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BULIMIA NERVOSA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
NUTRIÇÃO
TERAPIA NUTRICIONAL APLICADA
Fernanda Tavares Silva
Suellen Figueredo Teles
O que é?
A Bulimia Nervosa é um Transtorno Alimentar caracterizado por episódios de hiperfagia, , seguidos de métodos compensatórios inadequados, como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes para evitar ganho de peso.
Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode não haver perda de peso, por isso médicos e familiares têm maior dificuldade de detectar o problema. 
A Bulimia pode ser classificada em dois subtipos:
PURGATIVA:
Caracterizada por vômitos auto-induzidos e/ou uso de laxativos e/ou diuréticos, para induzir a perda de peso.
NÃO PURGATIVA:
Sem episódios recorrentes de vômito auto-induzido, esse subtipo é caracterizado principalmente pelo excesso de exercícios físicos e recorrentes períodos de jejum.
Causas
A bulimia nervosa é uma síndrome multideterminada por uma combinação de diversos fatores psicológicos, sociais, culturais e comportamentais. 
Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Nos homens são mais comuns casos onde a bulimia se desenvolve por causa da musculação e/ou outros esportes.
Sintomas
Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos num curto espaço de tempo.
Vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso.
Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal.
Depressão.
Obsessão por exercícios físicos.
Outros sinais de bulimia nervosa
Guardar segredo sobre o que come e não comer diante de outras pessoas.
Comer até o ponto de desconforto ou dor.
Esconde comida em casa.
Idas ao banheiro imediatamente após as refeições ou mesmo durante as refeições.
Feridas na boca e garganta.
Alterações de peso frequentes. A pessoa pode ganhar e perder grandes quantidades de peso em pouco tempo.
Ciclos menstruais irregulares.
Uso excessivo de laxantes e diuréticos.
Parece doente ou em sintomas como:
Cáries ou erosão do esmalte dos dentes.
Gengivas doloridas ou feridas na boca.
Pele seca.
Perde pele.
O cabelo fino ou maçante.
Falta de energia.
Marcas de dentes no dorso das mãos ou calos devido a auto-indução de vômito.
Fatores de risco
Sexo feminino
Idade
Histórico familiar
Dieta
Influências familiares
Transtornos emocionais
Profissão
Esporte
Complicações
 Alterações gastrointestinais (constipação, parotidite);
 Alterações renais 
(azotemia, nefropatia hipocalêmica);
 Alterações pulmonares (edema pulmonar, taquipnéia)
 Alterações cardiovasculares (bradicardia, taquicardia);
 Alterações hidroeletrolíticas (hipocalemia, hipomagnesemia, hiponatremia);
 Alterações ósseas e do crescimento 
(osteopenia e a osteoporose)
 Alterações hematológicas
(anemia e a leucopenia); 
 Alterações endócrinas 
(amenorreia);
 Alterações metabólicas 
(hipercolesterolemia e a hipoglicemia)
Tratamento Nutricional
 O principal objetivo a ser alcançado no tratamento de Transtornos Alimentares é o bom estado nutricional, porém, deve-se trabalhar com uma visão mais ampla em relação as atitudes dos paciente com os alimentos e a nutrição, considerando também outros aspectos envolvidos no TA.
Dessa forma, o nutricionista que trabalha com TA deva ser chamado de terapeuta nutricional.
Tratamento Nutricional
A American Dietetic Association estabeleceu diretrizes básicas para o tratamento nutricional dos transtornos alimentares, propondo:
Uma fase inicial baseada em educação nutricional
Seguida de uma fase baseada em aconselhamento para modificar comportamentos e atitudes alimentares.
Ambas as fases de tratamento exigem um profissional treinado, com experiência em transtornos alimentares.
Educação Nutricional
A educação nutricional proposta para
esses pacientes deve englobar tópicos clássicos da nutrição, como alimentação
balanceada, pirâmide dos alimentos e necessidades nutricionais.
 
Porém é preciso dar ênfase aos mitos e crenças a serem trabalhados e desconstruídos durante o tratamento
Aconselhamento
O aconselhamento nutricional deve ser abordado de maneira muito específica, e utilizar de: técnicas cognitivo-comportamentais, interacionais, relacionais, educacionais e de entrevista motivacional para acessar crenças, sentimentos e comportamentos disfuncionais dos pacientes e para ajudá-los numa jornada de mudanças.
A principal meta do tratamento é aprender a comer de modo “normal”.
Aconselhamento
O principal objetivo do aconselhamento nutricional é a troca de padrões alimentares alterados e não saudáveis por padrões saudáveis e organizados.
Deve ter como foco a correção dos comportamentos e crenças alteradas nas áreas de alimentação, corpo e atividade física. 
Esclarecer os antecedentes dos comportamentos alimentares, prover informação nutricional e dar suporte para experimentar novos comportamentos e avaliar os resultados.
