho produtivo e reprodutivo dos
 rebanhos. Em condições tropicais, o bovino de corte depende quase exclusivamente das pastagens como fonte de nutriente
 necessários para a sua manutenção.
O conhecimento das deficiência determinou a necessidade da
 preparação de misturas minerais e protéicas, visando fornecer
 ao animal todos os nutrientes que lhe são essenciais em
 quantidade e qualidade.
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Deficiências minerais dos animais:
Sob o regime de pasto, a nutrição animal do ruminante é dado pela somatória da ingestão de minerais via pastagem, água , ingestão de solo e eventualmente no cocho visando atender as exigências nutricionais.
As funções dos minerais são: Metabolismo celular, formação de tecidos (ósseos, glandulares e epiteliais), pressão osmótica, excitabilidade celular, constituição de enzimas,vitaminas, secreções, hormônios e trabalham como transportadores.
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Tipos de cochos
Cochos para arraçoamento (volumoso mais concentrados) = cantos e quinas arredondados, declividade 0,15% a 0,20%, largura de 60 a 80cm,profundidade de 40 a 60cm, superfície não ásperas. O comprimento varia pelo números de animais, área de chegada por animal na média é de 70cm.
Cochos para sal = declividade de 20%, largura de 40 a 50cm, profundidade de 30 a 40cm, deve conter furos a parte mais baixa para que não se acumule líquidos, o comprimento varia pelo número de animais e o tamanho mínimo deve ser de 1,80m. Deve possuir uma cobertura (telha de barro, fibra, cimento ou zinco) com altura de pé direito de 2,80m.
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Bebedouros:
Os bebedouros podem ser de tipos diferentes, podendo ser construídos de alvenarias, pré-fabricados de cimento ou tipo australiano.
Os bebedouros são mais convenientes pois evitam que o gado beba água diretamente nas aguadas, devido ser a aguada uma fonte de contaminação,pois os animais penetram nesta defecando, urinando e fazendo atoleiro.
A área de chegada no bebedouro será de 5 a 10% do número total de cabeças, a altura do bebedouro gira em torno de 0,5 a 0,7m, devem ter bóias para controle do nível d'água. Deve ser cercado por dentro com 1 ou 2 fios de arames para se evitar a entrada dos animais.
Os bebedouros não devem estar distantes um dos outros mais de 1Km, isso é prática para que o gado não ande muito e tenha um gasto excessivo de energia.
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