 O aconselhamento nutricional também foca a restauração e o monitoramento do peso corporal.
Programa Educacional (AMBULIM)
1) Como é o tratamento nutricional: métodos e importância; 
2) O que é bulimia nervosa? 
3) O papel da restrição alimentar na bulimia nervosa; 
4) Definição dos nutrientes: o que são e para que servem; 
5) Vitaminas e minerais: fontes e importância; 
6) A roda de alimentos: porque preciso de todos nutrientes?; 
7) Pirâmide de alimentos: como balancear uma refeição? 
8) Como variar a alimentação? 
9) Conceitos de fome, apetite e saciedade; 
10) Fibras e funcionamento do intestino; 
11) Necessidades energéticas e metabolismo basal; 
12) Gasto energético e atividade física; 
13) Absorção e digestão dos alimentos; 
14) Dietas: porque não funcionam; 
15) Peso adequado, índice de massa corporal e compleição física; 
16) Alimento diet e light; 
17) Como comer em situações sociais? 18) Avaliação do período e discussão de técnicas para manutenção de hábitos saudáveis.
É um programa de tratamento básico de 18 semanas. 
Os tópicos desenvolvidos em cada semana são: 
Epidemiologia
A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora também ocorra, com menor frequência, em homens e mulheres com mais idade.
As estimativas de Bulimia Nervosa variam de 1 a 3% das mulheres adolescentes e no início da vida adulta
Em homens a Bulimia é rara, sendo que varia de 4 a 13% da população total de pacientes que apresentaram o transtorno.
 A idade média de aparecimento em homens é de 21 a 24 anos de idade. 
RELATO DE CASO
ESM, 16 anos,de São Paulo
 Aumento de peso há 2 anos. Filha adotiva, sofreu abuso sexual por parte do irmão há 2 anos. Nessa ocasião abandonou o lar, indo trabalhar como doméstica. Desde então, incapacidade de controlar a ingestão alimentar, com ganho ponderal de 20 Kg. Tentou dieta mas comia compulsivamente alimentos muito calóricos, após os períodos de restrição alimentar. Como sentia-se culpada passou a provocar vômitos diariamente após comer, por 6 meses. Nesse período apresentava fraqueza generalizada, não tinha vontade de viver (sic), ciclos menstruais irregulares, dor retroesternal e queimação mas não perdia peso. Só procurou ajuda médica agora, com intuito de emagrecer de maneira saudável. Não aceita acompanhamento psicológico.
Tratamento: iniciou dieta sem restrição porém de baixo valor calórico com horários definidos e intervalos mais curtos.
 Exame físico: 
Bom estado geral, orientada, corada. FC- 88 bpm; PA- 110 X 70; T- 36.5º ; P- 62.5 Kg; 
Est- 153 cm. 
Não apresenta lesões em dorso da mão nem problemas dentários. 
 Exames laboratoriais:
Hb - 14.1; Htc - 43% ; 
Glicemia - 91 mg%
Evolução: Após 3 semanas volta com queixa de queimação retroesternal e epigastralgia após a alimentação, que só melhora com vômitos. Está deprimida, brigou com o namorado há 1 semana e pensou em morrer (sic), ocasião em que ingeriu 4 comprimidos
de 6 mg de bromodiazepina e dormiu durante 48 horas seguidas. Não está seguindo a dieta e ganhou 1.5 Kg. Recusa-se a fazer acompanhamento psicológico.
Depoimento 
"Meu nome é Silvia, tenho 16 anos e há seis meses que tenho bulimia. Só duas amigas sabem. A minha historia é bem familiar. Há algum tempo eu pesava 89 kg, agora estou com 69. Na escola, sempre fui motivo de piada e até a minha mãe me chamava de monstro desde que eu tinha uns 10 anos, as minhas amigas tinham vergonha de mim, namorados nem se fala. Ainda me vejo muito gorda.
A bulimia tomou conta da minha vida, é tudo que eu penso. Se estou com meu namorado, com a turma, tudo que quero é vomitar, como já nesse intuito, é algo fora do meu controle, não quero ajuda. Mas, acho que as meninas deviam se tratar pois sei das complicações. De tudo só me resta esperar que alguém me ajude e que eu supere os meus traumas."
Referências
Alvarenda MS,Scagliusi FB.Tratamento Nutricional da Bulimia Nervosa. Revista de Nutrição, Campinas, Set/Out., 2010.
Alvarenga MS, Dunker KLL, Romano ECB, Philippi ST. Terapia nutricional para Transtornos Alimentares. In: Philippi ST, Alvarenga MS. Transtornos alimentares: uma visão nutricional. São Paulo: Manole; 2004.
http://br.monografias.com/trabalhos2/disturbios-alimntares-adolescencia/disturbios-alimntares-adolescencia/disturbios-alimntares-adolescencia.shtml
http://www.ceut.com.br/observatorio/edicao%2043.pdf

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